Conheço poucos filmes dirigidos por Cecil B. De Mille.
Assisti a apenas 15% dos 80 títulos realizados entre 1914 e 1956. Desse
montante, 80% pertencem ao período silencioso, considerado pelos historiadores como
o artisticamente mais fértil do cineasta. Vassalagem (The whispering chorus,
1918) é o trigésimo sétimo trabalho que assinou nos quatro anos iniciais da
carreira. É surpreendente. Não há filme igual em sua trajetória. Além de ser um dos primeiros
dramas psicológicos do cinema, é perpassado por densa e complexa — dada a época
da realização — atmosfera simbolista. Antecipa em pouco mais de 20 anos o gênero
noir e, de certo modo, a descrição
sobre o lado lúgubre do sonho americano por Theodor Dreiser no romance An
American tragedy. O roteiro criativo de Jeanie Macpherson — extraído de
novela de Perley Poore Sheehan — faz a exposição sombria dos sucessivos revezes
que acometem o infeliz John Tremble (Raymond Hatton), guiado pelas más escolhas
da consciência. A sua confusa capacidade de discernimento é, inclusive,
personagem da história — caso talvez único em todo o cinema. Por mais
imprudentes que sejam as afirmações do tipo, Vassalagem corre o risco
de ser o ponto alto da carreira de De Mille.
Vassalagem
The whispering chorus
Direção:
Cecil B. De Mille
Produção:
Cecil B. De Mille
Famous Players-Lasky
Corporation
EUA — 1918
Elenco:
Raymond Hatton, Kathlyn
Williams, Edythe Chapman, Elliott Dexter, Noah Beery, Guy Oliver, John Burton,
Tully Marshall, William H. Brown, James Neill, Gustav von Seyffertitz, Walter
Lynch, Edna Mae Cooper, Charles Eyton e os não creditados Julia Faye, Parker
Jones, Jack Mulhall, Tex Driscoll, Charles Ogle.
Cecil B. De Mille, de botas, durante as filmagens de Mulheres e homens (Four frightened people, 1934) |
Segundo o Internet Movie Database
(IMDb), Cecil B. De Mille dirigiu 80 filmes. Iniciou a carreira em 1914 com Amor
de índio (The squaw man) — feito em parceria com Oscar Apfel — e a
encerrou em 1956 com Os Dez Mandamentos (The
Ten Commandments)[1]
— ainda assombroso épico bíblico.
Conheço doze títulos realizados por ele — apenas 15%. Não é dos meus cineastas preferidos. Agradam-me, acima
de tudo, a marítima aventura de época Vendaval de paixões (Reap
the wild wind, 1942), os westerns Jornadas heróicas (The
plainsman, 1936), Os inconquistáveis (Unconquered,
1947) — na verdade um pré-western — e, especialmente, Aliança de aço (Union
Pacific, 1939), pelo qual se aventurou na seara de John Ford em O
cavalo de ferro (The iron horse, 1924). Apesar da
solenidade excessivamente grandiloquente, gosto de Os Dez Mandamentos. Não nutro
afeição alguma por Sansão e Dalila (Samson and Delilah, 1949) — ridículo
além da medida — e o superficial, equivocadamente oscarizado como Melhor Filme,
O
maior espetáculo da Terra (The greatest show on Earth, 1952)[2]
— ao qual aderi com entusiasmo apenas nos anos da infância. Cleópatra
(Cleopatra,
1934) e As cruzadas (The crusades, 1935) não passam de
exageradas e insossas trivialidades. Apesar de revestidos com toda a pompa, enganam
apenas incautos atraídos pelo engodo das falsas aparências. Dos anos 20 vi unicamente
Rei
dos reis (The king of kings, 1927), com imagens nubladas em minhas
lembranças de menino.
