domingo, 31 de março de 2013

A “VERDADE INCONVENIENTE” SOBRE A ESCOLA PÚBLICA DE FORMAÇÃO BÁSICA NOS EUA

Quatro anos após Uma verdade inconveniente (An inconvenient truth, 2006), Davis Guggenheim apresenta outro documentário "comprometido". Waiting for Superman (2010) inédito nos cinemas brasileiros  aborda as mazelas do sistema público de educação básica nos EUA. Apesar de contido na denúncia, não deixa de oferecer visão simplista e tendenciosa sobre as causas dos problemas, responsabilizando, em geral, professores e suas entidades de representação. A realização acompanha a jornada de pais e alunos em busca do ensino de qualidade e destaca alternativas pouco satisfatórias decorrentes dos esforços de educadores envolvidos na criação e implantação das disputadíssimas “Escolas Charter”.






Waiting for Superman

Direção:
Davis Guggenheim
Produção:
Michael Birtel, Lesley Chilcott
Electric Kinney Films, Participant Media, Walden Media
EUA — 2010
Elenco:
Geoffrey Canadá, The Esparza Family, The Hill Family, George Reeves, Michelle Rhee, Bill Strickland, Randi Weingarten.




Davis Guggenheim


Davis Guggenheim dirigiu o badalado, sério e oportuno Uma verdade inconveniente (An inconvenient truth, 2006), documentário sobre as ideias e a plataforma política de Al Gore — Vice-Presidente dos Estados Unidos durante a dupla gestão do Democrata Bill Clinton (1993-2001) — em sua pregação internacional pela preservação ambiental com foco na eliminação das causas do aquecimento global. Quatro anos após, Guggenheim lançou mais um documentário de impacto: Waiting for Superman, inédito nos cinemas brasileiros[1]. Traz à baila outra verdade inconveniente, apesar de, em termos, especificamente restrita aos Estados Unidos: a crise que assola o sistema público de educação básica do país. Mesmo assim, espectadores antenados, não importando suas procedências, lucrariam se o assistissem. Alguns problemas abordados parecem comuns aos de outras realidades, principalmente ocidentais. Já os assuntos circunscritos ao âmbito dos Estados Unidos podem, na certa, contribuir para ampliar o conhecimento sobre temas próprios e dificuldades típicas de formações sociais diferentes.


Waiting for Superman conquistou diversos prêmios e foi indicado a outros tantos. Fornece uma exposição corajosa, direta e aberta, sem recorrer a expedientes espalhafatosos e sensacionalistas. Mas está longe da isenção ao apontar os responsáveis pelo fracasso da escola pública básica dos EUA. Há cerca de 40 anos, segundo o filme, a confiança depositada na competência e capacidade de inclusão social do sistema público educacional do país começou a ir por água abaixo. As razões desse refluxo histórico não são claramente identificadas. Mas Davis Guggenheim busca, no tempo presente, fatores que expliquem as causas da existência das “escolas do abandono e do fracasso” — responsáveis, inclusive, pelo inchaço das prisões. A respeito, apresenta números alarmantes: dentre os encarcerados no estado da Pensilvania, por exemplo, 68% são de desistentes do ensino médio. O dinheiro gasto na manutenção desse contingente não tem retorno social e poderia, em situação diferente, ser revertido para a melhoria da educação básica, com a consequente redução do número de prisioneiros, conforme alega. Mais: os valores médios despendidos com um preso poderiam bancá-lo em boas escolas particulares, de níveis fundamental e médio, e ainda lhe custeariam todo o ensino universitário.




Como superar a crise no sistema educacional público estadunidense?

