domingo, 21 de junho de 2015

UMA FANTASIA COM PÉS FIRMEMENTE FINCADOS NO CHÃO DA DURA REALIDADE

A terceira adaptação para o cinema do livro O mágico de Oz, de Lyman Frank Baum, resultou num clássico incontestável, vindo à luz no mítico 1939. Nesse ano, Hollywood e o sistema de estúdios viviam o auge do esplendor. Um conjunto mais que significativo de filmes memoráveis veio a público: ... E vento levou (Gone with the wind), de Victor Fleming; O morro dos ventos uivantes (Wuthering heights), de William Wyler; Ninotchka (Ninotchka), de Ernst Lubitsch, No tempo das diligências (Stagecoach), de John Ford; e, entre outros, O mágico de Oz (The wizard of Oz). A realização teve bastidores agitados, provocados pela crise de confiança gerada pela morte precoce do poderoso chefe de produção da Metro-Goldwyn-Mayer, Irving Thalberg, em 1936. Diante disso, houve dificuldades para estabilizar o elenco principal, do qual Judy Garland, imortalizada como Dorothy Gale, sequer estava cogitada. Também colecionou número sem precedentes de diretores, apesar de creditar apenas o nome de Victor Fleming. Por pouco não perdeu a sua mais emblemática sequência. No final das contas, tornou-se um sucesso retumbante. Passados tantos anos da realização, mantém a aura de clássico indubitável. Apresenta em forma de musical uma história desenrolada no mundo do faz de conta, mas a moral que destila é muito pé no chão, bem de acordo com a mentalidade puritana que presidiu a construção dos Estados Unidos da América. A apreciação a seguir, de 1974, foi revista e ampliada em 1991.






O mágico de Oz
The wizard of Oz

Direção:
Victor Fleming e não creditados George Cukor, Mervyn LeRoy, Norman Taurog, King Vidor
Produção:
Mervyn LeRoy
Metro-Goldwyn-Mayer
EUA — 1939
Elenco:
Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie BurkeJudy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton, Charley Grapewin, Pat Walshe, Clara Blandick, cão Terry, The Singer Midgets e os não creditados Dorothy Barrett, Amelia Batchelor, Charles Becker, Billy Bletcher, Lorraine Bridges, Buster Brodie, Tyler Brooke, Candy Candido, Mickey Carroll, Adriana Caselotti, Harry Cogg, Pinto Colvig, Nona Cooper, Tommy Cottonaro, Jimmy the Crow, Billy Curtis, Ken Darby, Sid Dawson, Abe Dinovitch, Jon Dodson, Gracie Doll, Tiny Doll, Ruth Duccini, Daisy Earles, Harry Earles, Buddy Ebsen, Fern Formica, Sig Frohlich, Jackie Gerlich, Phil Harron, Shep Houghton, Charles Irwin, Lois January, Eleanor Keaton, The King's Men, Karl 'Karchy' Kosiczky, Nita Krebs, Ethelreda Leopold, Mitchell Lewis, Bud Linn, Jerry Maren, Dona Massin, George Ministeri, Yvonne Moray, Lee Murray, Olga Nardone, George Noisom, Jack Paul, Margaret Pellegrini, Meinhardt Raabe, Hazel Resmondo, Freddie Retter, 'Little Billy' Rhodes, The Rhythmettes, Elvida Rizzo, Rad Robinson, Ambrose Schindler, Helen Seamon, Rolfe Sedan, Oliver Smith, Robert St. Angelo, Parnell St. Aubin, Ralph Sudam, August Clarence Swenson, Harry Wilson, Johnny Winters, Murray Wood.



Victor Fleming, o único diretor a levar crédito por O mágico de Oz


Esta é a terceira versão cinematográfica do livro de Lyman Frank Baum, anteriormente levado às telas em 1910 — O mágico de Oz (The wonderful wizard of Oz), de Otis Turner — e 1925 — O feiticeiro de Oz (The wizard of Oz), de Larry Semon. A princípio, seria produção de David O. Selznick em tentativa de capitalizar sobre o estrondoso sucesso conseguido por Walt Disney com Branca de Neve e os sete anões (Snow White and the seven dwarfs, 1937), primeiro desenho animado em longa metragem. Mais tarde, ofereceu o projeto à MGM em troca do empréstimo de Clark Gable, escolhido para protagonista de ...E o vento levou (Gone with the wind, 1939), de Victor Fleming. As complicações advindas do planejamento deste filme levaram-no a desistir de O mágico de Oz.