Segundo os estudiosos, a década de 10
é a mais rica do cineasta. No período, De Mille não foi apenas pioneiro, mas
experimentador dotado de ousadia e lampejos de criatividade. Passava a
impressão de procurar a segurança artística da marca pessoal. Dadas as
terríveis condições em que o assisti, pouco posso dizer de Amor de índio. Porém,
deixaram-me ótimas impressões o ligeiro drama conjugal Amores velhos por novos (Old
wives for new, 1918) e Vassalagem. Este é, certamente, uma
das primeiras peças psicológicas do cinema. Foi concebido como drama moral
perpassado por densa atmosfera simbólica.
Vassalagem é o trigésimo sétimo título assinado
por De Mille nos quatro anos iniciais de carreira. Expõe sombriamente os
sucessivos revezes de um homem guiado pelas más escolhas da consciência, às
quais se junta o peso da culpa. Somam-se a isso as repercussões dos atos sobre
a vida de terceiros que lhe são próximos. O esboço dos personagens, a
ambientação opressora de iluminação soturna e o tom de tragédia antecipam em
pouco mais de 20 anos — segundo os historiadores — algumas características
fundamentais do cinema noir. É tido
como o ponto alto de uma carreira. Infelizmente Vassalagem foi às
plateias de final dos anos 10 uma peça à frente de seu tempo. A densa
complexidade narrativa — francamente depressiva, somada ao andamento trágico — assustou
o público. O fraco desempenho nas bilheterias acabou se impondo às próximas
investidas do cineasta. Abalado com o fracasso financeiro da realização, De
Mille abriu mão das boas qualidades de artista experimentador. Sucumbiu — como
o protagonista do filme — aos impulsos da má consciência. Deixou-se iludir pelos
sabores e desejos de plateias em busca tão somente do cinema de apelos e
emoções fáceis, para também manipulá-las. Abandonou as questões relevantes de
âmbito moral para se converter em moralista cada vez mais conservador, antenado
aos anseios de consumo das massas educadas pela repressão puritana e — não para
menos — atraídas por válvulas de escape relacionadas à lascívia e religião — as
tônicas em exageradas encenações de gosto duvidoso.
Ao que se vê, De Mille absorveu as lições
dos romanos no tratamento controlador das massas: quanto mais circo, melhor. Dos
anos 20 em diante dará plena vazão aos dizeres que cunhou a partir da subversão
dos ensinamentos de Jesus conforme o Evangelho de Mateus (23, 24). O nazareno
lançou advertência aos condutores cegos, que coam moscas mas engolem camelos. De
Mille, qual guia esperto das ordenações hollywoodianas, dirá: "Se é
possível convencer o público a engolir uma mosca, não haverá dificuldade alguma
em levá-lo a digerir um camelo".
Dada a época das filmagens, Vassalagem
é contido melodrama, apesar de seus arroubos narrativos. A história, carregada
de reviravoltas, prende a atenção. Tal também se dá pelo eficaz aparato de
produção, desempenhos cativantes e bem arranjados efeitos especiais sustentados
pela sobreposição. O roteiro de Jeanie Macpherson — extraído de novela de
Perley Poore Sheehan — equaciona com criatividade os possíveis problemas de
adaptação — particularmente os decorrentes de excessiva inverossimilhança — e
equilibra satisfatoriamente os piques dramáticos com o realismo — garantido por
desempenhos desprovidos de afetação e sóbrios enquadramentos.
O pobre e infeliz contador John Tremble (Raymond Hatton), às voltas com a voz da consciência |
No centro da trama está o contador John
Tremble (Hatton). Ouve — literal e explicitamente — os conflitos da própria
consciência dividida em Boa, Má e Escárnio. O recurso utilizado na encenação é
muito explorado pelas histórias em quadrinhos e desenhos animados: a oposição
entre anjos e demônios flutuando nos balões de reprodução de pensamentos dos
personagens ou no entorno de suas cabeças. Não sei se outro filme utilizou
igual expediente. Vassalagem parece ser caso único. O título original The
whispering chorus (o coro susurrante) alude aos rostos da Maldade
(Lynch), Bondade (Mae Cooper) e do Escárnio (von Seyffertitz) flutuando invariavelmente
ao redor do personagem.
