A salinha de exibição da Cinemateca do Museu de Arte
Moderna (MAM) do Rio de Janeiro foi, para mim, durante muito tempo, uma espécie
de paraíso — algo como o Valhala do cinéfilo. Nesse espaço, conheci e revi
incontáveis obras raras e fundamentais da sétima arte. Infelizmente,
frequentá-la exigia coragem. Localizada na terra de ninguém — o centro — da
Cidade Maravilhosa, foi ficando cada vez mais perigoso comparecer às mostras
temáticas e sessões avulsas. Ainda mais nas noites dos dias úteis e tardes dos
fins de semana. Em 1995, depois de escapar ileso do quarto assalto — sob ameaça
de chaves de fenda pressionando-me o pescoço — terminou de vez a minha coragem
para ir ao MAM. Nesse ano, ali assisti a uma mostra da Cinédia de Adhemar
Gonzaga, obras recuperadas pelo incansável trabalho da herdeira Alice Gonzaga.
Entre os filmes à disposição, havia muitos do lendário diretor Luiz
"Lulu" de Barros — provavelmente, o mais produtivo cineasta
brasileiro, falecido em 1982, aos 89 anos. Dirigiu o incrível número de 264
títulos, de 1914 a 1980, inclusive o primeiro filme sonoro nacional: Acabaram-se
os otários (1929), do qual restam apenas fragmentos. Entre as realizações
recuperadas por Alice Gonzaga e vistas na mostra estava a deliciosa comédia de
costumes Maridinho de luxo (1938), protagonizada pelo impagável
Mesquitinha e ambientada num bucólico Rio de Janeiro definitivamente perdido,
como, aliás, boa parte dos filmes de Luiz de Barros.
Maridinho de luxo
Direção:
Luiz de Barros
Produção:
Adhemar Gonzaga
Cinédia
Brasil — 1938
Elenco:
Mesquitinha, Maria Amaro, Oscar
Soares, Rodolpho Mayer, Carlos Barbosa, Linda Baptista, Maria Lina, Bandeira Duarte,
Ana de Alencar, Arnaldo Coutinho, Lúcia Lamour, Carlos Ruel, Augusto Anníbal,
Fada Santoro, Maria Lisboa, Manoelino Teixeira, Júlio Penha, Arthur Alencar,
Samuel Alencar, Elza Alves, Ivone Alves, Dinorah Andrade, Alvaro Augusto,
Itália Azevedo, Osvaldo Batista, Áurea Batista, Nuripê Bittencourt, Cândido
Botelho, Holanda Cavalcanti, Ellias Celeste, Chocolate, Nina Consuelo, Ruth
Consuelo, Dulce Cordeiro, Oscar Araújo Costa, Sílvia Costa, Américo Gomes
Cunha, Acácio da Silva, Fialho de Almeida, Duarte de Moraes, Bento de Oliveira,
Carlinda de Souza, Dalila Souza, Dalila Bittencourt Dias, Ivete Dias, Armando
Duval, Olinda Falcone, Sílvio Ferreira, Cardoso Galvão, Arthur Gama, Avelino
Garcia, Delphin Gomes, Francisco Gomes, José Guilherme, Suzanna Harlin, Augusto
Hounirage, Salvre Hunk, Maria Isabel, Hilda Kelm, Jocelina Leal, Thiomar
Ferreira Leal, Arthur Leitão, Polírio Lessa, Antônio Lúcio, Anita Macedo,
Ondina Macedo, Zizinha Macedo, Lolita Machado, Consuelo Marini, Irene Martins,
Maria Santos Martins, Nadyr Oliveira Martins, Noêmia Mattos, Paulo Mello,
Aristides Vicente Mendes, Alcina Miranda, Anita Miranda, Ernani Miranda,
Humberto Miranda, Joaquim Cunha Miranda, Vera Moina, Maria Muniz, Richard
Murdock, Helga Mutich, Anthoniel Dias Oliveira, Raphael Pelegrino, Abel Pera,
Arminda Pinho, Álvaro Rocha, Manoel Rocha, Arthur Sanchez, Yolanda Santoro,
Lázaro Schwartz, Juréa Silva, Sebastião Rosa e Silva, Grijo Sobrinho, Paulo
Stuart, Norberto Teixeira, Sirene Tostes, Américo Vanicuri, Edith Vasconcelos,
Carmem Vieira, Iara Vivuri, José Wandeck, Suzann Marlin, Augusto Mourinage,
Sílvio Silveira.
