Retornar à arena da Guerra Fria
era tudo que Alfred Hitchcock não desejava. Ainda mais logo após Cortina
rasgada (Torn curtain, 1966), retumbante fracasso de crítica e público.
Bem que tentou reencontrar o formato mais cotidiano do suspense com uma trama
policial a respeito de misterioso estrangulador de mulheres em Nova York. No entanto, a Universal
Pictures cancelou a produção de Kaleidoscope e praticamente lhe impôs
a adaptação do best seller Topázio,
de Leon Uris. Problemas variados atravancaram o bom desenvolvimento do projeto
— além do adoecimento de Alma Reville, em Los Angeles , quando as
filmagens aconteciam em Paris: desistência de Uris em continuar o roteiro
depois de criticado por Hitchcock; o apertado cronograma de trabalho;
ingerências da Universal na montagem, coroadas com a desastrosa redução do tempo
de exibição; e, acima de tudo, os nervos à flor da pele do governo francês.
Afinal, Topázio (Topaz, 1969) revolveria um escândalo
de espionagem que o gabinete de Charles De Gaulle pretendia esquecer. A ação se
desenrola em lugares variados da América e Europa. A crise dos mísseis em Cuba
é o centro nervoso. Encontrar um final adequado às preocupações francesas
resultou em muitas tensões. As edições do lançamento comercial revelaram um
filme morno. Topázio teve que renascer segundo as pretensões do diretor nas
versões em DVD e blu-ray para provar que tinha algum valor. Mesmo assim, não
merece lugar entre as obras hitchcochianas mais notáveis. Destacam-se a
belíssima tomada do assassinato de Juanita de Córdoba (Karin Dor) e os
acontecimentos envolvendo o Hotel Theresa, em Nova York. É um local
de especial importância para a memória de Fidel Castro e da Revolução Cubana. Segue
apreciação elaborada em 1978, revista e ampliada em 2010.
Topázio
Topaz
Direção:
Alfred Hitchcock
Produção:
Alfred Hitchcock (não creditado)
Universal Pictures
EUA — 1969
Elenco:
Frederick Stafford, John Forsythe, Karin Dor, Michel Piccoli, John Vernon, Philippe Noiret, Dany Robin, Roscoe Lee Browne, Claude Jade, Per-Axel Arosenius, Michel Subor, Edmond Ryan, Sonja Kolthoff, Tina Hedström, John Van Dreelen, Donald "Don" Randolph, John Roper, Lew Brown, Roberto Contreras, Carlos Rivas, George Skaff, Sándor Szabó, Roger Til, Lewis Charles, Anna Navarro e os não creditados Fidel Castro (arquivo), Rita Conde, Richard Derr, Ann Doran, Noel Drayton, Abel Fernandez, Gregory Gaye, Trent Gough, Ernesto 'Che' Guevara (arquivo), Dean Harens, Alfred Hitchcock, Ray Kellogg, Henry Kingi, John Lasell, Tony Regan, John Stephenson, Hal Taggart, Ben Wright.
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Alfred Hitchcock na direção de Topázio |
Topázio — quinquagésima
primeira e antepenúltima realização cinematográfica de Alfred Hitchcock — mereceu
da estadunidense National Board of Review, em 1970, os prêmios de Melhor
Direção e Melhor Ator Coadjuvante (Philippe Noiret no papel do suspeito Henri
Jarre). Devolve o cineasta à seara da Guerra Fria três anos após o fiasco
comercial e artístico de Cortina rasgada (Torn
curtain, 1966). Orçado em 4 milhões de dólares, Topázio recuperou apenas
a quarta parte da inversão. É o maior malogro de bilheteria do Mestre do
Suspense e a metragem mais longa que concebeu, apesar do tempo de exibição
abreviado em 16 minutos na época do lançamento.
