terça-feira, 19 de julho de 2016

LEILA DINIZ NO CINEMA

Nascida na cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro, em 25 de março de 1945, Leila Roque Diniz viveu apenas 27 anos. O falecimento precoce, em decorrência de acidente aéreo, em 14 de junho de 1972, deixou o Brasil surpreso e consternado. Com o seu jeito franco, alegre, desinibido, liberado, sem papas na língua, avessa a qualquer tipo de convenção, tornou-se uma mulher à frente de seu tempo. Não era pouca coisa para a moralista sociedade brasileira, mesmo a partir de meados dos avançados anos 60, quando ela, de fato, passou a marcar presença na cena artística do país. Foi atriz de teatro, cinema e televisão. 






No cinema, atuou em 15 filmes para os quais interpretou os seguintes personagens:

1. Maria Alice - Todas as mulheres do mundo (1966), de Domingos de Oliveira.

Com Paulo José no papel de Paulo





2. Uma criada - Jogo perigoso (Juego peligroso, 1967), episódica coprodução entre Brasil e México, dirigida por Luiz Alcoriza e Arturo Ripstein. Atuou no episódio Divertimento.



3. Luisinha - O mundo alegre de Helô (1967), de Carlos Alberto de Souza Barros.

A protagonista é Irene Stefânia no papel de Helô
Na foto, Leila Diniz entre Luis Pellegrini e Jorge Dória, respectivos intérpretes de Nando e Fafá


4. Maria - Mineirinho vivo ou morto (1967), de Aurélio Teixeira.

Com Jece Valadão no papel de Mineirinho


5. Ulla - Fome de amor (1968), de Nelson Pereira dos Santos.

Com Arduíno Colassanti no papel de Felipe





6. Marina - O homem nu (1968), de Roberto Santos.








7. Tatiana - Edu, coração de ouro (1968), de Domingos de Oliveira.

Com Paulo José no papel de Edu


8. Marta - A madona de cedro (1968), de Carlos Coimbra.

Com Leonardo Vilar no papel de Delfino Montiel


9. Uma atriz de televisão - Os paqueras (1969), de Reginaldo Faria.

Com Reginaldo Faria no papel de Nonô


10. Dadá - Corisco, o Diabo Loiro (1969), de Carlos Coimbra.

Com Maurício do Valle - intérprete de Corisco -, nas locações, durante leitura do roteiro








11. Eudóxia - Azyllo muito louco (1970), de Nelson Pereira dos Santos.










12. Leila - O donzelo (1970), de Stefan Wohl.

Com Flávio Migliaccio no papel de Nestor e Grande Otelo no desempenho de um taxista






13. Ida - Mãos vazias (1971), de Luiz Carlos Lacerda.

Leia apreciação ao filme neste blog:














14. Pirata - Amor, carnaval e sonhos (1972), de Paulo César Saraceni.








15. Sem identificação - O dia marcado (1977), de Iberê Cavalcanti (realização póstuma).



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José Eugenio Guimarães
19 de julho de 2016



6 comentários:

  1. Bonito recuerdo a una actriz que a pesar de su juventud dejo un buen número de filmes.
    Saludos Eugenio!!!

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    1. Leila Diniz fue una persona muy verdadera, contraria a todo tipo de hipocresía y que nunca tuvo miedo de afirmar lo que pensaba, Miguel. Ella murió muy pronto, cuando estaba trilhando el proceso para hacerse una actriz madura. Fue una gran perda.

      Abrazos.

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  2. Eugenio,

    Vi alguns filmes com a Leila que dela não recordo, como A Madona de Cedro/68, Os Paqueras/69 e Corisco/69. Este ultimo porque naqueles anos passou uma safra violenta de filmes de cangaço e, de tantos, muito pouco dá para recordar deles.

    Tem um canal na SKY que está passando As Grandes Entrevistas do Pasquim. Eu vi o primeiro, porque foi com a Leila, onde ela parece seguir um roteiro, pois respondia o que lia num bloco.

    Porém, ela era, ou estava, solta demais, dando palavrões e dizendo respostas com uma naturalidade sem par. E como aquilo se deu no tempo da Lei Seca, não sei como sobrou.

    Não fui muito fã dela. Talvez por ver poucos trabalhos seus e também por não apreciar mulheres de boca muito aberta, como testemunhei no programa, assim como o que ouvia dizerem de sua personalidade solta demais.

    Mas gostei um pouco de ve-la com uma certa naturalidade em Todas As Mulheres do Mundo/66, possivelmente, como ela frisou no programa, que foi um filme feito por Domingos em cima de tudo o que viveram e o que ele ainda sentia por ela.
    Em resumo; o filme era uma paixão recolhida que ele ainda guardava por ela que, de uma forma ou de outra deve a ele tudo o que foi no seu curto período de vida no cinema. Vejo assim.

