domingo, 22 de julho de 2018

JOHN WAYNE ARRUÍNA JOHN HUSTON NO JAPÃO

A década de 50 é paradoxal para John Huston e John Wayne. A partir de A glória de um covarde (The red badge of courage, 1951) a carreira do cineasta oscila. Fez o bem considerado Uma aventura na África (The African Queen, 1951), o equivocado O diabo riu por último (Beat the devil, 1953) e os mal compreendidos, ao menos para a época, Moulin Rouge (Moulin Rouge, 1952), Moby Dick (Moby Dick, 1956) e O céu é testemunha (Heaven knows, Mr. Allison, 1957). Muitos cronistas o consideravam acabado. Por sua vez, John Wayne aproveitou a atmosfera política contaminada pelo macarthismo para se expor publicamente como aguerrido falcão da ultradireita. No ápice da popularidade, descuidou da carreira e emprestou a estampa a um conjunto de realizações de gosto duvidoso que o lançaram no Império Mongol de Genghis Khan ou na seara do mais tosco anticomunismo. Em compensação, estrelou, no período, alguns dos seus melhores filmes: Depois do vendaval (The quiet man, 1952) e Rastros de ódio (The searchers, 1956), dirigidos por John Ford; Um fio de esperança (The high and the mighty, 1954), de William A. Wellman; e Onde começa o inferno (Rio Bravo, 1959), de Howard Hawks. Em meados do quarto final da década, o imponderável uniu os caminhos desses homens de carreiras e posicionamentos ideológicos tão díspares. Encontraram-se no Japão. Com a melhor das intenções, Huston escalou Wayne para fazer Townsend Harris — primeiro diplomata estadunidense no país do Extremo Oriente. O bárbaro e a geisha (The barbarian and the geisha, 1958) trataria acima de tudo do choque cultural. Apesar das filmagens tumultuadas e à beira do desastre, os resultados finais foram satisfatórios na apreciação do diretor. Só não esperava que um poder mais forte se levantasse e, à sua revelia, alterasse calamitosamente o material. John Wayne praticamente tomou o filme para si. Apoiado por executivos da 20th Century-Fox, alterou por completo a cronologia e o foco da história. Por muito pouco Huston não renegou o trabalho. Não o fez em respeito ao produtor e amigo Buddy Adler, incapacitado pelas agruras de um câncer cerebral. Segue apreciação escrita em 1995.





O bárbaro e a geisha

The barbarian and the geisha

Direção:
John Huston
Produção:
Eugene Frenke
20th Century-Fox
EUA — 1958
Elenco:
John Wayne, Eiko Ando, Sam Jaffe, So Yamamura e os não creditados Ryuzo Demura, Kodaya Ichikawa, Tokujiro Iketaniuchi, Fuji Kasai, Takeshi Kumagai, Fuyukichi Maki, Pat Morita, James Robbins, Norman Earl Thomson, Hiroshi Yamato.




John Huston e John Wayne no Japão, quando das filmagens de O bárbaro e a geisha



No lançamento, O bárbaro e geisha[1] mereceu crítica de apenas uma linha da revista Time: “Puxa, três milhões de dólares pelo cano!”[2]. Para John Wayne e John Huston, é o maior fracasso de suas carreiras. O diretor esteve a um passo de renegar a realização reconhecida pelo ator como “Meu grande desastre”[3].


