O assunto era espinhoso. Filmes sobre superação de limites,
ainda mais quando centrados nas trajetórias de indivíduos em condições físicas
especiais, costumam ser apelativos. As narrativas caem nas armadilhas do
excesso de sentimentalismo, descambam para a pieguice e se realizam na manipulação
de emoções do espectador. Felizmente, Meu pé esquerdo (My
left foot: the story of Christy Brown, 1989) não padece desses males. O
roteiro de Shane Connaughton e Jim Sheridan, extraído da autobiografia do
escritor e artista plástico Christy Brown (1932-1981), resultou em exposição
descontraída e espirituosa, irônica e bem-humorada. Indulgência, complacência e
comiseração ficaram convenientemente de fora. Jim Sheridan estreou na direção
com um filme sóbrio, divertido e comovente na medida. Acompanha a vida de
Christy Brown desde que nasceu com paralisia cerebral numa família pobre de
Dublin. Sempre estimulado pela mãe e apoiado por irmãos e amigos, superou
constrangimentos físicos e intelectuais. Fez-se porta-voz de si mesmo e da
classe social de origem. O desempenho de Daniel Day-Lewis, premiado com o Oscar
de Melhor Ator, é um dos ápices da interpretação do século 20. Mas todo o
elenco está ótimo, com destaques para a estreante Brenda Fricker, Hugh O'Conor
e Ray McAnally. A apreciação a seguir é de 1994.
Meu pé esquerdo
My left foot:
the story of Christy Brown/My left foot
Direção:
Jim Sheridan
Produção:
Noel Pearson
Ferndale Films, Granada
Television, Radio Telefís Éireann (RTÉ)
Irlanda,
Inglaterra — 1989
Elenco:
Daniel Day-Lewis,
Brenda Fricker, Ray McAnally, Hugh O'Conor, Fiona Shaw, Ruth McCabe, Alison
Whelan, Cyril Cusack, Adrian Dunbar, Kristen Sheridan, Declan Croghan, Eanna
MacLiam, Marie Conmee, Patrick Laffan, Derry Power, Eileen Colgan, Tom Hickey,
Julie Hale, Jacinta Whyte, Sarah Cronin-Stanley, Jean Doyle, Brita Smith, Lucy
Vigne Welch, Daniel Reardon, Martin Dunne, Charlie Roberts, Mil Fleming, Simon
Kelly, Eileen Kohlmann, Patricia Higgins, Margaret Lyons, Hilery O'Donovan, Don
King, Jer O'Leary, Phelim Drew, Darren McHugh, Owen Sharp, Keith O'Conor, Conor
Lambert, Jenny Bryne, Linda Walker, Albert Kavanagh, Joe Swan, Rita Lowe,
Gerard Hourigan, Dawn Kursinczy, Denis O'Leary, Lesley Ann Long, Caromy
Corcoran, Cathy Corcoran, Lisa Jane Rowland, Aisling Murnane, Audrey Diffley,
Oba Seagrave, Colm Rowland, Owen Sullivan, Dean Clifford, Sean Rowland, Barry
Keane, John Mark Knight, Deborah Pierce, Barry Lord, Tess Sheridan, Fiacra
Sheridan, Owen O'Sullivan, Kerry Ellen Lawlor, Naomi Sheridan, Emily Hodge
Barker.
