Amos Gitai é internacionalmente reconhecido como o
cineasta mais importante de Israel. Além do posicionamento político progressista
e independente, ostenta filmografia marcada pela generosidade do olhar
etnográfico. Kadosh: laços sagrados (Kadosh, 1999), sua trigésima sétima
realização, só pôde ser concretizada com suporte francês. Os organismos
israelenses de fomento ao cinema recusaram qualquer apoio. Apesar dos prêmios
recebidos, atraiu a fúria de setores religiosos e secularizados do judaísmo
pelo que seria abordagem parcial, empobrecedora e preconceituosa da ortodoxia
hassídica. Mereceu protestos quando lançado no Brasil, principalmente no Rio de
Janeiro e em São Paulo. Ambientado na comunidade de Mea Shaerim, em plena
Jerusalém contemporânea, expõe o status subalterno das mulheres, relegadas,
segundo os rigores da interpretação essencialmente masculina da Torá, apenas ao
papel de procriadoras. No centro da narrativa está o doloroso drama de Rivka
(Yaël Abecassis), estigmatizada pela vigilância comunitária por não gerar filhos
após casamento de 10 anos com Meïr (Yoram Hattab), filho do zeloso e duro rabino
Shimon (Yussuf Abu-Warda). Talvez Gitai tenha carregado nas tintas. Mas não se
pode negar a Kadosh: laços sagrados o grau de peça cinematográfica exemplar,
inclusive na abordagem da questão chave: o peso da determinação comunitária
sobre a racionalidade individual, problema central de qualquer fundamentalismo
religioso. A apreciação a seguir é de 2000.
Kadosh:
laços sagrados
Kadosh
Direção:
Amos Gitai
Produção:
Amos Gitai, Michel Propper
Agav Hafakot, MP Productions
Israel, França — 1999
Elenco:
Yoram Hattab, Meital Barda, Uri Ran-Klausner, Yussuf
Abu-Warda, Leah Koenig, Sami Huri, Rivka Michaeli, Samuel Calderon, Yaël
Abecassis, Noa Dori, Shireen Kadivar, Amos Gitai.
O diretor Amos Gitai |
Amos Gitai é o cineasta
mais prestigiado de Israel, ao menos no plano internacional. Internamente,
devido aos filmes e ao posicionamento político progressista e independente, é
bastante criticado e mal visto por fundamentalistas e setores secularizados. Kadosh:
laços sagrados[1],
trigésimo sétimo título de uma filmografia diversificada e politicamente
comprometida, despertou fúria generalizada à direita e à esquerda. Sempre
reconhecido pela mirada etnográfica, Gitai recebeu acusações que o lançaram na
conta de estereotipador do comportamento e da visão do judaísmo hassídico, principalmente
com respeito às crenças e rituais. Grotesco, leviano, errôneo, melodramático,
exagerado e profano são alguns termos desferidos como anátemas a ele e à realização.
No Brasil, cumpriu discreta carreira nos cinemas. Mesmo assim, foi alvo de
protestos de grupos afinados com o judaísmo e o Estado de Israel, no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
As dificuldades
começaram na pré-produção. Os organismos israelenses estatais, responsáveis
pelo fomento à indústria cinematográfica, recusaram qualquer apoio. Verbas
francesas garantiram a realização. De certa forma — graças ao prestígio do diretor
—, facilitaram a inclusão de Kadosh: laços sagrados no Festival
de Cannes de 1999, com Gitai indicado à Palma de Ouro de Melhor Direção. A
seguir, vieram aclamações e prêmios em outras mostras e festivais na Europa,
América e Ásia: venceu o British Independent Film Award como Melhor Realização
Estrangeira e recebeu láurea da National Board of Review dos Estados Unidos em
2000 na categoria Liberdade de Expressão. Nesse mesmo ano foi nominado ao
prêmio de Melhor Filme Asiático no Festival Internacional do Filme de
Singapura, quando se saiu vitorioso como Melhor Roteiro, escrito por Eliette
Abecassis e Amos Gitai.
