Oficialmente, o cinema completou cem anos em 1995. Em
comemoração, o British Film Institute organizou o painel O século do cinema (The
century of cinema): dezoito realizações em formato de documentários
conduzidos por diretores os mais diversos abarcam cinematografias nacionais,
regionais e continentais: Estados Unidos, França, Japão, Coreia do Sul, Nova
Zelândia, Alemanha, Irlanda, Itália, Polônia, Austrália, China, Índia, Rússia,
América Latina, Escandinávia, Arábia, África e Grã Bretanha. Ficou por conta de
Stephen Frears, apoiado pela codireção de Michael "Mike" Dibb, a
exposição sobre o centenário do cinema na Grã Bretanha. Tipicamente britânico (A
personal history of British cinema by Stephen Frears/Typically British)
está entre as mais interessantes peças do painel. A exposição é conduzida pelo
próprio Frears em diálogo com Alexander Mackendrick, Michael Apted, Alan Parker
e Gavin Lambert. Percorre com bom humor e ironia a trajetória britânica no
cinema, sem desperdiçar tempo com lamúrias, ressentimentos e acusações. A
vocação insular da produção cinematográfica britânica é vista no contraponto
com a tendência cosmopolita que também a alimenta, ao longo de uma história pontuada
de ciclos fechados e descontínuos. Dentro das limitações da exposição restrita
a 53 minutos (há edições com até 74 minutos), tentou-se ao máximo a
abrangência. Mas algumas omissões são especialmente sentidas. Restou muito
pouco tempo, quase nada, ao tratamento do Free
cinema e a contribuição ímpar do brasileiro Alberto Cavalcanti sequer é
mencionada. A apreciação a seguir é de 1998.
Tipicamente britânico
A personal
history of British cinema by Stephen Frears/Typically British
Direção:
Stephen
Frears, Michael “Mike” Dibb
Produção:
Colin
MacCabe
British
Film Institute, Channel Four
Inglaterra — 1994
Elenco:
Participações
de Michael Apted, Stephen Frears, Gavin Lambert, Alexander Mackendrick, Alan
Parker.
Stephen Frears e o codiretor Michael "Mike" Dibb |
Dedicado à Alexander Mackendrick, Lindsay Anderson e Derek Jarman, Tipicamente britânico
celebra o centenário do cinema recapitulando a particular contribuição da Grã
Bretanha à sétima arte. Responsável pela realização junto com “Mike” Dibb,
Stephen Frears destaca as fases, obras e personalidades que considera as mais
relevantes. Espertamente, resolveu não assumir sozinho os riscos da exposição.
Para ajudá-lo, convidou os cineastas Alexander Mackendrick (falecido logo após
as filmagens), Michael Apted, Alan Parker e o crítico e pesquisador Gavin
Lambert. Resultado: Tipicamente britânico, apesar das imperdoáveis omissões, diz a
que veio. É um dos mais interessantes títulos dos dezoito que integram o painel
O
século do cinema (The century of cinema, 1995),
resultado do esforço, patrocínio e coordenação do British Film Institute.
Interessante por tentar evitar o enfoque parcial. Procura a abrangência, dentro
dos limites possíveis. Também não é um documentário sisudo. Percorre com bom
humor e ironia a trajetória britânica no cinema, sem desperdiçar tempo com
lamúrias, ressentimentos e acusações a quem quer que seja.
Alexander Mackendrick, Derek Jarman e Lindsay Anderson - a eles Tipicamente britânico é oferecido |
O século do cinema releva cinematografias
nacionais, regionais e continentais. Das nacionais, além da experiência britânica,
comparecem: Estados Unidos da América — Uma
viagem pessoal através do cinema americano com Martin Scorsese (A
personal journey with Martin Scorsese through American movies), de
Martin Scorsese; França — Duas vezes cinquenta anos de
cinema francês (Deux fois cinquante ans de cinéma français),
de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville; Japão — Cem
anos de cinema japonês (Nihon eiga no hyaku nen), de Nagisa Oshima; Coreia do Sul — Ensaio
pessoal sobre o cinema da Coreia por Jang Sun-Woo (Gilwe-eui younghwa), de
Jang Sun-Woo; Nova Zelândia — O
cinema da inquietação: uma viagem pessoal de Sam Neill (Cinema
of unease: a personal journey by Sam Neill), de Sam Neill e Judy Rymer;
Alemanha — A noite dos cineastas (Die
nacht der regisseure, de Edgar Reitz; e, Irlanda — Cinema
irlandês ‑ Nós sozinhos? (Irish cinema ‑ Ourselves alone?), de
Donald Taylor Black. Bernardo Bertolucci, Pavel Lojinski, George Miller, Shu
Kei, Mrinal Sem e Nikita Mikhalkov abordam, respectivamente, Itália, Polônia,
Austrália, China, Índia e Rússia em trabalhos que ainda não vi. Das regionais
há: América Latina — Cinema de lágrimas (Cinema
de lágrimas), de Nélson Pereira dos Santos; Escandinávia (Noruega, Suécia,
Islândia, Finlândia) — Sou curioso ‑ Filme (Jagär
nyfiken, film/Jeger nysgerrig, film/Jeger nysgjerrig/Olen utelias, filmi/Eger
Forvitin, Kvikmynd), de Stig Björkman; e as abordagens sobre os centenários
do cinema na Arábia, por Mohamed Abderrahman Tazi, e na África, por Jean-Pierre
Bekolo, ambas desconhecidas por mim. A cinematografia africana é a única
continental destacada em O século do cinema.
