Jean-Pierre Melville é inspiração declarada de diversos
cineastas: John Woo, Quentin Tarantino, Paul Thomas Anderson, Martin Scorsese,
David Mamet, Wong Kar-Wai e Sergio Leone. Acima de tudo, é o pai espiritual da Nouvelle Vague. Bob, o jogador (Bob le flambeur, 1956) incentivou a passagem à direção de François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol e outros. Também é matriz para filmes como Onze homens e um segredo (Ocean's eleven, 1960), de Lewis Milestone, atualizado por Steven Soderbergh a partir de 2001. Para os franceses, Bob, o jogador é exemplo de "cinema livre": autoral, arejado, emancipado de padrões consolidados, inovador na edição acelerada pontuada de cortes bruscos e diretos, utilização de câmera na mão, emprego de atores não profissionais e estrutura narrativa assentada em planos longos, de movimentação contínua.
Bob, o jogador
Bob le flambeur
Direção:
Jean-Pierre Melville
Produção:
Jean-Pierre
Melville, Serge Silberman
Organisation
Générale Cinématographique, Play Art, Productions Cyme
França
‑ 1956
Elenco:
Roger Duchesne, Isabelle Corey, Daniel Cauchy, André Garet, Gérard Buhr, Guy Decomble, Claude Cerval, Howard Vernon, Colette Fleury, Simone Paris, René Havard, Germaine Licht, Jean-Marie Rivière, Kris Kersen, Henry Allaume, Emile Cuvelier, Roland Charbaux, François Gir, Jean-François Drach, Couty, Annick Bertrand, Jannick Arvel, Yvette Amirante, André, Tételman, Germaine Amiel, Dominique Antoine, Duilio Carmine, Pierre Durrieu, Evelyne Rey, Jean-Marie Robain, Jean-Pierre Melville.
Roger Duchesne, Isabelle Corey, Daniel Cauchy, André Garet, Gérard Buhr, Guy Decomble, Claude Cerval, Howard Vernon, Colette Fleury, Simone Paris, René Havard, Germaine Licht, Jean-Marie Rivière, Kris Kersen, Henry Allaume, Emile Cuvelier, Roland Charbaux, François Gir, Jean-François Drach, Couty, Annick Bertrand, Jannick Arvel, Yvette Amirante, André, Tételman, Germaine Amiel, Dominique Antoine, Duilio Carmine, Pierre Durrieu, Evelyne Rey, Jean-Marie Robain, Jean-Pierre Melville.
O nome
Jean-Pierre Melville goza, ainda, de alguma ressonância? Afirmar que é um dos
melhores realizadores do cinema francês é pouco. Seu talento merece
posicionamento mais específico por dois principais motivos: 1) firmou profícuo
diálogo entre as tradições cinematográficas dos EUA e a de seu país, em
particular na área do filme policial; 2) de certa maneira é o pai espiritual da
Nouvelle Vague, em razão de Bob,
o jogador ter
impulsionado François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol etc. a passarem
à realização de um cinema mais livre, autoral e arejado, emancipado das
fórmulas e padrões há muito consolidados. Bob,
o jogador inova na edição
acelerada, pontuada de cortes bruscos e diretos, utilização de câmera na mão,
emprego de atores não-profissionais (caso da jovem Isabelle Corey, encontrada
nas ruas pelo diretor) e estrutura apoiada em planos longos de movimentação
contínua. Não para menos, Jean-Pierre Melville é considerado uma espécie de
marco zero. É um dos pilares da moderna narrativa cinematográfica, deitando
influências, além dos franceses da Nouvelle Vague, sobre John Woo, Quentin
Tarantino, Paul Thomas Anderson, Martin Scorsese, David Mamet, Wong Kar-Wai e
Sergio Leone.
Isabelle Corey no papel de Anne A atriz foi descoberta nas ruas, pelo diretor |
Melville começa a
frequentar os cinemas brasileiros com Quando
leres esta carta (Quand
tu liras cette lettre, 1953), terceiro título que assina[1].
Depois, somente a partir dos anos sessenta será exibido com maior frequência
entre nós: Técnica de um
delator (Le doulos,
1962), Os profissionais do
crime (Le deuxième
souffle, 1966), O
samurai (Le
samourai, 1967), O
exército das sombras (L’armée
des ombres, 1969), O
círculo vermelho (Le
cercle rouge, 1970) e Expresso
para Bourdeaux (Un
flic, 1972)[2]. Desgraçadamente, sua realização mais emblemática, Bob, o jogador, nunca
mereceu exibição comercial nos cinemas locais. É graças às brechas permitidas
pelos canais de TV por assinatura Telecine Classic e TV5 Monde que a obra se
tornou relativamente conhecida no Brasil.