Kadosh: laços
sagrados narra com simplicidade uma história dramática de forte
apelo emocional. São poucos os cenários. As ambientações estão concentradas em
ambientes fechados, quase sempre. Os movimentos de câmera são mínimos e suaves.
A decoração é despojada, praticamente reduzida ao básico, como convém à trama e
aos personagens. Estes se movimentam na comunidade de Mea Shaerim, espécie de enclave
ultraortodoxo hassídico em plena Jerusalém contemporânea. O drama privilegia,
essencialmente: Rivka (Abecassis), esposa de Meïr (Hattab) e irmã mais velha de
Malka (Barda). Esta é praticamente obrigada ao casamento sem amor com Yossef
(Ran-Kausner), apesar de cultivar laços afetivos com o excluído e mundano cantor
de rock Yaakov (Hori). Ainda há Elisheva (Koenig) — mãe de Rivka e Malka — e o
rabino Shimon (Abu-Warda).
Rivka, interpretada por Yaël Abecassis |
Do lugar e das
funções reservadas às mulheres na ortodoxia hassídica trata o filme. As leis da
Torá ditam os costumes e reservam aos homens franco poder decisório. Cabe-lhes o
estudo da religião com a tarefa de interpretar os cânones e aplicá-los à vida
prática. As diretrizes legais emanadas do Estado moderno e secular não contam.
Este é um inimigo a vencer, segundo o ponto de vista messiânico em vigor na
comunidade de Mea Shaerim. As mulheres estão relegadas à subalternidade e ao
espaço privado do lar. Prioritariamente, devem gerar os filhos de Israel
segundo os imperativos da tradição divina, preferencialmente em significativa
quantidade. Espera-se que a prole engrosse as fileiras da ortodoxia, para, no
porvir, haver força e número suficientes ao combate a travar contra o mundo
laico, sempre uma ameaça. Importa crescer e multiplicar. Por isso, os homens necessitam
contrair matrimônio, obrigatoriamente. As esposas precisam ser férteis e mães
dedicadas na atenção aos filhos. Devem gerar, educar, cuidar do lar e, no
limite, ocupar-se com algum ofício rentável, para liberar os maridos ao nobre,
continuado e diuturno estudo da Torá.
Mas nem tudo é
simples. A doce Rivka, casada há mais de dez anos com Meïr, filho do rabino
Shimon, ainda não concebeu. Aos olhos atentos da comunidade é uma mulher
incompleta, seca e morta. Seu estado é frontal desrespeito às ordenações
sagradas. Apesar de incomodado com a situação, o diligente Meïr ama Rivka. É
marido carinhoso e atencioso. Por sua vez, ela faz o possível para corresponder
ao papel que lhe foi atribuído. Ora e se purifica espiritualmente nos banhos
rituais da mikvah, aplicados à
comunidade feminina pela zelosa e preocupada mãe Elisheva. Infelizmente, a
gravidez não vem. Em desafio às determinações comunais, Rivka consulta, em
segredo, uma ginecologista. Descobre que é totalmente apta para a concepção. Os
problemas da esterilidade estariam, então, com o marido. Porém, diante das normas
é inconcebível alertá-lo a respeito. Muito menos convencê-lo ao exame clínico,
de contagem de espermatozóides, pois um fiel filho de Deus não pode derramar em
vão a própria semente. Portanto, não há como responsabilizá-lo.
Malka (Meital Barda), irmã de Rivka (Yaël Abecassis) |
É sério o
problema de Rivka. Sua individualidade — e dos demais personagens — não é
levada em conta. Todos em Mea Shaerim estão sujeitos às determinações emanadas
do grupo — uma teia orgânica de princípios, regras e mandamentos que abolem quaisquer
sentimento e determinação próprios. A comunidade é uma totalidade regulada pela
tradição divina em todos os seus aspectos. Vale a vontade de um Deus ancestral,
imóvel, distante, absoluto. A isto reporta o título dado pelo termo "Kadosh".
