domingo, 5 de abril de 2015

HENRY KING ESCALA TYRONE POWER PARA A CONQUISTA DO MÉXICO POR CORTEZ

Assim como John Wayne e Henry Fonda estão para o cineasta John Ford, o galã de fina estampa Tyrone Power está para Henry King, realizador que praticamente o descobriu e catapultou ao estrelato apesar das desconfianças iniciais do big boss da 20th Century-Fox, Darryl F. Zanuck. King é um dos nomes lendários do cinema estadunidense. Oficialmente é responsável por 111 títulos realizados de 1915 a 1961. Apesar disso, está praticamente esquecido, tal qual o ator que revelou. Estiveram juntos em dez filmes. O nono é Capitão de Castela (Captain from Castile, 1947). Power vive o fidalgo espanhol Don Pedro de Varga, caído em desgraça junto ao Santo Ofício. Obrigado a fugir, embarca para o Novo Mundo engajado na expedição de Hernán Cortez (Cesar Romero) que conquistará o México e dizimará o Império Azteca. Felizmente, ao roteiro de Lamar Trotti, baseado em novela de Samuel Shellabarger, não interessam os aspectos bélicos e destrutivos da missão. Capitão de Castela é um contido épico de ficção histórica que se interessa mais em fazer a crônica de uma campanha a caminho de seu objetivo que mostrar os seus dolorosos efeitos. O triunfalismo é sabiamente deixado de lado para se dar atenção aos aspectos humanos dos elementos envolvidos no empreendimento. Um tom levemente crítico, até estranho ao cinema hollywoodiano de então, perpassa a narrativa. São lançados questionamentos sobre os destinos de uma parte do mundo doravante submetida às imposições e contradições do cristianismo, despotismo monárquico, ordenamento colonial de extração estamental, escravismo, favoritismo e vigilância sempre atenta da dura Inquisição Espanhola. A apreciação a seguir foi escrita em 1997.






Capitão de Castela
Captain from Castile

Direção:
Henry King
Produção:
Lamar Trotti
20th Century-Fox
EUA — 1947
Elenco:
Tyrone Power, Jean Peters, Lee J. Cobb, Cesar Romero, John Sutton, Antonio Moreno, Thomas Gomez, Alan Mowbray, Barbara Lawrence, George Zucco, Roy Roberts, Marc Lawrence e os não creditados Robert Adler, Mimi Aguglia, Dolly Arriaga, Virginia Brissac, John Burton, Willie Calles, Harry Carter, David Cota, Gilberto González, Reed Hadley, Estela Inda, Robert Karnes, John Laurenz, Fred Libby, Chris-Pin Martin, Julian Rivero, Robert Shaw, Jay Silverheels, Ramón Sánchez, Bud Wolfe.



De pé, o diretor Henry King diante dos atores Tyrone Power e Nancy Kelly nos bastidores das filmagens de Jesse James (Jesse James, 1939).


1936: o silêncio ocupa a sala do todo poderoso Darryl F. Zanuck na 20th Century-Fox. O produtor executivo dos estúdios, que "falava três idiomas, inglês, francês e palavrão"[1], não compreende o súbito interesse de Henry King, diretor de sua inteira confiança, em testar o obscuro e mal falado Tyrone Power para o papel principal de Lloyd's de Londres (Lloyd's of London). Ainda mais pelo fato de estar praticamente certo de que Don Ameche o estrelaria. Convidado a se justificar, King faz convincente exposição de motivos. Alega que Power, ator dos escalões inferiores da companhia, apareceu resoluto diante dele pedindo uma chance de mostrar o que sabia. Confiando nas potencialidades do rapaz, prossegue: "(Ele) é mais jovem e bonito e tem um pouco mais de versatilidade. Daqui a três anos (...) será o maior astro jovem da indústria. Precisamos de talento. Esse garoto precisa do filme. O filme precisa dele". Zanuck, demonstrando certa contrariedade, responde: "Ponha-o antes que eu mude de ideia". Lançado o filme, Tyrone Power se tornou um astro[2].


O tempo só não confirmou parte da previsão: Power possuía beleza e magnetismo, mas pouco talento. Suas possibilidades interpretativas sempre foram limitadas e ele parecia saber disso. Tanto que atuava discretamente, de modo a não comprometer o resultado final das realizações. Mas se o diretor fosse bom e suficientemente exigente, oferecia desempenhos mais que convincentes, a exemplo do crápula Leonard Vole de Testemunha da acusação (Witness for the prosecution, 1958), de Billy Wilder.


