Anjo
ou demônio? (Fallen
angel, 1945) é a nona direção de Otto Preminger e a segunda após o
sucesso de Laura (Laura, 1944). É, no mínimo, um filme
curioso. Não rendeu o prometido devido à nefasta interferência de Darryl F.
Zanuck — big boss da 20th Century-Fox
— na montagem final. Em consequência, a narrativa aparenta falta de melhor
definição ou racionalidade. Tudo para ampliar a participação da namorada Linda
Darnell em detrimento da atriz principal, Alice Faye. Esta se sentiu
profundamente desrespeitada após fieis onze anos dedicados à companhia. Rompeu unilateralmente
o contrato, medida que a afastaria das telas até 1962. Anjo ou demônio? é noir centrado no tema da queda e
redenção. Dana Andrews vive Eric Stanton, um perdedor obrigado a interromper
viagem na cidadezinha de Walton — espécie de estação provisória ao pagamento de
pecados. Para consolidar a paixão pela fatal Stella (Darnell), contrai
matrimônio com a rica solteirona e herdeira June Mills (Faye). Mas se torna
suspeito de assassinato. O tema musical Slowly — composto por David Raksin —
e o claro-escuro da fotografia de Joseph LaShelle acentuam o clima de paixão e
mistério. Também elevam a boa atmosfera de uma história no mais das vezes inacreditável.
A apreciação a seguir é de 2000.
Anjo ou demônio?
Fallen angel
Direção:
Otto Preminger
Produção:
Otto Preminger
20th Century-Fox
EUA — 1945
Elenco:
Alice
Faye, Dana Andrews, Linda Darnell, Charles Bickford, Anne Revere, Bruce Cabot,
John Carradine, Percy Kilbride e os não creditados Olin Howland, Wally “Hal
Taliaferro” Wales, Mira McKinney, Jimmy Conlin, Leila McIntyre, Garry Owen,
Horace Murphy, Martha Wentworth, Paul Palmer, Paul E. Burns, Dave Morris, Herbert
Ashley, Matthew “Stymie” Beard, Dorothy Adams, William Haade, Chick Collins, J.
Farrell MacDonald, Max Wagner, Betty Boyd, Gus Glassmire, Harry Strang, Robert
Adler, Matthew 'Stymie' Beard, Franklyn Farnum, Dick Haymes, Adele Jergens,
Tiny Jones, George Magrill, William H. O'Brien, Frank O'Connor, Broderick
O'Farrell, Brick Sullivan, Hal Taggart.
Otto Preminger |
O sujeito passou
por graves revezes. Talentoso, teve tudo para se firmar como promissor agente
de personalidades e espetáculos em Nova York. Porém , perdeu tudo; oito mil dólares
em uma noite. Agora está quebrado, com a reputação em baixa e cansado de esmurrar
pontas de faca. Precisa refazer a vida, mas é invadido pela sensação de ter "um
milhão de anos de idade". De ônibus, tenta chegar em São Francisco. O
dinheiro contado permitiu adquirir passagem até Walton, cidadezinha costeira
próxima ao destino pretendido. Inútil apelar ao senso de piedade do motorista.
Sequer se humilharia com tal expediente. Desembarca onde deveria, em pouco
promissora noite avançada. Seu nome é Eric Stanton (Andrews), um perdedor.
Faminto e
esgotado, com apenas um dólar na carteira, encontra a lanchonete de Pop
(Kilbride). O local está agitado. Desapareceu o principal chamariz da casa, a
exuberante e fatal garçonete Stella (Darnell). A polícia se prepara para as
buscas quando ela aparece, sem nada a declarar. Senta-se, tira os sapatos e massageia
os pés para fascínio dos presentes: Pop, o policial novaiorquino aposentado
Mark Judd (Bickford) e Stanton. Dave Atkins (Cabot), vendedor de jukebox — quarto
homem diretamente interessado em Stella —, deixou há pouco o estabelecimento.
