domingo, 19 de março de 2017

ATINGIDO PELA "CHUVA NEGRA", RIDLEY SCOTT SE PERDE NO JAPÃO

Depois da obra mestra Blade runner, o caçador de androides (Blade runner, 1982), Ridley Scott colecionou três fracassos sucessivos: A lenda (Legend, 1985), Perigo na noite (Someone to watch over me, 1987) e Chuva negra (Black rain, 1989). Este título oferece a apreciação da vez neste blog. Embora seja arriscado afirmar, o diretor não pode ser totalmente responsabilizado pelas fragilidades da realização. Foi chamado pelos produtores em cima da hora, para substituir o desistente Paul Verhoeven. Lidou com um roteiro permeado de clichês, que oferecia narrativa desprovida de substância. As melhores possibilidades do guião estavam deslocadas para o pano de fundo. Além do mais, a montagem inicial oferecia um produto com duas horas e 40 minutos e foi acintosamente reduzida, pelos produtores, para 126 minutos. Então, muita coisa certamente se perdeu além do tempo indispensável ao melhor desenvolvimento da personagem Joyce (Kate Capshaw), estadunidense reduzida a improvável mariposa perdida na noite de Osaka. Michael Douglas e Andy Garcia dão vida, respectivamente, aos detetives Nick Conklin e Charlie Vincent da polícia de Nova York. Ficam no mato sem cachorro depois de fracassar em simples operação de transferência de custódia, para a polícia japonesa, de um membro da Yakuza capturado em território americano. As interpretações — inclusive de sóbrios atores do cinema nipônico —, a direção de fotografia e a trilha musical são os melhores atrativos dessa realização que chove no molhado. Segue apreciação escrita em 1992.






Chuva negra
Black rain

Direção:
Ridley Scott
Produção:
Stanley R. Jaffe, Sherry Lansing
Paramount Pictures, Jaffe-Lansing Production, Pegasus Film Partners
EUA — 1989
Elenco:
Michael Douglas, Andy Garcia, Kate Capshaw, Ken Takakura, Yûsaku Matsuda Matsuda, Tomisaburo Wakayama, Shigeru Koyama, Miyuki Ono, John Spencer, Guts Ishimatsu, Yûya Uchida, Luis Gusmán, John A. Castelloe, Stephen Root, Richard Riehle, Bruce Katzman, Edmund Ikeda, Tomo Nagasue, Clem Caserta, Tim Kelleher, George Kyle, Vondie Curtis-Hall, John Perce, Louis Cantarini, Doug Yasuda, Toshio Sato, Jun Kunimura, Roy Ogata, Shiro Oishi, Professor Toru Tanaka, Rikiya Yasuoka, Jôji Shimaki, Goro Sasa, Taro Ibuki, Daisuke Awaji, Keone Young, Jim Ishida, Shotaro Hayashi, Toshihiro Obata, Michiko Tsushima, Linda Gillen, John Gotay, Matthew Porac, Ken Kensei, Josipe Elic,Mitchell Bahar e os não creditados Ken Enomoto, Nathan Jung, Al Leong, Bruce Locke, Chris Nelson Norris, Dennis Y. Takeda, Celia Xavier.


O diretor Ridley Scott, em 2011, nas externas de Prometheus



Depois de Blade runner, o caçador de andróides (Blade runner, 1982), Ridley Scott fracassou terrivelmente com A lenda (Legend, 1985) e Perigo na noite (Someone to watch over me, 1987). Não se saiu melhor em 1989, com Chuva negra, aventura policial embalada por sua conhecida e apurada estética visual. Praticamente, a realização é apenas isto: um belo e elegante invólucro para conteúdo raso. A depender das circunstâncias, passa por entretenimento de qualidade para espectadores pouco exigentes. Pena; havia potencial para desenvolver algo mais sólido. O mano Tony Scott, decerto, teria melhores resultados.