O diretor Jim Sheridan |
Christy Brown
(Day-Lewis) é o dono do pé do título ― única parte visível e operacional de um
corpo atrofiado desde o nascimento pela paralisia cerebral. Graças ao membro, conseguiu
se comunicar e satisfazer ao incontido desejo da mãe, Mrs. Brown (Fricker): deixar
no mundo as marcas de sua passagem. Com Meu pé esquerdo o irlandês Jim Sheridan
estreia com pé direito no cinema. É um ótimo e raro filme sobre o difícil tema
dos fisicamente problemáticos. O verídico Christy Brown (1932-1981) é percebido
pelo viés da normalidade, apesar de sua condição especial se comparado aos dotados
de corpo perfeito. Pode sentir e fazer de tudo. Sheridan demonstrou a
possibilidade de se realizar bom cinema num terreno escorregadio, sem cair na
tentação das concessões fáceis dos apelos lacrimosos que geralmente ultrapassam
os umbrais da pieguice. Meu pé esquerdo é sentimental sem
ser sentimentaloide; é seco, mas também emocionante; é triste ― até certa
medida ―, mas não faz o público sofrer apelativamente, condoído por alguém
reduzido ao estado de desgraçado coitadinho, digno tão somente de comiseração. A
realização, apesar de exemplar, não tem a pretensão de ser edificante. Bem-humorado
e espirituoso, o personagem dispensa qualquer complacência. Trata a própria
situação com sarcasmo e ironia. Definitivamente, não procedem, por exemplo, as
manifestações de má vontade de parte da crítica ― como Israel do Vale para a Folha
de São Paulo[1],
quando do lançamento da realização no mercado brasileiro de vídeo. O título da
matéria revela todo o teor da apreciação: "Meu Pé Esquerdo parece
autoflagelo". Definitivamente, não é!
O verdadeiro Christy Brown (1932-1981), artista plástico e escritor |
Daniel Day-Lewis como Christy Brown adulto |
A interpretação nuançada
de Daniel Day-Lewis — frequentou clínicas de crianças paralíticas para melhor
desenvolver o personagem — o consagrou como ator de amplos recursos cênicos. Obrigou
a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood a permanecer na
área do bom senso e a agraciá-lo com o Oscar de Melhor Ator. Foi feita a devida
justiça, que dissipou as suspeitas sobre a possibilidade de mais um lamentável
equívoco na premiação dessa categoria: brindar com a estatueta careca o
limitado Tom Cruise ― o novo[2]
wonder boy da América e namoradinho
de se sabe lá quantas adolescentes de miolo mole. Cruise interpretava
personagem real como Christy Brown, também acometido por paralisia ― ainda que
parcial ―, provocada por ferimentos sofridos durante a Guerra do Vietnã: o
veterano Ron Kovic no insuportavelmente chato, melodramático, gritado e repleto
de autopiedade Nascido em 4 de julho (Born on the fourth of July, 1989) ― até
agora a pior realização de Oliver Stone, lamentavelmente premiada com o Oscar
de Melhor Filme.
Tão brilhante quanto
Day-Lewis ― com quem guarda estreita semelhança ― é Hugh O'Conor no papel de Christy
Brown criança. Porém, no geral, todo o elenco de Meu pé esquerdo é afiado,
com amplo destaque para a estreante Brenda Fricker ― agraciada com o Oscar de
Melhor Atriz Coadjuvante ― e Ray McAnally no papel do pai, o pedreiro Paddy
Brown.
Hugh O'Conor com Christy Brown criança |
Brenda Fricker como Mrs. Brown |
A saga de Christy
Brown (1932-1981) é acompanhada por meio do testemunho da enfermeira Mary
(McCabe), que o toma sob cuidados durante recepção beneficente que o
homenageará. Enquanto aguarda o início da cerimônia, lê com irreverência passagens
da autobiografia do personagem. Irônica, de início considera o texto "muito
sentimental". As imagens formadas durante a leitura são traduzidas em flashback.
A trajetória percorrida pelo biografado começa no nascimento,
quando não passava de peso morto para a família, principalmente o pai. Já a mãe
— uma força da natureza — sempre foi presença estimuladora. De tanto presenciar
os irmãos, entregues às lições escolares em casa, Christy foi ativando o
cérebro. Aprendeu os rudimentos da escrita e da matemática. Em momento tocante,
toma entre os dedos do pé esquerdo um pedaço de giz e, com muito esforço, risca
no chão a palavra mother diante da
família estupefata.