John Tremble é funcionário obscuro de
grande empreendimento da construção civil. O salário recebido pelo interminável
trabalho de atualização do fluxo de caixa da empresa é irrisório. Mal cobre as
necessidades mais básicas da subsistência. Sequer consegue renovar as peças do
puído guarda-roupa. A situação piora com a chegada do Natal. Jane (Williams), a
esposa econômica e compreensiva, necessita de novos vestidos. Com o casal mora
a mãe (Chapman) de John. Aparentemente é honesto, mas moralmente frágil — característica
problemática aos não beneficiados pelo sonho americano. O personagem antecipa
em sete anos o pobre George Eastman da novela An American tragedy, de
Theodor Dreiser[3] —
vertida com sucesso ao cinema em 1951, por George Stevens, em Um
lugar ao sol (A place in the sun).
Um daveneio: John Tremble (Raymond Hatton) e a esposa Jane (Kathlyn Williams) |
Incentivado pelo Escárnio, Tremble se
converte em marionete da Má consciência e prisioneiro das circunstâncias
provocadas por erros em sucessão. Será arrastado à degradação moral e física. Vivenciará
o surrealismo de ser preso, acusado e condenado pelo próprio assassinato.
Antes da queda: John Tremble (Raymond Hatton) com a esposa Jane (Kathlyn Williams) |
Impulsionado ao jogo, perde o pouco
que tinha. Desesperado, frauda o livro caixa da firma de Channing (Neill).
Desvia dez mil dólares em proveito próprio. Só não contava com a cruzada em
prol da honestidade e transparência nos negócios públicos desencadeada pelo
promotor George Coggeswell (Dexter). Este desconfia da lisura de Channing nos serviços
prestados à municipalidade. A auditoria percebe o desfalque. Pouco antes,
temendo as consequências do mau passo, o apavorado Tremble abandonou a família
e fugiu. Ocultou-se no casebre de ilha deserta, onde, aos estados de medo e
isolamento, juntou-se a paranoia.
Acredita ter encontrado solução para o
problema ao descobrir o cadáver de certo Edgar Smith boiando nas proximidades. Forja
um plano insano. Mutila o corpo do infeliz, ao ponto de impedir qualquer reconhecimento.
Substitui os documentos de identificação, inclusive as vestes. O defunto se
torna John Tremble. Com ele deixa carta informando que fora forçado à fraude
por chantagem de Edgar Smith, sob ameaça de ser morto. A seguir, passando-se por
Smith, corre o mundo. Consegue trabalho na marinha mercante e chega inclusive à
China. Enquanto isso, a polícia localiza o cadáver. Pelos documentos e demais
pertences encontrados, Jane confirma: é seu marido. O reconhecimento cabal é
impossibilitado pelas mutilações.
Passam-se os anos. Intimamente a mãe
de John acredita que está vivo. Mesmo assim, consente no casamento de Jane com Goggeswell,
agora governador do estado. Dele a suposta viúva recebeu auxílio na busca ao
marido e oportunidade de trabalho. Dois anos após as núpcias, o casal espera um
filho. Enquanto isso, sobrevivendo nos Estados Unidos, o foragido sofre as consequências
de suas escolhas. Nunca conseguiu emprego formalizado, compatível com a
formação contábil. Que documentos apresentar? Os de Edgar Smith, procurado —
apesar do nome corriqueiro — por assassinato? Está reduzido a frangalhos, precocemente
envelhecido, rosto e corpo marcados por cicatrizes. Além do mais, um acidente o
deixou irremediavelmente coxo.