Ao todo, O mágico de Oz custou 2 milhões e 777 mil dólares, um dos maiores orçamentos da MGM até então. O nível “A” da produção preocupou o big boss da companhia, Louis B. Mayer, principalmente pela falta que um produtor da magnitude de Irving Thalberg fazia à empresa. Este faleceu prematuramente em 1936, e praticamente deixou a casa acéfala. Mayer não acreditava em soluções domésticas para substituí-lo. Convocou Mervin LeRoy, que vinha registrando sucessos contínuos como produtor da Warner Brothers e cuja capacidade conhecia desde 1934. Neste ano ele dirigiu o maior sucesso de bilheteria, durante muito tempo, da companhia do leão: Narcissus (Tugboat Annie). Em 1937 LeRoy já batia ponto na MGM.


 Dorothy Gale (Judy Garland) - ao lado do cão Terry (Totó para os brasileiros) -  canta Over the rainbow


Na verdade, a opção de Mayer por LeRoy atrasou a entrada em cena do produtor que, no pós guerra, revolucionaria a arte do filme musical, tornando-o praticamente sinônimo do padrão de qualidade da empresa: Arthur Freed. Ele pressentiu que O mágico de Oz faria sucesso, tanto que não mediu esforços para estimular a negociação do projeto com Selznick. Em que pese todo esse faro, Freed ocupava posição secundária de letrista no departamento musical da Metro, desde que lá chegou na década passada. Mesmo assim, sempre encontrou tempo para se envolver com os musicais da companhia. O mágico de Oz deveria assinalar sua estreia no posto de produtor. Mayer, porém, não depositou fé na tarimba do rapaz.


Mesmo assim, Freed contribuiu em praticamente todos os setores da produção de O mágico de Oz, mesmo sem levar crédito em momento algum. Apesar de tudo, parece que Mayer não confiava tanto assim em Mervin LeRoy. Escalou Freed como espécie de guardião, uma eminência parda da produção que durou nove meses. Ele manteve o big boss informado de tudo o que acontecia nos bastidores. Trabalhou próximo a Frank Baum e E. Y. Harburg, respectivamente letrista e músico das composições executadas no filme. Mas também colaborou na direção de arte, decoração e nos figurinos.



Dorothy Gale (Judy Garland) e Totó decidem por qual caminho seguir com a ajuda do Espantalho (Ray Bolger)



As filmagens foram tumultuadas, marcadas por inédito entra e sai de diretores. Nisso, O mágico de Oz antecipou ...E o vento levou  realizado no mesmo ano mas um pouco depois, que sofreu problemas semelhantes em escala comparável. Em princípio, Norman Taurog seria o responsável pela condução do processo. Foi logo substituído por Richard Thorpe. Duas semanas após LeRoy desaprovou a escolha. Pensou em assumir, ele mesmo, a direção. Mas passou a bola para George Cukor. Este permaneceu dois dias no cargo. Em seu lugar entrou Victor Fleming, o único creditado, que, coincidentemente, também assinaria sozinho ...E o vento levou. Entretanto, as passagens em preto e branco de O mágico de Oz  inclusive a emblemática sequência de Dorothy Gale (Garland) interpretando Over the rainbow  foram realizadas por King Vidor, não mencionado nos títulos de apresentação.


Eles também estiveram à frente de O mágico de OZ, mas não não foram creditados: da esquerda para a direita os diretores King Vidor, Mervyn LeRoy, Norman Taurog e George Cukor. Vidor dirigiu a emblemática sequência de  Judy Garland cantando Over the rainbow que, por muito pouco, não ficou de fora.