Hoje, é certo, ninguém mais sabe quem é Tyrone Power — morto de ataque cardíaco em 1958, aos 44 anos, quando interpretava o Rei Salomão para King Vidor em Salomão e a Rainha de Sabá (Solomon and Sheba, 1959)[3]. A velocidade das transformações que se abateram sobre o cinema desde então, derrubando instituições sólidas como o poderio dos estúdios e o star system, não permitiram às novas gerações lhe fixar a imagem. Não era um símbolo predestinado à atemporalidade como James Dean, que também morreu cedo, três anos antes. Não teve a sorte de atravessar a década de sessenta como muitos astros da velha guarda a exemplo de John Wayne, James Stewart, Henry Fonda, Cary Grant e Gregory Peck — que permaneceram em atividade e em evidência aos olhos de um público cujo gosto se transformava célere.


Tyrone Power foi o mocinho galante de Jesse James (Jesse James, 1939), de Henry King, e de A marca do Zorro (The mark of Zorro, 1940), de Rouben Mamoulian. Interpretou o sofrido Juan Gallardo na refilmagem de Sangue e areia (Blood and sand, 1941), também de Mamoulian. Buscou o sentido da vida na pele de um personagem de William Somerset Maugham em O fio da navalha (The razor's edge, 1946), de Edmund Goulding. Perambulou pela seara de John Ford interpretando o tipo comum tão caro ao diretor em A paixão de uma vida (The long gray line, 1955) e fazendo o mestre de cerimônias no episódico e ainda inédito no Brasil The rising of the moon (1957). Personificou tipos amargurados como o compositor Eddy Duchin de Melodia imortal (The Eddy Duchin story, 1956), de George Sidney, e um membro da "geração perdida" em E agora brilha o sol (The sun also rises, 1957), de Henry King. Da mesma forma que ninguém atualmente sabe quem é Tyrone Power, esses são também filmes esquecidos. Alguns são valorosos e ocuparam posições destacadas nas épocas em que foram pela primeira vez mostrados ao público.


Henry King, um dos realizadores lendários do cinema americano, começou a dirigir em 1915 e só parou em 1961. Dependendo dele, teria prolongado a carreira. Mas os novos gerentes da 20th Century-Fox, da qual era diretor contratado, tomaram a infeliz decisão de aposentá-lo. Dentre a "garotada virtual" de hoje, alguém sabe quem é Henry King? É o diretor de clássicos como David, o caçula (Tol'able David, 1921)  que fez a cabeça de Humberto Mauro ; de dramas sobre mulheres fortes e resolutas como Stella Dallas (1925), primeira versão; de refilmagens de David Wark Griffith — A inocente pecadora (Way down East, 1935), O médico da aldeia (The country doctor, 1936) e Ramona (Ramona, 1936) —; de O Cisne Negro (The Black Swan, 1942), agradabilíssima aventura de piratas; A canção de Bernadette (The song of Bernadette, 1943), drama religioso piegas mas digno; Almas em chamas (Twelve o'clock, 1949), densa e anticlimática incursão pelos ares da Segunda Guerra Mundial; de westerns sóbrios, magníficos e joviais como Jesse James; O matador (The gunfighter, 1950); e Estigma da crueldade (The bravados, 1958). Sem esquecer Suplício de uma saudade (Love is a many splendored thing, 1955), um melodrama de primeira. Também dirigiu alguns abacaxis, principalmente na última fase da carreira: As neves do Kilimanjaro (The snows of Kilimanjaro, 1952) e Carrossel (Carousel, 1956) estão aí para confirmar.


Tyrone Power estrelou dez filmes para Henry King, respeitável gota d'água num oceano que é a filmografia do diretor. Nela se divisam 111 títulos. Sim, senhor! Henry King dirigiu tudo isso e, provavelmente, mais alguma coisa durante o período silencioso e que pode estar perdida por aí. Compõem a citada dezena Lloyd's de Londres, Jesse James, O Cisne Negro, E agora brilha o sol mais No velho Chicago (In Old Chicago, 1938), Epopeia do Jazz (Alexander's Ragtime Band, 1938), Um Ianque na RAF (A Yankee in the RAF, 1941), Rebelião na Índia (King of the khyber rifles, 1947), O favorito dos Borgia (Prince of foxes, 1949) e este Capitão de Castela.