Aliás, Chuva negra, de início, seria de Paul Verhoeven. Este vinha do excelente Robocop, o policial do futuro (RoboCop, 1987) — um dos mais cínicos e virulentos tratados cinematográficos sobre os riscos sociais e econômicos da falência das instituições estatais em cenário controlado pela sanha de lucro das corporações privadas. Verhoeven abandonou o projeto e se entregou à interessante ficção científica O vingador do futuro (Total recall, 1990). Dois anos depois faria Instinto Selvagem (Basic instinct), pouco memorável se não fosse a ousadia do desguarnecido cruzamento de pernas de Catherine Tremell (Sharon Stone).


Michael Douglas interpreta o investigador Nick Curran em Instinto selvagem. Coincidentemente, faz um detetive de igual prenome e métodos semelhantes em Chuva negra: Nick Conklin. Divorciado, trabalha em Nova York e mal pode arcar com a pensão alimentícia aos filhos. Não é flor que se cheire. A corregedoria o investiga por causa do desaparecimento de dez mil dólares de vultosa apreensão ao tráfico de drogas. É um ás da motocicleta. Nas horas vagas, utiliza-a em disputas que lhe rendem dinheiro fundamental à complementação dos vencimentos.


Os detetives Nick Conklin e Charlie Vincent, respectivamente interpretados por Michael Douglas e Andy Garcia


Em um bar, Nick e o jovem parceiro Charlie Vincent (Garcia) testemunham, entre impotentes e surpresos, a brutal execução de dois japoneses com aparências de empresários. Os assassinos, também nipônicos e fortemente armados, escapam. Refeitos do imprevisto, a dupla parte em perseguição. Captura o líder Sato (Matsuda), membro da Yakuza, a máfia do Japão. O prisioneiro não esquenta lugar em Nova York. A pedido das autoridades japonesas é extraditado para Osaka, sob guarda de Nick e Charlie. Aparentemente, seria uma simples operação de transferência de custódia. No entanto...


Os novaiorquinos desconhecem por completo a língua japonesa. No aeroporto, ainda no avião, apenas assinam, sem maiores conferências, um indecifrável documento apresentado pelos novos responsáveis por Sato. Pouco depois chegam os verdadeiros agentes. Descobrem que liberaram o prisioneiro para os cúmplices da Yakuza. Furioso e ferido no orgulho, Nick pretende uma caçada de qualquer maneira, em terreno totalmente desconhecido. Apresentam-se as barreiras do choque cultural e os códigos diferenciados que moldam a ação da força pública local. Esta valoriza, acima de tudo, a honra pessoal, a honestidade, o trabalho em equipe e a incondicional adesão ao rígido código profissional legitimado por tradições hierárquicas e coletivas. É algo totalmente diferente da autonomia moldada pela ética individualista e agressividade dos colegas estadunidenses. Além do mais, os estrangeiros não podem portar armas. No papel de observadores, apenas acompanham as investigações, sem interferir no curso das ações. Serão supervisionados pelo cioso Capitão Masahiro Matsumoto (Takakura).


Ken Takakura interpreta Masahiro Matsumoto,  capitão da polícia de Osaka 


Evidentemente, a teimosia e o individualismo de Nick — incapaz de se adaptar às imposições da autoridade nipônica — geram trágicas consequências: apoiado na autossuficiência e enganado pela aparência de Osaka, tão brilhante à noite como Nova York, dispensa a companhia de Matsumoto. A imprudência atrai o afável e bem humorado Charlie para fatal emboscada preparada por Sato. Daí em diante a questão se torna pessoal para o irascível personagem interpretado por Michael Douglas. É também quando a trama descamba para o lugar comum, na forma de um thriller alimentado pelo desejo de vingança. A tensa relação de Nick com a polícia local se deteriora e compromete a honra de Matsumoto em níveis pessoal e profissional.


