Nem sempre fui simpático e condescendente com o western
europeu. Abria exceção aos hipnóticos e estilísticos exercícios barrocos de
Sergio Leone. Porém, minhas sessões dominicais, ao longo da segunda metade dos
anos 60, foram, por falta de opção, povoadas de muitas horse operas procedentes da Itália, Espanha e Alemanha. Somente em
meados da década de 70 o meu humor começou a se abrir às realizações de Enzo
Barzoni, Sergio Sollima, Enzo G. Castellari, Harald Reinl, Duccio Tessari, Giulio
Petroni e, entre outros, o competente e prolífico Sergio Corbucci, realizador
do antológico Django (Django, 1966) e do desconcertante O
vingador silencioso (Il grande silenzio, 1968). É de 1976
a apreciação que escrevi para Ringo e sua pistola de ouro (Johnny
Oro, 1966). Apesar de já reconhecer o valor de Corbucci, ainda estava
dominado pela má vontade na apreciação do filme, protagonizado por um amoral e
galhofeiro caçador de recompensas.
Ringo e sua pistola
de ouro
Johnny Oro
Direção:
Sergio Corbucci
Produção:
Joseph Fryd
Sanson Film
Itália — 1966
Elenco:
Mark Damon, Valeria Fabrizi,
Franco Derosa, Giulia Rubini, Loris Loddi, Andrea Aureli, Pippo Starnazza,
Ettore Manni, Nino Vingelli, John Bartha, Vittorio Williams Bonos, Bruno
Scipioni, Silvana Bacci, Giulio Maculani, Giovanni Cianfriglia, Evaristo
Signorini, Amerigo Gastrighella, Figlia Francesco, Ivan Basta, Lucio De Santis,
Mauro Mannatrizio e os não creditados Fortunato Arena, Paolo Figlia, Alfonso
Giganti, Ferdinando Poggi.
O diretor Sergio Corbucci entre os atores Eli Wallach, Tomas Milian e Giuliano Gemma Bastidores de O último samurai do Oeste (Il bianco il giallo il nero, 1975) |
Ringo e sua
pistola de ouro é uma divertida e deliciosa realização — ainda que seja tão
vagabunda quanto cretina — protagonizada por um pistoleiro amoral e galhofeiro.
Se o espectador tiver um mínimo de senso crítico poderá assisti-la sem muito
sofrimento e esforço. Não dá é para levá-la a sério, mesmo sabendo que é um dos
melhores westerns spaghetti, concebido quando o gênero estava no auge em
quantidade e qualidade de produção. O diretor Sergio Corbucci, expert do cinema popular italiano,
aventurou-se por dramas, comédias, musicais, épicos de gladiadores e heróis
musculosos, policiais, capa-e-espada e inúmeras reatualizações do gênero que
André Bazin chamou de "americano por excelência". Popularizou
pistoleiros fanfarrões, amorais e cínicos que atendem pelos nomes de Ringo,
Django, Joe etc.
Ringo (Damon) é
um eficiente caçador de recompensas. Vive de encontrar e liquidar pistoleiros
com cabeças a prêmio. Seus serviços são regiamente pagos, de preferência em ouro. Leva na cintura
reluzente revólver dourado, feito daquele mesmo metal. Depois de eliminar quase
todos os Perez — família criminosa que assola a fronteira do México com os
Estados Unidos —, ruma para Goldstone (só poderia ser esse o nome!),
cidadezinha próxima guardada pelo xerife Bill (Manni).
Mark Damon como Ringo ou Johnny Oro segundo o original italiano |
A credencial dourada de Ringo |
Bill é
intransigente no cumprimento da lei. A ponto de arriscar a vida dos cidadãos e
da própria família. É um formalista, prisioneiro das próprias convicções, o
equivalente a um completo idiota. Está prestes a partir para Boston acompanhado
da mulher Jane (Rubini) e de Stan (Loddi), o filho criança. Aguarda apenas a
chegada do substituto. Mas esse é assassinado.
Bill proíbe o
porte de armas em
Goldstone. Ringo tem o revólver dourado apreendido tão logo
chega. Mesmo assim, despacha para outro mundo, com bomba disfarçada em cantil,
três homens de Juanito (De Rosa), o caçula dos Perez que pretende, a todo
custo, vingar a morte dos irmãos. Por esse ato Ringo será preso. Mas antes que
tal aconteça, cavalga rápido até Barrancas, México, para cobrar a recompensa
pelo trio eliminado. No retorno é condenado a cinco dias de prisão, ocasião em
que contrai amizade com Stan, que o idolatra.
