O produtor Hal B. Wallis queria Burt Lancaster no papel de
Danny Haley. Diante da recusa, lançou o olhar ao praticamente novato Charlton
Heston, experimentado em dois filmes para o circuito alternativo e um episódio
de série da nascente televisão. Cidade negra (Dark city, 1950) integra
o período de descenso da carreira do diretor alemão William Dieterle no cinema
estadunidense. Contribuiu para a queda a perseguição sofrida pelo Comitê de Investigação
de Atividades Antiamericanas (House Un-American Activities Committee ― HUAC).
Não se tornou blacklisted, mas teve a
reputação duramente atingida. Geralmente visto como noir, Cidade negra não faz jus à classificação. É mais um criminal de
suspense, enriquecido com lances psicológicos, sobre um grupo de homens na mira
de misterioso assassino. A narrativa, pontuada por bons momentos, sofre com a
sucessão de altos e baixos além da adesão ao melodrama. Felizmente, a direção e
a atmosfera compensam os problemas do roteiro. O melhor é o elenco. Heston,
seguro, transmite confiança. Interpreta não apenas com estampa, mas apoiado no
olhar e nas modulações de voz. Segue apreciação escrita em 2001.
Cidade negra
Dark city
Direção:
William
Dieterle
Produção:
Hal B.
Wallis
Paramount
Pictures
1950 — EUA
Elenco:
Charlton
Heston, Lizabeth Scott, Viveca Lindfors, Dean Jagger, Don DeFore, Jack Webb, Ed
Begley, Henry “Harry” Morgan, Walter Sande, Mark Keuning, Mike Mazurki e os não
creditados Fred Aldrich, John Bishop, Walter Burke, Robin Camp, Jack Carroll,
William J. Cartledge, Sally Corner, Mike Donovan, Jimmie Dundee, Byron Foulger,
Greta Granstedt, Joe Gray, Stan Johnson, Mike Mahoney, Jay Morley, Ralph
Peters, Stanley Prager, Dewey Robinson, Franz Roehn, Edward Rose, Jeffrey
Sayre, Bill Sheehan, Owen Tyree, Otto Waldis, Ben Pollack, Bill Cartledge, Bob
Evans, Charles Dayton, Charles Sherlock, George Magrill, Hamilton Camp, Hubie
Kerns, Jack Chefe, James R. Scott, Joan Morgan, John Breen, Kasey Rogers,
Marcoreta Hellman, Mickey Golden, Sam Finn, Warren Mace, William H. O'Brien.
O ator,
roteirista, produtor e realizador alemão Wilhelm Dieterle contava 15 títulos no
país de origem quando se estabeleceu em Hollywood, em 1931, ao fugir da
crescente ameaça nazista. Nos Estados Unidos consolidou carreira marcada pela
irregularidade. Alterou o prenome para William e assinou cerca de 55 filmes.
Destacam-se — segundo critérios do autor: O último vôo (The last flight, 1931), Ladrão
romântico (Jewel robbery, 1932), Modas de 1934 (Fashions of 1934, 1934), Névoas
do mistério (Fog over Frisco, 1934), Sonhos
de uma noite de verão (A midsummer night’s dream, 1935), A
história
de Louis Pasteur (The story of Louis Pasteur, 1936), A
vida de Emile Zola (The life of Emile Zola, 1937), Juarez
(Juarez,
1939), O corcunda de Notre Dame (The hunchback of Notre Dame, 1939), A
vida do Dr. Ehrlich (Dr. Ehrlich’s magic bullet, 1940), Uma
mensagem de Reuter (A dispatch from Reuter’s, 1940), O
homem que vendeu a alma (All that money can buy, 1941), Ver-te-ei
outra vez (I’ll be seeing you, 1944), Um amor em cada vida (Love
letters, 1945), O retrato de Jennie (Portrait
of Jennie, 1948), Amei até morrer (Paid
in full, 1950) e Paraíso proibido (September
affair, 1950).
Nos anos 50, a
qualidade de seus trabalhos declina sensivelmente — em parte por causa da perseguição
do Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas (House Un-American
Activities Committee ― HUAC). A lista negra não o alcançou, apesar do
passaporte cassado em 1951. Seguem-se, após Paraíso proibido, nove
realizações estadunidenses de pouca repercussão. A última é de 1957: As
aventuras de Omar Khayyam (Omar Khayyam). A partir daí retorna à
Europa. Prossegue nas atividades sem muito sucesso. As exceções são pouco
conhecidas produções para a TV, especialmente Ich fand Julia Harrington
(1960), Die große Reise (1961), Liebe im September (1962), Gabriel
Schillings Flucht (1962) e Das Vergnügen, anständig zu sein
(1962). Experimenta breve regresso aos Estados Unidos para a fracassada
aventura The confession (1964).