Tyrone Power como Pedro De Varga e Jean Peters como  Catana Perez

  
Capitão de Castela é o nonagésimo terceiro filme de Henry King. É embalado por primorosa fotografia de cores quentes a cargo dos craques Charles G. Clarke, Arthur E. Arling e do não creditado Joseph LaShelle. Unindo tudo está a esplêndida e suave partitura de Alfred Newman, uma das mais inspiradas do compositor. O roteiro de Lamar Trotti, extraído de novela de Samuel Shellabarger, resulta em bem transada peça de ficção histórica. O filme é um épico. Apesar de ter mobilizado muitos recursos materiais e humanos não teve desenvolvimento travado pelo peso da produção. Conta com dinamismo uma aventura baseada em fatos, com a vantagem de não fazer pouco caso da História, aqui funcionando mais que mero pano de fundo.


As qualidades da música e da fotografia se revelam de imediato, logo na apresentação dos créditos de abertura. As primeiras imagens conduzem à Espanha de 1518. Um escravo, o príncipe azteca Corio (Lawrence), foge. É caçado pelo patrão, o despótico, traiçoeiro e afetado Don Diego De Silva (Sutton), condestável do Santo Ofício. Outro nobre, Don Pedro De Varga (Power), auxilia o fugitivo. Também protege a estalajadeira Catana Perez (Peters) de ser molestada pelos cães e lacaios de De Silva, empenhados na captura do evadido. Contrariado com essa interferência, o frustrado senhor busca reparação junto a Don Francisco (Moreno), patriarca dos De Varga e pouco simpático aos desmandos perpetrados pelo Santo Ofício.


Como nada consegue, De Silva resolve se vingar. Sabedor do juízo negativo dos De Varga sobre a Inquisição, consegue a prisão de toda a família. A princípio Don Pedro escapa, prevenido por Catana. Busca auxílio para os seus junto ao Marquês de Carbajal (Zucco) — fidalgo influente e pai de sua noiva, Luísa (Lawrence). Só obtém recusas. Não demora para também ser preso. No cárcere tem a irmã caçula, a ainda criança Mercedes (Arriaga, não creditada), morta sob tortura. Enquanto isso, Catana convence o irmão Manoel Perez (Karnes, não creditado), carcereiro do Santo Ofício, a facilitar a fuga dos prisioneiros. O aventureiro Juan Garcia (Cobb), amigo de Don Pedro, infiltrado na prisão para abreviar o sofrimento da mãe acusada de bruxaria, também participa da empreitada. Antes de fugir, Don Pedro fere De Silva em duelo.


Manoel Perez (Robert Karnes) diante de Pedro De Varga (Tyrone Power) e Catana Perez (Jean Petters)


Livres, os fugitivos se dividem. Don Francisco e esposa Doña Maria (Brissac, não creditada) tomam o caminho da Itália, onde esperam contar com a ajuda de familiares influentes. Catana, Don Pedro e Juan se dirigem ao litoral depois de despistar a milícia do Santo Ofício. Embarcam para a América e se juntam à expedição reunida por Hernán Cortez (Romero) para conquistar o México e os aztecas de Montezuma.


Daí em diante Capitão de Castela adentra o terreno da ficção histórica. A narrativa termina com a chegada dos conquistadores ao grande lago Texcoco, em cujo centro está a ilha na qual se ergue a capital do Império Azteca. Antes, tem lugar à rebelião de Cortez contra as ordens de Velásquez, governador de Cuba que tentava conter a impetuosidade do recém-chegado. Também é reconstituído o famoso incêndio da armada, ordenado por Cortez para impedir qualquer tentativa de recuo de seus comandados. Montezuma (não aparece) tenta barrar o avanço dos espanhóis enviando várias embaixadas repletas de oferendas, pedras preciosas a maioria. Mas só consegue acirrar a cobiça dos conquistadores. Uma figura lendária, que povoa algumas histórias desse capítulo da conquista da América, foi recuperada: Doña Marina (Inda, não creditada), alteza nativa que serviu de guia e intérprete a Cortez.