O afável e bem humorado Charlie Vincent (Andy Garcia)

  
Isolado mas determinado, Nick recebe o auxiliado da improvável conterrânea Joyce (Capshaw) — espécie de mariposa da noite de Osaka, mal desenvolvida pela trama —, que o abastece com informações preciosas sobre a posição de Sato no crime organizado. O assassino deflagra uma disputa interna por maior autonomia nos quadros da Yakuza. A ousadia enfurece os chefões (oyabuns) mais velhos, principalmente o padrinho Sugai (Wakayama). Apesar dos riscos, Nick o procura na tentativa de capitalizar o conflito a seu favor e, com isso, neutralizar o assassino de Charlie. Faz algo inimaginável ao policial japonês: um pacto com criminosos para dar cabo da missão. Para quem está no mato sem cachorro, os fins justificam os meios — acredita o estadunidense. Receberá, surpreso, o indispensável apoio de Matsumoto. Este, desde que foi suspenso da corporação, nada mais tem a perder. Age como um ronin, o samurai desgarrado, com liberdades para romper com os códigos do caminho reto e estreito da corporação de origem. De certo modo, equipara-se a Nick. Ao final, em decorrência do sucesso da missão, será reconduzido à polícia e condecorado.


Nick Conklin (Michael Douglas) e Joyce (Kate Capshaw) em Osaka

Charlie Vincent (Andy Garcia) e Nick Conklin (Michael Douglas) em Osaka


Os maiores problemas de Chuva negra decorrem da aparente incapacidade de Ridley Scott para evitar as previsibilidades do roteiro de Craig Bolotin e Warren Lewis. A narrativa é alimentada por clichês. As aberturas para desenvolver com maior ênfase as questões relacionadas ao choque cultural ficaram restritas aos primeiros contatos entre japoneses e estadunidenses. Havia muita riqueza no embate devido aos métodos de trabalho, nacionalidades e visões de mundo dos personagens vividos por Douglas e Takakura. As contribuições a tanto estavam dadas, inclusive pela existência de latente tensão entre Estados Unidos e Japão desde o final da Segunda Guerra Mundial à época da realização: o final dos anos 8o foi marcado pela arrancada da globalização; o país do oriente ameaçava a supremacia do rival da América com um vigoroso boom econômico e tecnológico. A liberação de adrenalina prevaleceu sobre as mais importantes questões relegadas ao fundo. De outro modo, o estilo da exposição também sufocou a substância desenvolvida de forma frustrante e, por vezes, com irritante planura. Predominam estereótipos de parte a parte. Chuva negra é filme hollywoodiano padrão. Capta o Japão, especificamente Osaka, como se fosse uma sucursal exótica dos Estados Unidos a partir dos limites da mirada novaiorquina. A metrópole japonesa não se apresenta como algo próprio, singular, diferenciado. Porém, nem todas as deficiências devem ser creditadas a Ridley Scott. O diretor corre o risco de ser o menor dos culpados. O director's cut de Chuva negra —nunca exibido — previa um tempo de exibição de 160 minutos. Os produtores impuseram cortes drásticos de 34 minutos. Com tamanha intervenção cirúrgica, a pretendida complexidade do filme deve ter ficado no chão da sala de montagem, juntamente com significativos momentos da participação de Kate Capshaw, a senhora Steven Spielberg na ocasião. A personagem Joyce apenas oferece uma presença tão ligeira quanto superficial.


Chuva negra prometia desde as imagens iniciais, perfeitamente sintonizadas com o título e seus sentidos históricos e simbólicos. A cor vermelha, em toda a dimensão da tela, assume a forma do círculo (da bandeira japonesa) que vai paulatinamente diminuindo de tamanho enquanto aumenta o negro que o envolve. Terminados os créditos de abertura, a circunferência cede lugar à escultura de um globo terrestre. Nas proximidades, Nick avança com a motocicleta. Bem mais adiante há expressivo diálogo travado pelo policial estadunidense — autoapresentado como "gaijin ("estrangeiro" em japonês) sem valor" — com Sugai. O assunto é Sato e sua acintosa petulância com desrespeito à tradição. O oyabun expõe — sem esquecer de justificar a parcial tolerância ao afilhado rebelde em seu empreendimento de falsificação de dólares: “Eu tinha 10 anos quando os B-29 vieram. Minha família viveu debaixo da terra por três dias. Quando nós voltamos, a cidade (Hiroshima ou Nagasaki) havia desaparecido. Então, o calor (da explosão atômica) trouxe a chuva, uma chuva negra. Vocês fizeram a chuva negra e nos enfiaram seus valores garganta abaixo. Nós esquecemos quem éramos. Vocês, americanos, criaram Sato e milhares como ele (ambiciosos e individualistas). Eu só estou dando o troco”[1].


