domingo, 16 de junho de 2013

FRANÇA SOB OCUPAÇÃO: LOSEY ALIMENTA O COLABORACIONISMO COM A INDIFERENÇA

França sob ocupação nazista: Joseph Losey recria com Cidadão Klein (Mr. Klein, 1976) os antecedentes do tristemente célebre acantonamento dos judeus de Paris no Vélodrome d'Hiver em 16 de julho de 1942. Esta ação da Gestapo contou com a decisiva participação da polícia francesa. Embarcados em vagões de carga, os prisioneiros foram transportados aos campos de extermínio do Leste Europeu. A direção recorre a um clima angustiante, ampliado pela frieza e objetividade da exposição. Apoiado num roteiro de Franco Solinas, Losey adiciona ao colaboracionismo os temas da indiferença e do egoísmo na abordagem do drama de Robert Klein, especulador francês na desconfortável posição do 'homem errado'. A trama é kafkiana. A exposição, cirurgicamente precisa, também é estilisticamente influenciada pelo rigor e pela elegância das realizações de Luchino Visconti e Ingmar Bergman.







Cidadão Klein
Mr. Klein

Direção:
Joseph Losey
Produção:
Alain Delon, Robert Kuperberg (não creditado)
Lira Films, Adel Productions, Nova Films, Mondial Televisione Film
França, Itália — 1976
Elenco:
Alain Delon, Jeanne Moreau, Francine Bergé, Juliet Berto, Jean Bouise, Suzanne Flon, Massimo Girotti, Michael Lonsdale, Michel Aumont, Roland Bertin, Jean Champion, Etienne Chicot, Magali Clément, Gérard Jugnot, Hermine Karagheuz, Elisabeth Kaza, Dany Kogan, Carole Lange, Lucienne Lemarchand, Jacques Maury, Fred Personne, Francine Racette, Rosine Rochette, Isabelle Sadoyan, Louis Seigner, Maurice Vallier, Pierre Vernier, François Viaur e os não creditados Brigitte Ariel, Marius Balbinot, Maurice Baquet, Philippe Brizard, Jenny Clève, Raymond Danon, Alain David, Thierry de Brem, Christian de Tillière, Michel Delahaye, Bernard-Pierre Donnadieu, Pierre Frag, Mireille Franchino, Maurice Jany, Joseph Losey, Stephane Quatrehomme, Jean Topart.




Joseph Losey



Constantin Costa-Gavras deveria dirigir Cidadão Klein. Chegou a participar da elaboração do roteiro de Franco Solinas[1]. Com o andar da carruagem, o projeto terminou nas mãos de Joseph Losey. Costa-Gavras assumiu a direção de Sessão Especial de Justiça (Section spéciale, 1975), com o qual Cidadão Klein tem semelhanças temáticas. Ambos abordam questões difíceis, pouco palatáveis aos franceses: o colaboracionismo com as forças nazistas de ocupação.


Sessão Especial de Justiça trata da subserviência da magistratura francesa, ao violar o princípio da irreversibilidade da coisa julgada, com o fim de atender aos caprichos de vingança do invasor frente à eliminação de seus oficiais pela Resistência. Em Cidadão Klein, à discussão do colaboracionismo são adicionados os sentimentos da indiferença e do egoísmo, levando a realização ao encontro dos versos de No caminho, com Maiakovski, de autoria tantas vezes atribuída a Bertold Brecht ou a Maiakovski, mas, na verdade, do brasileiro niteroiense Eduardo Alves da Costa: “(...) Tu sabes,/conheces melhor do que eu/a velha história./Na primeira noite eles se aproximam/e roubam uma flor/do nosso jardim./E não dizemos nada./Na segunda noite, já não se escondem:/pisam as flores,/matam nosso cão,/e não dizemos nada./Até que um dia,/o mais frágil deles/entra sozinho em nossa casa,/rouba-nos a luz e,/conhecendo nosso medo,/arranca-nos a voz da garganta./E já não podemos dizer nada (...)”[2].