Charlton Heston, Lizabeth Scott e Dean Jagger, intérpretes respectivos de Danny Haley, Fran Garland e Capitão Garvey em foto de divulgação de Cidade negra |
Realizado
imediatamente após Paraíso proibido, no mesmo 1950, Cidade negra é um dos
melhores trabalhos do descenso de Dieterle. Mantém-se interessante em sua
qualidade mediana. É erroneamente classificado como noir. Sim, apresenta elementos do gênero. Entretanto, a paulatina regeneração
do protagonista Danny Haley (Heston) nega a filiação. Indiferente, praticamente
conformado aos reveses da existência, o personagem se torna, por força de
circunstâncias atenuantes, aberto às possibilidades humanizadoras dos apelos afetivos.
Derrota o cinismo e a amoralidade. Ergue anteparos ao fatalismo e pessimismo.
Apesar de circular entre perdidos e derrotados, nunca deixou de habitar a parte
iluminada do mundo. Chega ao fim admitindo a felicidade com Fran Garland
(Scott), garota menosprezada que ardentemente o deseja. Em Cidade negra o amor e a
confiança vencem a inevitabilidade da tragédia e se coroam como instâncias
redentoras.
A partir da esquerda: Soldado (Henry Morgan), Danny Haley (Charlton Heston) e Capitão Garvey (Dean Jagger) |
A realização funciona
melhor na primeira parte, ao passar a impressão de que seria um vigoroso drama
criminal com influências psicológicas. Infelizmente, decai para as fórmulas fáceis
do moralismo bom mocista. Ao menos as fragilidades do roteiro são compensadas
pela direção segura. Em termos cinematográficos, o conjunto é envolvente. Para Charlton
Heston, então com 27 anos, vale todo o destaque. Danny Haley marca a estreia do
ator no cinema hollywoodiano, de cara como protagonista. O produtor Hal B.
Wallis teve a sorte e a sensibilidade de percebê-lo tão logo falhou a primeira
opção[1]:
Burt Lancaster não manifestou interesse pelo papel. O futuro intérprete de Judah
Ben-Hur — pelo qual receberia o Oscar de Melhor Ator em Ben-Hur (Ben-Hur,
1959), de William Wyler —, não era neófito na arte da representação. Acumulava experiência
teatral. No cinema, à margem dos grandes esquemas, deu vida, com 18 anos (1941),
ao personagem de Henrik Ibsen, Peer Gynt, no filme de mesmo nome de David Bradley,
também responsável por Julius Caesar (1949), extraído da
peça de Shakespeare, no qual viveu Marco Antônio. Em 1950 marcou presença no
episódio The hypnotist, da série de TV The clock[2].
Augie (Jack Webb) e Soldado (Henry Morgan) |
Chicago é o palco
principal da ação de Cidade negra. As primeiras imagens
formam um prólogo relativamente demorado de Danny Haley pelas ruas, tomado em
planos que variam do primeiro ao médio. O rosto do personagem é valorizado pela
frontal nitidez. O semblante, sério e fechado, remete a alguém desconfiado,
questionador e sempre de prontidão. Há outras tomadas de Danny semelhantes a
essas, também na exploração do espaço público. A guarda, sempre alta, parece
antecipar golpes ou desafios. Algumas informações fornecidas pelo Capitão
Garvey (Jagger) contribuem para esclarecer a personalidade do protagonista: é
alguém que se basta. Mantém segura distância afetiva das pessoas, inclusive das
que lhe são próximas. Transformou o egoísmo em barreira protetora. Teve atuação
destacada pela coragem na Segunda Guerra Mundial. As coisas mudaram ao descobrir
a traição da esposa com um oficial amigo. Transtornado, assassinou-o. A corte
marcial retirou as acusações. Adota o cinismo como norma de vida ao renascer da
tragédia, principalmente com respeito às relações interpessoais. Quem mais
sofre com essa atitude é a apaixonada cantora Fran Garland.
Soldado (Henry Morgan) |
Logo no início,
Haley e seus sócios Augie (Webb) e Barney (Begley) sofrem baque financeiro de
grandes proporções. A polícia do Capitão Garvey estoura pela terceira vez, em
poucos meses, a casa de apostas do trio. Não há capital para retomar o negócio.