O diretor Luiz de Barros, o Lulu |
Quantos filmes
dirigiu o lendário patrício Luiz Guilherme Moretzhon da Cunha e Figueiredo da
Fonseca de Almeida Barros Castelo Branco Teixeira de Barros — resumidamente, Luiz
de Barros ou, carinhosamente, Lulu de Barros, falecido em 1982, aos 89 anos? Muito
provavelmente, nem ele saberia responder com exatidão. O Dicionário de cineastas,
de Luiz F. A. Miranda, registra: "Em sessenta anos de cinema, nas fases do
mudo e do falado, dirigiu mais de 60 filmes"[1].
Essa indefinida quantidade parece muito modesta, afinal, Lulu se vangloriava de
que somente John Ford filmou mais. O diretor de Rastros de ódio (The
searchers, 1956), No tempo das diligências (Stagecoach,
1939) e O homem que matou o facínora, (The man who shot Liberty Valance,
1962) assinou perto de 150 realizações. Os 60 títulos referidos por Miranda
correspondem, é provável, às produções que, de certa forma, estão preservadas
ou deixaram algum registro escrito ou fragmentos de imagens. Muito do que Luiz
de Barros fez está irremediavelmente perdido.
O poeta Carlos
Drummond de Andrade credita 86 títulos ao cineasta[2]
— número ainda longe da exatidão. Isa Cambará está mais próxima da verdade a
partir do título do artigo escrito para a Folha de São Paulo: "Lulu,
cineasta de 105 filmes"[3].
Já o crítico e pesquisador de cinema, Alberto Silva, atribui a Barros 104
longas e 160 curtas[4],
entre os quais muitos documentários dedicados aos mais diversos temas. Tal
balanço, se verídico, perfaz a incrível marca de 264 títulos — autêntico recorde.
Com esse número, muito mais próximo dos registros históricos e das verdadeiras
dimensão e capacidade produtiva do cineasta, Barros ultrapassa não apenas John
Ford como muito dificilmente terá quem lhe faça sombra — por exemplo, David
Wark Griffith e Allan Dwan. Entre os 104 longas, Silva certamente excluiu o
marco inicial: Viuvinha, de 1914, extraído de romance homônimo de José de
Alencar. Paradoxalmente, foi destruído pelo próprio diretor. Além de inconformado
com o resultado final, alegou que prejudicaria a carreira do célebre ator
teatral Leopoldo Froés — teve a coragem de atuar em cinema, considerado, à
época, expressão menor e degradante pela maioria dos colegas.
Lulu de Barros foi
um pioneiro. Explorou, investigou e pavimentou novos caminhos. Aventurou-se em
todos os gêneros, do documentário às adaptações literárias, do melodrama ao
filme de aventuras. Mas preferiu se especializar nas mais diversas variações da
comédia: musical, de costumes, romântica, dramática, carnavalesca e erótica.
Estas já eram realizadas ao final dos anos 20: Depravação (1928) e Messalina
(1930) causaram rebuliço e movimentaram varas de família e delegacias de
costumes. Foram liberadas apenas para o público adulto masculino. Luiz de
Barros também é responsável pelo primeiro filme sonoro brasileiro: Acabaram-se
os otários, de 1929, do qual restam apenas fragmentos.