Cidadão Klein tem afinidades com as mais exemplares e assustadoras parábolas. O clima é angustiante, sensação ampliada pela frieza e objetividade da exposição, beirando o mais enigmático dos surrealismos. Losey dirige com a classe e o rigor que aproximam suas melhores realizações[3] da fina elegância das obras de Luchino Visconti e Ingmar Bergman. Os enquadramentos, posicionamentos de câmera, composição dos planos e a iluminação são a prova. Após os créditos de abertura, uma chocante sequência prepara o espírito do espectador para a história contada. Uma mulher de meia idade (Sadoyan), nua, é submetida ao exame de confirmação de origens raciais. Não é um médico que a manipula com rispidez e indiferença, mas um veterinário. Mede-lhe o crânio, a distância entre o nariz e o lábio superior, obriga-a a andar na ponta dos pés. A paciente ainda pagará 15 francos pela consulta. Este início impactante terá desdobramentos lógicos na sequência final, que reconstitui um dos mais vergonhosos fatos da colaboração do governo francês de Vichy com os alemães: o acantonamento dos judeus de Paris — empreendido pela Gestapo com o decisivo apoio da polícia francesa —, em 16 de julho de 1942, no Velódromo de Inverno (Vélodrome d'Hiver). Aí foram trancados em vagões de carga e enviados aos campos de extermínio do Leste Europeu. O acontecimento passou à história com a denominação de A Razia do Velódromo de Inverno (Le Rafle du Vélodrome d'Hiver).


Entre as cenas iniciais e o epílogo se desenrola a provação de Robert Klein (Delon), enredada numa trama kafkiana cerzida numa época dominada pela insegurança da incerteza. O personagem será, guardadas as devidas proporções, o equivalente ao “homem errado” de Hitchcock. Mas não terá oportunidades de reverter o equívoco das situações que se armam contra ele. Klein é um jovem especulador francês, católico e liberal de classe média, muito cioso de si. Pouca importância atribui aos acontecimentos à sua volta. Sabe apenas que o momento é oportuno aos negócios aos quais se dedica: adquirir obras de arte abaixo do valor real. Aproveita-se do desespero alheio, principalmente de judeus necessitados, tentando escapar da deportação. Não vê problema algum na atividade. São apenas negócios — alega —; complementando que ninguém é obrigado a se desfazer dos bens mediante os preços que oferece. Ademais, conforme seu credo, o problema dos judeus é exclusivo deles. Portanto, que o resolvam. Ele próprio não tem nada a ver com isso — sentencia.


Alain Delon é Robert Klein


Frio, indiferente, arrogante, Robert Klein age como ave de rapina. Enriqueceu na atividade. Uma sequência — a única que mostra os seus métodos de negociação — o revela por inteiro. É janeiro de 1942. Ele oferece tempo e serviços a um judeu em apuros (Bouise), que se apresenta para lhe vender um quadro. À delicada situação deste, sobressai o excesso de confiança do comprador, que se considera intocável, acreditando piamente que nada de ruim lhe acontecerá. Apesar da simpatia que extravasa, da fala mansa, do sorriso discreto e olhar atento, Robert Klein é muito semelhante ao assassino de aluguel extremamente profissional, frio e de expressão impenetrável vivido por Alain Delon em O samurai (Le samourai, 1967), de Jean-Pierre Melville. Ademais, Mr. Klein, em seu desenrolar, apesar de centrado no personagem-título, revela que a frieza, o egoísmo e a indiferença são atributos que podem ser divididos entre os franceses em geral.