A trajetória cinematográfica de ambos, durante os anos 50, é paradoxal — para dizer o mínimo. Na arena política Wayne perdeu de fato a inocência. Passou a se expor como aguerrido gavião da ultradireita. A vertente estava no apogeu desde a criação, pelo senador Joseph McCarthy, do famigerado Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas (HUAC - House Un-American Activities Committee). Apesar disso, testemunhos unânimes — até de quem lhe era ideologicamente contrário — garantem: o ferrenho anticomunista jamais delatou alguém. Na frente cinematográfica Wayne vivia o auge da popularidade. Ocupou, por anos seguidos, o topo da lista dos astros mais queridos do público. Este fato, aliado à temperatura política, provocaram o descuido da carreira. Estrelou um punhado de filmes de qualidade duvidosa. Em alguns irrompe como o defensor da América diante da “ameaça vermelha”: Estradas do inferno (Jet pilot, 1950), de Josef von Sternberg; Aventura perigosa (Big Jim McLain, 1952), de Edward Ludwig; e Rota sangrenta (Blood alley, 1955), de William A. Wellman. São fiascos completos apesar dos diretores tarimbados. Em outros, ofereceu-se como pau para toda obra: Águas traiçoeiras (Operation Pacific, 1951), de George Waggner; Atalhos do destino (Trouble along the way, 1953), de Michael Curtiz; e A Vênus de carne (I married a woman, 1958), de Hal Kanter, pelo qual teve pequena participação não creditada. O pior é Sangue de bárbaros (The conqueror, 1956), de Dick Powell: com um bigodinho para lá de ridículo, vive o guerreiro mongol Temujin ou Genghis Khan. Parece incrível, pois na mesma década dessas nulidades Wayne protagonizou alguns dos melhores títulos de sua filmografia: Depois do vendaval (The quiet man, 1952), Rastros de ódio (The searchers, 1956), Asas de águia (The wings of eagles, 1957) e Marcha de heróis (The horse soldiers, 1959), dirigidos por John Ford; Caminhos ásperos (Hondo, 1953), de John Farrow; Um fio de esperança (The high and the mighty, 1954), de William A. Wellman; e Onde começa o inferno (Rio Bravo, 1959), de Howard Hawks.


Na década de 50, após dirigir o primoroso O segredo das jóias (The asphalt jungle, 1950), a carreira de John Huston oscilou. A crítica apressada chegou a considerá-lo acabado. Entretanto, faltou tato aos avaliadores para melhor compreender e analisar Moulin Rouge (Moulin Rouge, 1952), Moby Dick (Moby Dick, 1956) e O céu é testemunha (Heaven knows, Mr. Allison, 1957). Certamente, pouco pode ser dito de O diabo riu por último (Beat the devil, 1954) e Raízes do céu (The roots of heaven, 1958) — lamentáveis equívocos somente superados por O bárbaro e a geisha. Quanto a este, entretanto, Huston deve ser desculpado. John Wayne é responsável direto pelo fracasso.


John Wayne como o diplomata Townsend Harris


O bárbaro e a gueixa é o segundo filme de Huston para a 20th Century-Fox. Segue a O céu é testemunha. Acompanha as peripécias do cônsul estadunidense Townsend Harris, primeiro representante estrangeiro no Japão, em 1856. O país oriental, três anos antes, viu-se forçado a romper séculos de isolamento pela esquadra do Comodoro Matthew C. Perry. “Segundo a lenda, Harris se apaixonou pela geisha Okichi”, que cometeu suicídio quando o viu partiu[4].


Charles Grayson — autor da primeira versão do roteiro — e o produtor Eugene Frenke convenceram Huston a embarcar no projeto. Diante da possibilidade de filmar no ainda desconhecido Japão, o cineasta aceitou de pronto. Poderia estreitar relações com cineastas da terra. Admirava Rashomon (Rashomon, 1950), de Akira Kurosawa, e os resultados com a cor obtidos por Teinosuke Kinugasa[5] em O portal do inferno (Jigokumon, 1953). Kinugasa colaborou na realização de O bárbaro e a geisha na função de continuista. As filmagens se deram integralmente no Japão: Quioto, aldeia Kiwani e península de Izu. Huston pretendia como resultado final algo parecido a uma crônica sobre o choque de civilizações.


O bárbaro e a geisha entrou em pré-produção com Huston e Grayson isolados no México para escrever a versão definitiva do roteiro. Faltando três meses para o início das filmagens, com o script por terminar, o diretor viajou ao Japão para conferir o trabalho de Jack Martin Smith e Lyle R. Wheeler na direção de arte. Aproveitaram e pesquisaram locações para as tomadas externas e escolheram a parte nativa do elenco, inclusive a intérprete de Okichi. Huston, preocupado com o retorno nas bilheterias, queria alguém atraente aos padrões ocidentais. Depois de muita busca, inclusive visitas às casas de geishas, encontrou Eiko Ando[6]. Não é japonesa, mas chinesa da Manchúria.