Ringo/Johnny Oro (Mark Damon) e os efeitos de uma poderosa bomba disfarçada de cantil |
Goldstone: o xerfie Bill (Ettore Manni), à direita, apreende a pistola de ouro de Ringo (Mark Damon) |
Enquanto isso, do
outro lado da fronteira, Juanito Perez se alia aos Apaches de Sebastian
(Cianfriglia sob o pseudônimo de Ken Wood). Pretendem tomar Goldstone de
assalto. O bandoleiro quer se vingar de Ringo e, acima de tudo, recuperar a
fortuna roubada por um dos irmãos. Está escondida em algum ponto da cidade. Os
índios, por sua vez, almejam retomar a terra da qual foram expulsos. Diante da
iminência do ataque, Goldstone é abandonada pelos moradores. Para defendê-la ficam
Bill — acompanhado da esposa e do filho —, Matt (Starnazza) — hóspede
permanente da cadeia, personagem cômico da história — e Ringo — ainda
prisioneiro. É libertado no auge do ataque. Logo encontra jeito para controlar
a situação e trazer a paz dos cemitérios a Goldstone. Ou ao que resta dela,
pois acaba mandando-a pelos ares, literalmente. Com Ringo não há dúvidas. É
como alguns médicos que curam a doença eliminando o enfermo. Mas a ação não
termina aí. Os índios e os bandidos estão mortos. Porém, sobra Juanito na posse
de um refém precioso: Stan. Novamente o pistoleiro resolve a parada, exibindo
toda a sua peculiar perícia.
Ringo/Johnny Oro (Mark Damon) |
A pistola de ouro em ação |
Algumas passagens
de Ringo
e sua pistola de ouro lembram clássicos famosos do melhor western estadunidense.
Numa há Sebastian, em sua primeira aparição, bêbado e tumultuando um bar, até
ser controlado pelo xerife Bill. Ora, Wyatt Earp, na pele de Henry Fonda, não
fez praticamente o mesmo com um índio na Tombstone de Paixão dos fortes (My
darling Clementine, 1946), de John Ford? Em outra há a covarde e
mesquinha população de Goldstone: prefere abandonar a cidade e deixar a
"batata quente" de defendê-la exclusivamente nas mãos do xerife. Essa
situação remete o espectador à solidão de Will Kane (Gary Cooper) em Matar
ou morrer (High noon, 1952), de Fred Zinnemann. Porém, Corbucci não
pretendia reverenciar esses filmes exemplares, nem parodiá-los ou
desmistificá-los. Seu objetivo foi o de ridicularizar o dogmático xerife. Bill
só enxerga a si próprio e seu centro de valores. Não busca referências ao atos
que pratica; jamais os contextualiza. Está muito distante dos conscienciosos
Wyatt Earp e Will Kane das realizações mencionadas.
Final do filme: Ringo (Mark Damon) bota banca e ordem em Goldstone |
Ao contrário dos
heróis do western americano, Ringo não tem honra ou valores positivos a
defender. Vive de matar e receber ouro por cabeças postas a prêmio. É amado por
Margie (Fabrizi), sentimental garota do saloon que não passa, para ele, de um
bibelô descartável. Tanto que não verte uma lágrima ao saber que ela morreu por
sua causa. Ringo e sua pistola de ouro banaliza a vida e a violência. O
protagonista, sempre trajado de negro, é a estupidez personalizada na forma da
mais cretina autoconfiança. A narrativa, óbvia demais, é embalada pelos temas
típicos do western spaghetti, indefectíveis e solenes baladas tiradas no
assobio ou em acordes de violão, mas destituídas da genialidade de um Ennio
Morricone. Mesmo assim, Sergio Corbucci mostra competência e eficiência na
condução da narrativa. Não perde tempo; não enfeita; é direto; revela de
imediato a que veio: fazer um filme para agrado de um público que também não
espera nada de relevante, que pretende apenas se postar diante da tela durante
alguns minutos para fazer a catarse da própria estupidez ou das frustrações acumuladas;
em suma, extravasar os instintos mais baixos e perversos. Portanto, por mais
cretino que seja o filme de Corbucci cumpre utilidade social. Ringo
e sua pistola de ouro não possui a sutileza e o poder de atração pelo
barroco de um Sergio Leone. Mas sendo tão vagabundo não deixa de ser divertido,
uma diversão grotesca, convenhamos. Porém, querer algo melhor já seria demais.