O rebelde e violento Sato (Yûsaku Matsuda)

  
No papel do oyabun Sugai está o veterano, imponente e grande ator Tomisaburô Wakayama em um dos seus últimos desempenhos. Faleceu em 1992, aos 62 anos. Já Yûsaku Matsuda — o intérprete do jovem, visceral e expansivo Sato — ocultou de todos o fato de que estava em fase terminal de câncer na bexiga. A revelação foi feita somente ao término das filmagens. Ciente de que a enfermidade seria agravada em decorrência dos esforços físicos exigidos pela representação do personagem, Matsuda assim se justificou para a imprensa: “Desse modo, viverei para sempre". Faleceu ao 39 anos, em 1989, poucas semanas após a estreia de Chuva negra nos Estados Unidos.


 Sato (Yûsaku Matsuda) e o oyabun Sugai (Tomisaburô Wakayama)


As interpretações estão entre as principais atrações do filme. Michael Douglas está em seu melhor, com os nervos à flor da pele como Nick Conklin. Tem, na atuação de Andy Garcia como o bem humorado e compreensivo Charlie Vincent, um excelente contraponto. Com a morte do parceiro, sobra para o ponderado, observador e lacônico Ken Takakura na pele de Masahiro Matsumoto a função de servir de anteparo emocional ao vingativo Nick, próximo do desequilíbrio. Um dos bons momentos, apesar de rápido, é a improvisada parceria formada por Charlie e Masahiro no karaokê, para a interpretação de What'd I say, de Ray Charles. Confere calor humano e autenticidade a Chuva negra.


Um dos trunfos estético-formais da realização decorre da direção de fotografia de Jan de Bont. Em princípio, Howard Atherton seria o responsável pelo setor. Há rumores de que tomou parte na elaboração da maioria das cenas. Entretanto, jogou a toalha devido ao excesso de entraves burocráticos para se filmar no Japão. De Bont o substituiu e mereceu os créditos principais. Atherton teve o consolo de ser creditado por fotografia adicional.


A direção de fotografia consegue diversos efeitos de iluminação na noite de Osaka. A cidade é um dos melhores cenários reais urbanos do cinema, segundo minhas lembranças. Os jogos de luzes confundem distâncias e percepções. Aos policiais estadunidenses, o lugar oferece tranquilidade enganosa por se assemelhar a Nova York. É um campo de fascínio enganador. Oculta várias armadilhas aos não iniciados. A cidade pulsa nervosa e intensa pelas lentes que a enquadram. No começo, predomina a cor laranja, como a que revela Nova York no crepúsculo levemente esfumaçado. As primeiras imagens de Osaka também são crepusculares, apesar de mais distanciadas. A cor predominante também é o laranja, mais avermelhado e encoberto, como a alertar Nick e Charlie de que, apesar das semelhanças entre as duas urbes, as aparências são sempre ligeiras e enganadoras.


Condizente com a fotografia está a discreta e hipnótica pontuação musical de Hans Zimmer. É um dos melhores trabalhos do compositor. Mistura instrumentos orientais com tambores e guitarras ocidentais. Melodicamente, consegue interessante fusão de ritmos. A trilha é uma sucessão de leves acordes alusivos a uma ambientação imersa em nervosismo, inquietação e tensão.


Nick Conklin (Michael Douglas)


Por causa dos entraves burocráticos que dificultaram as filmagens no Japão, as cenas finais — ambientadas em área rural de Osaka, onde acontecem a reunião dos oyabuns com Sato e os embates decisivos de Nick com o criminoso — foram filmadas em Napa County, Califórnia. Nas encostas agricultáveis da região houve a encenação de espetacular pega de motocicletas pilotadas por Nick e Sato. Na direção do veículo o policial confirmava presença em terreno afetivamente familiar. Estava em seu melhor campo de ação.


Michael Douglas é um dos principais responsáveis pela existência de Chuva negra. Descobriu o roteiro quando filmava, para os produtores Stanley R. Jaffe e Sherry Lansing, Atração fatal (Fatal attraction, 1987), de Adrian Lyne. Imediatamente demonstraram interesse pela história.