A pequena parte estadunidense do elenco estava previamente garantida. Sam Jaffe — amigo pessoal de Huston, ator em O segredo das jóias — faria Henry Heusken, intérprete da língua japonesa para Townsend Harris. Este ficou com John Wayne. Huston achava que “A (...) estatura imponente” do ator, acrescida da aparência de “pseudo-ingenuidade e arestas de resistência ofereciam um contraste interessante com os japoneses baixinhos e extremamente civilizados; e que a comparação física ajudaria a ressaltar as opiniões e culturas divergentes”[7]. A impressão era correta, até certo ponto.


Eiko Ando, chinesa da Manchúria, faz a geisha Okichi

Okichi (Eiko Ando) e o intérprete Henry Heusken (Sam Jaffe)


Resolvido o problema da atriz, Huston partiu ao encontro de Grayson para concluir o difícil roteiro. Nigel Balchin, James Edward Grant e Alfred Hayes prestaram colaboração sem resultados. A peça estava incompleta quando começaram as filmagens. Enquanto dirigia durante o dia, Huston escrevia à noite as cenas que faltavam[8].


O clima das filmagens foi tenso. Huston e os técnicos japoneses nem sempre se entendiam[9]. John Wayne permaneceu mal-humorado todo o tempo, insatisfeito com as acomodações. Por pouco, um incêndio não causou desastre de grandes proporções. Nas sequências do combate à epidemia de cólera, o barco cenográfico em chamas escapou do controle depois de lançado ao mar. Levado pelo vento, atingiu o ancoradouro onde centenas de naus pesqueiras, algumas movidas à combustão, estavam atracadas. Sobreveio o incêndio. Muitas embarcações se perderam e a aldeia de Ito ficou em risco. A tragédia maior foi evitada. Huston e a equipe enfrentaram, durante bom tempo, a fúria popular. “Houve quem levasse paulada a ponto de cair desacordado (...) — não sei como ninguém morreu”[10]. Segundo declarou, esta foi uma das duas vezes em esteve perto do completo desastre. A outra, motivada por explosivos, aconteceu durante a realização de O céu é testemunha.[11]


Terminadas as filmagens, Huston afirmou que os resultados ficaram bons em termos plástico e dramático[12]. Era uma obra “sensível e equilibrada”[13]. Voltou para Hollywood e entregou à 20th Century-Fox a versão final, praticamente concluída. Como não tinha poderes sobre o corte final, considerou o trabalho encerrado e partiu para a África onde o esperavam para rodar Raízes do céu.


Quando conferiu a montagem definitiva de O bárbaro e a geisha, ficou horrorizado[14]. John Wayne — “homem que não estimo”[15] —, bastante influente na 20th Century-Fox, obteve plenos poderes para uma completa e radical alteração. Praticamente desconsiderou todo o esforço. Ordenou a refilmagem de cenas e sequências inteiras, a inserção de novas falas e a reelaboração completa de diálogos. Para piorar, acrescentou uma “narração hedionda”[16] e alterou a ordem cronológica dos eventos. A história passou a ser contada de trás para frente[17]. Huston só pode desabafar: “...Ficou uma mixórdia completa. (...). Otto Preminger, se estivesse no meu lugar, teria processado. Às vezes bem que gostaria de ser Otto Preminger”[18].


O bárbaro e a geisha “Acabou não prestando, mas não precisava ter ficando tão ruim”[19] — julgou Huston. Buddy Adler — chefe de produção da 20th Century-Fox, amigo e responsável pela ida do cineasta para a companhia — não pôde impedir a total desfiguração do filme. Estava sofrendo com as agruras do câncer cerebral que o mataria. Em respeito a Adler, Huston evitou resolver o problema à moda de Preminger e não ordenou a retirada de seu nome dos créditos[20].