A realização de Tipicamente
britânico correu paralela às filmagens de O segredo de Mary Reilly
(Mary
Reilly, 1995), de Stephen Frears, nos ativos Pinewood Studios fundados
nos anos 30 por Arthur Rank, um dos nomes mais importantes do cinema britânico
— tão vulnerável às crises que invariavelmente determinam o brusco fim e
esperançoso recomeço de épocas. As interrupções processuais aproximam a trajetória
do cinema na Grã Bretanha da experiência brasileira, também marcada por ciclos
fechados e sem continuidade.
Na foto maior, o produtor Alexander Korda; à direita, os produtores Arthur Rank (acima) e Michael Balcon |
Tipicamente
britânico começa marcando contraponto ao crítico e cineasta francês
François Truffaut. Ele acreditava na existência de “uma incompatibilidade entre
os termos “cinema” e “Grã Bretanha”. "Ora! Bolas para Truffaut”, diz
Stephen Frears. Pronto! A partir daí o documentário enfatiza uma cinematografia
em luta para se afirmar, vivendo o dilema de se manter genuína e original, mas
presa ao insular isolamento da Grã Bretanha; quando não tenta o reconhecimento
internacional via adesão a Hollywood, como fizeram os renomados Alfred
Hitchcock, Alexander Mackendrick, Michael Apted e Alan Parker. David Lean não deixou
a ilha, mas se abriu ao modelo praticado nos Estados Unidos. Para Frears, esse paradoxo
é a marca permanente do cinema de sua terra.
Tipicamente
britânico, a princípio, dialoga com sentimentos e lembranças de
Frears. O cineasta relembra os tempos do internato, aos oito anos, quando
estava aberto a tudo e tudo consumia, indistintamente. Essa época relacionada à
escola fundamental, disciplina e castigos físicos ganha sentido nas imagens de
produções que marcaram fundo a infância do diretor: o britânico Housemaster
(1938), de Herbert Brenon, e os estadunidenses Adeus, Mr. Chipps (Goodbye,
Mr. Chips, 1939), de Sam Wood, e Boys will be boys (1935), de William
Beaudine, inclusive Uma noite na ópera (A night at the opera, 1935), de Sam
Wood. Para assistir a este filme Frears pagou o preço da surra disciplinadora
aplicada pelo diretor do estabelecimento.
Essa fase
encontra correspondência em Alfred Hitchcock, que entende de castigo como
poucos. O mestre do suspense, também passou por internatos. Lembra que aprendeu
com os professores o significado de suspense: eles o informavam na
segunda-feira sobre a punição que sofreria na sexta.
À esquerda, Alfred Hitchcock nos bastidores de seu Jovem e inocente (Young and innocent, 1937) |
A memória da
repressão escolar, tão presente no sistema educacional britânico, prolonga-se
quase naturalmente na seminal peça de contestação de Lindsay Anderson, Se...
(If...,
1968), com Stephen Frears na assistência de direção.
Malcolm McDowell no papel de Mick em Se... (If..., 1968), de Lindsay Anderson |
Após destacar as
lembranças pessoais, Frears dialoga com Alexander Mackendrick e Gavin Lambert.