Os filmes
americanos de gângster dos anos 30 e 40, principalmente as realizações da
Warner Brothers protagonizadas por Humphrey Bogart e James Cagney, foram a
principal escola de Melville. As lições daí assimiladas fazem-se sentir
principalmente na composição cinematográfica e no desenho dos personagens. Em
seu cinema, as coordenadas são ditadas pelas imagens. Os diálogos e a pontuação
musical são acessórios vivazes: traduzem o necessário ou acrescentam as devidas
pontuações e ênfases. Os personagens não são chapados, desprovidos de origens e
motivações psicológicas. São elaborados frente a um pano de fundo que lhes
acrescenta sentido e personalidade. Numa comparação, Robert Montagné
(Duchesne), o Bob do filme em questão, apresenta pontos de contato com o Roy
Earle (Humphrey Bogart) de Seu
último refúgio (High
Sierra, 1941), de Raoul Walsh. São outsiders vivendo o outono de suas existências.
Amargaram derrotas, como a prisão, mas continuam fieis à vida de riscos e
apegados a determinados códigos de conduta dos quais não abrem mão, em nome da
honra pessoal e da valorização de laços de lealdade cultivados com membros de
seus círculos de convívio. Não são meros celerados destituídos de humanidade,
mas seres à margem, lutando por uma segunda chance num mundo que lhes concede
poucas opções.
Apesar das derrotas e mudanças, Robert Montagné (Roger Duchesne) - o Bob — continua fiel a códigos e princípios |
Mas Bob, o jogador,
realização fiel ao seu tempo, encontra correspondentes de peso em títulos que
lhe são mais contemporâneos e próximos na temática, inclusive no desenho
humanizador de personagens transitando por realidades marcadas pela aridez: O segredo das jóias (The asphalt jungle,
1950), de John Huston; Rififi (Du rififi chez les hommes,
1955), de Jules Dassin; e O
grande golpe (The
killing, 1956), de Stanley Kubrick. São, provavelmente — ao lado do
título de Melville —, os melhores filmes no desenvolvimento da temática do
assalto empreendido por uma equipe de especialistas nas mais diversas funções,
agindo com coordenação e precisão a partir de um planejamento minucioso.
Ademais, está em Bob, o
jogador a inspiração para
Lewis Milestone realizar Onze
homens e um segredo (Ocean’s
eleven, 1960), atualizado por Steven Soderbergh, 41 anos depois[3] — e que chegaria aos doze[4] e treze[5] homens nas continuações bancadas pelo
mesmo diretor. Cabalístico onze! Mas Bob,
o jogador é o primeiro a
reunir essa quantidade com o objetivo de assaltar um cassino.
O mundo de Bob é
a Paris de Montmartre e Pigalle. Apesar da presença imponente da Catedral de
Sacré Coeur ocupando o alto da paisagem, distribuem-se mais abaixo os locais
nos quais o personagem se faz conhecido: casas de jogo, boates, lanchonetes,
pensões baratas, antros de prostituição e bancas de apostas. Bob está em idade
avançada. Outrora assaltante, amargou 20 anos de prisão devido a um golpe
fracassado. Neste perdeu um amigo, o pai de Paolo (Cauchy) — jovem que tem sob
proteção — e salvou a vida de um policial, o comissário Ledru (Decomble),
afastando-o da linha de tiro. Roger (Garet), companheiro de geração, também
abandonado pela sorte, é o amigo de todas as horas.
Todos gostam de
Bob, inclusive policiais. Motivos não faltam. É um tipo honrado, um cavalheiro
moldado na velha cepa, formado num tempo em que a palavra empenhada bastava
para definir o caráter de um homem. É reconhecido e bem recebido por onde
passa. Tem um código próprio. Generoso, está pronto a auxiliar amigos em dificuldades. Despreza a violência e as armas. Não perdoa
cafetões e exploradores da fragilidade alheia. Fala pouco. Ouve e observa com
atenção. Além de Paolo, protege paternalmente a jovem Anne (Corey), desprovida
de ancoradouros seguros, pronta a cair a qualquer instante nas mãos de
aproveitadores como o proxeneta Marc (Buhr).
Jogador
inveterado e compulsivo, Bob passa tardes e noites entre um baralho e outro.