Margie (Valeria Fabrizi) e Ringo/Johnny Oro (Mark Damon) |
Ringo e sua
pistola de ouro pertence a um período de franca produtividade de Sérgio
Corbucci. No mesmo 1966 em que o realizou ele nos deu O homem que ri (L'uomo
che ride), Django (Django) e Joe, o pistoleiro implacável
(Navajo
Joe). No ano seguinte retornaria com Os cruéis (I
crudeli). De 1968 são Os violentos vão para o inferno (Il
mercenario) e O vingador silencioso (Il
grande silenzio). O especialista — O vingador de tombstone
(Gli
specialisti) vem à luz em 1969; Companheiros (Vamos a matar, compañeros)
em 1970. Mas os melhores dessa safra são o antológico Django, realizado logo
antes de Ringo e sua pistola de ouro, e o insólito e desconcertante O
vingador silencioso.
Argumento e roteiro: Adriano Bolzoni, Franco Rossetti. Direção de fotografia (Eastmancolor):
Riccardo Pallottini. Montagem:
Otello Colangeli. Música e direção
musical: Carlo Savina. Supervisão de
produção: Franco Palaggi. Assistentes
de direção: Ruggero Deodato, Gaetanino Fruscella. Continuidade: Amelia Zurlini. Operador
de câmera: Luigi Filippo Carta. Assistentes
de operador de câmera: Fernando Gallandt, Lanfranco Spadoni. Som: Alessandro Sarandrea. Penteados: Lina Cassini. Maquiagem: Gaspare Carboni. Guarda roupa feminino: Berenice
Sparano, Marcella De Marchis. Direção de
arte, decoração e figurinos: Carlo Simi. Gravação de som: C. D. S. Studios, Alessandro Sarandrea. Gerente de produção: Rolando Pieri. Assistentes de gerente de produção:
Rodolfo Mecacci, Walter Zoi. Sistema de
mixagem de som: Westrex Recording System. Estúdios de filmagem: Elios Studios. Treinador de lutas: Fernando Poggi. Tempo de exibição: 87 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1976)
A versão de "O homem que ri", de Corbucci é medonha em mais de um sentido -- a deturpação do original, transportando a história atrapalhadamente para a época dos Borgia, a realização de uma plástica que ainda hoje seria impossível, a violência gratuita --, mas o imperdoável é o desperdício de um ator do porte de Jean Sorel, que nos brindou com um desempenho excelente no "Vagas estrelas da Ursa Maior", de Lucchino Visconti.
ResponderExcluirOlá, Ricardo!
ExcluirMal tenho lembranças de O HOMEM QUE RI, de Corbucci! Eu a vi em 1968. Na época, aos 12 anos, considerei-a divertida, um filme para o gasto. Mal sabia quem era Visconti e só ouvira falar de O HOMEM QUE RI sob direção de Paul Leni, de 1928, com Conrad Veidt. Hoje, preciso redescobrir ambos os títulos.
Abraços.
A versão com Conrad Veidt é muito boa. Conheci-a no ano passado.
ExcluirEu fui apresentado a O HOMEM QUE RI do Paul Leni poucos anos antes de você, Ricardo; pelo Telecine Classics, que logo depois iria se descaracterizar ao mudar o nome para Telecine Cult. Sim, é excelente!
ExcluirAté que tentei, mas foi dificil me adaptar aos westerns Spaguett. E os larguei de lado, logo depois que vi Minesotta Clay.
ResponderExcluirNão dava. Era muita fanfarronice, muita imitação sem qualidade, muito exagero, disparos sem a sonoridade dos westerns originais, quedas mirabolantes para sacar e disparar, muitos bandidos mortos por um homem apenas e...e... e muito mais.
Terrivel!
Terrivel demais tudo isso para quem conhece Shane, Da Terra Nascem os Homens, A Arvore dos Enforcados, O Homem que Matou o Facínora, Rastros de Ódio, A Face Oculta, O Homem do Oeste, Rio Vermelho, Duelo ao Sol, dentre outras centenas de maravilhas que o cinema americano fez.
E parei de ver.
Perfém, fiz isso com algumas excessões para os faroestes de Leone, onde me decepcionei com tres deles, inclusive Era Uma Vez No Oeste (filme que já vi mais de seis vezes para ver se achava algo que todos achavam e eu não) fita que não me diz nada.
Por Um Punhado de Dólares/65, Por Uns Dólares a Mais/64, onde não achei a qualidade que encontrei no seu melhor trabalho, Tres Homens em Conflito. São apenas dois filmes assistiveis, somente.
Entretanto, para se ver como é gosto, eu amo Quando Explode a Vingança/73, pois apenas a musica de Morricone significa a metade do valor deste abrangente e explosivo faroeste.
No entanto, jamais o cinema italiano fez ou voltará a fazer algo como Tres Homens em Conflito.