A solução, impiedosa, surge com o cheque administrativo de cinco mil dólares em poder Arthur Winant
(DeFore). A quantia destinava-se à aquisição de equipamentos para uma academia em Los Angeles. Imprudente
e excessivamente confiante, o forasteiro é atraído à armadilha de uma partida
de pôquer. Perde tudo. Desesperado, retorna ao hotel e se enforca. A polícia
encontra na cena apenas um envelope vazio endereçado a Sidney Winant, irmão mais
velho e protetor da vítima. Ninguém o conhece. Seu rosto é um mistério
prolongado até o epílogo. Entretanto, as avantajadas mãos do personagem começam
a aparecer em momentos significativos.
Barney (Ed Begley) |
O suicídio de
Arthur surpreende a todos. A polícia conclui pelo envolvimento de Augie, Barney
e Danny na história. Agora, descontar o cheque é operação arriscada. Cidade
negra entra em seus melhores momentos, iniciados com o jogo de pôquer. A
temperatura da ação se eleva com rapidez e eficácia quando o assustado Barney é
brutalmente sufocado entre as cortinas dos seus aposentos após sofrer angustiante
sensação de que era vigiado. O corpo, encontrado como se fosse um suicida
enforcado, é um aviso.
Danny Haley (Charlton Heston) e Augie (Jack Webb) |
Um bom jogo de
gato e rato fornece a tônica. Com a morte do parceiro, Augie, desmorona
psicologicamente. Danny, aparentemente controlado, é chamado às falas pela consciência.
Ainda mais porque sente intensamente o efeito da acusação do auxiliar Soldado
(Morgan) — antena moral da história —, que o responsabilizou diretamente pelo
suicídio de Arthur. Afinal, descobriu a fraude cometida por Augie e não tomou
providências. A ambientação noturna e ligeiramente enevoada nas externas ganha
primazia. Infelizmente, o melhor dura pouco. Cidade negra evolui
rapidamente para o anticlímax do melodrama quando os personagens de Heston e
Webb vão a Los Angeles levantar detalhes sobre a vida do suicida. Danny se envolve
afetivamente com a carente viúva Victoria Winant (Lindfors) e seu filho, o
garoto Billy (Keuning). Tenta pagar os pecados da pior forma. Revela-se para a
mulher, inclusive com intenções de indenizá-la. É repudiado. Na outra ponta Augie
entra implacavelmente na rota do vingador, já revelado como perigoso psicopata.
Danny Haley (Charlton Heston), Victoria Winant (Viveca Lindfors) e Billy (Mark Keuning) |
Cidade negra avança para um final
didaticamente pedestre. Em busca de recomposição, Danny parte para Las Vegas.
Convenientemente, encontrará bases para o pretendido ao rever os baluartes
morais representados por Soldado e Fran, aí reinstalados. O problema é Sidney.
Mas a polícia consegue evitar o pior. O inevitável encontro do protagonista com
seu algoz refaz as relações de Cidade negra com o bom cinema. Victoria
telefona para alertá-lo do perigo iminente quando é surpreendido. O rosto do
vingador — a estampa do gigantesco campeão de luta livre Mike Mazurki — ocupa
toda a tela e chega a desequilibrar as tomadas que tentam fixação geométrica
nos primeiros planos. De um lado, Heston com 1,91m de altura; do outro, um
oponente medindo 1,96m. Literalmente, é uma luta de gigantes! Terminada a
contenda, o final luminoso sorri para Danny Haley e Fran Garland.
Prejudicado pela
sucessão de altos e baixos, Cidade negra tem no elenco a melhor
atração. Charlton Heston — transpirando confiança e juventude — responde muito
bem às mudanças no caráter do personagem. Mais que uma estampa, interpreta com
o olhar e modulações na voz. Para maior segurança conta com os apoios dos
sempre convincentes Jack Webb, Henry Morgan e, principalmente, Ed Begley. Lizabeth
Scott tem pouco a fazer. É a boa moça num papel de poucas nuanças. A edição
falhou ao permitir que interpretasse cinco longos números musicais nos quais é
dublada por Trudy Stevens. As canções dor de cotovelo não são ruins, mas
contribuem para a derrota da tensão dramática pelo melodrama.