    O Domingos é um ator/diretor/produtor que eu valorizo muito pouco ou nada. A qualidade da sonorização de sua voz é um inferno de desagradável, assim como ele é desta forma no seu todo.

    Para mim ele nem foi um bom diretor ou produtor, já que também Edu, Coração de Ouro/68, é uma outra droga sem pé nem cabeça e sem que traga qualquer mensagem.

    A vi melhor sob batuta de Aurélio Teixeira em Mineirinho Vivo Ou Morto/67, uma pelicula muito bem feita para a época e com o bom diretor Aurélio, pessoa que no meu ver tudo o que fez o fez com muita qualidade.

    Este sim é um nome onde amaria ver numa Postagem. Soninha Toda Pura, dirigido por ele, é um filme para ser visto com os olhos que ele, o Aurelio, tentou impregnar na pelicula. É uma fita nacional que eu recomendo, assim como tudo o que ele fez ou atuou, o fez com uma qualidade que o separa distante de muitos outros atores ou diretores. Outro que perdemos cedo demais!

    Sobre a Leila, claro que lamentei sua viagem tão cedo, mas tem um filme dela que eu muito gostaria de ver, que é O Mundo Alegre de Helô/67. Acho que ali ela está muito bem, apesar de elogiarem muito Fome de Amor/68 e Mãos Vazias/71, que não conheço.

    Azilo Muito Louco eu comeceia ver e não aguentei mais que 15 minutos. Aliás, quase nada que o Nelson fez me disse muita coisa, ou não me disse nada. Pode ser um lado pessoal meu que não bate com o dele. Deve ser um bom diretor. Mas não entra no meu agrado e não aprovo como faz suas direções. Sempre acho furos demais em seus trabalhos e acho que...bem, deixa o Nelson cuidar da vida dele.

    Uma matéria meio compacta, porém valendo como lembrança pelos 44 anos da inesperada viagem da Diniz.

    jurandir_lima@bol.com.br

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    1. Gosto muito de Domingos de Oliveira, Jurandir, principalmente dos para mim preciosos TODAS AS MULHERES DO MUNDO e EDU CORAÇÃO DE OURO. Assisti a estes dois filmes quando era ainda muito novo e sempre faço questão de revê-los. Quanto a Leila, sempre a admirei pelo espírito livre que a envolvia. Era totalmente contra a hipocrisia que sempre nos marca e limita. O programa que você viu na TV apenas simula o que foi outra coisa, a famosa entrevista que ela deu ao PASQUIM, sem bloco de nota algum para servir de guia, falando o que pensava com um sinceridade admirável. Ela morreu muito nova, quando ainda estava em processo de se tornar uma excelente atriz. Basta acompanhar os trabalhos dela com um pouco de atenção e generosidade - qualidade que nunca faltou a ela - para se ter uma ideia de como isso é verdade. Leila passou por nós como um cometa. Pena que não voltará, ao contrário do que acontece com o astro. Ser uma voz contra o moralismo e a hipocrisia num país como o nosso, que preza tanto essas más qualidade, é, para mim, algo sem precedentes. Tirarei sempre o chapéu para ela. Acredito que encontrará na WEB, na íntegra, a entrevista que ela concedeu ao PASQUIM.

      Abraços.

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  3. Eugenio,

    Falaste da Leila e tudo o mais, expressando sua apreciação pela atriz, o que em nada posso ir de encontro, pois a conheci pouco demais.

    No entanto, deixou de dizer algo sobre Aurelio Teixeira, que citei com as falas abaixo.

    A vi melhor sob batuta de Aurélio Teixeira em Mineirinho Vivo Ou Morto/67, uma pelicula muito bem feita para a época e com o bom diretor Aurélio, pessoa que no meu ver tudo o que fez o fez com muita qualidade.

    Este sim é um nome onde amaria ver numa Postagem. Soninha Toda Pura, dirigido por ele, é um filme para ser visto com os olhos que ele, o Aurelio, tentou impregnar na pelicula. É uma fita nacional que eu recomendo, assim como tudo o que ele fez ou atuou, o fez com uma qualidade que o separa distante de muitos outros atores ou diretores. Outro que perdemos cedo demais!

    O que o amigo me responderia da sugestão.

    jurandir_lima@bol.com.br

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    1. Não conheço SONINHA TODA PURA, protagonizada pela Adriana Prieto que cedo nos deixou, Jurandir. Um dia, quem sabe, poderei publicar a matéria sobre MINEIRINHO VIVO OU MORTO. Basta que ela seja sorteada para fazer parte do acervo do blog. Como sabe, desde a postagem inicial de apresentação, reproduzida na coluna à direita, logo na parte superior, as matérias que aqui entram só obedecem a um critério: o do sorteio o mais aleatório sobre os muitos textos que escrevi sobre cinema. Então, fiquemos no aguardo. Por ora, entraram pouco mais de 190 matérias. Ainda há algo em torno de quatro mil e alguma coisa, sem esquecer que continuo escrevendo.

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