Okichi narra O bárbaro e a geisha pelas memórias que guardou de Townsend Harris. Começa com a chegada do diplomata ao Japão, acompanhado de Henry Heusken. Apesar de recebido com hostilidade pela população de Shimoda e por Tamura (Yamamura), governador da província, Harris se mantém determinado a estabelecer bases no lugar. Tem a posição amparada por tratados. É temido pelos nativos.


 Townsend Harris (John Wayne) e o governador Tamura (So Yamamura)


Tamura oferece péssimas instalações. Proíbe o hasteamento da bandeira dos EUA e recusa imunidade diplomática a Harris. Terá somente o status de “convidado” até o Shogum (Yamato/não creditado) na distante Yedo (atual Tóquio) decidir o que fazer.


Após cinco meses de espera e indiferença, um ato de boa vontade: Harris e Henry são recepcionados pelo governador. Conhecem Okichi, sobrinha do anfitrião. O interesse do diplomata pela jovem é logo percebido. Assim, ela é convencida pelo tio a oferecer as habilidades aos estrangeiros. Na verdade, será espiã. De início, Harris recusa. Muda de ideia ao perceber que a jovem poderá ter alguma utilidade. Estabelece-se uma relação de respeito mútuo. O estadunidense recebe lições sobre atitudes, costumes e da língua do Japão. A ela são ministradas aulas de inglês e hábitos estadunidenses. Secretamente, a geisha se apaixona pelo bárbaro.


Incomodados com a presença estrangeira, os nativos passam do temor à provocação explícita. Apesar da postura do diplomata, Harris reage à moda cowboy quando Henry se torna motivo de zombaria. Já as mulheres hostilizam Okichi, tomando-a por concubina.


 Henry Heusken (Sam Jaffe), Townsend Harris (John Wayne) e Okichi (Eiko Ando)


As contradições se acirram com a chegada de navio ocidental. Kimura tenta, à força de canhões, impedir a aproximação da embarcação. Porém, Harris se adianta — como se fosse cônsul reconhecido — para saudar os recém-chegados. Recebe do capitão Edmunds (Thomson/não creditado) a notícia de cólera a bordo. É tarde. Marinheiros infectados escapam à vigilância, lançam-se ao mar e chegam a terra. A doença é disseminada como incontrolável epidemia. Japoneses falecem aos montes. Sentindo-se responsável, Harris se entrega incansável ao combate da resistente moléstia. Toma a decisão radical de incendiar habitações, utensílios e cadáveres — uma profanação aos olhos da população. Diante dos fatos, é posto em prisão domiciliar por Kimura, até a chegada de embarcação que o retirará definitivamente do Japão.


Townsend Harris (John Wayne)


Entretanto, os métodos de Harris se revelaram mais eficazes que a mística profilaxia japonesa. O surto de cólera é debelado. Estava pronto para retornar aos EUA quando recebe inesperada homenagem da população agradecida. O próprio governador se apresenta como devedor. Daí em diante tudo fica mais fácil. A viagem a Yedo é apressada. O diplomata chega à capital escoltado por comitiva extensa e festiva, com a bandeira dos EUA desfraldada e conduzida à frente por solícitos japoneses.


Recebido na corte, é sabatinado sobre os reais interesses dos EUA. A decisão final depende dos votos de ministros e conselheiros do Shogum. A facção contrária não titubeia em apelar para a violência. Pretende impedir qualquer abertura da Terra do Sol Nascente ao exterior. Um dos ministros (Kumegai/não creditado) favoráveis é morto. Apesar disso, os esforços de Harris são reconhecidos. No entanto, por força da tradição e de sua gente, Kimura — pessoalmente simpático às pretensões estadunidenses — é forçado a eliminar o estrangeiro. Devido aos laços de sangue, Okichi é obrigada a colaborar com o atentado. O próprio governador se oferece para a missão fatal. Mas é confundido pela sobrinha e fracassa. Sentindo-se desonrado, pune-se com o harakiri. Okichi, atingida pela vergonha e culpa, desaparece. O filme termina com a glorificação pública do cônsul enfim legitimado, observado de longe pela geisha.