Também está atento às oportunidades permitidas pelas corridas de cavalos. Perde
mais que ganha, a ponto de Roger se preocupar com seu futuro. Teme encontrá-lo,
um dia, como vendedor de jornais. A vida sempre foi um jogo para Bob. Desde que
saiu de casa, jovem ainda, habituou-se aos caprichos do acaso. Passou a
depender de golpes e expedientes para sobreviver e auxiliar a mãe, a quem
enviava dinheiro, apesar de jamais revê-la. Apavoram-no as lembranças nas quais
ela aparece extenuada e ajoelhada no rotineiro trabalho de limpeza. Quando não
desafia a sorte, Bob é encontrado nas rodas de amigos, entregue às conversas
descompromissadas sobre o aqui e agora, às vezes especulando sobre o futuro.
Sempre tentando a sorte, Bob (Roger Duchesne) se prepara para lançar os dados |
O personagem é
talhado pelo estoicismo, mas dotado de senso de humor. Pode ser classificado
como romântico desconfortavelmente situado num tempo em mudança, que parece
conspirar contra ele. Mas não remói lembranças de um suposto passado mais
seguro que as condições presentes. Procura viver, apenas, se possível
obedecendo às suas próprias determinações. Apesar do vício no jogo, não é um
desregrado. Ao contrário: método não lhe falta, muito menos o amparo de certa
rotina. Também é bem servido de verve e ironia. Quando Anne lhe pergunta como
ganha a vida, responde que trabalha no Ministério da Agricultura, cuidando de
cavalos, animais aos quais deu tudo, a ponto de se considerar um benemérito da
raça — maneira enviesada de revelar apego às apostas no jóquei clube —; ou que
vive na constante dependência da sorte — pronta a “sorrir para os audazes”,
segundo palavras guardadas da mãe. Por isso, arrisca-se permanentemente. Apesar
da maré de azar que o persegue, insiste em dizer que nasceu “com um ás na mão”.
Bob é o caminhar
sem pressa. A calma e a elegância são companheiras frequentes. O rosto é
impassível. O cabelo grisalho, sempre assentado, é penteado para trás.
Invariavelmente traja terno preto e gravata. Às vezes dirige um Packard
conversível. Demonstra estar pronto à primeira oportunidade para dar a volta
por cima. Mora num pequeno apartamento de cobertura. Antes de dormir, pela
manhã, aciona um caça-níqueis de uso privado, esperançoso por uma combinação
pressagiadora de boa sorte às próximas jornadas de riscos.
Bob, o jogador é autêntico film noir. Seu protagonista se
assemelha a um joguete nas mãos do imponderável caprichoso na revelação de
barbadas e na manipulação de cartas, dados e fichas. Porém, não é um peão
qualquer, impotente, perdido no tabuleiro da irracionalidade. Atenção não lhe
falta. Está em constante espreita, pronto a converter as circunstâncias em
lances favoráveis ao jogador que de fato é. Só espera o momento adequado para
assumir o controle da partida. Mas jamais descarta a imprevisibilidade dos
riscos.
Numa conversa
casual com Roger, desponta a tão esperada chance de dar a volta por cima. O
cassino de Deauville poderá acumular em seus cofres, numa noite de grande
movimento, 800 milhões de francos. Oito é o numero da sorte de Bob. Está aí uma
chance a não desperdiçar. Planejamento acurado é necessário para entrar na
posse da bolada. Bob parece esquecer os lances presididos pelo acaso para se
entregar aos procedimentos puramente calculados e racionais. Passa a circular
com a capota do Packard levantada. Redobra a atenção. Providencia plantas do
cassino. Informa-se sobre o difícil cofre a arrombar. Cerca-se de informantes
abalizados. Levanta financiamento para a operação. Reúne uma equipe de
especialistas. Ensaia metodicamente o assalto, de forma a evitar reveses e o
uso de armas de fogo. O grupo deve agir com precisão, como uma brigada de
paraquedistas. Quando treinam, sobre o traçado da planta baixa do cassino,
riscado nos fundos de um ferro-velho, ouve-se vibrante som do motor de um avião
pronto a lançar combatentes.