Eric Stanton (Dana Andrews) chega em Walton e se dirige à lanchonete de Pop (Percy Kilbride) |
Esse é o começo
do menosprezado noir Anjo
ou demônio?, fracasso de crítica e público mas merecedor de melhores
considerações. É o nono título da filmografia de Otto Preminger; o segundo após
o sucesso com Laura (Laura, 1944)[1].
O produtor Darryll F. Zanuck é responsável direto pelos problemas acumulados na
pós-produção. Sua intervenção provocou o rompimento unilateral do contrato de
Alice Faye com a 20th Century-Fox. Insatisfeita com os cortes[2]
—reduziram sensivelmente a importância de seu papel em favor da jovem Linda
Darnell, namorada de Zanuck —, simplesmente abandonou a companhia. Sentiu-se
extremamente desrespeitada após onze anos de fiel dedicação. Era um dos
principais chamarizes de público. Pretendia explorar novos rumos. Havia
recusado cerca de 30 roteiros até se decidir por Anjo ou demônio?. A
rebeldia não passou em
branco. Zanuck se vingou na justa medida. Graças aos
importantes relacionamentos cultivados em Hollywood, impediu a contratação de
Alice Faye pelas demais produtoras. Os programas de rádio, ao lado do marido
Phill Harris, salvaram a atriz. Só voltaria ao cinema após 15 anos, no papel de
Melissa Frake em Feira das ilusões (State fair), de Jose Ferrer —
ironicamente, produção da 20th Century-Fox.
Stella (Linda Darnell) e o policial aposentado Mark Judd (Charles Bickford) |
Decorrem da
redução do papel de Faye os problemas estruturais de Anjo ou demônio?. Ela interpreta
a principal personagem feminina: June Mills. Stella seria apenas o motivo
desencadeador da ação. Os cortes deixaram a sensação da falta de centro
aglutinador à narrativa. Com isso, as idas e vindas de Eric Stanton carecem de
melhor definição ou racionalidade. Há momentos totalmente implausíveis. Fica no
espectador a impressão de haver perdido alguma sequência de suma importância. Como
se trata de filme noir — gênero no
qual o mundo e as relações de sentido são sempre movediças, em histórias
carregadas de simbolismos — as inconsistências são aceitas sem muitos senões.
Por outro lado, os melhores atrativos decorrem do clima e da ambientação,
valorizados pelo tema musical de David Raksin e pela fotografia sombreada de
Joseph LaShelle. Na amarração final há a eficaz e ágil direção de Otto Preminger.
Tem-se Eric
Stanton duro e ao Deus dará numa
Walton estranha e aparentemente amaldiçoada. A cidadezinha lembra um não-lugar; uma estação provisória de pagamento
de pecados, como o purgatório. O personagem tem muitas faltas a quitar. A situação
pouco promissora do momento acrescentará novas parcelas ao seu livro de dívidas.
Por sorte, tem jogo de cintura. Faltam-lhe, ao menos por ora, a boa consciência
e qualquer senso moral. Fala rapidamente. Articula as frases à medida que pensa.
Direciona o arranjo das palavras em proveito próprio. Com a firmeza da lábia consegue
lugar para dormir e as forças do acaso o posicionam no caminho e nas
necessidades do professor Madley (Carradine), um simpático picareta. Ele e o assistente
Joe Ellis (Howland) estão com dificuldades para apresentar um show de
comunicação com os mortos em Walton. Precisam dobrar a resistência da influente
e enrustida solteirona Clara Mills (Revere), órfã de prefeito querido na
cidade. Em troca de participação nos lucros do espetáculo, Stanton praticamente
se impõe como divulgador e solucionador de problemas. Ganha sem querer o
auxílio de June — irmã mais nova de Clara — para autorizar a apresentação.
Também solteira, a caçula é tentador partido a um oportunista quebrado, pois
herdará razoável fortuna ao se casar.
Comunicando-se com os mortos: professor Madley (John Carradine) |
Madley faz sucesso.