Townsend Harris (John Wayne), Okichi (Eiko Ando) e Henry Heusken (Sam Jaffe) chegam à corte em Yedo


Quanto à narração de Okichi, qualquer versão de O bárbaro e a geisha — dublada ou legendada — deixa Huston coberto de razão: é falsa. O texto é pronunciado com um distanciamento que denota impessoalidade, desinteresse e falta de consistência. As alterações ordenadas por Wayne comprometem a unidade da obra. Algumas passagens estão claramente desconectadas. A montagem une, no mesmo bloco narrativo, tomadas ordenadas por Huston com partes refeitas à sua revelia — o que transforma o conjunto em estranha miscelânea. Por isso, a estrutura de O bárbaro e a geisha é primária. Atinge nível próximo do amadorístico. O encadeamento de planos, cenas e sequências é mal amarrado. O melhor exemplo disso envolve a tentativa de assassinato de Harris. John Wayne, na pele do diplomata, é ótimo cowboy formalmente trajado. Percebe-se que seu personagem sofreu com as alterações radicais por ele mesmo exigidas. Da parte do cético Huston — também um pouco cínico e niilista — jamais brotaria personagem tão presunçoso como o Townsend Harris dado ao conhecimento do espectador. Assim, soa infantil o esforço estadunidense, comunicado pelo personagem, de “Conduzir o Japão ao lugar que lhe é de justo direito na comunidade das nações”. É tão ingênuo que desmorona por si. Ou Townsend Harris acredita de fato que sua missão é tão somente um justo e necessário ato de boa vontade — sem outros interesses mais pragmáticos envolvidos — em prol da aproximação de povos tão diferentes? Chega a ser risivelmente patético o discurso que endereça ao Imperador e nobres sobre os mais elevados valores estadunidenses: liberdade, individualismo e progresso. Isto apesar da escravidão ainda presente na terra do Tio Sam — como é obrigado a reconhecer com o semblante grave, carregado e pouco sincero.


Okichi (Eiko Ando) e Townsend Harris (John Wayne)

  
E que tal esta? Harris ensina a Okichi truques mágicos com a moeda de um dólar, inclusive a pronúncia correta do nome da unidade monetária estadunidense. Fascinada, repete “dólar” sem dificuldade. Harris acrescenta: “Parece que essa é uma palavra que todos entendem fácil”. Está certo! Porém, não naquela época — com os EUA ainda distantes da condição de potência mundial.


A pretensão inicial de fazer do choque cultural o centro da história não se perdeu. No entanto, ficou diluída. Assim, quando vem à baila, o tema assume ares ocasionais ou é reduzido ao dado meramente instrumental. Desse modo, quando o individualismo e a convicção de Harris se confrontam com a estrutura comunal e hierárquica dos japoneses, a coisa fica mal parada, reduzida à simples abstração. Por causa da sabotagem sofrida pelo filme, fala essencial de Kimura se torna apenas trecho de diálogo, desprovido de maior importância, quando tinha, originalmente, maiores significados: “No Japão, Senhor Harris, não pertencemos a nós mesmos, mas às nossas famílias”.