O especulador francês Robert Klein (Alain Delon) em atividade
Acima, nas negociações com o judeu interpretado por Jean Bouise


A segurança e a autoconfiança de Klein começam a ser abaladas — embora ele não se aperceba inteiramente disso — quando recebe um número de Informações aos Judeus. O periódico — voltado aos interesses da comunidade judaica e consentido pelas autoridades, que assim sabem do paradeiro de todos os assinantes — traz na etiqueta o endereço e o nome de Robert Klein. Certamente é um engano — pensa. Afinal, não é judeu, mas um respeitável cidadão francês gozando a plenitude dos seus direitos, cioso de suas origens e confiante na lisura das instituições. Acreditando não ter nada a temer, Klein procura as autoridades e a redação do panfleto para informá-las do equívoco. Diante das desconfiadas reações que suas insistentes tentativas de esclarecimento provocam, passa a suspeitar da existência de um homônimo com claras intenções de prejudicá-lo. Começa uma busca obsessiva e infrutífera pelo outro Robert Klein. Seus movimentos chamam a atenção da polícia, que passa a suspeitar de sua credibilidade, ainda mais porque, segundo testemunhas, ele é muito parecido com o seu duplo.


A procura leva a um beco sem saída. Mesmo assim, Klein continua a crer que está no melhor dos mundos e, portanto, nada deve temer. No entanto, a polícia não encontra o outro. A situação só se complica. Seus bens são interditados. Amigos o aconselham a deixar Paris e partir para o exterior ou a levantar documentos que lhe confirmem as origens. Mas Klein — cada vez mais obcecado em desvendar a verdade e mirar a face do seu homônimo e sósia — é tragado pela realidade fluida, absurda e paranoica, na qual o princípio fundamental da presunção da inocência até prova em contrário deixou de fazer sentido. Parece perdido numa sala de espelhos que só lhe multiplicam a imagem, não importa para onde olhe — recurso aproveitado com rara felicidade pela encenação. A mesma indiferença que devotava aos judeus desesperados volta-se contra ele. Está só. Move-se às tontas como um gato ludibriado pelo rato ao alcance de suas presas, tal qual na emblemática sequência transcorrida no café lotado, finalizada com o perplexo Klein mirando, impotente, o próprio reflexo espelhado. Como sempre, só tem olhos para si. Mas o acentuado ethos individualista e egoísta não é de sua exclusividade. Todos à sua volta possuem iguais características. Antes de ser detido, no raid final da polícia contra a comunidade judaica, só contava com o afeto de um cão abandonado.


Robert Klein (Alain Delon), prisioneiro da indiferença


Aprisionado, lançado num coletivo a caminho do Velódromo de Inverno, Klein permanece surrealisticamente seguro de sua imunidade. Ao seu lado, uma assustada moça pergunta: “A polícia francesa nunca faria isso, não é? Nos entregar aos nazistas?”. Assim ele responde: “Não sei! Não quero saber de nada, nada tenho a ver com isso!”. Lá fora, a vida transcorre na normalidade. Aparentemente, nada de insólito acontece. O estranho comboio de prisioneiros segue à luz do dia, sem despertar atenção. Tal qual Klein, ninguém quer saber do fato ou se envolver com ele.


“Eu voltarei, eu voltarei” — grita Klein —, enquanto é empurrado com outros detidos pelos túneis que conduzem aos vagões de carga que os transportarão aos campos da morte. Permanece tão seguro de si que sequer deu atenção ao chamamento do advogado e amigo Pierre (Lonsdale), que trazia as certidões comprobatórias da “lisura” de suas origens. Ainda tenta encontrar seu homônimo e sósia. É tão alienado a ponto de achar que resolverá, por esforço próprio, o conflito de identidade que fere o seu bem estar no mundo. Entretanto, não há mais volta. No vagão apertado, ao seu lado, há vários judeus marcados com a estrela de David. Outros, porém, não ostentam o sinal. São, provavelmente, franceses como ele, enredados em idêntica malha cerzida pelas linhas da indiferença, do absurdo e da incerteza.