Antes da queda: John Tremble (Raymond Hatton) com sua mãe (Edythe Chapman) |
Desesperado, faminto, andrajoso e
mendigo resolve procurar a mãe e contar a verdade. A princípio não é
reconhecido. Mas a caridade da velha senhora o alcança com um prato de comida. Quando
tudo se esclarece, os fatos pesam em demasia para a anciã. É surpreendida por
fatal ataque cardíaco. Antes de falecer arranca do filho a promessa de que jamais
comprometeria a felicidade de Jane. Novas circunstâncias infelizes tramam
contra John. É preso. A identidade de Edgar Smith se revela.
Com extrema facilidade a polícia
conclui que se trata do assassino do contador. Tremble está diante da
improvável contingência de ser condenado como responsável por seu próprio assassinato.
Somente Jane pode salvá-lo. Mas, a que preço? Passará por bígama? Até que ponto
não sabia da história? E a situação do atual marido e governador? Chamada a
depor durante o julgamento, sinceramente não reconhece o réu, dadas as muitas
transformações que sofreu. Condenado à cadeira elétrica e tomado pelo
desespero, afirma aos gritos que é John Tremble. Porém o veredito está dado:
culpado de assassinato em primeiro grau.
Jane (Kathlyn Williams) como esposa do promotor George Goggeswell (Elliott Dexter) |
Aturdida com esse desfecho, Jane é
tomada pela dúvida. Resolve visitar o condenado. Junto à grade da cela, de
frente para John, mirando-o à altura dos olhos, reconhece o marido. Trêmula,
vai embora. Agora, assalta-a o dilema moral. Que fazer? Delira ao pensar no
futuro. Num relance visualiza o filho por nascer. Sem maiores explicações pede
ao marido para se valer de seus poderes e perdoar Edgar Smith, inutilmente.
Busca aconselhamento jurídico, mas a lógica da justiça é cega e implacável. Não
há como revogar a pena. Afinal, há um cadáver. "Se Edgar Smith não matou
John Tremble, então John Tremble matou Edgar Smith". Sem que a reconheçam,
vai à prisão mais uma vez. Comunica a John que veio salvá-lo — mesmo às custas
da própria ruína. No entanto, desta vez ganham primazia a voz sussurrante da Boa
consciência e a promessa à mãe moribunda: salvar a honra de Jane, mesmo ao
preço da própria vida. Afirma resoluto: erros judiciais não foram cometidos. É
culpado de assassinato e pagará por isso. Como consolo, pede somente para ficar
com a flor que adorna as vestes escuras da mulher. É a única lembrança que leva
à sala da execução.
Vassalagem permanece vivo no retrato que pinta dos
valores da pequena burguesia puritana em suas aspirações de felicidade e
ascensão social. O drama se mostra atento às armadilhas apresentadas nessa
trajetória, ainda mais no seio de uma formação mal preparada para lidar com
fracasso pessoal e pobreza, sempre vistos como estigmas. A base da produção é
excelente. Nesse aspecto, a direção não descuidou dos figurinos e das
ambientações, principalmente das condições de moradia do protagonista, do
começo da história à sua completa ruína. As sequências do tribunal são de
impacto e provocam sufoco; do mesmo modo as cenas da prisão e execução. Causa
bom efeito o momento em que a flor segurada pelo condenado cai ao chão, despetalada,
devido à pressão provocada pela eletrocussão. Além do mais, apesar das
responsabilidades morais de John Tremble em tudo o que lhe aconteceu de ruim, é
impossível não chegar ao fim sem lhe manifestar compreensão e um mínimo de
solidariedade. Afinal, o indivíduo não se basta apenas por ele mesmo — como
acredita o mais pobre argumento liberal. Também é decorrência do contexto social
que o envolve.