Percorrem a época heroica do cinema britânico. São praticamente nulas as
referências ao período silencioso. A ilha adentra o mapa cinematográfico ao
final dos anos 20. Alfred Hitchcock é o referencial. Seu Chantagem e confissão (Blackmail,
1929) é obra emblemática e de maior impacto. O período é influenciado pelo
expressionismo alemão, mas — destaca Lambert — o futuro diretor de Um
corpo que cai (Vertigo, 1958) emancipou a câmera;
ensinou que cinema não é literatura mas linguagem com repertório próprio,
podendo ser alimentado e expandido por outras formas artísticas. O principal é
a imagem: Hitchcock consegue uma “fantástica narração visual”; é o único a se
preocupar com a técnica cinematográfica na Grã Bretanha dos anos 30, afirma
Lambert. Essas qualidades o tornam fonte permanente de inspiração. Seguem-se
cenas de A dama oculta (The lady vanishes, 1938) — última e
melhor realização de Hitchcock na fase britânica —, com quase toda a ação
passada no interior de um trem, até então o veículo cinematográfico por
excelência na ilha, presente em obras marcantes como Noite tenebrosa (Terror
by night, 1943), de William Neill; Pimpernell Smith (1941), de Leslie
Howard; Oh! My Porter (1937), de Marcel Varnel; Gestapo (Night
train to Munich, 1940), de Carol Reed; Night mail (1936), de
Basil Wright e Harry Watt; e Os 39 degraus (The 39 steps, 1935), de
Alfred Hitchcock.
Margaret Lockwood como Anna Bomasch em Gestapo (Night train to Munich, 1940), de Carol Reed |
No quesito
“produtores” Alexander Korda e Michael Balcon são proeminentes. Fundaram
companhias de produção; tentaram dar dimensão industrial à atividade
cinematográfica e estabilizar a atividade de realização. Fracassaram, apesar do
início promissor. O húngaro Korda criou a London Film, aberta ao
cosmopolitismo, de onde saíram os seus Os amores de Henrique VIII (The
private life of Henry VIII, 1933) e Rembrandt (Rembrandt,
1936); O ladrão de Bagdá (The thief of Bagdad ‑ An Arabian fantasy,
1940), de Michael Powell, Tim Whelan e Ludwig Berger; e, entre outros, a
ambiciosa ficção científica Daqui a cem anos (Things
to come, 1936), de William Cameron Menzies, único deste grupo a ter
imagens apresentadas em Tipicamente britânico.
Michael Balcon
ergueu os Estúdios Ealing nos anos 40. Ao contrário de Korda, evitou a
dispersão cosmopolita e pautou a ação da empresa na confecção de filmes acerca
de temas genuinamente britânicos. Produziu Comboio (Convoy, 1940), de Pen
Tennyson; Mergulhamos ao amanhecer (We drive at dawn, 1943), de Anthony
Asquith; Mar cruel (The cruel sea, 1952), de Charles
Frend; Um país de anedotas (Passport to Pimlico, 1949), de Henry
Cornelius; e, entre outros, O expresso de Titfield (The Titfield Thunderbolt, 1952), de
Charles Crichton.
O trabalho de
produção de Michael Balcon alterou radicalmente a face do cinema britânico.
Influenciou os anos da Segunda Grande Guerra ao começo da década de 50. É a "época
de ouro”, segundo Gavin Lambert. Esse período, dominado pela visão de mundo de
classe média, abre-se aos temas mais prosaicos e cotidianos, às questiúnculas
do homem comum, em filmes que metaforicamente reproduzem a estrutura social
britânica. É o caso das contribuições ao esforço bélico por Nosso
barco, nossa alma (In which we serve, 1942), de Noël
Coward e David Lean; e O caminho das estrelas (The
way to the stars, 1945), de Anthony Asquitt. Os filmes ganham o rosto
característico do ator John Mills, e um diretor, Humprhey Jennings, de Fires
were started (1943), que persegue um cinema livre de preconceitos
sociais, ao tentar retratar os indivíduos simplesmente como são ou aparentam
ser.
O diretor David Lean e o poster de seu Grandes esperanças (Great expectations) |
O boom da influência de Balcon ocorre
durante a vigência do Gabinete Trabalhista de 1944-1949: Basil Dearden faz o
moderno precursor do policial inglês, A lâmpada azul (The blue lamp, 1949) — chocante
pela exposição realista da violência, sordidez, deliquência e criminalidade;
David Lean se projeta com a poderosa trinca Desencanto (Brief
encounter, 1945), Grandes esperanças (Great
expectations, 1946), e Oliver Twist (Oliver Twist, 1948), com
os quais se torna um dos maiores nomes do cinema britânico; Carol Reed festeja
imagem e forma narrativa em O terceiro homem (The
third man, 1949); Laurence Olivier mostra a que veio com Henrique
V (Henry V, 1944); Michael Powell e Emeric Pressburger combinam
plasticidade, idiossincrasia e ousadia formal ao abrigo da Production of the
Archers, geradora, entre outros filmes magníficos, de Neste mundo e no outro (A
matter of life and death, 1946), cujas imagens são destacadas.