Joseph Losey possuía conhecimento de sobra para realizar Cidadão Klein. O diretor passou por situação parecida à vivida pelo personagem, marcada por absurdos, paranoias e indiferenças: a “caça às bruxas” do macarthismo. Acusado, no começo dos anos 50, de envolvimento com o Partido Comunista, foi obrigado a abandonar os EUA ao se ver impedido de trabalhar. Exilou-se na Inglaterra. Não para menos, a perseguição ao indivíduo no seio de uma sociedade fechada e arbitrariamente governada é, em sua filmografia, tema recorrente, como provam O maldito (M., 1950)[4], No limiar da liberdade (Figures in a landscape, 1970), O mundo os condenou (The damned, 1961), Galileu (Galileo, 1974) etc.


Robert Klein (Alain Delon)


Cidadão Klein fracassou nas bilheterias, principalmente na França. Os franceses em geral — ao menos na época da realização — ainda tinham dificuldades para encarar o comportamento de seus compatriotas durante o período da ocupação alemã. Colaboracionismo e indiferença sempre soaram incômodos. Para ampliar o desconforto da culpa, poucos militares alemães são mostrados no filme. Os primeiros aparecem muito discretamente, aos 60 minutos de projeção. Os demais serão explícita e grotescamente percebidos quando da encenação de uma peça estigmatizando os judeus — momento em que Cidadão Klein parece render homenagens a Cabaret (Cabaret, 1972), de Bob Fosse. Em contrapartida, são policiais e militares franceses que se destacam nas cenas de assédio, perseguição e prisão dos “indesejáveis” — algo que radicaliza a acusação de cumplicidade gaulesa com a “solução final” de Hitler.


Cidadão Klein está entre as melhores realizações de Losey: O criado (The servant, 1963), Estranho acidente (Accident, 1967), Cerimônia secreta (Secret cerimony, 1969), No limiar da liberdade, O mensageiro (The go-between, 1971) e O assassinato de Trotsky (The assassination of Trotsky, 1972). Estranhamente, é pouco lembrado, como se carregasse o peso de uma maldição. Mas é um produção fascinante, simbolista, que conclama a todo momento a atenção do espectador. Um pequeno exemplo disso é a ilustração da sequência dos créditos de abertura: a ave perpassada por uma seta, ocupando o centro comum de dois círculos. A parte inferior da figura mostra o que parecem olhos mirando fixos o horizonte, desatentos ao sofrimento da criatura ferida.


Essa ilustração — de início, um simples adorno — retorna como estampa de um tapete a ser leiloado. Seus significados, interpretados pelo pregoeiro, resumem o básico de Cidadão Klein: a ave ferida sofre à revelia dos elementos supostamente contidos nos círculos que a limitam. Estes fazem a representação do Egoísmo, da Arrogância, Ganância e Crueldade, sustentáculos da indiferença percebida no olhar perdido ao longe.


Alain Delon como Robert Klein


Certamente, chegará o dia em que Cidadão Klein estará entre as principais realizações francesas do pós-guerra, não apenas por desafiar corajosamente alguns tabus, mas também por razões artísticas. É produção elaboradíssima, permitindo a Losey a combinação de vários estilos contrastantes que acentuam o clima kafkiano que perpassa a história. Assim, é assumidamente lírica em alguns momentos. Em outros, assemelha-se a uma comédia de absurdos. Apresenta-se também como drama de suspense e manifesto político. O distanciamento histórico é permitido pela iluminação fugidia dispersada sobre cores de tons claros e discretos que acentuam a sensação de opressão e alienação. Nesse setor, brilham Gerry Fisher na direção de fotografia, acompanhado por Alexandre Trauner na direção de arte e pela parceria de Pierre Charron com Gérard James na decoração de interiores. Losey, como de hábito, é metódico e austero na direção. Não se perde em arroubos estilísticos; evita lançar mão de efeitos fáceis para seduzir o espectador e tornar a história mais palatável.