O casamento em Maridinho de luxo: Patrícia (Maria Amaro) e Marcos (Mesquitinha) |
A entediada herdeira e granfina Patrícia (Maria Amaro) |
Barros foi precursor
da chanchada. Preparou o caminho para cômicos quais Oscarito e Grande Otelo e
diretores como Watson Macedo, José Carlos Burle e Carlos Manga — o trio de ouro
da Atlântida. Mesmo que não possa ser classificado como verdadeiro artista — no
sentido de que não apurou um estilo pessoal, próprio —, revelou-se artesão
completo. "Faz tudo", nunca temeu a sempre precária situação do
cinema brasileiro. Guardadas as devidas proporções, correspondia a uma síntese
nacional do que significava Henry King no esquema de realização estadunidense. Infelizmente,
ao contrário do ilustre congênere, nunca teve o valor devidamente reconhecido. Sempre
foi subavaliado. Seu cinema era visto pela ótica do mais nefasto preconceito.
Num país onde setores da crítica e da intelectualidade sempre cultivaram uma
visão colonizada e elitista de arte, cultura e cinema, avessa a qualquer
manifestação "genuinamente" nacional e popular, Luiz de Barros era —
e ainda é — visto com desprezo e desdém — inclusive pelos colegas. Sequer foi
mencionado na primeira edição do Dicionário de cineastas[5],
de Rubens Ewald Filho. Essa atitude se faz mais lamentável quando se sabe que o
cinema brasileiro jamais firmou um plano contínuo de produção e — salvo o
período áureo da Atlântida — raramente estabeleceu contato duradouro com o
público. Se Luiz de Barros e outros empreendedores houvessem contado com maior
valorização e incentivo, talvez o cinema brasileiro estivesse em melhor
situação. Afinal, foi se apoiando sobre homens como Barros que os estadunidenses
firmaram poderio no campo da imagem em movimento.
1911: Lulu de
Barros estava em Paris quando teve a atenção despertada para o cinema.
Testemunhara as filmagens dos primeiros trabalhos estrelados por Max Linder.
Fascinado, procurou saber mais sobre o assunto. As investidas para conhecer um
estúdio resultaram infrutíferas: teve o acesso barrado às dependências da Pathé,
Eclair e Gaumont. Finalmente improvisou um jeitinho: providenciou automóvel com
chofer, traje a rigor e cartão de apresentação que o identificava ao primeiro
ator do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Assim, disfarçado, conheceu toda a
Gaumont e, inclusive, a própria diretoria o ciceroneou durante a visita. Ainda recebeu
convite, prontamente aceito, para atuar em Sangue andaluz (Sang andalou)[6].
Terminada a participação, permaneceu na França, até se inteirar sobre os mais
diversos assuntos técnicos e artísticos ligados à realização cinematográfica. O
aprendizado deu resultados, pois, não raro, Luiz de Barros assumia inúmeras
funções quando em
atividade. Além de diretor, costumava ser produtor,
roteirista, argumentista, cenógrafo, fotógrafo, montador, laboratorista, ator e
até músico. Tirando o papel de diretor, costumava se identificar nos créditos,
nas demais atividades exercidas, por meio de pseudônimos.
Patrícia (Maria Amaro) com as fotos dos pretendentes a maridinho de luxo, Tia Clementina (Maria Lina) e o mordomo (Carlos Ruel) |
Outra
característica fazia de Lulu de Barros profissional dos mais sérios e
confiáveis: respeitava acima de tudo os prazos e orçamentos estipulados, mesmo
com o risco de comprometer o resultado artístico ou o bom acabamento de seus
trabalhos — o que geralmente acontecia. Tinha na cabeça que cinema era
atividade dispendiosa, que não permitia perdas de tempo e dinheiro. Às vezes
gastava menos que o previsto e concluía os trabalhos antes do estipulado no
cronograma. Se não podia ser classificado como artista ou criador, perpassava-o
a mentalidade pragmática do industrial, necessária à consolidação de qualquer
parque cinematográfico.