Material de divulgação colorizado para halls de salas de exibição - Fran Garland (Lizabeth Scott) e Danny Haley (Charlton Heston) |
Roteiro: John Meredyth Lucas, Lawrence “Larry” Marcus, com
base na história No escape, de Lawrence “Larry” Marcus, adaptada por Ketti
Frings. Música e direção musical (não
creditada): Franz Waxman. Canções (não
creditadas): I don’t want to walk without your (música de Jule Styne, letra
de Frank Loesser), A letter from a lady in love (música de Maurice Ellenhorn, letra
de Judy Bennett), That old black magic (música de Harold Arlen, letra de Johnny
Mercer), I wish didn’t love you so (música e letra de Frank Loesser), If I
didn’t have you (música de Harold Spina, letra de Jack Elliott). Intérprete
das canções: Trudy Stevens (não
creditada, dubla Lizabeth Scott). Direção
de fotografia (preto e branco): Victor Milner. Montagem: Warren Low. Direção
de arte: Franz Bachelin, Hans Dreier. Decoração:
Sam Comer, Emile Kuri. Figurinos: Edith Head. Supervisão de maquiagem: Wally
Westmore. Assistente de direção:
Richard McWhorter. Gravação de som: Don McKay, Walter Oberst. Processamento
fotográfico: Farciot Edouart. Penteados:
Hedy Mjorud (não creditada). Maquiagem:
William Woods (não creditado). Gerente
de produção: Richard Blaydon (não creditado). Segundo assistente de direção: Gerd Oswald (não creditado). Engenheiro de som: Paul Franz (não
creditado). Mike grip: John Smirch
(não creditado). Assistente de câmera
para efeitos especiais: Paul K. Lerpae (não creditado). Transparências: Dewey Wrigley (não
creditado). Operador de câmera:
Haskell B. Boggs (não creditado). Fotografia
de cena: Mal Bulloch (não creditado). Eletricista-chefe:
Earl Crowell (não creditado). Assistente
de câmera: Charles Sickler (não creditado). Orquestração (não creditada): Sidney Cutner, Leonid Raab, Leo
Shuken, Van Cleave. Continuidade:
Lupe Hall (não creditada). Sistema de
mixagem de som: Western Electric Recording. Tempo de exibição: 98 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 2001)
[1] A descoberta do ator foi saudada por Wallis com a
realização do curta Introducing Charlton Heston (1950), do qual praticamente não há
maiores informações.
[2] Ao todo, 91 episódios, cada qual com 30 minutos,
produzidos pela rede American Broadcasting Company (ABC) e originalmente
levados ao ar de 1949 a
1952 durante quatro temporadas.
Saudações Eugenio!
ResponderExcluirSou suspeito em comentar alguma coisa a respeito de Charlton Heston. Indubitavelmente, ele era um ótimo ator, claro que com uma interpretação diferente dos demais atores de sua geração, mas o que lhe rendeu mais em benefício de suas interpretações foi sua bela estampa. Tivemos grandes atores nos tempos áureos do cinema: Spencer Tracy, Robert Ryan, Lee Marvin, Marlon Brando, Burt Lancaster...mas Heston era o ideal para viver os heróis épicos, como BEN-HUR, e EL-CID.
O curioso também é que BEN-HUR, também oferecido a Lancaster, foi o segundo papel que ele recusou em favor à Charlton Heston, que aceitou novamente um papel recusado por Burt.
Quanto ao filme, concordo que ele não é um NOIR, apenas mantendo elementos deste gênero (como também CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO, de John Sturges, 1954, não é um faroeste, como costuma bater na mesma tecla um conhecido nosso, pois apenas tem o elemento do western já que se trata de um criminal bem detetivesco).
CIDADE NEGRA, é um suspense policial, de teor altamente apreensivo capaz realmente de prender quem o assiste pela primeira vez. Sem dúvida, a primeira apresentação cinematográfica de Heston não deixa a desejar mesmo. Pouco antes deste filme, chegou a viver Philip Carey numa versão televisiva de SERVIDÃO HUMANA, famosa história levada as telas de cinema, cujo personagem foi vivido por Leslie Howard na versão de 1934.
Lizabeth Scott, a dama PRETO & BRANCO dos meados dos anos de 1940 em grandes clássicos (em cores, A FILHA DA PECADORA, com Burt Lancaster), e Viveca Lindfors, atriz sueca que Hollywood tentou molda-la como uma nova Ingrid Bergman (contudo sem muitos resultados), que atuou ao lado de Errol Flynn em AS AVENTURAS DE DON JUAN, são as marcantes presenças femininas desta história.
Obrigado professor por estes esclarecimentos sobre a pautada obra. Abraços do
PAULO TELLES
Editor do Blog Filmes Antigos Club- A Nostalgia do Cinema.
http://articlesfilmesantigosclub.blogspot.com.br/
Obrigado, Paulo Telles, por mais estes aportes ao texto. Sempre lamentei a falta de sorte da Lizabeth. A luz dela apagou cedo demais.