Depois de Os
pássaros (The birds, 1963) a sombra do cansaço pairou sobre o cineasta. O
curioso e freudiano Marnie, confissões de uma ladra (Marnie, 1964) teve má
acolhida. A situação piorou com Cortina rasgada. Entre esse título e
Topázio
há um interregno de três anos. Até então, Hitchcock jamais ficou tanto tempo sem
filmar. Durante o período, buscou avidamente um tema distante das contradições
contemporâneas da política internacional e mais afinado aos aspectos cotidianos
do suspense — capaz de reaproximá-lo do público e da crítica. Inicialmente,
lançou-se no desenvolvimento de projeto apoiado em história própria — sobre um
assassino de mulheres em Nova York. Benn
W. Levy escreveu o roteiro ao qual também contribuíram Howard Fast e Hugh
Wheeler. Porém, Kaleidoscope teve produção cancelada pela Universal Pictures. A
companhia forçou-o a optar pela supostamente mais comercial adaptação do
alentado best seller Topaz,
de Leon Uris, lançado em 1967: uma complexa história de espiões desenrolada no
contexto da crise dos mísseis em Cuba e deflagrada pela deserção de Boris
Kusenov (Arosenius) — burocrata de alto nível da agência soviética Komitet
Gosudarstvennoi Bezopasnosti (KGB) — para os Estados Unidos.
Que alternativa! Novamente
o contrariado cineasta enfrentaria a Guerra Fria em produção de bastidores complicados
e com cronograma apertado. A trama, à moda dos filmes de James Bond, desenrola-se
em diversas partes do mundo: Moscou, Copenhague, Washington, Nova York, Havana
e Paris. Evidentemente, não foi possível filmar nas capitais de Cuba e da URSS.
Utilizaram-se imagens de arquivo para a abertura com o desfile em honra à Revolução
de Outubro, na Praça Vermelha. Procedimento similar foi adotado para encenar
uma passagem durante comício de Fidel, Raul Castro e Ernesto "Che"
Guevara em Havana, na Praça da Revolução: cenas com os líderes foram combinadas
às imagens obtidas em estúdio e na localidade de Salinas, proximidades de Los
Angeles.
Complicações
políticas quase inviabilizaram as filmagens em Paris. O governo de
Charles De Gaulle estava reticente por causa de constrangedoras revelações antecipadas
sob a roupagem da ficção — porém, nem tanto — de Leon Uris. O título Topaz
— codinome do círculo de diplomatas e agentes secretos franceses que passava
informações à KGB — oculta, na verdade, um precedente real: o escandaloso caso
"Saphir", oficialmente acobertado até 26 de abril de 1968 quando
chegou ao público por matéria da Time: em 1962, um desertor soviético
informou aos Estados Unidos que altos funcionários do governo francês estavam
mancomunados com o Kremlin. Temendo repercussões desagradáveis sobre o
bombástico e espinhoso assunto em um filme voltado ao grande público, o regime
gaullista proibiu o uso de Paris pela produção. O desbloqueio exigiu a
intervenção da embaixada dos Estados Unidos na França. A legação garantiu que Hitchcock
trataria prudentemente da questão. Assim, a primeira versão de Topázio
expunha "punições" para os franceses envolvidos na tramoia — fator
que dificultou, na ocasião, melhor resolução para o epílogo nas cópias
disponibilizadas ao grande público.
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Os agentes Michael Nordstrom (John Forsythe) e Andre Devereaux (Frederick Stafford) |
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Nicole Devereaux (Dany Robin) |
No contexto dos
filmes de espionagem, Topázio tem desenvolvimento e
personagens relativamente plausíveis. Ações mirabolantes, de tirar o fôlego — típicas
das aventuras cinematográficas do agente secreto 007 da britânica Military
Intelligence, Section 6 (MI6) —, foram descartadas. A exposição sóbria — às
vezes sombria — e pausada, inclusive dificultou melhor aproveitamento do sardônico
senso de humor hitchcockiano. Os espiões em cena são burocratizados e
racionais. Ocupam-se primordialmente com a eficácia na obtenção de informações.
Para tanto, lançam mão de métodos os mais discretos. Problemas domésticos e
afetivos entram em cena como indesejados efeitos colaterais de atividades
repletas de segredos e instabilidades.