A lendária princesa azteca Doña Marina (Estela Inda)


Pedro De Varga, por sua vez, está cada vez mais distante da Espanha e da condição de nobre. Agora é um soldado como qualquer outro, em busca de fortuna e novo começo. Não demora a ganhar a confiança de Cortez. Torna-se o capitão do título, encarregado, a princípio, de guardar as riquezas conseguidas. Passa por difíceis provações. A mais dura é o encontro com o responsável direto pela ruína de sua família: De Silva, chegado ao México como representante da monarquia espanhola. É assassinado enquanto dormia. As suspeitas do crime recaem sobre Don Pedro, que revelara, pouco antes, franco desapreço ao enviado. Preso, é condenado ao garrote vil. É salvo quando o verdadeiro culpado  o escravo Corio  se revela ao confessor da expedição, padre Bartolomeo Romero (Gomez). Entretanto, a condoída Catana Perez, agora mulher de Don Pedro (de quem espera um filho), tenta livrar o marido do cruel suplício, esfaqueando-o no coração. Por pouco o herói não morre. Provada a inocência, o capitão chega à entrada da capital azteca, à frente de um destacamento de conquistadores, quando a história termina.


Padre Bartolomeo Romero (Thomas Gomez) e Pedro De Varga (Tyrone Power)


Capitão de Castela é épico em tom menor. Isso quer dizer que evita o tom triunfalista característico das produções do gênero, ainda que conte uma história baseada em capítulo dos mais trágicos e sangrentos das conquistas que a Espanha levou a termo em terras do Novo Mundo. O roteiro e a direção omitiram sabiamente o trágico final da aventura: a brutal dizimação do Império Azteca, conhecido por qualquer espectador minimamente informado. Aliás, vários momentos prenunciam o epílogo sangrento. Essa alternativa da realização, de preferir a crônica da aventura que antecede a conquista, deixando de lado a subjugação indígena propriamente dita, permitiu que Cesar Romero compusesse um Cortez próximo do maleável, na falta de adjetivação melhor. O personagem do conquistador está muito distante das poses rígidas e hieráticas que marcaram muitos de seus similares cinematográficos. É um homem duro, severo, cruel e prático. Apesar disso, passa a imagem de um bem-humorado bonachão, o que não deixa de ser boa opção para humanizá-lo.


Cesar Romero como o conquistador Hernán Cortez

Doña Marina (Estela Inda) diante de Hernán Cortez (Cesar Romero)

  
Aliás, um dos pontos positivos da aventura é justamente não olvidar que os personagens são seres humanos dotados de sonhos, dúvidas e fraquezas. Dessa forma, não há a figura do herói clássico, que transcende os próprios limites e imposições da existência a ponto de se tornar quase um super-homem. São pessoas comuns que povoam na tela: o arruinado Pedro, a plebeia Catana, o aventureiro Juan Garcia. São seres sem perspectivas de vida melhor na Europa, que passam a divisar a América como a terra das oportunidades que nunca tiveram ou deixaram de ter. O filme passa esse otimismo, mas evita a visão ingênua do Eldorado. Não esquece que o novo capítulo da História americana será prolongamento da trajetória europeia, principalmente da espanhola, com todas as contradições oriundas do cristianismo, do despotismo monárquico, da ordem estamental, do favoritismo e da Inquisição sempre à cata de hereges. Cortez representa essa ordem, juntamente com o padre que participa da expedição e o próprio Don Diego De Silva. Um momento particularmente significativo, que antecipa o futuro da América, é o encontro de Corio com Don Pedro. Na curta conversa que travam, o nativo pressente a opressão que virá na forma de novos deuses aos quais todos estarão obrigados, não importando a crença de origem.


Catana Perez (Jean Peters)


Capitão de Castela também não se perde na encenação de ações físicas. Chega a ser por demais contido. Ponto para a direção inspirada de Henry King, que soube tornar interessantes os muitos momentos de calmaria. A melhor sequência de ação acontece logo no começo: a perseguição a cavalo que os guardas do Santo Ofício movem aos fugitivos Juan, Pedro e Catana. É exemplo de dinamismo, pulsação e ritmo, tudo muito bem orquestrado, sem a necessidade de apelar para o exagero.


Uma das embaixadas enviadas por Montezuma para tentar frear o avanço dos conquistadores


As sequências da expedição de Cortez foram, todas, obtidas no México e, segundo informe do filme, próximo dos locais onde os fatos aconteceram. Capitão de Castela é o primeiro filme de Jean Peters, espécie de beleza atípica que poucas chances teve no cinema estadunidense. César Romero e Lee J. Cobb são, disparados, os melhores do elenco. Tyrone Power não compromete.


Momento particularmente cômico, inserido como forma de alívio no entremeio de uma das passagens mais tensas, alude ao que parece ser a preocupação de Luísa de Carbajal com a possível captura do noivo, Don Pedro. Porém, o que ela teme é a possibilidade de encontrarem com o foragido o lenço que lhe pertenceu. "Isso seria terrível. Eu morreria se o capturassem e achassem meu lenço", diz à mãe Doña Hernandez (Aguglia, não creditada). Ato contínuo, ambas se recolhem em orações.