Fixar o elenco também foi problemático. Antes de optar por Judy Garland, atriz da casa, Louis B. Mayer tentou Shirley Temple, contratada da 20th Century-Fox, que recusou o empréstimo. Deanna Durbin também foi cogitada. Hoje é difícil imaginar outra que não Judy Garland vivendo Dorothy Gale. Para interpretar o Professor Marvel e o mágico, a Metro queria W. C. Fields. Mas este recusou, apesar da tentadora oferta de 150 mil dólares. Wallace Beery lutou para substituí-lo mas Frank Morgan teve a preferência. Para viver o Homem de Palha e Hunk, o primeiro ator cogitado foi Buddy Ebsen. Substituíram-no por Ray Bolger. A Ebsen foram confiados os personagens do Homem de Lata e Hickory. Descobriu-se, mais tarde, que ele era alérgico à tinta que dava aparência metálica à fantasia. Jack Halley entrou em seu lugar, nos breves dias em que George Cukor assumiu a direção. O personagem do Leão Medroso, inexistente no original, foi confiado a Bert Lahr, igualmente responsável por Zeke. A Bruxa Má e a Senhora Gulch eram papéis destinados a Edna May Oliver. Quando Victor Fleming assumiu a direção, substituiu-a por Gale Sondegaard. Por fim, deu o papel a Margaret Hamilton. Os demais nomes principais do elenco se completam com Billie Burke como a Bruxa Boa, Charley Grapewin fazendo o Tio Henry e Clara Blandick dando vida à Tia Em. Os pequeninos integrantes do Singer Midgets interpretam os Munchkins.


Além da Bruxa Malvada do Oeste,  Margaret Hamilton também interpreta a Senhora Gulch

A Bruxa Boa (Billie Burke) e Dorothy Gale (Judy Garland)

Dorothy Gale (Judy Garland) entre a Bruxa Malvada do Oeste (Margaret Hamilton) e a Bruxa Boa (Billie Burke)


Apesar de tantos percalços a produção emplacou. Caiu no gosto de público e dos eleitores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Recebeu indicações aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Trilha Musical Original e Melhor Canção. Venceu nas duas últimas categorias, agraciando, respectivamente, o maestro Herbert Stothart  responsável pela regência e adaptação das composições  e os compositores Harold Arlen e E. Y. Harburg, autores de Over the rainbow. Mas o desempenho de Judy Garland, então com 16 anos, não foi esquecido: recebeu estatueta especial em miniatura.



O Homem de Lata (Jack Haley), Dorothy Gale (Judy Garland), o Espantalho (Ray Bolger) e o Leão Medroso (Berth Lahr)


Para muitos, o Oscar para Herbert Stothart significou uma grande injustiça. Não que a trilha musical de O mágico de Oz fosse de qualidade inferior; muito ao contrário. Porém, o agraciado na categoria para o ano de 1939, sem a menor dúvida, deveria ser Max Steiner, autor da partitura de ...E o vento levou. Já o Oscar de Melhor Canção representou tremenda ironia. Poucas composições para cinema são, ao mesmo tempo, tão tocantes, singelas e representativas de um filme e uma personagem como Over the rainbow, interpretada por Judy Garland em sequência hoje reconhecida como antológica. Entretanto, esteve perto de ser sacrificada durante a montagem, segundo consta para reduzir o tempo de projeção que Louis B. Mayer considerou demasiado. Uma categoria especial de Oscar, a de Bom Senso, merecia ser criada e entregue ao desconhecido que impediu a mutilação.


Passados tantos anos, O mágico de Oz mantém vivo o indispensável toque de fantasia sem o qual não emplacaria e nem se tornaria o clássico indubitável que é. É uma das obras mais encantadoras do cinema. Apresenta em forma de musical uma história desenrolada no mundo do faz de conta. Porém, a moral que destila é muito pé no chão, bem de acordo com a visão puritana que presidiu a construção dos Estados Unidos da América. É uma fábula protagonizada por Dorothy, garotinha ingênua, incapaz de se ajustar aos problemas do dia-a-dia. Ela é criada no Kansas, na fazenda da Tia Em e do Tio Henry, na qual trabalham os empregados Hunk, Hickory e Zeke. Tem um cachorrinho chamado Totó, que adora invadir a propriedade da megera senhora Gulch. Um dia ela aparece com um mandado de busca e apreensão para o animal. Este foge quando era conduzido ao xerife e volta para Dorothy. De posse do mascote ela resolve fugir. Vai em busca de um lugar além do arco-íris (over the rainbow), pensando que lá encontrará a felicidade. Aconselhada pelo professor Marvel a voltar para casa, Dorothy e Totó são surpreendidos por um furacão. Ela desmaia e sonha. Agora, está além do arco-íris, onde encontra os Munchkins. O lugar é maravilhoso, mas não é o seu mundo. Desejosa de voltar para o Kansas, junto da Tia Em, é aconselhada a procurar o mágico de Oz na encantada cidade de Esmeralda. Somente ele poderá ajudá-la. Chegar lá exige seguir exclusivamente a trilha de tijolos amarelos. No trajeto, encontra o Homem de Palha (em busca de um cérebro), o Homem de lata (desejoso de um coração) e o Leão Medroso (necessitado de coragem). O mágico é a esperança de solução aos problemas de todos. Mas a jornada não é tranquila. A turma é ameaçada pela Bruxa Má, que pretende tomar de Dorothy os sapatinhos de rubi que a protegem.