O retorno financeiro do show resolve momentaneamente a complicada situação de
Stanton. Resolve permanecer em
Walton. Está atraído por Stella. Slowly — tema musical
composto por David Raksin, às vezes convertido em canção na voz de Dick Haymes
— deixa explícita a situação. Algo semelhante ocorreu em Laura com o comentário
musical do mesmo compositor. A partir daí os acontecimentos se atropelam em
decorrência da montagem imposta por Zanuck.
Stella não
facilita as coisas. Interesseira, instrumentaliza os rápidos relacionamentos
afetivos com homens os mais diversos. É caçadora voraz, um anjo caído — conforme
o título original — semelhante em caráter ao personagem vivido por Dana
Andrews, mas sem possibilidades de redenção. Entre a incredulidade e a
indiferença diante das propostas amorosas de Stanton, oferece-lhe corda para se
enforcar. Adianta que não se interessa por homens sem dinheiro. Também pretende
a estabilidade socialmente garantida pelo anel de casamento.
Stella (Linda Darnell) |
Difícil de
engolir: em poucas horas o forasteiro se jogou aos pés de Stella e a cortejou. Frente
às imposições da garota, deverá agir com rapidez. June, herdeira disponível, é oportunidade
a não desperdiçar: um rentável casamento de conveniência! Depois, dará um jeito
de se livrar dela. Apesar das reservas de Clara, o matrimônio é contraído em poucas
horas. Bastou uma ida noturna à praia para oficializar namoro e noivado. Somente
muita carência — ou senso de economia hollywoodiano — para explicar tanta
rapidez. Ou, então, as artes do imponderável: afinal, June se apresenta como
contraponto redentor aos anjos caídos. Eric Stanton foi deixado à guarda de
suas boas e protetoras asas. Somente isso explicaria a complacência da esposa
com a escapulida noturna do marido em plena noite de núpcias. Eric tentou encontro
com Stella. Não mereceu confiança. Frustrado, voltou para casa, mas não aos
braços da carente June. Adormeceu no sofá. Ao amanhecer é informado de que a
polícia o procura.
Eric Stanton (Dana Andrews), Pop (Percy Kilbride) e Stella (Linda Darnell) |
Stella foi
assassinada. Para apressar as investigações, a polícia local convoca o aposentado
Mark Judd. Stanton e Dave Atkins — último a ser visto com a vítima — são os
suspeitos. O vendedor de jukebox passa pelo crivo do brutal interrogatório de Judd.
Recebe contínuos golpes de punho envolvido em luvas de borracha. No aposento
contíguo, Stanton — sem álibi a oferecer — ouve a inquirição. Atkins resiste. É
inocentado pelo legista e dispensado. Resta o marido de June. Será interrogado
mais tarde. Temendo tratamento parecido ao de Atkins, embarca para São
Francisco com a mulher.
Stella (Linda Darnell), Pop (Percy Kilbride) e Eric Stanton (Dana Andrews) |
Causa espécie a
facilidade com que June se deixa levar. Uma puritana interiorana casada às
pressas com um desconhecido e, ainda por cima, suspeito de assassinato! Em São Francisco está
depositada a herança. Armada com boa vontade, pretende dividi-la com Stanton.
Depois, seja o que Deus quiser. Aguardam a abertura do banco em modesto quarto
de hotel. É quando afloram as intenções da boa samaritana. Suave e
compreensiva, convence Eric a se abrir, a falar de si e do passado. Advém significativo
diálogo, com June se expondo ao cínico e irônico marido: "Eu preciso de
você (...). Você é meu marido e eu sou sua esposa. (...) Todos nascemos para
pisar a Terra como anjos, para procurar o paraíso deste lado do céu. Na busca,
alguns anjos tropeçam e caem sem luz na escuridão. Somente o amor de outro anjo
fará o decaído se levantar. Apenas os dois, juntos, poderão entrar no
paraíso".
Soa
inacreditável. June lança olhares ao alto enquanto fala, como se buscasse o
firmamento além do teto do aposento. Eric adormeceu. Apesar de tudo, a coisa funciona
a contento, mesmo com tudo evocando o sobrenatural. O mais incrível é o cochilo
do Código de Produção. Na cena, o casal — apesar de unido pelo laço do
matrimônio — divide a mesma cama, algo terminantemente proibido. Pelo visto,
Otto Preminger afrontou a censura bem mais cedo que o registrado.