A tradução é "sagrado" — com os significados de "intocado"
e "permanente", além de "separado" das coisas do mundo
laico e profano. Portanto, trata-se de realidade contra a qual não cabem
discussões. Restam apenas a submissão e aceitação. Ou se está dentro ou fora. O
caminho do meio não é dado ou permitido. O desvio significa a entrada
automática na condição de pária ou excluído.
A esfera sagrada
da vida é destacada logo no começo, em plano de longa duração. Meïr desperta. Enquanto
Rivka ainda dorme em cama separada, prepara-se ritualmente para mais um dia de
orações e estudos na Yeshiva — espécie de escola religiosa — junto aos irmãos
de fé. Começa a se vestir, fazendo-se acompanhar de extensa e detalhada oração.
Praticamente renova o pacto com o Criador, que lhe concedeu a vida e não o
deixou nascer mulher.
Meïr (Yoran Hattab), marido de Rivka Yaël Abecassis) |
Na Yeshiva, Meïr será
novamente advertido pelo pai a repudiar Rivka e tomar outra esposa. É o que deve
fazer, ou não terá paz e disposição para se dedicar com empenho ao exame da
Torá. Todas as suas atenções estão voltadas ao crucial problema de Rivka e ao
falatório despertado na comunidade pela situação. Mesmo assim, tenta resistir
aos apelos. Mas a autoridade paterna, dada por Deus, é superior. Deve ser
ouvida e acatada. As palavras de Shimon são fortes — ainda mais para plateias
ocidentais ou outras, avessas ou estranhas aos princípios e costumes do
fundamentalismo judaico. Toda a preleção é voltada para Rivka, ao papel da
mulher e à santidade esperada do casamento: "O único dever de uma filha de
Israel é trazer crianças judias ao mundo e permitir ao seu marido o estudo da
Torá, atividade da qual ela participa indiretamente: limpando, cozinhando e,
principalmente, criando seus filhos. A mulher não tem outra finalidade que não
a criação dos filhos. Sem filhos não poderemos vencer os ímpios e o governo
laico deste país. (...) Um casamento de 10 anos sem filhos... Você deve tomar
outra mulher para crescer e multiplicar-se. Uma mulher não vive senão para
aquele que a usa. Uma mulher estéril não é mulher. Um homem que morre sem
descendentes rasga uma página da Torá".
A sorte de Rivka
está lançada. Meïr sucumbe à autoridade paterna e religiosa. Acordos firmados à
sua revelia lhe providenciam outra esposa. Deprimida e abandonada, a
primogênita de Elisheva só encontrou saída na submissão à letra da lei: permanecerá
na comunidade na condição de excluída, moradora de pequeno apartamento. Malka, igualmente
subjugada, terá, ao menos, posicionamento mais ativo e em proveito próprio. Obrigada
ao casamento com o fanático e bruto Yossef, ver-se-á reduzida apenas à condição
de vaso reprodutor numa união desprovida de qualquer afeto. A situação reacende
o amor que sentia por Yaakov. Voltará a procurá-lo, mesmo sabendo das
consequências da infidelidade a uma adúltera em Mea Shaerim. Ao fim, recusará
destino igual ao da irmã. Por mais doloroso que seja, abandonará a comunidade
por uma inserção na impessoalidade legal do mundo secular.