Rumo a Oz, pela estrada dos tijolos amarelos: o Espantalho (Ray Bolger), o Homem de Lata (Jack Haley),  Dorothy Gale (Judy Garland) e o Leão Medroso (Berth Lahr).


Descobrem, por fim, que o mágico não tem poderes para ajudá-los. Aprendem que somente eles podem resolver os problemas que os afligem. Devem adquirir coragem para saber como lidar com as dificuldades apresentadas pela vida. Dela não se pode fugir, concluem. É o caminho que obrigatoriamente devemos seguir, tal qual a trilha de tijolos amarelos. Quando desperta do seu sonho, Dorothy está convencida de que “não há lugar como nossa casa”, junto aos familiares e amigos. Os problemas continuarão a existir, é certo, mas ser feliz implica em saber a fórmula de se lidar com eles, neste mundo, aqui e agora. Em suma, não adianta procurar o paraíso em outro lugar, mas junto de nós mesmos. Moral mais puritana é impossível. A mensagem serviu como uma luva aos ideais do New Deal, já nos anos finais da Grande Depressão. Sonhadora e voluntariosa no início, Dorothy retorna amadurecida e realista, direto para os experientes conselhos da Tia Em. Cresceu, aprendeu a lidar com os problemas sem ter que se refugiar no ilusório mundo de Oz, onde tudo é belo e colorido, os prodígios se sucedem, apesar de persistirem os problemas. Porém, lá não é o lar. Por mais maravilhoso que Oz seja, ela sente saudades de casa onde nem tudo é fácil e muita luta é necessária, até para se conseguir as coisas mais simples e corriqueiras. O filme ensina que no mundo real e em preto e branco de Dorothy Gale, apesar de não existir a fantasia o importante é não perder a esperança. O arco-íris fará com que ela se lembre disso, sempre que brilhar no céu após a tempestade.


 Victor Fleming prepara sequência com os Munchkins (The Singer Midgets) e Dorothy Gale (Judy Garland)