Davis Guggenheim acompanha a maratona de cinco estudantes e seus responsáveis, distribuídos por diferentes regiões do país, preocupados com a aquisição do aprendizado de qualidade. Entrevista especialistas em educação, alunos, pais, políticos e burocratas. Lamentavelmente, não oferece a palavra aos professores. Mas são estes, principalmente os genericamente apontados como ruins — “limões” que gozam da estabilidade funcional graças à força dos organismos de representação de classe —, que o filme aponta como os principais responsáveis pelo descalabro. A classe política, representada pelos dois partidos de maior visibilidade (Democrata e Republicano), também não sai ilesa. Ela, apesar dos discursos proferidos nas campanhas e ao longo de todos os mandatos, é incapaz de dar conta do problema, principalmente por se comprometer, na disputa por votos, com os sindicatos de professores e com uma estrutura administrativa viciada, repartida pelos mais diversos níveis hierárquicos, cujos interesses também devem ser preservados.


Desse modo, o foco nas necessidades das crianças e dos jovens é desviado para o apaziguamento de preocupações imediatas de adultos, que apenas se aproveitam da situação ou do sistema. Enquanto isso, promessas ousadas como a de George Bush, em 2002, de que “Nenhuma criança seria deixada para trás”, com todas atingindo “100%” de aproveitamento em leitura e matemática, jamais se concretizam. Nesse diapasão, os Estados Unidos, na comparação com países europeus, notadamente a Finlândia, apresentam índices considerados irrisórios com respeito à aptidão dos alunos em leitura, interpretação textual e matemática. As crianças simplesmente passam sem o devido aproveitamento pelo sistema educacional. Quando jovens, nas fases mais decisivas da formação, desistem das escolas — nas quais se sentem abandonados — e de um ensino que julgam irrelevante. Quem persiste, apesar de toda a deficiência, não possui habilidades e competências suficientes para a carreira universitária. Como os problemas de origem estão localizados na esfera pública, responsável pelo oferecimento da educação gratuita, os mais afetados são, basicamente, alunos egressos das camadas de baixa renda, notadamente negros e hispânicos provenientes de lares desestruturados, que contam apenas com os próprios esforços e de responsáveis abnegados e interessados na superação das dificuldades.



Pais e alunos das camadas de baixa renda largados ao Deus dará, em busca do ensino de qualidade

Em meio a tanta deficiência, realçada pelas sensações de impotência e omissão de políticos e educadores, sobra para alunos e responsáveis a missão de, sozinhos, buscar alternativas à superação das dificuldades. Não contam com a ajuda de mais ninguém. Esse isolamento explica o título irônico do documentário, apoiado na figura do famoso e fictício homem de aço.


Waiting for Superman evidencia a luta de Michelle Rea, Superintendente de Educação de Washington, Distrito de Columbia, na tentativa de conferir maior flexibilidade e operacionalidade administrativas ao sistema, inclusive com a aprovação de indicadores de qualidade e reconhecimento ao mérito dos melhores professores. As maiores resistências ao esforço de Rea vieram dos interesses encastelados nos sindicatos de professores, conforme revelação do filme.


Também destaca o trabalho inovador de educadores como Canada Geoffrey, um dos responsáveis pela implantação das disputadíssimas “escolas charter”, mantidas com verba pública mas geridas de forma privada. São apontadas como tábuas de salvação, graças aos mestres qualificados, à educação ministrada em tempo praticamente integral e à aceitação de alunos dispostos e motivados a estudar com afinco e superar barreiras. Waiting for Superman lança os olhos sobre um número pequeno de “escolas charter” de sucesso, o que faz o espectador perguntar: E as demais, também oferecem educação inclusiva e de qualidade? Tais instituições, ainda tão restritas, não contribuem para forçar ainda mais o desinteresse na recuperação do tradicional sistema público, que continua em franca deterioração? O filme não oferece respostas a nenhuma dessas questões.