A enfermeira Mary (Ruth McCabe) |
É o primeiro
passo para amadurecer e também vencer, aos poucos, a barreira dos preconceitos
físicos e morais, além das desilusões, inclusive amorosas. Cresce nas
brincadeiras partilhadas com irmãos e amigos. Realiza-se como artista e homem
graças às habilidades desenvolvidas com o pé esquerdo. Por interferência da mãe
consegue o apoio da dedicada Dra. Eileen Cole (Shaw). Ela será para Christy o
equivalente do que foi Anne Sulllivan para Helen Keller[3]:
praticamente o ensinará a falar. De início, apenas balbuciava poucas palavras
com sentida dificuldade. Christy Brown não aceitou a realidade como poderia
ser. Afastou os olhares de pena e compaixão. Lutou para ter vida normal, apesar
das limitações físicas, e conseguiu. Pintou quadros, escreveu livros, expressou
as emoções. Revelou um mundo não somente dele, mas dos amigos e familiares. Por
isso, Meu pé esquerdo também é a crônica da vida do operariado pobre
que habita as cercanias de Dublin. Tirando a relativa paralisia, Christian
pensava e sentia. Como diz o apresentador da exposição a ele dedicada, não se
trata de um pintor aleijado, mas um pintor e pronto.
A Dra. Eileen Coole (Fiona Shaw) |
Há muitas
passagens emocionantes e, ao mesmo tempo, bem-humoradas em Meu pé esquerdo: o jogo
de futebol com amigos e irmãos, do qual Christy participa como goleiro e
termina cobrando um penalty
indefensável; a briga no pub, ao
defender, com a potência do pé, a memória do pai há pouco falecido; quando se
torna motivo de orgulho paterno, após demonstrar capacidade de expressão e ser
rotulado como "gênio"; o momento em que escreve mother no chão da casa; o roubo do carvão; e a família reunida para
"outro" prato de mingau, no mesmo dia, quando o pai estava
desempregado.
Mr. Brown (Ray McAnally) e Christy Brown (Hugh O'Conor): o pai orgulhoso leva o filho "gênio" ao pub |
Realizado na
Irlanda, o filme segue os padrões narrativos convencionais e custou modestos 2
milhões de dólares ― quantia considerada irrisória se comparada aos altos orçamentos
hollywoodianos.
Christy Brown (Hugh O'Conor) com Mrs. Brown (Brenda Fricker), a mãe sempre estimuladora |
Além de receber
os oscars de Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante, Meu pé esquerdo também
concorreu nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro
Adaptado.
Mrs. Brown (Brenda Fricker) e Christy Brown (Daniel Day-Lewis) |
Roteiro: Shane Connaughton, Jim Sheridan, com base na
autobiografia de Christy Brown. Desenho
de produção: Austen Spriggs. Direção
de fotografia (Technicolor): Jack Conroy. Montagem: J. Patrick Duffner. Música
e direção musical: Elmer Bernstein. Produção
de linha: Arthur Lappin. Produção
executiva: Paul M. Heller, Steve Morrison. Produção de elenco: Nuala Moiselle. Decoração: Shirley Lynch. Figurinos:
Joan Bergin. Estagiária de maquiagem:
Sherry De Burgh. Estagiária de
penteados: Bernie Dooley, Carol Dunne. Assistente
de penteados: Eileen Doyle. Penteados:
Anne Dunne. Maquiagem: Ken Jennings.
Assistente de maquiagem: Ailbhe
Lemass, Maire O'Sullivan. Gerente de
produção: Mary Alleguen. Primeiro
assistente de direção: Kevan Barker. Terceiro
assistente de direção: David Byrne. Estagiários
de assistente de direção: Brendan Geraghty, Niamh Ní Ghrainne, John
McDonald. Segundo assistente de direção:
Michael Rowland. Gerente de construções:
Russ Bailey. Substituto de capintaria:
Denis Butler. Carpinteiros: Eddie
Cunningham, Phil Searls, Dave Whelan. Pintura:
Paddy Dunne, Paul Fleming, Owen Murnane, Dave Rath. Assistente de direção de arte: Mark Geraghty. Cortinas: Jimmy Kavanagh. Carregadores: Andrew Lee, Gerry Quigley. Storyboard: Christy McGinn. Camareiros: Owen Monaghan, Tony Nicholson. Produção de compras: Sunny Mulligan. Contrarregra: Eamonn O'Higgins, P. J.