Bob (Roger Duchesne) planeja metodicamente o assalto ao cassino de Deauville |
Sobre o chão riscado, a simulação do assalto ao cassino |
A partir do
planejamento do assalto o filme incorpora nova dinâmica. O estudo e a
apresentação pormenorizada dos personagens dão lugar ao tratamento da ação
propriamente. Bob volta aos dias de glória. Incorpora a personalidade do
gângster tradicional. A trama fica mais envolvente. O espectador, atento aos
andamentos da história, percebe-se diante do bom cinema, resultado da fusão de
elementos narrativos e cinestéticos na composição de um todo harmonioso e
vibrante, sem que nada pareça sobrar ou faltar. A fotografia de Henri Decae —
antes centrada na observação mais descritiva e desinteressada das aparências —
adquire contornos cirúrgicos na exposição de detalhes. O comentário musical de
Eddie Barclay e Jo Boyer, essencialmente apoiado nas tonalidades do jazz,
eleva-se, como que procurando uma situação de clímax prolongado. Os próprios
músicos em atividade nos bares e dancings mostrados no filme contribuem para a
autenticidade das imagens: são negros americanos tentando a sorte na capital
francesa, cidade apaixonada pelo jazz como Bertrand Tavernier evidenciou em Por volta da meia noite (Round midnight, 1986).
Entretanto,
apesar de todo o planejamento, controle e contenção, o mundo da
imprevisibilidade, ao qual Bob se habituou, continua presente. Paolo,
exibindo-se para Anne, revela-lhe os planos do assalto. Ela, descuidada,
abre-os para Marc, em débito de informações com Ledru. Logo, o golpe não será
segredo para ninguém. Bob, incorporando agora o figurino do gângster durão,
perde a classe e faz o que parecia inimaginável: esbofeteia Anne e repreende
duramente Paolo, pelas incontinências verbais cometidas. A seguir, os
acontecimentos se precipitam e saem do controle. Marc, passando informações
sobre o golpe ao comissário, tem tempo para adiantar o nome de Bob antes de ser
baleado mortalmente por Paolo. Como se não bastasse, Suzanne (Fleury),
ambiciosa esposa do crupiê Jean (Cerval), cúmplice do bando, trai o grupo para
a polícia. Ledru, preocupado, procura o jogador pela cidade, para convencê-lo a
voltar atrás. Yvonne (Paris), dona de bar comprado com o dinheiro generosamente
adiantado por Bob, tenta o mesmo. Todos estão receosos com a sobrevivência do
personagem a um provável longo período de prisão. Porém, a esta altura, a sorte
está lançada, pronta a sorrir para audazes que nasceram com um ás não mão. O
plano não é abortado.
Bob se apresenta
no cassino com a antecedência prevista. Estranha a ausência de Jean. Enquanto
espera a hora marcada para o golpe, resolve passar o tempo desafiando a sorte
nas mesas de jogo. O imprevisível faz das suas. Bob ganha todas as partidas.
Esquece até o que viera fazer. Honestamente reúne, de mesa em mesa, de jogo em
jogo, toda a quantia que esperava levantar no assalto, agora desnecessário.
Porém, os desprevenidos parceiros se apresentam conforme o combinado. São
surpreendidos pela polícia. Na troca de tiros Paolo é morto; os demais, presos,
inclusive Bob. Ledru, atônito, observa os funcionários do cassino depositando
na mala do carro da polícia a vistosa quantia conquistada pelo jogador. A
caminho da prisão, ameaçados à pena mínima de cinco anos, Bob e Roger conversam
sobre o futuro contando com a atenção camarada de Ledru.
Bob, o jogador é uma joia perdida do cinema. Sobre ele,
pode-se dizer com bastante segurança: já não se fazem filmes assim, destinados
a marcar épocas e carreiras; pequenos, discretos mas, apesar de tudo,
grandiosos e assumidamente inteligentes; calmos e paradoxalmente ágeis no fluir de suas narrativas. No entanto, nada fazia prever o feliz resultado.
Melville filmou em regime de restrição financeira. Tanto que o filme levou dois
anos para ficar totalmente pronto, com várias interrupções para o levantamento
de recursos, inclusive para pagamento do elenco.
O resultado é um
trabalho rico em atmosfera, que prende a atenção do início ao fim, mesmo nos
momentos puramente descritivos, nos quais, aparentemente, pouco acontece de
interessante. Tal se deve, certamente, à riqueza dos tipos em
tela. São seres reais, próximos aos mortais comuns nas preocupações que extravasam, ainda que demonstrem contenção, como Bob, ou aparentem atitude próxima à indiferença com a incerteza do dia seguinte — a exemplo de Anne com seu rosto de criança —, ou parecem flanar pela existência, como se tudo fosse uma festa, qual o jovial Paolo. Os personagens são memoráveis. Em nada lembram caricaturas ou estereótipos repetidos como fórmulas estabilizadas de filme para filme. Roger é plenamente consistente na preocupação devotada à imprevisibilidade na vida de Bob. O mesmo acontecendo com MacKimie (Vernon), o financiador do golpe que pouco aparece, mas é seguro e pleno na certeza da parte que lhe deve caber na divisão do botim.