De início, Leon
Uris escreveria o roteiro — atento às recomendações de Hitchcock para humanizar
personagens e evitar a rigidez narrativa. As atividades do diretor, durante
essa fase, concentraram-se na escolha do elenco e pesquisa de locações. Quando
pôde apreciar os esboços de Uris, torceu o nariz. Os personagens eram caricaturas
unidimensionais. À trama faltava a necessária maleabilidade favorável às mudanças
e improvisações de última hora durante as filmagens. Insatisfeito com as
ponderações, Uris abandonou a atividade.
Arthur Laurents recusou
a tarefa. Samuel A. Taylor — um dos guionistas do aclamado Um corpo que cai (Vertigo,
1958), de Hitchcock — aceitou com a condição de reelaborar o script a partir do
zero. A esta altura o cronograma estava irremediavelmente comprometido. A
rodagem começou com o roteiro incompleto. Algumas cenas e sequências foram delineadas
momentos antes de serem filmadas. Além do mais, o diretor estava preocupado com
a obrigação de encontrar um final adequado — que não ferisse as
susceptibilidades de De Gaulle.
Segundo John Forsythe — intérprete do agente Michael Nordstrom,
da Central Intelligence Agency (CIA) —, a tensão para desenvolver adequadamente
e em pouco tempo uma trama intrincada, repleta de personagens e frentes
narrativas, incomodou Hitchcock durante todo o processo. De tão angustiado, chegava
a deixar o trabalho antes do previsto — para pensar em alternativas condizentes.
Além do mais, em Paris, teve que deixar a direção com o produtor associado
Herbert Coleman ao receber a notícia da internação hospitalar da esposa Alma Reville,
em Los Angeles.
Os sobressaltos continuaram durante a montagem, principalmente com respeito
ao epílogo. A opção por um duelo de honra entre Andre Devereaux (Stafford) e o
traidor francês Jacques Granville (Picolli) — como solução às demandas do governo
francês — foi recusada pela Universal depois de unanimente desaprovada nas
sessões prévias. Apelou-se para saída pouco satisfatória e forçada, porém diplomaticamente
conveniente e costurada com sobras de cenas não aproveitadas. Sabendo que tudo
estava perdido, Granville entra em casa e deixa a impressão de ter optado pelo
suicídio. A sensação é reforçada pela sequência seguinte: a relação dos
personagens mortos acompanhada de manchete do Herald Tribune — significativamente
abandonado num banco de praça — sobre o encerramento da crise dos mísseis. Atualmente,
na versão estendida, Topázio termina na forma ironicamente
bem humorada pretendida por Hitchcock após o fracasso das prévias. No Aeroporto
de Orly, Devereaux e esposa Nicole (Robin), reconciliados, embarcam para os EUA
pela Pan American World Airways. Ao lado, o desonrado e resignado Jacques
Granville toma o voo da Aeroflot Soviet Airlines rumo a Moscou. Seguem-se a
aludida matéria do Herald Tribune e os créditos de encerramento.
A estrutura de Topázio
é moldada como concertação de vários eventos ordenados a partir de informações
esparsas que se interligam uma após outra. O protagonista é o competente e frio
agente da inteligência francesa Andre Devereaux, baseado em Washington. É reconhecido
como o articulador da maior rede de informações do "mundo livre".
Ainda assim, será lançado em missão que lhe trará incômodas surpresas. É amigo
do agente da CIA Michael Nordstrom, facilitador da evasão para os Estados Unidos
do funcionário da KGB Boris Kusenov, quando este gozava férias em Copenhague na
companhia da esposa (Kolthoff) e filha (Hedströn). Graças a isso, a inteligência
estadunidense é informada de uma possível colaboração de diplomatas e membros
do serviço secreto francês — o círculo identificado pela palavra-chave
"topázio" — com a KGB. Um dos objetivos da interação é facilitar
atividades secretas de engenheiros e militares soviéticos em Cuba.