O cochilo do Código de Produção: June Mills (Alice Faye) e Eric Stanton (Dana Andrews) |
Amanhece. June é detida
por policiais de Walton na ida ao banco. Stanton a tudo presencia, sem ser
visto, do outro lado da rua. Interrogada por Judd, afirma a inocência do marido
e a confiança nele depositada. Apresenta-o como alguém a quem faltaram todas as
chances de ser uma pessoa melhor. Extenuada mas convicta, vai às lágrimas. É
dispensada mediante a responsabilidade de Clara.
Anoitece. Judd
está na lanchonete. O abatido Pop pretende vendê-la. A vida perdeu a graça sem
Stella. Chega Stanton. O detetive não parece surpreso. Tenta permanecer
impassível. Mas recebe perguntas incômodas: "Por que não foi me procurar em São Francisco ? Por
que os jornais não noticiaram a morte de Stella? Por que bateu em Atkins se
sabia o tempo todo que não era o culpado?". Apoiado nessas questões, o
protagonista sentiu segurança para voltar e lutar pela inocência. Também
levantou informações sobre a vida pregressa do investigador. Anjo
ou demônio? se encaminha para um final surpreendente, que culmina com a
revelação do assassino sob a iluminação em claro-escuro de Joseph LaShelle e ao
som da lânguida Slowly na jukebox. Stella não será esquecida, mas a vida precisa
continuar, principalmente para Stanton, aguardado por June à saída do
estabelecimento. A noite soturna até parece mudar de tom. Marido e esposa,
enfim unidos, seguem juntos para casa. O anjo de luz regenerou o companheiro
decaído.
Eric Stanton (Dana Andrews), Mark Judd (Charles Bickford) e Pop (Percy Kilbride) |
Apesar das
incoerências, Anjo ou demônio? é agradável e prende a atenção. Com a elevação
da situação de mistério, o espectador termina por se ligar ao desenvolvimento
da história, não pelas qualidades narrativas, mas em função da atmosfera
envolvente. Outros elementos justificam a atração. Há os personagens, em
particular os dúbios, bem desenhados e prontos para surpreender: Stella, Mark
Judd e Eric Stanton, sem esquecer a rápida aparição do Professor Madley. Com
seus gestos, olhares e falas, conquistam fácil empatia. São fortalecidos pela
trilha musical e fotografia. As externas, mesmo pouco exploradas, são
reveladoras. Walton lembra uma prisão sem grades, da qual é impossível escapar:
um conjunto social habitado por gente comezinha e tacanha, que se vigia pelas
frestas de portas e janelas, prisioneira de preconceitos transformados em
maldição.
Segundo consta,
Linda Darnell fez laboratório para melhor se adequar à personagem. Trabalhou
uma semana como garçonete nas dependências da Fox. De intérprete de mocinhas
virginais em início de carreira, fez com louvor a transição para uma devoradora
de homens, disposta a reduzi-los a trapos. Na verdade, revela a fragilidade
oculta sob a capa da masculinidade aparentemente tão objetiva, direta e cheia
de si. Eric Stanton e outros que o digam.
Dana Andrews —
talhado para o noir — tem com Anjo
ou demônio? a segunda oportunidade sob a batuta de Otto Preminger. Seu
semblante duro, a discrição e a inflexão da voz conferem ao decaído Eric
Stanton a ambiguidade essencial ao personagem calculista, manipulador, de
raciocínio rápido, egoísta ao extremo, mas capaz de se reerguer no plano moral.
O detetive aposentado Mark Judd, repleto de autoconfiança e empáfia, é uma das melhores
atuações do velho Charles Bickford.