  
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf, Irving Brecher (não creditado), William H. Cannon (não creditado), Herbert Fields (não creditado), Arthur Freed (não creditado), E. Y. Harburg (não creditado), Samuel Hoffenstein (não creditado), Jon Lee Mahin (não creditado), Herman J. Mankiewicz (não creditado), Jack Mintz (não creditado), Ogden Nash (não creditado), Robert Pirosh, George Seaton, Sid Silvers (não creditado), com base no livro The wonderful Wizard of Oz, de Lyman Frank Baum. Adaptação: Noel Langley. Diálogos adicionais: Jack Haley (não creditado), Bert Lahr (não creditado). Direção de fotografia (preto e branco, Technicolor): Harold Rosson. Associado à fotografia: Allan M. Davey. Direção de Technicolor: Natalie Kalmus, em associação com Henri Jaffa. Efeitos especiais: A. Arnold Gillespie. Montagem: Blanche Sewell. Penteados: Sydney Guilaroff (não creditado). Costumes: Adrian. Criador da maquiagem: Jack Dawn. Direção de arte: Cedric Gibbons, George Gibbons (não creditado), Wade B. Rubboton (não creditado). Supervisão da direção de arte: Elmer Sheeley (não creditado). Associado à direção de arte: William A. Norning. Decoração: Edwin B. Wills. Direção musical e adaptação musical: Herbert Stothart. Direção musical associada: George Stoll. Orquestração, vocalização e arranjos: George Bassman, Murray Cutter, Paul Marquardt, Ken Darby, Robert W. Stringer (não creditado). Orquestração da sequência musical na Terra dos Munchkin: Leo Arnaud. Orquestração da dança "Jitterburg": Conrad Salinger. Coreografia e edição da dança do Espantalho: Busby Berkeley. Encenação dos números musicais: Bobby Connoly. Trilha musical (músicas de Harold Arlen, letras de E. Y. Harburg): Over the rainbow, por Judy Garland; Munchkinland, por The Singer Midgets; Follow the yellow brick road, por The Singer Midgets; If I only had a brain, por Ray Bolger; If I only had a heart, por Jack Halley; If I only had the nerve, por Bert Lahr; If I were king of the forest, por Bert Lahr; Courage; Ding dong! The witch is dead; There's no place like home; We're off to see the wizzard, além de Alegro em C Menor, de Felix Mandelssohn; e Uma noite no Monte Calvo, de Modest Moussorgsky, Música adicional: George E. Stoll, Robert W. Stringer, George Bassamn. Direção de gravação: Douglas Shearer. Chefe da unidade de eletricistas: A. W. Brown. Dublês (não creditados): Harlan Briggs, Stafford Campbell, Bobbie Koshay, Harry Master, George Bruggeman, Aline Goodwin. Assistentes para Mervyn LeRoy: William H. Cannon, Betty Danko. Assistentes para Bobby Connolly: Arthur Appell, Donna Massin. Publicidade (não creditada): Howard Dietz, Andy Harvey, Si Seadler, Harold Strickling, Frank Whitbeck. Piano: Skitch Henderson (não creditado), Roger Edens, assistido por Georgia Stark. Violino: Toscha Seidel (não creditado). Coordenador dos Munchkin: Leo Singer (não creditado). Amestradores (não creditados): Carl Spitz, Jack Weatherwax, Freddie Gilman, Bill Richards, Curly Twiford. Assistente de produção: Arthur Freed. Produção executiva: Louis B. Mayer (não creditado). Direção de painéis: Warren Newcombe. Continuidade: Wallace Worsley Jr. Produtor associado: Arthur Freed (não creditado). Produção de elenco: Leonard Murphy (não creditado). Desenho de produção (não creditado): Malcolm Brown, William A. Horning, Jack Martin Smith. Assistentes de maquiagem (não creditados): Del Armstrong, Don L. Cash, Jack Kevan, Lou LaCava, George Lane, Mike Ragan, Eddie Polo, Howard Smit, Lee Stanfield, William Tuttle. Chefe do departamento de maquiagem: Cecil Holland (não creditado). Desenho de perucas (não creditado): Fred Frederick, Bob Roberts. Maquiagem (não creditada): Fred B. Phillips, Robert J. Schiffer. Maquiagem de Bert Lahr: Charles H. Schram (não creditado). Maquiagem de Billie Burke: Lyle Dawn (não creditada). Maquiagem