Direção de fotografia (Panavision, Technicolor): Jan De Bont. Roteiro: Craig Bolotin, Warren Lewis. Desenho de produção: Norris Spencer. Montagem: Tom Rolf. Música: Hans Zimmer. Trilha musical: I’ll be holding on (Hans Zimmer, Will Jennings), com Gregg Allann; Living on the edge of the night (Jay Rifkin, Eric Rackin), com Iggy Pop; Back to life (Beresford Romeo, Simon Law, Paul Hooper), com Soul il Soul, Caron Wheeler; Beyond the sea (Charles Tennet, Jack Lawrence), com Bobby Darin; Kasa odori, com Mary Evans; Laser man, de e com Ryuichi Sakamoto; Ogi no mato, com Ensemble Nipponia; Singing in the Shower (Ron Mate, Russell Mate), com Rita Mitsouko; That’s amore (Jack Brooks, Harry Warren); Japan its sound and people; The way you do the things you do (Robert Rogers, William Robinson), com UB40; What’d I say (Ray Charles). Casting: Dianne Crittenden, Nobuaki Murooka (Japão). Figurinos: Ellen Mirojnick. Produção executiva: Graig Bolotin, Julie Kirkham. Produtores associados: Michael Douglas, Alan Poul, Mimi Polk. Operadores de câmera: Graig Haagensen, Alexander B. Witt. Fotografia adicional: Howard Atherton. Supervisão de script: Luca Kouimelis. Decoração: John Alan Hicks, Leslie Bloom, Richard C. Goddard, John M. Dwyer, Kyoji Sasaki. Direção de arte: John Jay Moore, Herman F. Zimmerman, Kazuo Takenaka. Coordenador de dublês: Bobby Bass. Maquiagem: Richard Dean, Christina Smith, Monty Westmore, Fred C. Blau Jr., Yasue Ishikawa, Yukio Ueda, Akemi Yoshikado. Penteados: Lyndell Quiyou, Kathryn L. Blondell, Susan V. Kalinowski, Yasue Ishikawa, Yukio Ueda, Akemi Yoshikado. Supervisão de efeitos especiais: Stan Parks. Supervisão musical: Dick Rudolph. Orquestração e direção musical: Shirley Walker. Direção de segunda unidade: Bobby Bass, Bettiann Fishman. Produção de linha: Yosuke Mizuno (Japão). Próteses: Richard Alonzo, Allan A. Apone, Arnold Gargiulo, Mark Maitre, Neal Martz, Kenneth David Walker. Tatuagens: Michael A. Hancock. Gerentes de unidade de produção: Mel D. Dellar, David Salven, Michael Tadross, William Watkins. Gerente de unidade: Yuki Otsuka (Japão). Assistente de direção: Tetsuo Funabashi. Estagiário do Directors Guild of America: Katy Garretson. Primeiros assistentes de direção: Dennis Maguire (segunda unidade), Aldric La'auli Porter, Benjamin Rosenberg, Masayuki Taniguchi (Japão). Segundos assistentes de direção: Jodi Ehrlich, Bob Lewis (adicional), Kenneth Payton (segunda unidade), Akiko N. Sakagame (Japão), Eric Wall (adicional), Cellin Gluck (não creditado). Áreas verdes: Rubin A. Andreatta, Dave Newhouse. Arte cênica: Robert A. Woolfe, Robert Topol (Nova York/não creditado), M. Tony Trotta (câmera em New York/não creditado). Assistente de direção de arte: Teresa Carriker-Thayer (não creditado). Carpintaria: Douglas W. Randall. Construções: James V. Gartland, Roger M. Janson, John Matheson. Consultor técnico do departamento de arte: Michael W. Hirabayashi. Contrarregra: Yasushi Daikoji (Japão), Glenn R. Feldman (assistente), Michael P. Hunter (assistente), Loren Levy, Thomas Saccio, Charles Sertin, Robert Van Dyke, Kenneth Weinberg (assistente), Dean Wilson, Max E. Brehme (não creditado), Michael Saccio (assistente/não creditado). Coordenação de construções: Richard T. Allen, Richard J. Bayard. Ilustrador: Sherman Labby. Líderes de pessoal do departamento de arte: John