Esta fita do Leone tem ares de super produção.
A parte da Guerra da Secessão é tão pungente, tão forte e tão bem recriada, que não sentimos outra coisa a não ser nos ver dentro da própria guerra.
Um verdadeiro espetáculo aquele cenário criado para esta fita.
Tudo isto sem falar nos desempenhos de Lee, Wallach e Clint. Ali o Leone se superou e a fita, feita em 1966, segue vivissima até hoje.
Ademais o Morricone novamente se imbui de criar um ar harmonico para esta grandeza de filme. Musicas que nos perfura forte as entranhas, perdendo apenas para a musica de Era Uma Vez No Oeste, sonoridade que chega a ser algo sublime, de tão bela.
Há poucos meses me fizeram ver O Vingador Silencioso, me trouxeram o filme, tirei uma copia para mim e me dispus a ver.
Não. Não vou aqui explicitar a decepção que tive, porque eu iria falar mal do filme do inicio ao fim, do primeiro ao ultimo ator. E nem quero me lembrar mais que esta fita existe, e que me veio recomendada pelo segundo maior diretor do cinema italiano, o Sergio Corbucci.
Vou esquecer que vi este filme e procurar manter vivo na mente O Bom, O Mau e o Feio.
jurandir_lima@bol.com.br
Olá, Jurandir!
ExcluirNão conheço MINESOTTA CLAY. Mas também me foi difícil a adaptação aos westerns spaghetti. Foi duro, no começo, conviver com tanto exagero e espírito de galhofa. Mas, depois, mesmo sem aceitar de todo esse tipo de produção, passei a considerá-la como outro gênero, que não propriamente western. Assim, foi ficando mais palatável.
Gosto muito dos filmes do Leone. Concordo com você acerca de POR UNS DÓLARES A MAIS. É o mais sofrível da trilogia dos dólares. Mas era um começo. Ele se reafirmaria em POR UM PUNHADO DE DÓLARES e realizaria um opus quase que definitivo com TRÊS HOMENS EM CONFLITO. Grande filme. Mas, para mim, nada supera o olhar compassado, nostálgico, musicalmente melancólico de ERA UMA VEZ NO OESTE. O progresso invadindo a fronteira era, ao mesmo tempo que saudado, também lamentado. Nesse filme, o comentário musical desempenha papel mais que fundamental. É um filme que demorei a descobrir, por causa de minha aversão aos faroestes europeus. Agora, porém, não há nada que me separe dele. Tenho a versão comemorativa, com comentários de Sir Christopher John Frayling. Recomendo que a veja. É fantástica a forma como ele discorre sobre o filme, fazendo os devidos contrapontos e marcando as muitas alusões de ERA UMA VEZ NO OESTE com os filmes de John Ford. Aliás, é um filme repleto de homenagens a Ford.
Vou tentar rever O VINGADOR SILENCIOSO nos próximos dias.
Abraços.
Hola Eugenio, aquí una nueva seguidora :). Me gustó mucho la reseña, la verdad es que nunca he visto ninguna de esas películas pero prometo que pronto lo haré y dejaré mi opinión. Saludos!
ResponderExcluirOlá, Chloe Rar!
ExcluirSaludos!
É um prazer tê-la aqui, acompanhando o blog. Espero sua visita mais vezes, se possível, com comentários.
Muchas gracias.
Um abraço.
Salve Eugenio!
ResponderExcluirBela retrospectiva de Corbucci , que também é uma reminiscência de Castelari, Leone, Tessari, e outros gênios do faroeste europeu. Nunca assisti a nenhuma destas obras na tela gigante, mas acompanhei muitos destes na telinha da TV, afinal, as emissoras exibiam constantemente estas fitas quase que diariamente nos anos 1970 e 1980, e posso dizer que cresci consumindo-me em assisti-los, sem possuir a visão de cinema que tenho hoje, pois meu gosto pela Sétima Arte costuma ser bem eclético.
Mas os westerns italianos, muitas vezes, costumam ser muito baratos e mal produzidos, sem o foco e a categoria de Leone e Corbucci, e isto me faz lembrar o próprio comentário do primeiro, que numa entrevista coletiva, ele afirmou que muitos outros cineastas o consideravam o PAI DO WESTERN SPAGHETTI. Mas Leone fez a seguinte réplica: “Mas se eu soubesse que geraria tantos FDPS...” . Isto significou que o gênero estava sendo avacalhado desde quando surgiu por diretores de quinta, que hoje, muitos deles nem são lembrados.