de corpo (não creditada): Betty Masure, Edith Wilson. Maquiagem de Frank Morgan: Jack Dawn (não creditado). Maquiagem de Jack Haley: Emile LaVigne (não creditada). Maquiagem de Judy Garland: Web Overlander (não creditado). Maquiagem de Margaret Hamilton: Jack H. Young (não creditado). Maquiagem de Ray Bolger: Norbert A. Myles (não creditado). Penteados de Judy Garland: Sydney Guilaroff (não creditado). Penteados: Beth Langston (não creditado). Próteticos (não creditados): Gustaf Norin, Josef Norin. Supervisão de perucas: Max Factor (não creditado). Gerente de unidade de produção: Ulric Busch (não creditado). Gerente de unidade: Charles Chic (não creditado). Gerente de produção (não creditado): Keith Weeks, Joe Cook. Executivo no cargo de produtor: Louis B. Mayer (não creditado). Assistentes de direção (não creditados): Harrold Weinberger, Wallace Worsley Jr. Contrarregra (não creditada): Jack E. Ackerman, Harry Edwards. Desenhistas (não creditados): E. Preston Ames, Edward C. Carfagno, Conklin, Marvin Connell, Harvey T. Gillett, William Hellen, K. Johnson, Ted Rich, Jim Roth, J. Russell Spencer, Steffgen, Marvin Summerfield, John J. Thompson, Leonid Vasian, Woody Woodward. Pinturas (não creditadas): Leo F. Atkinson. Sketch art (não creditada): Hugo Ballin, Malcolm Brown. Planejamento do castelo: John Bossert (não creditado). Arte cênica (não creditada): John Coakley, Randall Duell, William Gibson, Clem Hall, F. Wayne Hill, Roy Perry, Clark M. Provins, Arthur Grover Rider, Jack Martin Smith, Duncan Spencer. Camareiros (não creditados): A. D. Flowers. Capataz da contrarrega: Jack Gaylord (não creditado). Chefe de arte cênica: George Gibson (não creditado). Chefe de escultores: Henry Greutert (não creditado). Coordenação de construções: Gerald F. Rocket (não creditado). Assistentes de contrarregra (não creditados): Billy H. Scott, Charles B. Steiner. Aprendiz de edição de som: Van Allen James (não creditado). Assistente da edição de som: R. L. Stirling (não creditado). Edição de diálogos: Ralph A. Pender (não creditado). Edição de efeitos sonoros: James Graham (não creditado). Edição de som: T. B. Hoffman. Efeitos especiais de som: Franklin Milton (não creditado). Gravação de som: P. Richard Stevens (não creditado). Mixagem da regravação de som (não creditada): Standish J. Lambert, Frank McKenzie, Robert Shirley, Newell Sparks. Mixagem de som (não creditada): George G. Schneider, Don T. Whitmer, John A. Williams. Mixagem sonora: Lowell Kinsall (não creditado). Operador de playback: Earl Cates (não creditado). Operadores de microfones (não creditados): Bill Edmondson, James F. Gaither Jr. Planejamento de som (não creditado): Douglas Shearer, O. O. Ceccarini. Produção da mixagem sonora: G. A. Burns (não creditado). Supervisão da edição de som: Michael Steinore (não creditado). Supervisão da regravação de som: William Steinkamp (não creditado). Técnico de som: James Burbridge (não creditado). Supervisão de efeitos especiais: Edwin Bloomfield (não creditado). Confecção de miniaturas (não creditada): Marcel Delgado, Donald Jahraus. Assistente de efeitos especiais: A. D. Flowers (não creditado). Técnico de efeitos especiais: J. McMillan Johnson (não creditado). Efeitos especiais (não creditados): Mack Johnson, Jack McMaster, Hal Millar, Bob Overbeck, Glen Robinson, Don Trumbull. Direção de fotografia da unidade de efeitos visuais: Max Fabian (não creditado). Efeitos fotográficos especiais: Max Fabian. Assistente da supervisão de efeitos visuais: Jack Gaylord (não creditado). Supervisão de efeitos visuais: A. Arnold Gillespie (não creditado). Direção do staff de pintura matte: Warren Newcombe (não creditado). Diretor do global development at primus focus: Michael Pecchia (não creditado). Pintura matte do castelo: Candelario Rivas (não creditado). Operador de câmera da