A. Schacht, Barton M. Susman. Pintura: James "Jim" Betts, Gary A. Clark. Plenejamento do set: James R. Bayliss, Alan S. Kaye, Robert Maddy, Andrew Neskoromny (não creditado). Adr: Bill Voigtlander (edição). Consultor de som estéreo: Douglas Greenfield (Dolby). Edição de som: Richard Adams, Milton C. Burrow (supervisão), Neil Burrow, Scott Burrow, Gordon Davidson, Dan Engstrom (assistente), John G. Hill (aprendiz), Kelly L. Manger (assistente), Robyn A. Manger (aprendiz), William L. Manger (supervisão), Larry Mann, Richard Oswald, Kay Rose, Chester Slomka, Bill Wylie, Jim Yant. Efeitos sonoros: Stevphen Dewey (adicional). Gravação de som: Jack Keller (não creditado). Mixagem da regravação de som: Donald O. Mitchell, Kevin O'Connell, Greg P. Russell. Operadores de boom: Louis Sabat, Timothy P. Salmon. Produção da mixagem de som: James S. Sabat, Keith A. Wester. Ruídos de sala: Greg Curda, Ken Dufva, David Lee Fein, Wendy Oates. Técnico de utilidades sonoras: Mark C. Grech. Assistente de câmera de efeitos visuais: Wayne Baker (não creditado). Efeitos especiais de maquiagem: Andy Clement. Efeitos especiais: Albert Griswold, Todd Jensen, Kenneth D. Pepiot, Kevin S. Quibell, John Chapot, (pirotecnia). Dublês: Jay Amor, Gregory J. Barnett, Peter Bucossi, Phil Chong, Clarke Coleman (não creditado), Gary Davis, Andy Duppin, Kenny Endoso, Frank Ferrara, Al Goto, John Hateley, Peter Hock, Daishi Ichizawa, Brian Imada, Steven Ito, John Kayton, Daniel Lee, Geoff M. Lee, Leo Lee, Al Leong, James Lovelett, Harry Madsen, John Patrick McLaughlin, Sandy Richman, Michael G. Runyard, Bill M. Ryusaki, Alex Stevens, Mak Takano, Hiroshi Tom Tanaka, David Webster, Danny Wong, Lightning Bear (não creditado). Utilidades para dublês: Garry Pastore. Assistentes de câmera: Larry J. Aube, David Augsburger, David Canestro, Michael J. Coo, Frank Detone Jr., Steven W. Gage, William Gerardo, Vinnie Gerardo, Howard J. Hand, Bobby Mancuso, Nicholas J. Musuraca, Mitsuki Nakamura, Billy Patsos, George Patsos, Richard Jeffrey Randall, Calmar King Roberts Jr., Robin L. Roberts, David Roth, Sharon L. Wilson. Direção de fotografia da segunda unidade: Craig Haagensen (não creditado). Eletricistas: Richie Ford, Lance Shepherd, Moose Enright (não creditado), Robert Shepherd (não creditado). Fotografia aérea: Robert L. Blatman, Buz Brown, Michael Kelem, David B. Nowell. Fotografia de cena: David James, Andrew D. Schwartz, Bruce W. Talamon. Iluminação: Edward A. Ayer, Jerry DeBlau, John W. DeBlau, James 'Packy' Dolan, Ted J. Kredo, Takeshi Ohkubo (Japão), Ron Kunecke (não creditado). Assistentes de Vídeo: Alan B. Samuels, Philip A. Silver, Tom Hopkins (não creditado). Assistente de produção de elenco: Debbie Manwiller. Associado à produção de elenco: Joy Dickson. Produção de elenco adicional: Melissa Skoff. Produção de elenco extra: Steve Dobbins, Joy Todd. Assistente de figurinista: Richard Von Ernst. Coordenação de guarda-roupa: Kazuko Shimada (Japão). Figurinistas: Lisa Grace Erndt, Joseph L. Gruca, Elaine P. Maser. Supervisão de figurinos: Jennifer L. Parsons. Supervisão de guarda-roupa: William A. Campbell, Melissa A. Stanton. Aprendizes de edição: Garet Gluck, Robert P. Walzer. Edição adicional: Jacqueline Cambas, William Gordean. Primeiro assistente de edição: William Webb. Segundo assistente de edição: Nancy Frazen, Deborah Peretz. Temporização