Canada Geoffrey, um dos idealizadores das disputadas "escolas charter"

Essa realidade apresenta um dado triste e cruel. As “escolas charter” se converteram na única esperança de melhoria para alunos e pais situados nos extratos médios e de baixa renda. Como oferecem reduzido número de vagas a cada início de período letivo, submetem os candidatos, reunidos em ginásios lotados, a sorteios constrangedores. Enquanto no Brasil muitos pais fazem fila, durante dias, nas portas de escolas para tentar garantir a matrícula dos filhos, não importando a qualidade do ensino oferecido, nos EUA os interessados na educação básica de qualidade hipotecam seus sonhos e esperanças às forças do acaso de um sistema semelhante ao sorteio dos números de uma loteria. Acomodadas nos ginásios, na companhia de seus responsáveis, as crianças Anthony, Bianca, Francisco, Emily e Dayse — cujas trajetórias são acompanhadas pelo filme — torcem com sofreguidão e em vão pelo sorteio de seus números.


O "lotérico", cruel e injusto processo de sorteio de candidatos que disputam vagas nas "escolas charter"

Waiting for Superman destaca a diferença que um bom professor pode fazer no oferecimento de educação de qualidade. Mas parece não perceber que o esforço de poucos mestres abnegados quase nada pode quando todo um sistema afunda na incompetência, burocracia e defesa de interesses corporativos. Com respeito a isso, a principal culpa pelo crescente número de escolas públicas fadadas ao abandono e ao fracasso seria mesmo dos sindicatos de professores, temerosos por mudanças e encastelados na defesa indistinta de seus associados? A acusação é feita de modo tão tendencioso como unilateral, sem a apresentação de suficientes evidências empíricas.


Outras causas para a decadência da escola pública, tão presentes na ordem do dia, sequer merecem destaque. Uma das quais, a afetar não só os Estados Unidos, é a crescente certeza de que a educação escolar não é mais garantia de inclusão social e segurança no porvir. Principalmente pelo fato de que o futuro e seus significados, que deveriam ser perseguidos com planejamento, esforço e perseverança, vem sendo removidos da cena ocidental com a perda de centralidade do trabalho e da ética que o acompanhava. Ao mesmo tempo ganha ascensão um tipo de vida valorizador do apego ao instrumental, ao instantâneo e ao imediato. Também é patente, tirando as honrosas exceções percebidas no filme, o decrescente envolvimento dos pais no acompanhamento da vida escolar dos filhos. Uma das consequências disso é, certamente, a grave crise disciplinar que compromete a qualidade do ensino nos EUA como alhures. Ficam os professores totalmente perdidos, incapazes de ações propriamente educativas com vistas ao ensino, queimando tempos valiosos de aula na tentativa de disciplinar classes inteiras e superlotadas. Nestas, há poucas possibilidades de individualização dos problemas dos alunos. Todos terminam se transformando em massa indistinta e disforme.


Onde está Superman?

Por outro lado, se nos Estados Unidos a formação educacional básica deficitária é capaz de barrar, no nascedouro, uma carreira universitária, no Brasil da “universidade para todos” os problemas semelhantes parecem não oferecer impedimento algum. Pululam nos nossos bancos universitários alunos com deficiências gritantes em matemática, leitura, compreensão textual e conhecimentos gerais elementares. Alguns desses ainda se vangloriam de jamais terem lido livro algum ao longo de suas vidas. Como as escolas de formação básica e média não conseguiram formá-los em acordo com as exigências mínimas de qualidade, passa-se à universidade essa atribuição, o que a desvia totalmente da missão precípua de gerar intelectuais, massa crítica, pesquisadores e profissionais gabaritados. Uma conta muito alta ainda será cobrada por tanto descaso e descalabro, decorrente da desvalorização da educação básica pelo poder público, dos parcos e descontinuados investimentos na recuperação do ensino médio e na formação de professores. Enquanto isso, cultivam-se panaceias de enganação geral como a de que a “universidade é para todos”.