O diretor Carol Reed e poster de seu O terceiro homem (The third man) |
Na abordagem da
“época de ouro” Frears, Lambert e Mackencrick fazem discreta troça com a vocação
interpretativa dos franceses, pois cometeram o absurdo de perceber conotações
homossexuais em Desencanto. Brincam com a característica inglesa de ocultar
emoções e sentimentos e destacam a importância da instituição nacional do chá
em vários filmes. Segundo Gavin Lambert, não importa a situação, quanto ao chá
a reação será sempre a mesma: “Com uma boa xícara de chá você vai se sentir
melhor”, diz a classe trabalhadora, enquanto a aristocracia e a alta burguesia
preferem “Acabei de fazer chá. Acho que uma chávena lhe fará bem”. Faz as
comparações carregando na pronúncia e arrancando risos dos interlocutores.
Ao otimismo dos
anos 40 vem a derrocada na década seguinte. O cinema britânico perde vigor,
praticamente desaparece. Sobrevive em obras de exceção, dentre as quais Quinteto
da morte (The ladykillers, 1955), de Alexander Mackendrick; Almas
em leilão (Room at the top, 1958), de Jack Clayton; e O pranto de um ídolo (This
sporting life, 1963), de Lindsay Anderson.
Frank Machin (Richard Harris) em O pranto de um ídolo (This sporting life, 1963), de Lindsay Anderson |
A partir daí, com
a falha de tecer rápidas considerações — praticamente nenhuma — às
contribuições do Free cinema nos
libertários anos 60, Tipicamente britânico aborda a
contemporaneidade de Frears. O diretor e apresentador dialoga com Michael Apted
e Alan Parker, companheiros de geração. Apted destaca a importância da TV para
a continuidade da atividade cinematográfica nos anos 60, veículo no qual se
iniciou com os pouco conhecidos Coronation Street (1963) e Seve-up
(1964). Também recapitula o papel determinante das produtoras Granada Films,
Woodfall Films, BBC e Channel Four, bem como as séries de TV World
in action e Z Cars. Alan Parker, egresso da publicidade — estreou no cinema
com Bugsy
Malone — quando as
metralhadoras cospem (Bugsy Malone, 1976) — presta tributo
ao David Lean da grandiosidade de Lawrence da Arábia (Lawrence
of Arabia, 1962), que tanto o influenciou; exalta a força das imagens
de Ken Loach em filmes considerados impactantes: Cathy come home (1966) e Kes
(1969); celebra a ímpar originalidade de Nicolas Roeg em Performance (1970), codirigido
por Donald Cammell, A longa caminhada (Walkabout, 1971) e Inverno
de sangue em Veneza (Don’t look now, 1973); e também abre
espaço ao exagero anárquico de Ken Russel em Delírios de amor (The
music lovers, 1970).
Acima, Michael Powell e poster de seu Neste mundo e no outro (A matter of life and death), codirigido por Emeric Pressburger; abaixo, Nicolas Roeg e poster de seu A longa caminhada (Walkabout) |
O final dos anos
70 assiste as tentativas de David Puttnam para dar continuidade, via produtora
Goldcrest, ao sonho de grande cinema que animou Alexander Korda e Michael
Balcon. Os sucessos dos primeiros anos — abertos ao mercado externo e em franca
competição com Hollywood — geram ilusões: Carruagens de fogo (Charriots
of fire, 1981), de Hugh Hudson, ganha o Oscar de Melhor Filme; e Gandhi
(Gandhi,
1982), de Richard Attenborough, repete a façanha. A Goldcrest também produz
obras de cor local como o elogiado Momento inesquecível (Local
hero, 1983), de Bill Forsyth, mas passa a maior parte do tempo buscando
prêmios e o prestígio da grande indústria: Os gritos do silêncio (The
killing fields, 1984), de Roland Joffé, concorre a oscars; e A
missão (The mission, 1986), também de Joffé, ganha a Palma de Ouro de
Melhor Filme em Cannes. Mas o fracasso de Revolução (Revolution, 1985), de
Hugh Hudson, era premonitório. A derrocada da Goldcrest não tardaria.