Smith, Derek Wallace. Estagiário de som:
Brendan Campbell. Edição de som: on
Davis. Operador de boom: Paul
Delaney. Mixagem da combinação de som:
Mike Dowson, Brian Saunders. Mixagem de
som: Kieran Horgan. Assistente da
edição de som: Michael Kelliher. Simulação
de passos: Jenny Lee-Wright. Pós
sincronização da mixagem: Liam Saurin. Coordenação
de efeitos especiais: Gerry Johnston. Assistente
de efeitos especiais: Michael Kearns, Gay O'Reilly. Coordenação de dublês: Peter Brayham. Dublês: Patrick Condren, Steve Dent, Dave
Holland, Jazzer Jeyes, Paul Kelly, Terence Plummer, Michael Rowland, Alan Walsh.
Assistentes
de câmera: Alan Butler, Jim Farrell,
Jo Gibney, John Murphy. Eletricista-chefe:
Louis Conroy. Eletricistas: Noel
Cullen, Mick Kearney. Fotografia de
cena: Jonathan Hession. Aparelhadores:
Eamon Kelly, Robbie Reilly. Operador
geral: Brian Sheridan. Operador de
câmera: Des Whelan. Estagiário de
guarda-roupa: Frances Boston. Guarda-roupa
feminino: Janet O'Leary. Assistente
de guarda-roupa: Ann Stokes. Segundo
assistente de montagem: Jeanne Hurley. Primeiro
assistente de montagem: Adrienne Ross. Edição
musical: Kathy Durning. Assistente
de coordenação musical: Irene Keogh. Engenheiro
de gravação musical: Brian Masterson. Músico:
Cynthia Millar. Coordenação musical:
Bill Whelan. Motoristas: Colm Duffin, Pat
Egan, Joe Fagan, Tom Fannin, Vincent Gallagher, Johnny Gilbert, John Green, Peter
Hill, Shamie McCabe, Colman Sharkey, Johnny Thompson, Niall Thompson, Denis
Tolton. Continuidade: Jean
Bourne. Assistente para produtor de
linha: Stephen Bradley. Projecionista:
Patrick Byrne. Produção executiva pela
Granada Television: Pippa Cross. Marcação
de cena: Maura Dillon, Donal Fortune, John Markey. Planejamento de títulos pela Graphiconies: Brendan Foreman. Assistente de contabilidade: Donal
Geraghty. Assistente para o diretor:
Nye Heron. Consultoria legal: James
Hickey. Consultoria técnica para a
produção: Gene Lambert. Publicidade:
Gerry Lundberg. Enfermaria: Susan
Marshall. Contabilidade: John Moore,
Kevin Moriarty. Secretaria da produção:
Niamh Nolan. Gerente de locação:
Grania O'Shannon. Continuo: Robert
Quinn. Firma de auditoria da produção:
AP Spence & Co. Laboratório de fotos
de cena: Blowup. Equipamentos
elétricos: Cine Electric Ltd. Palco
de combinação de som: Delta Sound Services. Película: Fuji Ireland Ltd. Empresa
de planejamento de créditos: Graphicones. Serviços bancarios: Guinness Mahon and Company, Ulster Bank Ltd. Empresa de câmera e acessórios: Joe
Dunton Cameras Ireland Ltd. Fornecimento
de alimentação: Location Catering Services Ltd. Créditos: Peter Govey Film Opticals. Serviços de pós sincronização: Screen Scene, Twickenham Studios. Serviços de transferência de som: The
Transfer Bay. Gravação de trilha
musical: Varèse Sarabande. Licenciamento
de clips e imagens: Visual Icon (não creditada). Estúdio de gravação musical: Westland Studios Dublin. Tempo de exibição: 103 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1994)
[1] VALE, Israel do. Meu
Pé Esquerdo parece autoflagelo. Folha de São Paulo. São Paulo: Folha
da Manhã, 10 out. 1991.
[2] Cabe lembrar que esta apreciação de Meu
pé esquerdo foi escrita em 1994 (nota do autor, especialmente para a
publicação neste blog, em 2016).
[3] Impossível olvidar, aqui, o
admirável trabalho de Arthur Penn para O milagre de Anne Sullivan (The
miracle worker, 1962), com Ann Bancroft no papel da personagem do
título e Paty Duke como Helen Keller, outro filme que dignifica o subgênero das
deficiências físicas.
Eugenio,
ResponderExcluirPor menos que desejemos admitir, existem atores, atrizes, diretores e outras mais diversas situações que pessoas não valorizam e não se divertem vendo-os trabalhar.