Waiting for Superman, apesar de suas fragilidades, fez jus a diversas láureas na categoria de Melhor Documentário: Prêmio Especial do American Film Institute (2011); Black Reel Awards (2011); prêmio do Broadcast Film Critics Association (2011); prêmio do Dallas-Fort Worth Critics Association (2010); Sierra Award do Las Vegas Film Critics Society; prêmio do National Board of Review (2010); prêmios do público e da crítica no San Diego Film Festival (2010); e prêmio do público no Sundance Film Festival (2010). Davis Guggenheim e os produtores Lesley Chilcott e Michael Birtal foram agraciados pelo público com o Gotham Awards (2010). O filme conquistou o Jacckie Coogan (2011) da Young Artists.


Ainda recebeu indicações ao Eddie do American Cinema Editors (2011) para Melhor Montagem (Kim Roberts, Greg Finton e Jay Cassidy) e Melhor Canção (Shine, de John Legend). Nessa categoria também foi nominado ao prêmio do Broadcast Film Association. Como Melhor Documentário foi indicado aos prêmios da Central Ohio Film Critics Association (2011), do Chicago Film Critics Association (2010), do Online Filme Critics Society (2011), do San Diego Film Critics Society (2010), Satellite (2010), do Vancouver Film Critics Circle (2011), do Washington DC Area Film Critics Association (2010) e ao Grande Prêmio do Júri no Sundance Film Festival (2010). David Guggenheim foi indicado ao prêmio do Director’s Guild of America (2011) pela Melhor Realização em Documentário, e o filme ao Image Award (2011) pela Excelência em Documentário.




Roteiro: Davis Guggenheim & Billy Kimball. Co-produção: Eliza Hindmarch. Produção de campo: Michelle Katz. Produção executiva: Jeff Skoll, Diane Weyermann. Produção de linha: Shari Tavey. Música: Christophe Beck. Direção de fotografia (cores e preto-e-branco): Robert Richman, Erich Roland. Montagem: Jay Cassidy, Greg Finton, Kim Roberts. Supervisão de produção: Don Coppola, Trevor Herrick. Supervisão de pós-produção: Susan E. Novick. Direção de segunda unidade: Lesley Chilcott. Edição de efeitos sonoros: Phil Barrie, Joel Dougherty. Mixagem sonora: Gerald Beg, John Bentley, Brian Buckley, James Castro, Stan Chan, Nathan Dubin, Julius Evans, Chuck Fitzpatrick, Richard Fleming, Dan Gleich, David Hocs, Peter Miller, Lincoln Morrison, Eddie O'Connor, Brian C. Peterson, Glen Piegari, Mike Primmer, Theresa Radka, Brenda Ray, Chris Ripper, Paul Rusnak, Hilary Stewart, Seth Talley, Charles Tomaras, Paul Trautman. Mixagem da regravação de som e supervisão da edição de diálogos: Skip Lievsay. Edição de diálogos: Byron Wilson. Operadores de câmeras: Eli Born, Jac Cheairs, Lesley Chilcott, Steve Condiotti, Jay Feather, Doug Gritzmacher, Davis Guggenheim, Ronan Killeen, David Layton, Ernesto Lomeli, Vic Losick, John Paulson, Guido Ronge, Jonathan Schell, Logan Schneider, Joia Speciale, George Tur, Mark Walpole, Brett Wiley. Eletricistas-chefes: Owen Hooker, John M. Roche. Direção de fotografia de segunda unidade: Nick Paige. Animação: Jordan Bruner. Direção de animação: Sean Donnelly. Primeiro assistente de montagem: Mike Azevedo. Assistente de intermediação digital: J. Cody Baker. Colorização: Gilbert Carreras. Edição on-line: Salvatore Catanzaro. Edição de diálogos: Sam Citron. Produção de intermediação digital: Dan Goslee, Annie Johnson. Colorização digital: Stephen Nakamura. Segundo assistente de montagem: Alexander B. Rubinow. Edição de créditos principais: Jason Sikora. Supervisão musical: John Houlihan. Coordenação da trilha musical: Matthew Janszen. Consultoria musical: Paul Katz. Canção tema: Shine, escrita e interpretada por John Legend. Mixagem da trilha musical: Jake Mônaco. Edição musical: Orr Rebhun, Erica Weis. Recursos complementares à produção: Steve Berman. Supervisão digital: Sebastien Betsch. Colaboração ao roteiro: Susan Bliss. Estagiário: Rochelle T.A. Brown. Consultoria legal: Lisa Callif, Michael Donaldson. Direitos e concessões: Shannon Costello. Contabilidade: Kimberly Edwards. Pesquisa: Ryan Gallagher. Assistentes de produção: Carrie Gay, Chris Ruscillo. Assistentes para o diretor: Cody Heller, Samantha Kerzner. Assistente para Davis Guggenheim: Samantha Kerzner. Coordenação da produção: Heather Tinnerstet. Assistente de produção no set em Washington D.C.: David Vogel. Créditos principais: Garson Yu. Agradecimentos a: Chris Kirk, Adam Ohl. Companhia de efeitos especiais: Method Studios. Companhia de animação: Awesome and Modest. Companhia de intermediação digital: Company 3. Companhia de gerenciamento de marketing e utilidades digitais: Digital Media Services (DMS). Companhia de mixagem de som: Dolby Laboratories. Companhia de consultoria musical: Eye2Ear Music. Companhia de serviços de projeção: Klass Security and Investigations. Companhia de tratamento da trilha musical: Lakeshore Records. Companhia de realização dos créditos: Mindbomb Films. Companhia de seguros: Momentous Insurance Brokerage. Fundos financeiros: Participant Media. Companhia de serviços de pós-produção: Warner Brothers Motion Picture Imaging. Serviços de planejamento de créditos e animação: yU+Co. Tempo de exibição: 111 minutos.