Roteiro: Lamar Trotti, baseado na novela de Samuel Shellabarger. Contribuição ao roteiro (não creditada): John Tucker Battle, Samuel G. Engel. Direção de fotografia (Technicolor): Charles G. Clarke, Arthur E. Arling, Joseph LaShelle (não creditado). Direção de arte: Richard Day, James Basevi. Decoração: Thomas Little. Montagem: Barbara McLean. Costumes: Charles Le Maire. Direção de segunda unidade: Robert D. Webb. Maquiagem: Ben Nye. Efeitos fotográficos especiais: Fred Sersen. Som: Winston H. Leverett, Roger Heman Sr. Música: Alfred Newman. Direção de Technicolor: Nathalie Kalmus, associada a Richard Mueller. Orquestração e arranjos: Edward Powell. Produção executiva (não creditada): Darryl F. Zanuck. Apresentação: Darryl F. Zanuck. Gerentes de produção (não creditados): Sid Bowen, Raymond A. Klune, Alfonso Sánchez Tello. Assistência de direção (não creditada): William Eckhardt, Henry Weinberger. Contrarregra (não creditada): Fred R. Simpson, Jack Stubbs. Operador de câmera (não creditado): Don Anderson. Assistente de câmera (não creditado): Henry Gerzen. Roupeiros (não creditados): Sam Benson, Clinton Sandeen. Aprendiz de montagem (não creditado): Lyman Hallowell. Coordenação de produção (não creditada): Ralph DeLara. Sistema de mixagem de som: Western Electric Recording. Tempo de exibição: 140 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1997)




[1] KING, Henry. Cf. HARMETZ, Aljean. Henry King: 87 anos, 63 de cinema. Nova Iorque rende tributo a um pioneiro. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 10/jul./1977. Caderno B. p. 1. Parênteses de José Eugenio Guimarães.
[2] Cf. Ibidem.
[3] Foi substituído por Yul Brynner.

2 comentários:

  1. Eugenio,

    Podem estar sim, esquecidos por muitos os grandes nomes King e Power, mas não por mim, pois foram genios que trabalharam exatamente na minha época áurea em ver filmes, em ir ao cinema.

    Um diretor que dirigiu O Capitão de Castela/47, O Matador/50, O Cisne Negro/42, Suplicio de uma Saudade/55 e Estigma da Crueldade/58, por exemplo, não se precisa dizer mais nada sobre ele, pois tudo está dito nesta pequena percentagem dos filmes que dirigiu.

    Apesar de O Capitão de Castela/47, eu somente o ter alcançado na TV, já há muitos anos, esta fita me maravilhou pela historia, pelo desenrolar, pela fotografia e por muito mais, como os desempenhos de Romero como o Cortez, do Power e pela memorável direção do grande Henry King.

    O Capitão de Castela é uma Super Produção cheia de momentos grandiosos e focalizadora de um dos grandes episódios da Historia, "a conquista do Mexico pelo explorador, creio Cubano, Cortez".

    Sensacional a intercessão de King por Power ante o poderoso e pornográfico Darril.
    Fantastica exposição dos supostos valores do jovem rapaz, em sua grande visão de cineasta de qualidade macra, e a bufante aquiescência do poderosão Produtor e, praticamente, dono da Fox. Maravilhosa atuação do diretor e magnifica a resposta dada pelo ator em seu trabalho na pelicula Lloyd's de Londres.

    Então, como não lembrar que estes homens existiram, se foram deles que retiramos quase tudo o que sabemos desta arte que é o cinema?

    jurandir_lima@bol.com.br

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    1. Jurandir,

      Magnífica e apaixonada a sua apreciação. Suas palavras não somente valorizam nomes que fizeram o cinema em sua heroica era de ouro como resgatam o significado que possuíam para nós, fãs inveterados. "Capitão de Castela" é um filme maravilhoso, apesar dos desdobramentos trágicos da história, que tão bem conhecemos. Infelizmente, creio que nunca verei esse filme numa tela de cinema, que é o lugar à qual pertence a obra de Henry King. Mas Fernán Cortez não era cubano. Era de origem espanhola. Nasceu na cidade de Medellín em 1485, e faleceu na também espanhola Castilleja de la Cuesta em 1547.

      Abraços.

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