E este é mais um dos meus problemas, dentre outros, pois tenho este ponto de aversão para como o ator Day Lewis, que não me apraz em nada ve-lo trabalhando.
Entretanto vi uma filme sob a batuta do Muchael Mann com o Lewis, que vi e até tenho o DVD; O ULTIMO DOS MOICANOS.
Procuro ficar sempre distante de trabalhos do ator por alguma intolerancia que tenho em ve-lo em ação.
Lamentavelmente, e sabendo que vou contrariar muitos pontos de visão, mas este é um instante meu que não vejo como alterá-lo.
Com atenção e muito respeito ao trabalho do Lewis e de seus fãs.
jurandir_lima@bol.com.br
Lamento, Jurandir, mas fazer o quê? Infelizmente, nada posso. Procuro ter posicionamento diferente! Não levanto guarda contra ator, diretor, atriz... Até para estar livre de preconceitos e aberto às possibilidades quando eles - os que não me agradam - vierem a surpreender. E Daniel Day-Lewis é um dos atores mais completos de seu/nosso tempo. O trabalho dele em O ÚLTIMO DOS MOICANOS, do Mann, não merece muito destaque. Mas basta vê-lo em MINHA ADORÁVEL LAVANDERIA, de Stephen Frears; A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER, de Philip Kaufman; A ÉPOCA DA INOCÊNCIA, de Martin Scorsese; O LUTADOR, de Jim Sheridan; GANGUES DE NOVA YORK, também de Scorsese; SANGUE NEGRO, de Paul Thomas Anderson; e LINCOLN, de Steven Spielberg, para a gente ver que se está diante de um talento ímpar, que de fato trabalha os seus personagens. Procura vivê-los segundo o que foi passado pela História ou pela criação literária. Alguém a admirar e reverenciar.
ExcluirAbraços.
Había oído hablar bastante bien de esta película, pero ahora que termino de leer tu estupenda reseña cinematográfica, ya no tengo dudas de que la voy a intentar descargar de Internet para verla. Mis preferencias a la hora de elegir una película es que el guión se base en hechos reales, como así sucede con este film, que trata la vida de ese pintor y escritor irlandés Christy Brown, con parálisis cerebral, pero que logró con su tenacidad y el incondicional apoyo de su madre, derribar todas las barreras que impedían su integración en la sociedad. Hay demasiados ejemplos de personas marginadas socialmente por muchas circunstancias y es admirable como luego en la vida logran superarse a si mismos y ganar esa batalla.
ResponderExcluirEncantada de pasarme por tu blog y comentar.
Un abrazo
Hola y buen día, Estrella Amaranto. Muchas gracias por la presencia y registro de sus impresiones. Ciertamente, conseguirá descargar la película. Podrá ver que es un trabajo inusual, muy bien narrado, con grandes interpretaciones. El director Sheridan y los guionistas fueron muy felices en la recriação, pues consiguieron atribuir humor e ironia a una historia que tenía todo para ser sólo triste y sufrida si fuera realizada según las más surradas convenciones hollywoodianas. Una película a no perder.
ExcluirAbrazos y saludos.
Eugenio,
ResponderExcluirNão deixo de reconhecer que estás repleto de razões ao citar o que citas sobre este grave defeito meu.
Até, como dizes, fica dificil fazer julgamentos e classificações utilizando este fator que utilizo gostando de cinema como gosto. Perco muito com isso.
No entanto, amigo, por mais que tente me corrigir eu não consigo. Eu sou assim e não consigo me desvencilhar deste defeito que, como já citei, dentro desta arte, principalmente, é um dos mais graves defeitos.
Aceito seu comentário sobre o assunto com todo o respeito. Só lamento meu instinto não me levar para o caminho certo das coisas. E pago por isso por não ver bons filmes e perder muitas outras boas coisas.
Obrigado pela observação.
jurandir_lima@bol.com.br
Aprendi com meu pai a não levantar essas prevenções, Jurandir. Ele foi o meu melhor esteio na trajetória de cinéfilo que construí, ainda que o tenha perdido muito cedo. Mas, vá em frente, tente, faça esforço. Acabará chegando lá.
ExcluirAbraços.