Ao centro, Patrícia (Maria Amaro) e Marcos (Mesquitinha) durante o casamento |
O argumento e o
roteiro de Maridinho de luxo, escritos pelo diretor, partem de adaptação
da peça cômica Compra-se um marido, de José Wanderley, por sua vez livremente
inspirada no romance Senhora, de José de Alencar. O filme
resultou em bem humorada, leve e típica realização de Luiz de Barros: uma
comédia de costumes que satiriza a futilidade e ociosidade dos extratos sociais
da alta roda — o pessoal que já está com a vida ganha. Destila uma aparente
ingenuidade, muitas vezes aliada ao preconceito. Apresenta o realizador na
melhor forma, às voltas com o gênero de sua predileção.
Patrícia (Maria Amaro) e Marcos (Mesquitinha) revendo as condições do casamento |
Maria Amaro interpreta
Patrícia, mimada e caprichosa filha de um empresário bon vivant, o Sr. Castro (Soares), cujo maior prazer são
intermináveis partidas de paciência. Entediada, a herdeira resolve seguir o
exemplo de Zélia (Alencar), a melhor amiga: para botar banca junto à
granfinagem, anuncia em jornal que está interessada em adquirir um marido. O
reclame se completa com o irresistível "Paga-se bem" — na verdade,
cinco contos de réis por mês — ao candidato que apresentar as melhores
credenciais.
O matrimônio, apesar de arranjado e negociado entre as partes, conhece seus desencontros Patrícia (Maria Amaro) e Marcos (Mesquitinha) |
Zélia (Ana de Alencar) e Marcos (Mesquitinha) |
No dia seguinte a
mansão está cercada de pretendentes. Mas a moça não se interessa por nenhum.
Dispensa-os, para dar atenção unicamente à carta com fotografia enviada pelo
feio, magro e baixo Marcos (Mesquitinha). Tudo bem para a futura noiva. Afinal,
pretende um marido apenas para satisfazer caprichos. Quer um capacho para pisar
da forma que achar mais conveniente, um bibelô para se divertir. Aprovado, Marcos
topa o jogo. Porém, resiste pouco tempo no papel de animal de estimação de luxo.
Em nada participa da vida íntima da esposa. É obrigado a dormir em quarto
separado. Porém, como é habituado a expedientes, sabe se virar. Esperto, investe
contra os caprichos da mulher, atingindo-a no ponto mais fraco: o sentimento de
posse. Assume a face de galanteador e começa a arrastar a asa para Zélia, a
melhor amiga. Resultado: Patrícia resiste, mesmo ardendo em ciúmes. No fundo, está
apaixonada pelo marido. Só entrega os pontos nos momentos finais, depois de
perseguir Marcos — decidido a abandoná-la — pelas ruas pouco movimentadas de um
Rio de Janeiro que ficou na memória.
Patrícia (Maria Amaro) e Marcos (Mesquitinha) |
Um dos melhores
momentos do filme tem a interpretação de Linda Batista para a canção Cangaceiro
chegou — música de Alberto Ribeiro e letra de Luís Teixeira — em tom de
balada romântica e nostálgica. Os últimos focos do cangaço estavam em processo
de dizimação quando da realização. Lampião foi morto em 1938; Corisco e seu
bando chegaram ao fim em 1940.
Mesquitinha, intérprete de Marcos em Maridinho de luxo |
Argumento e roteiro: Luiz de Barros, com base na peça Compra-se
um marido, de José Wanderley, adaptada pelo diretor, por sua vez
livremente inspirada no romance Senhora, de José de Alencar. Canção: Cangaceiro chegou, música
de Alberto Ribeiro; letra de Luís Teixeira, interpretada por Linda Batista e
Cândido Botelho. Música: Joaquim
Correa Rondon, Alberto Ribeiro, Luís Teixeira, Ernani Amorim. Direção musical: Ernani Amorim. Orquestração: Joaquim Correa Rondon. Montagem e direção de arte: Luiz de
Barros. Operador de câmera e direção de fotografia
(preto e branco): Afrodísio P. de Castro. Recuperação: Alice Gonzaga. Cenografia
e construções: Alcebíades Monteiro, Alceu Rodrigues. Carpinteiros: Alexandrino Castro, Joaquim Pereira, José Queiroz, Gabriel
Queiroz, Alceu Rodrigues, Arthenio Barossi. Penteados: João Bráulio. Maquiagem:
Diva de Assis. Direção de som e sonografia:
Hélio Barrozo Netto. Coreografia: Valery
Oiser. Direção musical: Ernani
Amorim. Orquestra: Orquestra do
Cassino da Urca. Tempo de exibição:
83 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1995)
[1] MIRANDA, Luiz F. A. Dicionário
de cineastas. São Paulo: Art Editora e Secretaria de Estado da Cultura
de São Paulo, 1990. p. 47.