Roteiro: Harry Kleiner, com base em
novela de Marty Holland. Música:
David Raksin. Direção de fotografia
(preto-e-branco): Joseph LaShelle. Montagem: Harry Reynolds. Direção
de arte: Leland Fuller, Lyle R. Wheeler. Decoração: Helen Hansard, Thomas Little. Figurinos: Bonnie Cashin. Maquiagem: Ben Nye. Assistentes de direção (não creditados):
Tom Dudley, George
Schaefer, Sam Wurtzel. Som:
Bernard Freericks, Harry M. Leonard. Efeitos
especiais: Fred Sersen. Direção
musical: Emil Newman. Gerente de produção: Raymond A. Klune (não creditado).
Direção de segunda unidade: Otto
Brower (não creditado). Projeção de
transparências (não creditada): Sol Halperin, Edward Snyder. Segunda câmera: Lloyd Ahern (não
creditado). Mixagem musical (não
creditada): Charles Althouse, Paul Neal, Murray Spivack. Orquestração: Arthur Morton (não
creditado). Continuidade: Teresa
Brachetto (não creditada). Assistente de
pesquisa: May Morris (não creditada). Direção
de pesquisa: Frances C. Richardson (não creditado). Sistema de mixagem de som: Western Electric Recording. Tempo de exibição: 98 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 2000)
[1] Os filmes anteriores de Preminger são: Die
grosse liebe (1931), Under your spell (1936), Danger,
love at work (1937), Um pequeno erro (Margin
for error, 1943), Por enquanto, querida (In
the meantime, darling, 1944), Laura e Czarina (A
royal scandal, 1945).
[2] Um dos cortes deixou Faye bastante magoada: o
momento em que interpreta, na praia, a canção-tema Slowly para Eric Stanton.
Eugenio,
ResponderExcluirCom todo perdão pedido pela colocação do termo, mas a verdade é que a desgraçada força do poder tem esta capacidade de tolir talentos, dirigir e estragar a vida de pessoas atiriando-as ao degredo, à miséria, ao alijamento, como agiu com a Faye.
Isso foi Zanuck, com sua destruidora influencia, capitalizando maleficamente seu poder para danificar mais esta carreira.
A vida é sempre assim, dos fortes, dos poderosos, dos homens sem limites conscienciais e simplesmente demolidores de vidas.
Não é a primeira vez que ouço coisa assim. E esta é uma das causas que me fazem amar J Ford por seu espetacular talento como cineasta e odia-lo pela maldade que tinha entranhada n'alma. Ele fez tudo isso com Ben Johnson.
Vi até que muitos filmes do Preminger, e soube até que era genioso e até um tanto brutal para com seus atores. Gostei de Bom Dia Tristeza/58, amei O Rio das Almas Perdidas/54, Exodus/60 foi um filme ótimo e com uma trilha sonora que na época não saia dos rádios, e não vou nem tecer elogios a O Homem do Braço de Ouro/55, porque não é necessário.
Porém, não vi nem Carmem nem o filme da Postagem, que o editor abre para nós como se nos fazendo ve-lo enquanto lemos a escrita.
E o acho com um tema bem forte e com poderes de se criar um bom filme, o que no ver do editor aconteceu, mas não se deu bem nas bilheiterias, sem falar com a mão torpe do intrometido demais produtor a mutilar a fita.
A Darnell era linda demais e não tiro do homem qualquer razão por se apzixonar por uma pérola daquela. Mas a Linda Darnell (cuja beleza estava no pico de seu poder em Sangue e Areia/41) porém, mulher que nos deixou muito cedo em função do destruidor poder do alcool e das drogas.
jurandir_lima@bol.com.br
Caro Jurandir,
ExcluirPois ANJO OU DEMÔNIO?, apesar de tudo, é um filme que merece toda a nossa atenção, principalmente de quem á fã do cinema noir.
Algo que preciso saber melhor: como se azedou a relação entre John Ford e Ben Johnson? Pouco sei a respeito. Afora o fato de que foi John Ford que o descobriu e lhe ofereceu as primeiras chances na carreira. Mas algo deve ter apaziguado o ânimo de Ford para com Johnson. Afinal de contas, em 1963 ele interpretou o soldado Plumtree em CREPÚSCULO DE UMA RAÇA, do diretor. Vou agendar para me informar melhor a respeito da situação que gerou o entrevero.
Abraços.