  
Roteiro: Charles Grayson, Nigel Balchin (não creditado) James Edward Grant (não creditado), Alfred Hayes (não creditado), com base em história de Ellis Saint Joseph. Direção de fotografia (Cinemascope, Color DeLuxe): Charles G. Clarke. Decoração: Walter M. Scott, Don B. Greenwood. Música: Hugo Friedhofer. Direção de arte: Lyle R. Wheeler, Jack Martin Smith. Planejamento executivo do guarda-roupa: Charles LeMaire. Maquiagem: Webb Overlander, Bem Nye (não creditado), Haruhiko Yamada (não creditado). Assistentes de direção: Joseph E. Rickards, Joseph E. Markarof (não creditado). Som: W. D. Flick, Warren B. Delaplain. Lentes de Cinemascope: Bausch & Lomb. Supervisão de script: Teinosuke Kinugasa, Angela Allen (não creditada). Consultor de diálogos: Minoru Inuzuka. Supervisão técnica: Mitsuo Hirotsu. Consultor técnico de arte: Kisaku Itoh. Consultoria técnica japonesa: Kampo Yoshikawa. Assistente para o produtor: Paul Nakaoka. Montagem: Stuart Gilmore. Dublê: Chuck Roberson (não creditado). Produção executiva: Darryl F. Zanuck (não creditado). Consultor de cor: Leonard Doss (não creditado). Penteados: Helen Turpin (não creditada). Gerente de unidade: William Eckhardt (não creditado). Segundos assistentes de direção (não creditado): Joseph Lenzi, Mike Salamunovich. Contrarregra: Don B. Greenwood (não creditado). Assistente do departamento de arte: Tatsumi Toda (não creditado). Gravação de som: William Buffinger (não creditado). Supervisão de som: Carlton W. Faulkner (não creditado). Edição de som: Walter Rossi (não creditado). Assistentes de câmera (não creditados): Walter Fitchman, Arthur Gerstle, Scotty McEwin. Operadores de câmera (não creditados): Til Gabani, Paul Vogel. Eletricista-chefe: William Huffman (não creditado). Fotografia especial: Bob Landry (não creditado). Fotografia de cena: Hiroshi Mori (não creditado). Eletricista: Charles Wise (não creditado). Direção de guarda-roupa: Ed Wynigear (não creditado). Supervisão da edição musical: George Adams (não creditado). Direção musical: Lionel Newman (não creditado). Publicidade: John Campbell (não creditado). Consultor técnico: Ken Ishii (não creditado). Intérpretes (não creditados): Tony Kuroda, Joe Shinomiya. Direção de diálogos: Burt Steiner (não creditado/refilmagens). Laboratório de cor: DeLuxe Laboratories. Sistema de mixagem de som: Stereo em 4 pistas pela Westrex Recording System. Tempo de exibição: 105 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1995)



[1] Originalmente, teria por título The Townsend Harris story. A 20th. Century-Fox preferiu renomeá-lo para The barbarian and the geisha com as filmagens em andamento. Huston, informado da mudança pelos jornais, não gostou. Cf. HUSTON, John. Um livro aberto. Porto Alegre: L&PM, 1987. p. 300.
[2] Cf. BARBOUR, Alan G. John Wayne, Suplemento de Fatos e Fotos Gente. p. 10. Sem informações sobre as restantes informações bibliográficas.
[3] PEREIRA, Edmar. John Wayne: seus trinta maiores filmes. Jornal da Tarde. São Paulo, 16 jun. 1979. p. 7.
[4] HUSTON, John. Op. cit. p. 298.
[5] Ibidem.
[6] Ibidem. p. 200 e 300.
[7] Ibidem. p. 300.
[8] Ibidem.
[9] Apesar disso, Huston se tornou amigo do compositor japonês Toshiro Mayuzumi. Compôs as trilhas musicais de A Bíblia ... no princípio (The Bible: in the beginning..., 1966) e Os pecados de todos nós (Reflections on a golden eye, 1968), realizações do diretor.
[10] HUSTON, John. Op. cit. p. p. 301.
[11] Ibidem. p. 294.
[12] BENAYOUN, Robert. John Huston. In Lherminier, Pierre (dir.). Cinéma d’aujord’hui. Paris: Seghers, n. 44, p. 87, 1966.
[13] HUSTON, John. Op. cit. p. 301.
[14] Ibidem. p. 302.
[15] “Un homme que je n’estime pas”. Cf. BENAYOUN, Robert. Op. cit. p. 87.
[16] HUSTON, John. Op. cit. p. 302.
[17] Ibidem.
[18] Ibidem. p. 302 e 380.
[19] Ibidem. p. 301.
[20] Ibidem. p. 302.