unidade de efeitos visuais: Jack Smith (não creditado). Assistentes de câmera (não creditados): Pop Arnold, W. E. Pohl. Assistente de eletricistas: Chris Bergswich (não creditado). Assistente de câmera pela Technicolor: Cliff Shirpser (não creditado). Chefe da unidade de eletricidade: A. W. Brown (não creditado). Chefe do departamento de câmera: John Arnold (não creditado). Eletricistas (não creditados): Raymond Griffith, Paul 'Shug' Keeler. Fotografia de cena (não creditada): Virgil Apger, Clarence Sinclair Bull, Eric Carpenter, Bill Chapman, George Hommel. Operadores de câmera (não creditados): Sam Cohen, Val O'Malley, Ray Ramsey. Técnicos da câmera pela Technicolor (não creditados): Nelson Cordes, Fred Detmers, Henry Imus. Assistente de produção do elenco: W. L. Gordon (não creditado). Confecção de figurinos (não creditada): Mrs. Cluett, Agnes Imes, Rose Meltzer, Vera Mourdant, John Scura, Marie Wharton. Supervisão de guarda-roupa: Sam Kress (não creditado). Guarda-roupa feminino: Sheila O'Brien (não creditada). Costureira: Marianne Parker (não creditada). Camareiro do departamento de figurinos: Jack Rohan (não creditado). Guarda-roupa masculino: Gile Steele (não creditado). Supervisão editorial: Margaret Booth (não creditada). Uniformização de cor: George Cave (não creditado). Assistente de montagem: Ernest Grooney (não creditado). Segundo assistente de montagem: Tom Held (não creditado). Músico: Harold Arlen. Assistente da mixagem da trilha musical: Edward Baravalle (não creditado). Engenheiro de gravação musical: Peter P. Decek (não creditado). Supervisão da pré gravação musical: Roger Edens (não creditado). Supervisão musical: Nat W. Finston (não creditado). Cantor: Bud Linn (não creditado). Mixagem musical: M. J. McLaughlin (não creditado). Edição musical: William Saracino (não creditado). Assistente da mixagem musical: Herbert Stahlberg (não creditado). Composição de música adicional (não creditada): George Stoll, Robert W. Stringer. Composição de música incidental: Herbert Stothart (não creditado). Assistente da direção de coro: Roger Wagner (não creditado). Acompanhamento de ensaios: Eddie Becker (não creditado). Agente da Leo Feist Music Publishing: Harry Link (não creditado). Assistente da supervisão de script: David Marks (não creditado). Assistente de ensaios: Georgia Stark (não creditada). Assistentes para Mervyn LeRoy (não creditados): Barron Polan, William H. Cannon. Assistente para o produtor: Arthur Freed (não creditado). Assistentes para Bobby Connolly (não creditados): Arthur Appell, Dona Massin. Consultor técnico: Maud Gage Baum (não creditado). Coregorafia da dança do espantalho (excluída da edição final): Busby Berkeley (não creditado). Direção de testes: Norman Taurog (não creditado). Edição do roteiro: Wallace Worsley Jr. (não creditado). Ensaios de piano: Roger Edens (não creditado). Fornecimento de alimentação: Frances Edwards (não creditada). Marcação (não creditada) para Bert Lahr: Pat Moran, Jim Fawcett. Marcação para Frank Morgan: Paul Adams (não creditado). Marcação (não creditada) para Judy Garland: Jean Kilgore, Caren Marsh. Marcação (não creditada) para Margaret Hamilton: Betty Danko, Aline Goodwin. Marcação para Pat Walshe: Freddie Retter (não creditado). Marcação para Ray Bolger: Stafford Campbell (não creditado). Marcação para Tin Woodman: Harry Master (não creditado). Secretária de Victor Fleming: Jane Harrison (não creditada). Supervisão de laboratório: John M. Nickolaus (não creditado). Empresa de alimentação: Brittingham Commissary (não creditada). Produtos de maquiagem e penteados: Max Factor (não creditado). Regravação de som: Samuel Goldwyn Studios (não creditados). Mixagem de som: Western Electric Sound System. Tempo de exibição: 102 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1974, revisto e ampliado em 1991)