E muito embora os westerns spaghettis não tenham conteúdos morais como os faroestes americanos tradicionais, obras primas como toda trilogia de Leone, e mais ERA UMA VEZ NO OESTE, e fitas máximas como O DÓLAR FURADO, e astros do estilo como Giuliano Gemma e Franco Nero, garantiram a popularidade deste gênero que teve durabilidade até 1978. SELA DE PRATA, produzido em 1978 e estrelado por Gemma, é considerado o último faroeste italiano.
Grande abraço
PAULO TELLES
Blog Filmes Antigos Club
http://www.articlesfilmesantigosclub.blogspot.com.br/
Olá, Paulo!
ExcluirRapaz, não sabia desse desabafo do Leone, tão sem meias medidas, acerca dos filhos bastardos que gerou. Queria vê-lo afirmando isso.
Respondi há pouco ao nosso amigo Jurandir e fiz referência à importância de ERA UMA VEZ NO OESTE. Para mim é um dos filmes absolutos sobre o western produzido além mar. E cheio de inflexões e alusões aos filmes de John Ford. Adoro. Se possível, leia mais acima a resposta que passei ao Jurandir.
Paulo, que isso fique apenas entre nós (hehehe!), mas não tenho respeito algum por O DÓLAR FURADO. Já não gostei quando o vi, no lançamento. As revisões que fiz - sempre dou novas oportunidades aos filmes - em nada mudaram o meu parecer. Na certa, se algum aficcionado ler este comentário, será capaz de me crucificar.
Não conheço SELA DE PRATA.
Um western italiano de que gosto muito é uma produção de Leone: MEU NOME É NINGUÉM ("Il mio nome è Nessuno", 1973), de Tonino Valerii e do não creditado Leone. É protagonizado por Henry Fonda e Terence Hill. Um belo exemplar, com um oportuno comentário, a partir do momento em que o espírito galhofeiro de Hill se encontra com o classicismo de Fonda. É um filme que pretendo rever tão logo surja a oportunidade.
Abraços.
A versão com Conrad Veidt é excelente, tb vi no Cult.
ResponderExcluirVia muito 'Bang Bang à italiana ' na RECORD com meu pai quando era criança. Ficava sempre apaixonada pelos mocinhos e Giuliano Gemma e Mark Dammon eram dois que eu adorava, rs Nada como um cara lindo em filmes de faroeste, rs
Olá, Sibely!
ExcluirChegará o momento em que postarei comentário sobre algum western protagonizado pelo SEU querido Gary Cooper.
Também tive a oportunidades de ver muitos westerns, não somente italianos, numa sessão dedicada ao gênero, levada ao ar pela Record, nas tardes dos dias úteis. Sempre punha para gravar, pois o horário me era proibitivo. Hehehe! Saudoso tempo.
Abraços.
Eugenio
ResponderExcluirEsta observação de Leone eu li há muito tempo numa reportagem sobre o cineasta na REVISTA SET, e tanto me chamou a atenção que nunca mais me esqueci.
O Dólar Furado tem uma boa história (na minha ótica), mas se deixa perder pelas interpretações, mas também me deixo fascinar pelo carisma de Giuliano Gemma como mocinho genuíno do estilo (que isso fique entre nós, rsrsrs), que ano passado nos deixou num brutal acidente de carro, ao 75 anos de idade.
MEU NOME É NINGUÉM é divertido e não tem como não notar o contraste entre o classicismo do veterano Fonda contra o espírito galhofeiro de Terence Hill, que também nunca foi um brilhante ator (ao contrário de Fonda), mas como Gemma, Terence consegue cativar com igual carisma qualquer trabalho neste estilo.
SELA DE PRATA é um filme fraco, mas que chama mais atenção por ter sido um dos últimos trabalhos de Ettore Manni no cinema. Manni se matou em 1979.
Abraços
PAULO TELLES
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PAULO TELLES
ExcluirBlog Filmes Antigos Club
http://www.articlesfilmesantigosclub.blogspot.com.br,
Caro Paulo Telles,
Obrigado por essa informação sobre o Leone e a fonte. Então, eu tenho a matéria em casa, pois colecionei a SET até o amargo e melancólico fim da publicação. Aliás, quando morreu ela já estava há muito exsanguinada. Já não valia muita coisa. Ficou relegada à leitura rápida, cheia de matérias superficiais.
Não sei se sabe, caro Paulo, mas há no Facebook um grupo de origem italiana dedicado à preservação da memória do Giullano Gemma. Caso se interesse, é https://www.facebook.com/groups/448311345288269/?fref=ts.
Abraços.
José Eugenio Guimarães
Boa noite. Sou da era de cobois, e adoro assistir.
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