O fim da
Goldcrest ocorre paralelo ao aparecimento de Minha adorável lavanderia
(My
beautiful laundrette, 1985), de Stephen Frears, novo sopro de vida ao
cinema inglês, conforme afirmação de Michael Apted. Desfilam as últimas imagens
de Tipicamente
britânico: Nu (Naked, 1993), de Mike Leigh; Os Commitments — Loucos pela fama (The
commitments, 1991), de Alan Parker; Blade Runner, o caçador de androides
(Blade
runner, 1982), do mais americano que inglês Ridley Scott; Em
nome do pai (In the name of the father, 1993), de
Jim Sheridan; Quatro casamentos e um funeral (Four weddings and a funeral,
1994), de Mike Newell. Enquanto cineastas como Mike Leigh e Ken Loach se
recusam a deixar a ilha, Frears afirma seu caráter híbrido e saúda uma abertura
democrática ao cinema britânico, com a conciliação de filmes que atendam a
todos os gostos e tendências. Sobre as imagens de uma plateia cinematográfica
em Vozes
distantes (Distant voices/Still lives, 1988), de Terence Davies, atesta:
“...“Aprendi! As pessoas, quando vão ao cinema, gostam de ver filmes
americanos. Continuarei fazendo filmes ingleses. Num dia feliz e com um bocado
de sorte poderemos conciliar essas contradições”.
Infelizmente o
documentário termina deixando no espectador atento o travo amargo da ausência
de referências a Alberto Cavalcanti — o brasileiro internacionalmente
reconhecido por suas contribuições ao cinema —, principalmente durante o
ininterrupto período de aproximadamente quinze anos, encerrado em 1949, todo dedicado
à glória da Grã Bretanha na sétima arte.
Roteiro:
Charles
Barr, Stephen Frears. Direção de fotografia (cores, preto e branco): Alistair Cameron, Bill Megalos, Chris Sugden-Smith,
Mark Trottenberg. Produção executiva:
Bob Last, Colin MacCabe. Gerente de
produção de séries do BFI: Esther Johnson. Consultor de séries do BFI: Tony Rayns. Operadores
de câmera: Alistair Cameron, Bill Megalos, Chris Sudgen Smith, Mark Trottenberg,
Ken Morse. Som: Neil Brown, Jeff
Edrich, Trevor Hotz, Chris Atkinson. Edição
on-line: Bill Ogden. Mixagem da combinação de sons: Bob Jackson. Consultoria:
Michael Eaton. Pesquisa: Mary Scott
Albert. Gerente de produção: Paula
Jalfon. Montagem: Nigel Barker. Primeiro assistente de câmera: John
"Yannis" Samaras. Dedicado a: Alexander
Mackendrick, Derek Jarman, Lindsay Anderson. Agradecimentos a: Mary Lea Bandy, Celeste Bartos, Bob Bress, Peter
Flower, Charles Glyn, Simon Golding, Norma Heyman, Jackie Lane, Rachel Lovitt,
Malcolm Mitchell. Tempo de exibição: 53 minutos.
(José
Eugenio Guimarães, 1998)
Te achei!!!Fantástico, já estou seguindo. Beijo no ♥
ResponderExcluirSeja bem vinda, Adriana. Grato por sua incorporação. Espero que tudo seja do seu agrado.
ExcluirBeijos.
Eugenio,
ResponderExcluirPara não deixar de soltar uma palhinha nesta postagem, expresso-me citando ser de grandioso valor este Painel, onde são postas as considerações do cinema em cada canto do mundo, numa prova determinante de que A Sétima Arte é a Verdadeira Arte.
São diversas as citações que terminam por se cinematografar e que nasceram de formas diferentes, de caminhos que terminaram por convergir a um ponto único: o cinema.
Se não houvessem tantas e diferentes mentes em trabalho a esta Arte não seria possível se imaginar o que teria sido dela, que foi fortificada, exclusivamente, por punhados e mais punhados de homens com ideais em dissonância e que terminou cada um expondo seu recado, tudo fruto de lembranças, sofrimentos, passagens de vida e situações deste porte.
O cinema Ingles é um cinema muitas vezes confundido com o cinema Americano por utilizarem linguagem similares. O diferencial dos sotaques de um cinema e outro ficam para experts em linguas, enquanto a maioria da massa que ama e vê esta Arte normalmente não desassocia um do outro.
Como resultado, produções Inglesas terminam por receber da massa bons rótulos como se fossem Produções Americanas, inclusive por mim, que muito pouco tinha como diferencias as origens.
O cinema Britanico é um grande centro e o trabalho do Frears deve ter até sido de sabor de agradável construção.
Mais uma belissima exposição de um levantamento carissimo em termos de qualidade, assim como uma informação de relevante valor para quem ama o Cinema.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir,
ExcluirNão sei se ainda é fácil encontrar os filmes desse painel do BFI. Creio que apenas a contribuição do Martin Scorsese, dedicada ao cinema americano, ganhou vida própria. Mas são todos os exemplares filmes que valem à pena ser conhecidos. Talvez seja possível encontrá-los nos programas de compartilhamento e download da Internet.
Abraços.
Muchas gracias, David. Um saludo y abrazos.
ResponderExcluir