Acima e abaixo: Rivka Yaël Abecassis) e Meïr (Yoran Hattab) |
Sobre Amos Gitai
caíram acusações típicas. De certo modo, fosse o autor não um cineasta, mas escritor
ou acadêmico, não seria diferente. Quase sempre uma mirada voltada a um grupo
específico e fechado — facilmente destacado do meio social mais amplo por causa
de crenças e costumes — resultaria em acusações, não importa a identidade de
quem se lançou na missão de desvendamento. Ainda mais por Gitai ter, de fato,
abusado da liberdade criativa no tratamento dos hassídicos. Se houve tentativa
propositada de reduzi-los à excentricidade mais óbvia, não há como afirmar,
pois falta-me o necessário conhecimento. Para os críticos mais denodados de Kadosh:
laços sagrados, se a abordagem simplista não foi intencional
consequência da falta de estudo mais acurado da parte dos roteiristas, deveria
o cineasta buscar consultoria abalizada. Ao menos para não cair em erros que
saltam aos olhos — alegam os detratores —, como na recriação dos banhos na mikvah, encenação das orações matinais
de Meïr, cerimônia de casamento de Malka e particularmente no tratamento dado
às mulheres. Os inimigos do filme e de Gitai os acusam de trilhar
propositalmente o caminho mais fácil: a redução dos hassídicos a um risível grupo
de fanáticos. O desserviço prestado seria considerável, pois cineasta e obra teriam
apenas empobrecido um vasto repertório cultural, repleto de variações, ao
transformá-lo em monolítica estrutura. Assim, Kadosh: laços sagrados não
só maculou a ortodoxia com surrados clichês como reforçou os preconceitos utilizados
durante séculos pelos inimigos do judaísmo, inclusive os nazistas.
Por outro lado,
apoiado na liberdade criativa e por um ponto de vista eminentemente autoral,
talvez Gitai tenha se servido propositalmente da infidelidade do olhar, exatamente
para se ver livre de qualquer identificação com grupos e facções. Provavelmente,
escaldado como é, já previa críticas. Vacinado, tentou a abordagem generalizada
e abrangente. Se não deu certo, paciência! Porém, abrindo mão de todos os
preciosismos, sobressai-se o básico. Kadosh: laços sagrados é muito bom
como cinema e denúncia. Seu brado não se limita apenas ao tratamento das
mulheres pela ortodoxia hassídica. Alcança todos os fundamentalismos religiosos,
particularmente os herdeiros da matriz abraâmica: judaico, cristão e islâmico,
todos igualmente pródigos na construção e apresentação de argumentos religiosos
baseadas na obediência cega à letra da lei sagrada emanada da Torá, Bíblia e
Alcorão; avessos a qualquer negociação com as prerrogativas do mundo laico em
suas bases modernas e firmadas na tolerância, respeito às determinações
individuais e aceitação dos princípios da igualdade e da diferença.
Meïr (Yoran Hattab) e seu pai, o rabino Shimon (Yussuf Abu-Warda) |
Talvez Gitai
tenha carregado nas tintas. Mas a concepção puramente cinematográfica de Kadosh:
laços sagrados parece dizer que não. A câmera não assume, em momento
algum, posição invasora ou apelativa, como se estivesse de prontidão para
desvendar e ampliar detalhes mórbidos e sórdidos. As lentes observam da forma a
mais objetiva possível. Há um distanciamento respeitoso na exposição dos
personagens, mesmo quando proximamente focalizados. Inclusive os mais
antipáticos como o rabino Shimon, Elisheva e Yossef estão preservados no que
possuem de humanidade. Há, por todos eles, uma espécie de carinho e respeito. A
principal preocupação do filme, sempre, é ressaltar a oposição entre determinação
comunitária e liberdade individual. Dessa contradição padecem principalmente
Rivka — intimamente — e Malka. Lentamente a câmera se abre à revelação de um
processo erosivo instalado nas almas dessas mulheres, obrigando-as às escolhas
determinantes de suas vidas. De todo modo, é sempre o peso da imposição
comunitária que se faz presente. Rigorosamente, é tudo muito bem filmado,
apesar da tocante simplicidade no tratamento da narrativa. O som é discreto, às
vezes imperceptível. É uma realização de muitos silêncios no convite que faz ao
espectador para participar da intimidade dos personagens e compartilhar de seus
estados anímicos.