de cor: Aubrey Head, Donald Freeman (não creditado). Gerentes de locações: Robert Doyle, Susumu Ejima (Japão), Kazuaki Enomoto (Japão), Kenneth Haber, Kenichi Horii (Japão), Eric S. Klosterman, Steve Shkolnik, Atsushi Takayama (Japão). Composição musical para o trailer: John Beal (não creditado). Compositor de música adicional: David Paich (não creditado). Edição musical: Laura Perlman (não creditado). Mixagem da trilha musical: Jay Rifkin. Músico: Norman Ludwin. Preparação musical: Bob Bornstein (não creditado). Produção da trilha musical: Dan Goldwasser (não creditado). Supervisão da edição musical: James Flamberg. Capitão de transportes: William J. Curry Jr. Cocapitães de transportes: Lee Garibaldi, Dennis Salomone Sr. Gerente de transportes: Masahiro Hirose (Japão). Coordenação de transportes: Vanchat 'Tommy' Tancharoen. Assistente da contabilidade: Kim McLaren. Assistente de publicidade bilíngue: Seiji Okamura (não creditado). Assistente para Mr. Mizuno: Mitsuko Oki (Japão). Assistente para Mr. Spencer: Jake Scott. Assistente para Ms. Lansing: Kim Festa, Carol Mann. Assistente para Ridley Scott: Cary Burns. Assistentes de produção: Frank Serrano, Roni Wheeler-Poole, Aaron Sadovsky (não creditado), Laura Carriker, Cellin Gluck, Claudio Jacobellis, Justin Morrit, Wendi Rose. Assistentes do escritório da coordenação da produção: Debra D. Jeffreys, Carol Keith, Jennifer Pinkerton. Assistentes para Michael Douglas: Peter DePalma, Keiko Kanzaki (Japão). Assistentes para Stanley R. Jaffe: Maggie Constantinidis, Michiyo Hayashi (Japão), Trisha O'Brien. Auditoria da produção: Robert Thorson. Consultor de tradução para o japonês: Koichi Nakajima. Contabilidade: Kevin R. Buxbaum, Yuriko Mameshiro (Japão). Coordenação de vídeo: Mary Ellen Brennan. Desenhos técnicos: Thomas B. Jones. Escritório da coordenação da produção: Terry Ellen Ladin, Patt McCurdy, Deborah L. Schwab. Instrutores de diálogos: Alan Brown, Jeff Chamberlain, Dan Furst. Mecânico: William M. DeLuca (não creditado). Pilotos de helicóptero: Al Cerullo, Alison Meyer, Robert 'Bobby Z' Zajonc. Planejamento de créditos: Anthony Goldschmidt. Primeiros socorros: David R. Lawson, Bob Rodd. Produção associada: Mimi Polk Gitlin. Publicidade: Eric Myers. Agradecimentos a: Yûsaku Matsuda (in memorian), DENTSU Music And Entertainment, The Theater & Broadcasting (New York City Mayor's Office of Film), New York Police Department Motion Picture Unit, Nissan Motor Company, Northwest Airlines, Osaka Hilton, Panasonic, Pepsico Japan, Suzuki, Trifari. Laboratório de efeitos de maquiagem: Makeup Effects Laboratories. Agência de elenco extra: Central Casting. Corte do negativo: Reel People Inc. Estúdio de efeitos adicionais de som: Musikwerks. Estúdio de música para o trailer: Reeltime Creative. Estúdio de títulos e efeitos óticos: Cinema Research. Fornecimento de alimentação: Directors' Catering, For Stars Catering. Gravação de trilha musical: Virgin Movie Music. Serviços de pós-produção de som: Dolby Laboratories. Serviços de produção: Film Link International Inc., Tristone Entertainment Inc. Serviços de som: Goldwyn Sound Facility. Sistemas de mixagem de som: 6 canais para 70 mm, 4 canais em Dolby Stereo para 35 mm. Veículos de filmagem: Unique Movie Cars. Tempo de exibição: 126 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1992)