[2] ANDRADE, Carlos Drummond de. Luiz
de Barros conta sua vida. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22
maio 1979.
[3] CAMBARÁ, Isa. Lulu, cineasta de
105 filmes. Folha de São Paulo. São Paulo, 3 jun. 1979.
[4] SILVA, Alberto. Luiz de Barros,
83 anos, 264 filmes. Última Hora. Rio de Janeiro, 21 ago.
1977.
[5] EWALD FILHO, Rubens. Dicionário
de cineastas. São Paulo: Global, 1977.
[6] Não foram encontrados registros
mais detalhados a respeito.
Eugenio,
ResponderExcluirVALHALLA!
Ouvi este nome pela primeira vez citado por Ernest Borgnine em Viking, Os Conquistadores, quando ele, antes de ser atirado num covil de feras famintas, "pede uma espada para morrer com ela em punho ou não entraria no CONSELHO DE VALHALLA" . Até pensei que o nome correto era Valhalha. Mas foi engano de audição.
Amigo: com uma chave de fenda no meu grugumilho (gogó), eu deixaria de fazer qualquer coisa. Aliás, sendo o local tão perigoso assim, correstes riscos demais indo onde foi.
Porém, companheiro, veja como é, veja o que fazemos por esta Arte que nos Embriaga de Prazer: até nossas vidas pomos em risco!
Eugenio, amigo! Este filme Maridinho de Luxo deve ter o maior elenco de qualquer outro filme nacional! Nele não existem menos de 250 pessoas!
Puxa vida! Imaginemos a trabalheira para administrar tanta gente!
A Patricia (Maria Amaro) na 2a. foto está a cara de Tonia Carrero!
Incrivel como um diretor que construiu 264 titulos e eu jamais ter ouvido falar em seu nome.
Mesmo sendo um assíduo frequentador do cinema Nacional e, inclusive na minha mais ativa época de frequencia nos cinemas, 1950/60, quando ele ainda vivia, ainda assim me é totalmente um estranho.
De qualquer forma vou conferir sua filmografia e fazer uma comparação com meus alfarrábios. Quem sabe não acho por lá algo dele que desconheça?
Com toda certeza que sua estada na França lhe rendeu muito. Quando se gosta de algo, fica fácil o aprendizado, que ele logo utilizou com vantagens e qualidade no Brasil.
Pelo que o Barros fez, conforme lido acima, e não se atendo a gênero algum, foi bem acertada sua comparação ao King.
No entanto, não estou em paralelo com o editor quando fala de guardada as devidas proporções, já que apenas os trabalhos dele, mesmo bons, apenas não teve o reconhecimento que merecia ou se perderam.
E isto é uma situação corriqueira em nosso País, porque aqui não valorizamos o que é nosso e somos um país sem memória. Tal qual citaste que ele nem teve seu nome lembrado na edição Primeira de Dicionário do Cineasta, do "critico" Rubens E Filho.
É assim, meu caro. Como o Luiz de Barros, nem contas podemos fazer de outros ilustres NOMES que a historia deixou passar totalmente em branco.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir,
ExcluirRevi, não faz muito tempo, o filme VIKINGS, OS CONQUISTADORES (The vikings, 1958), de Richard Fleischer. De fato é deste jeito mesmo que morre o personagem do Borgnine. Se joga com espada em punho num covil de cães ferozes - se não estou enganado - aos gritos de Odin.
Não se atormente se o Lulu de Barros lhe é desconhecido. Pouquíssimos ouviram falar desse heroico combatente de nosso cinema.
Abraços.