ExcluirAbraços.
Eugenio,
ResponderExcluirAté que a segunda metade da década de 1930 foi marcada por bastantes regulares trabalhos do Dieterle (que confundo muito com William A. Wellman), fazendo trabalhos como A Historia de Louis Pasteur/36, A vida de Emile Zola/37,Juaarez/39, que considero o melhor filme já feito tratando da vida do Presidente Juarez, e seu melhor aproveitamento, que ainda acho, que foi O Corcunda de Notre Dame/39, no debut de Maureen O'Hara e fitas que conheço todas.
Gostamos de cinema, amamos com algum desespero a bela Arte e imaginamos que conhecemos tudo de determinado ator ou diretor. E eis que jamais ouvi, sequer, comentários sobre Cidade Negra/50, onde está a linda Lizabeth Scott está, e atriz que acabei de conhecer em Morrendo de Medo/53, do Marshal, que acabou de passar na TV.
Sendo ainda mais fiel ao que cito acima, não conheço também o trabalho do Orson Welles, também com o ótimo Heston e a Leigh, A Marca da Maldade.
A queda de qualidade nos trabalhos do Dieterle fica mais que explicita ao se observar as pequenas qualidades de Paraiso Proibido e As Aventuras de Omar Kayyann, fita que nada de positivo rendeu na carreita do C Wilde.
Sobre o Lancaster ter recusado fazer o Judah Ben Hur, papel que pressinto teria desempenhado muito a satisfatório, o lucro todo ficou para o Heston, que terminou por se firmar em papéis de Herois Épicos, e com todo o merecimento.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir,
ExcluirA MARCA DA MALDADE, de Orson Welles, está disponível em DVD. Pode ser encontrado com facilidade nas boas casas do ramo. Não deixe de ver este filme. Eu também não sabia que o Burt Lancaster recusou o papel de Juadah Ben-Hur. Melhor para Charlton Heston. É impossível pensar em outra estampa para o personagem, de tanto que foi marcado pelo Heston.
Abraços.
Telles,
ResponderExcluirAndo batendo na mesma tecla do amigo. Não vejo qualquer correlação em Conspiração do Silencio/55, do Sturges, que o classifique como um faroeste.
Nem mesmo as locações , o gênero, as vestimentas, nada, nada mesmo conduz a fita a ser classificada como um western.
Aproveito para citar que não conhecia o belo rosto da Lizabeth Scott, que a vi pela primeira vez agora na TV em Morrendo de Medo/53, do Marshal, ao lado do Lewis e do Martin.
Apenas a titulo de pequena observação, a Viveca Lindfors pode não ter en estado perto de ser uma substituta da Bergman. Mas que era uma muito linda mulher, isto era sim. Aliás, amigo, que época linda para o cinema, não?
Nunca a Sétima Arte andou tão bem servido de rostos belissimos como estes áureos anos do cinema (1930 meados de 1950). Que safra heim?
Abração do bahiano
jurandir_lima@bol.com,br
Eugenio,
ResponderExcluirGostaria aqui de colocar uma retificação a uma informação que prestei no meu comentário, quando disse ter conhecido o filme Paraiso Proibido do Wellman.
Na verdade o filme que conheço e que me enganei de titulo é A Volta ao Paraiso/53, do Mark Robson, com o Gary Cooper.
jurandir_lima@bol.com.br
Hehehehe!, Continua confundindo Dieterle com Wellman, Jurandir. Como você já havia admitido acimo, PARAÍSO PROIBIDO é de Dieterle.
ExcluirDe minha parte, não conheço A VOLTA DO PARAÍSO.
Abraços.
Eugenio Amigo,
ResponderExcluirNão sinto vergonha qualquer de fazer estas confusões. Na verdade eu não sei porque as faço, mas a verdade é que é incrivel o que ocorre comigo. Veja;
-- confundo Michael Anderson com Robert Aldrick
-- Wellman com Dieterle
-- Naomi Watts com Tea Leone
-- Edmund O'Brien com Thomas Mitchel
-- Phil Karlson com Mark Robson
E mais algumas dezenas de misturas sem que eu saiba o porque disso diante de tanta diferença existente entre os nomes e as pessoas. Fazer o que?
jurandir_lima@bol.com.br
É a vida, Jurandir. Eu tenho por hábito comprar livros que já tenho e que foram há muito lidos. Fazer o quê? Só rindo.
Excluir