[1] Parênteses de José Eugenio Guimarães.

7 comentários:

  1. Hola Eugenio.

    Efectivamente no es la mejor aventura cinematográfica de Ridley Scott que atravesó un bache en su carrera a finales de los 80. Quizás de lo que si podriamos hablar es del mejor momento en la carrera de Michael Douglas e incluso de Andy García un actor especialmente talentoso y que se le ve muy poco actualmente por la gran pantalla, creo recordarle un minúsculo papel en Passengers estrenada en 2016. La fotografía nocturna de Osaka si merece un comentario positivo , así como la música del maestro Zimmer que tan buenas bandas sonoras tiene en su haber.
    Excelente visión en esta gran reseña cinematográfica.
    Un abrazo estimado Eugenio.

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    1. Gracias, Miguel! Estamos de plenos acordo. Scott conseguiu se redimir no filme seguinte a este "Black Rain". Refiro-me a "Thelma & Louise", do qual gosto muito e aos meus olhos é um magnífico western crepuscular moderno e de saias. Infelizmente, ao longo da carreira, houve mais tropeções que acertos na carreira de Scott.

      Saludos.

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  2. Hola!
    No entiendo demasiado sobre cine pero hablarte de lo que me transmiten algunas de las películas mencionadas. Instinto basicco, fue una de las mejores de la época, yo era bastante pequeña así bueno, lo que más recuerdo es lo que mencionas de Sharon Stone y su cruce de piernas que dió la vuelta al mundo. Lo que si , es que el cine nos lleva a la pantalla, las situaciones de los países como si de unas noticias se tratasen y así en un momento concentramos toda la información de inmediato. Por lo que creo que el cine es un medio más que significativo para saber que ocurre en el mundo. No he visto Lluvia negro, pero supongo que debió de dar mucho que hablar. Un saludo !

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    1. Gracias pela visita e por seu aporte, Keren Turmo. Sim, de fato, "Instinto Basico", conforme o título do filme em espanhol, deu muito o que falar, inclusive sobre a coragem de Sharon Stone e o significado da cruzada de pernas para a carreia dela como atriz. "Lluvia negro", por outro lado, é dos filmes mais francos de Scott, um diretor que toca a carreira da forma a mais irregular possível.

      Saludos e abraços.

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  3. De esta película me encantó la banda sonora, de hecho me compré el cassette. La vi en el cine con 18 años y la verdad me gustó. No sé ahora. Muy trabajada reseña. Saludos!

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    1. Gracias, David Rubio, por sua visita e comentário.

      A banda sonora de Hans Zimmer é uma das melhores coisas da película, juntamente com a direção de fotografia, creditada a Jan De Bont, e as interpretações. De minha parte, como ressaltei na apreciação, é uma película que contém muitas fragilidades, inclusive devido ao roteiro e por causa de montagem que reduziu em muito o tempo de exibição pretendido pelo diretor.

      Saludos e abraços.

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  4. Puxa.Eu acho esse filme estupendo. Assisti pela primeira vez quando tinha 7 anos de idade e desde então ficou gravado no meu córtex. A caracterizaçao do Japão é absurdamente sedutora. Os exageros estão todos justificados pela assinatura do diretor. Scott nos dá uma visão única e exótica, quase uma distopia. Este filme tem a melhor fotografia que eu já. É um desbunde. Os enquadramentos são cheios de personalidade e se distanciam de tudo o que o cinemão de ação fazia na época. Estou dizendo que há refinamento e elegância em cada tomada, em cada sequência. A ação é contida, na medida certa. Nada é gratuito. Tudo tem profundidade. Tem uma das trilhas mais fascinantes já colocadas em um filme policial. E há diálogos marcantes e uma química inebriante entre os protagonistas. Não é a típica história de brucutu dos anos 80. Não. Negativo. Definitivante. Os personagens são todos multidimensionais. Dúbios. Há dilemas morais totalmente verossímeis, que fazem o expectador se conectar imediatamente, se importar com nick, masa, e ... charlie. Enfim, black rain é o filme mais subestimado de sua época. É uma pequena obra prima que merece ser (re)apreciada de coração aberto. Obrigado.

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