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Tamara Kusenov (Tina Hedström), filha do desertor soviético Boris Kusenov (Per-Axel Arosenius) |
Impossibilitado
de levar adiante uma investigação imediata da CIA na ilha caribenha, Nordstrom
solicita o auxílio do mais independente Devereaux. A missão é, de início, facilitada
pela presença de uma representação do governo cubano em Nova York — para reunião
com a Organização das Nações Unidas (ONU). Encontra-se hospedada no atualmente
histórico Hotel Theresa[1],
Harlem, inclusive os nomes fornecidos por Kusenov: o fiel castrista Rico Parra
(Vernon) e o mais susceptível de ser subornado Luis Uribe (Randolph). Para
contatá-los, Devereaux convoca Philippe Dubois (Lee Browne), agente secreto e
florista. A incumbência, francamente arriscada, rende resultados positivos e levam
Devereaux a Cuba.
Em Havana, o
contato privilegiado do francês é um caso de amor ainda ativo: Juanita de Córdoba (Dor). É viúva de herói da
revolução e goza da intimidade e confiança de Rico Parra. Secretamente é militante
anticastrista. Disposta a auxiliar Devereaux, mobiliza pessoas de confiança que
arriscam a vida para descobrir a verdade sobre as atividades soviéticas. Porém,
a prisão seguida de tortura de Pablo Mendoza (Charles) e esposa Carlotta
(Navarro) leva ao abrupto encerramento da operação. Andre foge apressadamente. Ainda
assim, leva informações relevantes para Michael Nordstrom — inclusive sobre a
colaboração de setores da inteligência francesa com os soviéticos.
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O revolucionário cubano Rico Parra (John Vernon) |
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Juanita de Córdoba (Karin Dor), Rico Parra (John Vernon) e Andre Devereaux (Frederick Stafford) |
Os próximos
movimentos acontecem em
Paris. Envolvem a exposição do círculo Topázio e trazem
complicações de ordem afetiva. Insatisfeita com as atividades secretas do
marido, Nicole o deixou para se relacionar com o mais influente membro do grupo:
Jacques Granville, codinome Columbine. Durante a ocupação da França pelos
alemães na Segunda Guerra Mundial, o trio consolidou sólida e duradoura amizade
nos quadros da resistência partisan. Agora,
o vínculo está comprometido por contradições profissionais, ideológicas e sentimentais.
O tabuleiro está montado com as peças necessárias à elucidação do intrincado
caso iniciado pela defecção de Boris Kusenov, turbinado pela crise dos mísseis e
ampliado pela imperiosa necessidade de desbaratar a conspiração francesa.
Tomei
conhecimento de Topázio pela primeira vez em 1978, ao ser relançado no circuito
exibidor brasileiro. Continuava com a duração de 127 minutos e não convenceu. A
narrativa, excessivamente fria e austera, não envolvia. Dava a impressão de ser
realização com acentuada falta de inspiração. A pontuação musical de Maurice
Jarre se esgotava em compassos corriqueiros e a brilhante direção de fotografia
de Jack Hildyard sobrava como ornamento vazio. Havia
ótimos momentos que pareciam perdidos ou deslocados, insuficientes para
resgatar a aventura da banalidade: a abertura em Moscou, com o desfile militar
na Praça Vermelha; a deserção dos Kusenov em Copenhague, sob as barbas da
onipresente vigilância de agentes soviéticos; a participação de Roscoe Lee
Brown; a encenação novaiorquina envolvendo os acontecimentos no Hotel Theresa e
imediações; a descoberta da atividade secreta do casal Mendoza com a
consequente exposição dos efeitos da tortura; e o almoço dos espiões em Paris,
abrilhantado pela notável atuação de Philippe Noiret como Henri Jarre — indifente
às conversas e com atenção voltada exclusivamente aos pratos servidos. Destacava-se,
acima de tudo, a exemplar tomada do frio assassinato de Juanita de Córdoba por
Rico Parra. Raras vezes um momento brutal foi tão belamente encenado. Em
posição elevada, a câmera capta a personagem de pé, unida ao assassino. Soa o
tiro. Ela desfalece sobre o longo vestido roxo, que se abre como macia mortalha
para recebê-la. Juanita cai como uma flor recolhida em si mesma.
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Andre Devereuax (Frederick Stafford) com a filha Michele (Claude Jade) e o genro François Picard (Michel Subor) |
Revisto após 32
anos, na montagem pretendida pelo diretor, Topázio ressurgiu revigorado.