Apesar de Losey declarar que se esforçou para apresentar uma recriação a mais autêntica da França ocupada[5], não deixou de tomar algumas liberdades, mas com o intuito de conferir unidade dramática e cinematográfica à história; também para estabelecer um diálogo com acontecimentos contemporâneos à realização. Historicamente, o encarceramento dos judeus no Velódromo de Inverno não aconteceu na estação fria no ano, como mostra o filme, mas em pleno verão de julho. Segundo relatos, o embarque dos prisioneiros para o leste não foi imediato. Demorou cerca de cinco dias. Ao longo desse tempo, os detentos sofreram dura restrição alimentar e de água. Losey resolveu situar a detenção durante o inverno para combinar o epílogo ao tom gélido da encenação. Já o pronto embarque seguido de imediato transporte dos detentos entrava em sintonia com o tom kafkiano da narrativa.


Recriação do acantonamento dos judeus no Velódromo de Inverno


Ao recriar o acantonamento no Velódromo de Inverno, Losey declarou para Michel Ciment[6] a intenção de relacionar o evento com os tristes fatos transcorridos no Estádio Nacional de Santiago do Chile, transformado em prisão e centro de tortura nos primeiros dias do golpe de Estado do General Augusto Pinochet. A rápida cena de um violino arrancado das mãos de um judeu pisoteado rende homenagens ao músico e cantor chileno Victor Jara, assassinado após ter as mãos dilaceradas em setembro de 1973, na concentração do Estádio Nacional.


Os atores brilham em Cidadão Klein. As interpretações estão dentro da medida. Os detaques vão para Jeanne Moreau, Juliette Berto, Francine Bergé, Michel Lonsdale, Suzanne Flonn, Massimo Girotti e Jean Bouise, nos respectivos papéis de Florence, Jeanine, Nicole, Pierre, a zeladora, Charles e o vendedor do quadro. Mas o melhor é a sincera entrega de Alain Delon na pele de Robert Klein, tão carregado de ambiguidade e vulnerabilidade apesar da segurança que aparenta demonstrar. O ator não se mostra prisioneiro de sua bela estampa, como vinha acontecendo desde meados dos anos 70, quando pareceu cansado de representar. Demonstra, com Robert Klein, ser um profissional capaz de usar seus melhores atributos físicos para transmitir emoções profundas, ainda que contidas. Robert Klein é um dos seus melhores papéis, como os de Tom Ripley/Philippe Grenleaf em O sol por testemunha (Plein soleil, 1960), de René Clement; Rocco Parondi em Rocco e seus irmãos (Rocco e i suoi fratelli, 1960), de Luchino Visconti; Piero em O eclipse (L’eclisse, 1962), de Michelangelo Antonioni; Tancredi Falconneri em O leopardo (Il gattopardo, 1963), de Luchino Visconti; Jef Costello em O samurai, Frank Jackson em O Assassinato de Trotski e Daniele Dominici em A primeira noite de tranqüilidade (La prima notte di quiete, 1972), de Valerio Zurlini.


Robert Klein (Alain Delon) e Florence (Jeanne Moreau)


Por outro lado, atuando na produção, Delon sentiu profundamente, inclusive financeiramente, o peso da rejeição do público francês a Cidadão Klein, principalmente porque a realização não recebeu nenhum dos prêmios aos quais foi indicada no Festival de Cannes, inclusive à Palma de Ouro de Melhor Filme. Ele sequer se sentiu recompensado com a conquista de três César, em 1977, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Desenho de Produção (Direção de arte e Decoração). Na ocasião, Delon foi indicado ao César de Melhor Ator, mas perdeu para Michel Galabru por Le juge et l’assassin (1976), de Bertrand Tavernier. Cidadão Klein também foi indicado aos César de Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Som.


Cidadão Klein foi o primeiro filme falado em francês de Joseph Losey, mas não a sua primeira realização francesa. Esta é Eva (Eva, 1962), estrelada por Jeanne Moreau e produzida pelos irmãos Raymond e Robert Hakim.