(José Eugenio Guimarães, 2013)





[1] No Brasil, Waiting for Superman foi veiculado pelo Telecine Cult, canal de TV por assinatura distribuído pelas operadoras NET e Sky.






7 comentários:

  1. Já pensei muito em fazer análise semiótica da capa desse filme. Dá um trabalho de significação intenso e proveitoso!

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    1. Ora, ainda é tempo! Quando será a sua formatura? A Rogéria poderá orientá-lo na empreitada.

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    2. Rafael Fernandes da Fonseca13 de abril de 2013 às 00:35

      Será no primeiro semestre de 2014. Já estou com o texto quase pronto. Aventurei-me na análise semiótica de 5 canções de Chico Buarque. Estou na fase de retoques e conclusões... rsrs

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    3. Bom, então não há nada, mesmo, há fazer com respeito à análise semiótica da ilustração. No entanto, especialização, mestrado e doutorado estão à vista para isso mesmo.

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    4. Rafael Fernandes da Fonseca13 de abril de 2013 às 00:49

      Exato! Muito bem dito.

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  2. Seu texto sobre o filme está bom, mas por suas qualidades intelectuais poderia ser ótimo se agregasse um pouco mais de críticas sobre a educação formal. Indico-lhe um trabalho que li recentemente, dentre muitos outros que versão sobre o tema, mas se debruçam sobre a questão no Brasil. Este que lhe mando link é uma autocrítica de quem foi propositora de políticas educacionais em 1991 e hoje é pesquisadora da Universidade de Nova Iorque. O livro dela é "Vida e morte do grande sistema escolar americano", Diane Ravitch e você poderá encontrar uma resenha sobre o mesmo na revista Educação e Sociedade, Campinas, v.33, n 119, p 647-660 - jun 2012, dsponível em
    Acho que fará um belíssimo contraponto às argumentações deste diretor que ficou na superficialidade do problema (aliás como foi no filme do Al Gore também)

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  3. Olá, Lérida!

    Obrigado pela crítica e pela recomendação. Desconheço a autora. Irei atrás. Agora, aguardo o momento para uma revisão do filme.

    Beijos.

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