Na Yeshiva, no estudo da Torá: Meïr (Yoran Hattab) e, à esquerda, Yossef (Uri Ran-Klausner) |
Até o momento
mais desconcertante só é assim percebido quando descontextualizado: a noite de
núpcias de Malka. Não é o que esperava, ainda mais depois de ouvir a exposição
de Rivka sobre a primeira vez com Meïr, sempre contido, delicado e carinhoso. Yossef
é totalmente diferente. Brusco, qual robô descontrolado, possui a esposa como ato
de obrigação, numa relação desprovida de qualquer apelo sensual, reduzida ao dado
mais maquinal e operacional. Se não fosse a total falta de habilidade do
parceiro, poder-se-ia afirmar que Malka sofreu violento estupro. Mas é essa específica
noite de núpcias que confirma, segundo as palavras do rabino Shimon, o papel
das mulheres como instrumentos de reprodução e nada mais. Percepção mais
instrumentalizada, impossível. Certamente, na chocante posse de Malka por
Yossef reside a centralidade da mensagem exposta por Kadosh: laços sagrados.
Não é algo exclusivo da ortodoxia hassídica, mas de todas as religiões
fundamentalistas, misóginas, que posicionam o feminino no patamar mais inferior
e imediatizado da esfera social.
Rivka (Yaël Abecassis) com a irmã Malka (Meital Barda) |
No plano das
atuações, sobressai-se Yaël Abecassis com sua silenciosa, doce e emotiva Rivka.
Ao olhar ocidentalizado seria uma romântica desprovida de espaço. A seguir vem Meital
Barda no papel Malka. O filme é das mulheres, mas não se pode esquecer Yoram
Hattab como o subjugado Meïr.
Apesar da prisão
comunitária, Gitai concedeu às irmãs estreitas mas diferentes possibilidades de
recusa aos imperativos que recaiam sobre suas vidas. A opção de Rivka foi mais trágica
e íntima. Mas cada qual pode agir e erguer barricadas para resistir à
inflexibilidade de uma vontade erguida entre as faixas do absoluto e extramundano.
Roteiro:
Eliette Abecassis, Amos Gitai. Produção associada: Roberto Cicutto, Laurent Thiry,
Laurent Truchot. Produção de linha:
Shuki Friedman. Música: Philippe
Eidel, Louis Sclavis. Direção de
fotografia (cores): Renato Berta. Montagem:
Monica Coleman, Kobi Netanel. Produção
de elenco: Levia Hon, Ilan Moscovitch. Desenho
de produção: Miguel Markin. Figurinos:
Laura Dinolesko. Gerente de produção:
Saul Kleiman. Continuidade: Gadi
Nemet. Consultoria artística: Ilan
Moscovitch. Planejamento de som:
Alex Claude. Assistente de som:
François Fayard. Edição de som:
François Fayard. Mixagem da regravação
de som: Cyril Holtz. Mixagem de som:
Michel Kharat. Efeitos digitais do
trailer: Yaron Yashinski. Assistentes
de câmera: Miki Berdougo, Berdougo Michael, Gaby Weismann. Eletricista-chefe: Philippe Cadeau. Controle de foco: Jean-Paul Toraille. Sistema de mixagem de som: Dolby SR. Tempo de exibição: 110minutos.
(José Eugenio Guimarães, 2000)
[1] Estreou no Brasil com este título. Porém, como é
comum acontecer no país, as denominações mudam ao saber das circunstâncias.
Atualmente é identificado como Kadosh — Abençoados, segundo o IMDb:
http://www.imdb.com/title/tt0189630/?ref_=fn_al_tt_1.
Eugenio,
ResponderExcluirPelo que li me parece ser uma fita interessante, mas película que não conheço e praça de onde não recordo ter visto qualquer outro filme.
Embora tais costumes sejam por demais conhecidos por todos que seguem noticiários de jornais, revistas e TVs e, apesar não concordemos com muita coisa, trata-se de tradições que cada lado ou parte do mundo tem por costume e que não cabe julgamentos ou intercessões. É aquilo que se diz;cada qual com seu cada qual.
Mas que tudo é muito estranho para nós e até meio carregado de um certo sadismo, isto é.
Abração
jurandir_lima@bol.com.br
Sim, Jurandir, tratam-se de questões culturais fundamentadas pelo discurso religioso que também tem fundamentação cultural. Em todo caso, é mais uma faceta do longo capítulo que trata da subjugação da mulher.
ExcluirProcure conhecer o filme. Não se arrependerá.
Abraços.