Definitivamente, é uma produção subestimada, prejudicada pelas nocivas
interferências da companhia produtora e exigências envergonhadas do governo
francês. O acompanhamento musical permanece equivocado e a direção de
fotografia é um dos maiores trunfos da realização. No entanto, com a inclusão
de cenas e sequências expurgadas da edição de lançamento, os destaques — conforme
o parágrafo anterior — ressurgem revigorados e com maior razão de ser. Não é
filme merecedor de inclusão no rol das peças notáveis do Mestre do Suspense. Ainda
assim, pode ser considerado como um dos seus mais esplêndidos e injustificados
fracassos. A complexidade narrativa mereceu estruturação didática das mais
planejadas. Apesar da lenta exposição dos eventos, há ritmo e tensão em níveis
constantes. A credibilidade é outro elemento a considerar, apesar dos senões
decorrentes do tratamento estereotipado de russos e cubanos. São apresentados
segundo o figurino consentido pela Guerra Fria, como brutamontes dispostos a
todas as ignomínias. Quanto a isso, Hitchcock se sentiu livre para cometer um
sacrilégio: a explícita exposição gráfica dos violentos efeitos da tortura nos
corpos do casal Mendoza. Atualmente, a imagem trucidada de Carlotta — com o
corpo do marido morto no colo — pode ser vista como corriqueira. No entanto, foi
considerada excessiva no começo dos anos 70, uma indevida licenciosidade
carregada de mal estar — inclusive para brasileiros que começavam a tomar ciência
do pavoroso tratamento dispensado pelo regime militar de exceção aos presos
políticos.
Uma interrogação
jamais respondida de forma plena: o que a chorosa Juanita tinha para revelar a Devereaux
no instante da rápida despedida? Ficou apenas a insinuação. As tomadas,
carregadas pela emoção da informante cubana, antecipavam a fatal
impossibilidade de um reencontro? Ou algo de mais grave ficou parado no ar? Certamente,
Hitchcock deixou a plateia com a pulga atrás da orelha.
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O exemplar momento do assassinato de Juanita de Córdoba (Karin Dor) por Rico Parra (John Vernon) |
O ator John
Forsythe atuou para Hitchcock em O terceiro tiro (The
trouble with Harry, 1955), no papel de Sam Marlowe. O limitado
Frederick Stafford não foi a escolha imediata para representar Andre Devereaux.
Sean Connery e Yves Montand tiveram a primazia. Recusaram por razões óbvias. O
primeiro, cansado da máscara de agente secreto, pretendia se emancipar do
estereótipo firmado em cinco aventuras de James Bond[2].
Montand, notório militante de esquerda e, na ocasião, membro do Partido
Comunista Francês, não se associaria a uma produção que estigmatizava
soviéticos e cubanos. A esposa de Montand, Simone Signoret, foi sondada para
viver Nicole Devereaux.
Em Topázio,
Hitchcock faz a costumeira aparição no aeroporto de Washington, em cadeira de rodas,
por volta dos 33 minutos de exibição.
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A aparição de Alfred Hitchcock em Topázio |
Hitchcock tomou o
cuidado de arquivar, em casa, o inédito final alternativo com o duelo entre
Devereaux e Jacques Granville. Descoberto após a morte do diretor, está
atualmente depositado no acervo da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood.