O promotor George Goggeswell (Elliott Dexter) com a esposa Jane (Kathlyn Williams) |
O elenco em atuação contida e
discreta — qualidades raras no cinema estadunidense à época, apesar dos esforços
de David Wark Griffith —, inclusive nos momentos mais pungentes, merece todos
os elogios. Destacam-se Kathlyn Williams, Edythe Chapman, Noah
Beery e, acima de todos, Raymond Hatton. Elliott Dexter não tem muito o que fazer como bom moço. Sua
atuação é monocromática. Os demais, dependentes de contextos variados, revelam-se
nuançados em seus papéis. Williams atuava em séries, curtas e dramas os mais
diversos há mais de dez anos. Compõe delicada Jane. Evolui da timidez, quando era
pobre esposa do contador, à mulher mais solta e expansiva após união com
Goggeswell. Suas oportunidades de maior brilho se dão nas dramáticas cenas da
prisão, nas duas vezes em que se põe diante de John. Edythe Chapman leva
adiante, de forma um tanto apagada, a tarefa de fazer a sogra de Jane. Seu
talento é evidenciado nos momentos de sua morte e pouco antes, ao se deparar
com o filho ainda irreconhecível. Noah Beery faz o estivador brutamontes,
responsável involuntariamente pelo acidente que danificou as pernas de John.
Apesar de tudo, é o camarada que acolhe e protege o infeliz nos instantes de
maior precisão. Ajuda-o inclusive a escapar quando poderia ser preso em
instante de descuido.
Perto do fim: John Tremble (Raymond Hatton) às voltas com a crise de consciência |
Mas todas as honras cabem a Raymond
Hatton, graças às características camaleônicas de seu personagem. É incrível como
se transforma ao longo do filme. Passa de homem de caráter frágil até se tornar,
em decorrência das escolhas, em miserável e repulsivo ser, por força da
aparência; mas, também, digno de compaixão. Claro que o trabalho de maquiagem
ajudou na composição. Mas o desempenho oferecido é fruto do talento, acima de
tudo.
Oficialmente, segundo o IMDb[4],
Hatton conta 419 créditos como ator numa carreira que vai de 1909 a 1967.
Sabe-se, no entanto, que não são conhecidas todas as realizações dos primórdios
do cinema. Algumas sequer foram registradas e se perderam ao longo de muitas
exibições e descuido. Ainda demoraria para os esforços de preservação alcançarem
os filmes. Provavelmente, então, a carreira do protagonista de Vassalagem
pode ultrapassar as 500 produções[5].
John Tremble é, provavelmente, o maior momento do ator característico Raymond Hatton |
No entanto, por mais incrível que
pareça, John Tremble é a única atuação de Hatton como protagonista, ao menos
segundo informações coletadas[6]
de sua longa filmografia. Apesar do talento demonstrado, que poderia catapultá-lo
à interpretação de outros personagens de ponta — inclusive com De Mille, sob
cujas ordens atuou mais vezes —, praticamente passou o resto da carreira em
papéis de apoio. Quase sempre era escalado para viver tipos característicos em
incontáveis seriados, westerns e aventuras as mais diversas. Se brilhou em Vassalagem
com o desempenho de uma vida, tal se deve ao provável fato de Johnny Tremble
não apresentar qualidades de herói. O fenótipo de Hatton é o do homem comum,
que passa despercebido no meio da multidão. Em nada se parecia a uma estrela de
cinema — segundo a lógica modeladora do estrelato em vigor no auge da era dos
estúdios. Apesar disso, John Tremble pode entrar para as antologias dos grandes
personagens do tempo dos filmes silenciosos.
Roteiro: Jeanie Macpherson, baseado na novela de Perley Poore
Sheehan. Direção de fotografia (preto e
branco): Alvin Wyckoff. Montagem:
Cecil B. DeMille. Direção de arte:
Wilfred Buckland. Apresentação:
Jesse L. Laski. Tempo de exibição:
86 minutos.
(José Eugenio
Guimarães, 2015)
[1] Cf. http://www.imdb.com/name/nm0001124/?ref_=tt_ov_dr#director.
Acessado em 13 out. 2015.
[2]
Todos os demais indicados à estatueta de Melhor Realização são em tudo
superiores à superficialidade circense de De Mille: Ivanhoé (Ivanhoe),
de Richard Thorpe; Moulin Rouge (Moulin Rouge), de John Huston; Matar
ou morrer (High noon), de Fred Zinnemann; e Depois do vendaval (The
quiet man), de John Ford.