5 comentários:

  1. Eugenio,

    O Mágico de Oz e ...E O Vento Levou são manos gêmeos em quase todos os parâmetros, inclusive com o Fleming sendo mencionado como diretor de ambos.

    Observemos que todos os dois filmes passaram por diversas mãos, inclusive mãos que dirigiram parte dos dois, como as do Cukor. Mas, apenas o Fleming ganhou a posição de titular.
    Muito acariciado pela sorte o bom diretor!

    Atentei para o filme da Disney, Branca de Neve... que, se feito dois anos mais tarde, entraria para a galeria das grandes películas que Hollywood criou em 1939. Que ano prolifero para o cinema!!!

    Entretanto, não vi e jamais verei a O Mágico de Oz. Não é do tipo de filme que me enterneça, que me chame a vê-lo, que venha a me dar satisfações.

    Não, não o vi e nem sinto o desejo de vê-lo. O que não quer dizer que o esteja desmerecendo em qualidade.
    Não, isso não.
    Claro que ele pode, e deve ser sim, tudo o dito pelo amigo e por uma critica generalizada. Porém, não faz parte de minha sensibilidade. Por isso vejo-o cada vez mais distante de mim.

    Porém, o Fleming é um diretor com um grau aceitável de qualidade. Fator inegável.

    No entanto, não nasceu um John M Stahl ( Débil é a Carne/47, Imitação da Vida/34, Amar Foi Minha Ruina/45, etc, etc) ou mesmo um De Mille ( Os Dez Mandamentos/56, O Maior Espetáculo da Terra/52, Sansão e Dalila/49, etc, tec,).

    Mas trabalhou bem, fez bons filmes, não acertando a mão em alguns, mas criou, ou teve seu nome transcrito, nas mais importantes películas do cinema, como: ...E O Vento Levou e O Mágico de Oz.

    Isso além de ter feito o que considero seu filme que mais me agradou, que foi Marujo Intrépido/37, com o excelente Tracy, fazendo também o famosissimo O Médico e o Monstro/40, assim como o muito elogiado Joana D'Arc/48, um ano antes de nos deixar.


    Portanto deixou um legado de merecido reconhecimento, além de ser o maior sortudo de Hollywood, tendo seu nome cravado como diretor de dois monstruosos sucessos do cinema de todos os tempos.

    jurandir_lima@bol.com.br



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    1. Jurandir;

      Antes de qualquer coisa, você se distraiu com relação ao filme da Disney, "Branca de Neve e os sete anões". Ele não foi feito dois anos mais tarde, mas antes.

      Espero que um dia, com o aumento da idade, você encontre uma oportunidade para incluir "O mágico de Oz" no seu rol de interesses. É um filme que adoro. Mais adulto do que a gente pensa.

      Eu, lamentavelmente, ainda não conheço "Marujo intrépido", que mencionou. Tenho que reparar esta falta ainda este ano.

      Grande abraço.

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  2. Olá, José Eugenio!
    Não assisti ao mágico de Oz, falta gravíssima...mas vou assistir.
    O que queria mesmo era uma resenha do filme "O Morro dos Ventos Uivantes",você tem? Li o livro na minha adolescência, e fiquei tão sensibilizada com a estória... tão forte...há pouco tempo assisti ao filme e nem dormi bem. Me pareceu pesado demais, chegou a me assustar.
    Obrigada pelas excelentes e tão bem escritas resenhas.
    Um abraço!
    Sandra May

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    1. Olá, Sandra;

      Não, querida, infelizmente não tenho - AINDA - resenha da película "O MORRO DOS VENTOS UIVANTES", de nenhuma das versões que o livro de Emily Brontë recebeu em transposições para o cinema. Não sei a qual você está se referindo.A melhor e mais famosa não considerou o livro em sua integridade. É "Wuthering Heights", de 1939, com direção de William Wyler e no elenco: Merle Oberon, Laurence Olivier, Donald Crisp, David Niven e Flora Robson. Obrigado pelas boas palavras. Não deixe de ver "O mágico de oz".


      Beijos.

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  3. Alô, boa tarde, José Eugenio ! Fiquei super feliz com sua postagem de "O Mágico de Oz", é um dos meus filmes do coração... Eu o vi primeiro numa reprise de... deixe-me pensar... de 1952, sim, e foi aquele deslumbramento ! Eu tinha, então, apenas 10 anos de idade, já curtia muito Cinema - ainda que só de entretenimento - e o filme de cara me conquistou, é mesmo mágico e cativante. Na verdade, nem imaginava que era a sua terceira adaptação para a tela, agora com o nome na direção do "usurpador de créditos" Victor Fleming... Personagens e cenários mesmo de sonho, perfeitamente convincentes (sobretudo para a época) e a revelação de Judy Garland na garota Dorothy. Bom, eu ADORO o filme, sua apreciação só me deu o imenso prazer de recordá-lo como se o revisse há pouco tempo (por sorte, tenho o DVD). Quero lhe dar os parabéns pelo seu blog e pela lembrança de "O Mágico de Oz", com ilustrações coloridas e belíssimas. Grande abraço, continue no grupo ! Marlon Giorgio.

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