Roteiro: Samuel A. Taylor, com base em novela homônima de
Leon Uris. Direção de fotografia (Technicolor,
Panavision): Jack Hildyard. Música e
direção musical: Maurice Jarre. Desenho
de produção: Henry Bumstead. Figurinos:
Edith Head, Pierre Balmain (Paris). Montagem: William H. Ziegler. Produção associada: Herbert Coleman. Decoração: John P. Austin. Som:
Robert R. Bertrand, Waldon O. Watson. Penteados:
Larry Germain, Nellie Manely. Assistentes
de direção: Douglas Green, James A. Westman. Maquiagem: Bud Westmore, Leonard Engelman. Efeitos fotográficos especiais: Albert
Whitlock. Gerente de produção:
Wallace Worsley Jr., Fred Surin (Paris/não creditado). Supervisão de script: Trudy von Trotha. Assistente de montagem: Jeff Gourson (não creditado). Storyboard: Thomas J. Wright (não
creditado). Operador de câmera: William
Dodds, Bill Johnson (não creditado), Sherman Kunkel (não creditado). Técnicos de iluminação (não creditados):
Doug Mathias, Ronald McLeish. Fotografia
de cena: Pierre Zucca (não creditado). Supervisão
de costumes masculinos: Peter V. Saldutti. Edição musical: Richard Luckey (não creditado). Músico: Ethmer Roten (flauta/não
creditado). Consultoria técnica:
Odette Ferry (sequências francesas), J. P. Mathieu (sequências cubanas). Consultoria de fotografia: Hal Mohr. Assistente para Alfred Hitchcock: Peggy
Robertson. Publicidade: Orin Borsten
(não creditado). Sistema de mixagem de
som: Westrex Recording System. Tempo
de exibição: 127 minutos (lançamento), 143 minutos na versão estendida.
(José
Eugenio Guimarães, 1978; revisão e ampliação em 2010)
[1] Desde 1960, quando declarou que os Estados Unidos
eram "inimigos do mundo" — um antes do rompimento das relações
diplomáticas desse país com Cuba —, o Hotel Theresa é o único de Nova York que
aceitou hospedar Fidel Castro — sempre que o líder revolucionário esteve na
cidade para reuniões na ONU.
[2] Pela ordem de realização: O satânico Dr. No (Dr.
No, 1962), de Terence Young; Moscou contra 007 (From
Russia with love, 1963), de Terence Young; 007 contra Goldfinger (Goldfinger,
1964), de Guy Hamilton; 007 contra a chantagem atômica (Thunderball,
1965), de Terence Young; e Com 007 só se vive duas vezes (You
only live twice, 1967), de Lewis Gilbert.
Hola Eugenio,
ResponderExcluirA pesar de tener en 1970, el National Board of Review a Mejor director, en lo personal, es una de las películas que más insatisfacción me produjeron del maestro Alfred Hichcock. Supongo que la historia narrada no entraba dentro de mis gustos personales y así es difícil que te puedas entusiasmar con una película.
Gran análisis por tu parte y entrando en todo tipo de detalles. Por otra parte siempre es curioso, como el director se reservaba una pequeña aparición en sus películas. Algo que se podría tomar como una curiosidad o como un detalle narcisista del cineasta.
Un gran abrazo.
Olá, Miguel!
ExcluirHitchcock comenzó temprano a hacer apariciones en sus películas. En principio, no tenían mayores pretensiones. A veces, era por motivos económicos o para sustituir a actores que que no aparecían a las filmaciones. Eran, en el más de las veces, simples figuraciones. Con el tiempo, según él cuenta, el público empezó a desviar la atención, esperando que apareciera en otras películas. Para evitar esas distracciones, él resolvió que sería bueno marcar presencia en las demás películas. Bueno ... Esta es la versión que cuenta. Probablemente hay otras explicaciones. Como você, también tengo reparaciones a hacer a la película "Topaz". Como debe haber percibido en la lectura de la apreciación, no está entre mis preferidos. Sin embargo, es una película que tuvo muchos problemas durante la producción, además de la interferencia indebida de un gobierno. Sin olvidar que tuvo el tiempo de visualización reducido en el lanzamiento. Así, a pesar de que la película no es enteramente buena, ella tiene puntos a destacar, algunos momentos de genio - como el asesinato de Juanita. Cuando fue relanzada en DVD, en la versión pretendida por el director, la historia estaba mejor delineada y también tenía más sentido. De mi parte, también tengo reparaciones ideológicas a hacer, principalmente en la forma como retrata a rusos y cubanos. Pero, estábamos en los años 60 y la Guerra Fría ejercía su influencia por el lado de los estereotipos moldeados por Occidente. Es una película que merece muchas reparaciones, pero no dejar de tener sus grandes momentos.
Abrazos, gracias y saludos.
Excelente comentários ,pois assisti esse filme e algumas cenas /interpretações me passaram sem eu perceber .
ResponderExcluirGosteiiiii do filme pois retrata uma época de USA ,quase uma guerra .