[3]
Sergei M. Eisenstein tentou filmá-la quando da temporada que passou nos Estados
Unidos durante os anos 30. Teve os planos sabotados pela companhia produtora, a
Paramount.
[4] Cf.
http://www.imdb.com/name/nm0369058/?ref_=fn_al_nm_1#actor. Acessado
em 11 out. 2015.
[5]
Cf. Ibidem.
[6]
Cf. Ibidem.
Interesante e instructiva reseña nos presentas, amigo. Se me da que dominas muy bien la historia e interioridades del llamado séptimo arte. Qué bien!
ResponderExcluirAbrazos
Sé un poco, José Valle Valdés. Pasé casi toda mi vida en relación con el cine. Sin embargo, todavía me necesita saber más, mucho más, sobre todo la obra de Cecil B. De Mille, del qual lo conozco muy poco.
ExcluirAbrazos
Eugenio,
ResponderExcluirTenho certeza de que muitos não viram o filme em pauta, como eu não o vi.
De uma forma mais precisa, pensa-se que o cinema verdadeiro apenas se iniciou quando da época sonora. O que é um engano enorme, já que sempre ando lendo muito do cinema mudo e, além de ser ali onde tudo começou, existe muita coisa valiosa criada àquela época.
Como o nosso editor, também não nutro muito alguns dos trabalhos do diretor, apesar de seus esforços, suas inovações, suas ideias e, acima de tudo, muita garra para por nas fitas espetáculos que outros não ousariam.
Ainda em par com o editor, achei também muito gorda sua explanação do filme Os 10 Mandamentos antes deste ter inicio. Ele foi longo, repetitivo e um tanto garbola demais, enlevando exageradamente sua Super Produção e se promovendo por demais já no outono de sua existencia.
Porém, não se pode negar seu veio, que foi longo, frutífero e diversificado, gostando muito dos temas religiosos, possivelmente por ser uma pessoa deste nível.
Um pouco em contrapartida com nosso editor, aprecio sem moderação O Maior espetáculo da Terra/52, que o presenciei como uma fita de ótimas interpretações, ótimo conteúdo e dono de cenas muito bem apanhadas. Mas, não aprecio também tanto o filme do Mature de 1949 e nem o de Cooper em 1936.
Porém, um outro feito no mesmo ano, Aliança de Aço eu gosto, assim também como o agradável e muito aventuresco Vendaval de Paixões/42, muito por seu arrojo e até beleza, sendo do cineasta o meu preferido Os Inconquistáveis/47 e o menos seguro Legião de Heróis/40.
Num resultado final o De Mille somou demais à cinematografia Hollywoodiana, pois nasceu à sua raiz e o seguiu até sua maturidade, sempre criando seus espetáculos ao seu gosto e prazer, assim como legando aos cinéfilos com uma fila vasta de trabalhos memoráveis e alguns destes não tanto assim.
Porém, quase que com certeza que o cinema não seria tanto cinema sem a existência deste enorme artesão da Sétima Arte.
jurandir_lima@bol.com.br
Caro Jurandir,
ExcluirEstou fazendo um esforço para tentar entrar em contato com o máximo de obras de De Mille da década de 10. Há muita coisa preciosa que ele realizou nesse período. Para você ver como era a sua capacidade de realização, o filme em pauta foi o trigésimo sétimo que fez em seus primeiros quatro anos de atividades. Adianto que dentro em breve liberarei aqui, no blog, uma apreciação para OLD WIVES FOR NEW, intitulado, no Brasil, como AMORES VELHOS POR NOVOS, realizado no mesmo ano de VASSALAGEM.
Quanto ao mais, assino o que disse: "Porém, quase que com certeza que o cinema não seria tanto cinema sem a existência deste enorme artesão da Sétima Arte."
Abraços.