Roteiro: Franco Solinas, Constantin Costa-Gavras (não creditado), com a colaboração de Fernando Morandi. Produção executiva: Ralph Baum. Música e condução musical: Egisto Macchi, Pierre Porte. Direção de fotografia (Eastmancolor): Gerry Fisher. Montagem: Marie Castro-Vazquez, Henri Lanoë, Michèle Neny. Produção de elenco: Margot Capelier, Dominique Lallier. Direção de Arte: Alexandre Trauner. Decoração: Pierre Charron, Gérard James. Figurinos: Colette Baudot, Annalisa Nasalli-Rocca. Maquiagem: Françoise Andrejka, Michel Deruelle. Penteados: Pierre Vadé. Gerente de produção: Ludmilla Goulian. Assistentes de direção: Philippe Baronnet-Fruges, Rémy Duchemin, Philippe Monnier. Contra-regra: Henri Berger, Michel Suné. Planejamento do set: Pierre Duquesne, Olivier Girard. Som: Maurice Dagonneau, Jean Labussière. Mixagem de som: Alex Pront, Federico Savina. Efeitos especiais: Georges Iaconelli. Operadores de câmera: Richard Andry, Pierre-William Glenn, Jean-Francis Gondre. Eletricista-chefe: Charles Lefèvre. Fotografia de cena: Victor Rodrigue. Maquinista: René Strasser. Edição musical, produção musical e direção musical: Georges Bacri (pela Pema Music). Consultoria à direção: Reginald Beck. Joalheria: Alain Boucheron. Relações com a imprensa: Christine Brierre, Jérôme Brière. Administrador: Nicole Cateux. Secretaria da produção: Simone Clément. Apresentação: Raymond Danon, Alain Delon, Robert Kuperberg, Jean-Pierre Labrande. Gerentes gerais: Michele Lalune, Dominique Rigaux, Gille Schneider. Orçamento: Maurice Lasserre. Consultoria histórica: Claude Levy. Continuidade: Lucie Lichtig. Produção do espetáculo no cabaret: Frantz Salieri. Companhia de efeitos especiais: Les Films Michel François. Agradecimentos à: La Société Nouvelle des Studios de Boulogne, Nouvelle des Studios de Boulogne. Fornecimento de trajes: Bermans & Nathans Ltd., Ets. M. Traonouez. Tempo de exibição: 123 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 2013)




[1] Constantin Costa-Gravas tem participação não creditada no roteiro definitivo de Franco Solinas.
[2] PINTO, José Nêumanne (Org.). Os cem melhores poetas brasileiros do século. 2. ed. São Paulo: Geração Editorial, 2001. p. 218.
[3] Principalmente O criado (The servant, 1963), O rei, o cidadão (King & country, 1964), Estranho acidente (Accident, 1967), No limiar da liberdade (Figures In a landscape, 1970), O mensageiro (The go-between, 1970), O assassinato de Trotsky (The assassination of Trotsky, 1970) e Don Giovanni (Don Giovanni, 1979).
[4] Refilmagem de M, o vampiro de Dusseldorf (M – Eine stadt sucht den moerder, 1931), de Fritz Lang.
[5] CIMENT, Michel. Le livre de Losey. Paris: Ramsey, 1999. p. 167.
[6] Ibidem. 

4 comentários:

  1. Estupenda y muy bien documentada reseña de una película que vi hace muchos años pero había olvidado. Habrá que recuperarla porque señalas conceptos que no percibí en su día y seguro que una segunda visión será enriquecedora.
    Un abrazo.

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    1. Hola, Josep! Quedo feliz por la buena impresión que le pasó la reseña. Realmente, es una película estupenda y de la mayor importancia, tanto social como histórica. Espero que consiga volverla a ver. Cuando lo haga, deje aquí las nuevas apreciaciones.

      Abrazos y saludos.

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  2. Hola querido Eugenio, una estupenda reseña muy a tu estilo, sin dejar pasar ningún detalle y lo que más me atrae es el análisis que haces no sólo de su producción sino de los mensaje implícitos y como fue recibido el filme en esa época, fabuloso cielo, la fotografía también es mi parte favorita, gracias por compartir tu magistral trabajo, besitos miles cielo...!!!

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