Anne (Isabelle Corey) e Bob (Roger Duchesne) flanam pela imprevisibilidade da existência |
É um filme
deliciosamente irônico. A imprevista sucessão de vitórias de Bob,
aventurando-se por todas as mesas do cassino, está, certamente, entre as
melhores sequências de jogo da história do cinema. A expressão fechada do
personagem, calma, contida e indecifrável, não deixa de ser reveladora da
surpresa decorrente com tamanha sorte após repetidos períodos de maré baixa.
Sem isso significar que tudo terminará bem. Bob aparentemente não demonstra,
mas é um personagem de tragédia, envolvido por uma capa de suave melancolia,
capaz de despertar uma compreensível relação de empatia. É impossível não amá-lo, bem como ao filme de Melville. Redescobrir Bob, o jogador é mais que obrigação para qualquer
cinéfilo. É fazer justiça a tudo o que o cinema fez de bom e foi largado ao
esquecimento pela imprevisibilidade das circunstâncias.
Roteiro: Auguste Le Breton, Jean-Pierre Melville. Diálogos: Auguste
Le Breton. Música: Eddie Barclay, Jo
Boyer. Direção de fotografia
(preto-e-branco): Maurice Blettery, Henri Decaë. Montagem: Monique Bonnot. Desenho
de produção: Claude Bouxin. Figurinos:
Ted Lapidus. Gerente de produção: Florence
Melville. Assistentes de direção: Leo
Fortel, François Gir, Yves-André Hubert. Coordenação
de construções: Raymond Aupée. Assistente
de direção de arte: Martine Sachot. Som:
Jacques Carrère, Pierre Philippenko. Continuidade:
Jacqueline Parey. Tempo de exibição:
98 minutos.
(José Eugenio
Guimarães, 2013)
[1] Na realidade, seria a sua quarta realização, se a primeira, o curta-metragem 24 heures de la vie d’un clown (1946), não fosse repudiada por ele. Cf. EWALD FILHO, Rubens. Dicionário de cineastas. São Paulo: Nacional, 2002. p. 489.
[2]
Jean-Pierre Melville dirigiu, ao todo, 14 filmes, incluindo o repudiado 24
heures de la vie d’un clown. Além desse título e de Bob,
o jogador, permanecem inéditos nos cinemas brasileiros: Le
silence de la mer (1947), Les enfants terribles (1949), Deux
hommes dans Manhattan (1958), Léon Morin Pêtre (1961) e L’Ainé
des ferchaux (1963). Léon Morin Pêtre, traduzido
literalmente para Léon Morin, padre, foi exibido pelo extinto canal por
assinatura Telecine Classic.
[3] Onze
homens e um segredo (Ocean’s eleven, 2001).
[4] Doze
homens e outro segredo (Ocean’s twelve, 2004).
[5] Treze
homens e um novo segredo (Ocean’s thirteen, 2007).
Me deu uma vontade muito gramde de ver o "Bob, o jogador" a partior de seus comentários e descrição do filme!!!
ResponderExcluirComo consegui-lo?
Boa noite, Mirian!
ExcluirPelo que sei, não há cópias em DVD ou em Blu Ray de "Bob, o jogador" no Brasil. Tive a sorte de vê-lo duas vezes, nos canais por assinatura Telecine Classic (atual Telecine Cult) e mais recentemente no TV5. Mas é possível consegui-lo via sites de compartilhamento como https://kat.ph/; http://thepiratebay.se/; http://bitsnoop.com/. Caso se aventure por esses caminhos, é necessário lançar mão de aplicativos como o Bitcomet para executar o download.
Um Abraço.
Aunque me resulta algo complicado leer en portugués, tengo que decir que nuestro anfitrión no se deja nada en el tintero en sus reportajes y artículos son de una calidad excelente y que aportan una información sobre la película seleccionada, su director y autores muy extensa y amena. Un excelente blog
ResponderExcluirMuchas gracias, Jordi. Fiquei contente por tê-lo recebido em meu blog. Mas o português não é uma língua difícil. Aliás, é prima do espanhol, com muita proximidade.
ExcluirAbraços e saludos.