domingo, 24 de agosto de 2014

O FÃ DELIRANTE E VAMPIRO DO SONHO AMERICANO

O projeto, abandonado por Milos Forman e Michael Cimino, terminou nas mãos de Martin Scorsese. Este não desperdiçou a oportunidade. Transformou O rei da comédia (The king of comedy, 1982) em uma de suas melhores realizações. Trata-se de cruel, amarga, irônica e bem humorada radiografia da sociedade estadunidense. Robert De Niro brilha como Rupert Pupkin. Anônimo num meio que celebra a exposição e o culto desmedido aos ídolos do consumo fabricados pela televisão, tenta escalar o sucesso a qualquer preço. Qual vampiro carente por fama e atenção, assedia o famoso apresentador Jerry Langford, papel dramático defendido com garra por um Jerry Lewis jamais visto. Para Martin Scorsese, infelizmente, O rei da comédia fracassou nas bilheterias. Vai ver, boa parte do público não gostou de ver a própria imagem refletida no espelho de Rupert Pupkin. A apreciação a seguir é de 1984.







O rei da comédia
The king of comedy

Direção:
Martin Scorsese
Produção:
Arnon Milchan
Embassy International Pictures, 20th. Century Fox
EUA — 1982
Elenco:
Robert De Niro, Jerry Lewis, Diahnne Abbott, Sandra Bernhard, Shelley Hack, Catherine Scorsese, Tony Randall, Charles Scorsese, Mardik Martin, Martin Scorsese, Ed Herlihy, Lou Brown, Loretta Tupper, Peter Potulski, Vinnie Gonzales, Whitney Ryan, Doc Lawless, Marta Heflin, Katherine Wallach, Charles Kaleina, Richard Baratz, Cathy Scorsese, Fred de Cordova, Chuck L. Low, Liza Minnelli, Leslie Levinson, Alan Potashinck, Michael Kolba, Robert Colston, Ramon Rodriguez, Chuck Coop, Sel Vitella, Margo Winkler, Tony Boschetti, Shelley Hack, Mick Jones, Joe Strummer, Paul Simonon, Kosmo Vinyl, Ellen Foley, Pearl Harbour, Gaby Salter, Jerry Baster-Worman, Dom Letts, Jay Julien, Richard Daguardi, Matt Russo, Thelma Lee, Joyce Brothers, George Kapp, Victor Borge, Ralph Monaco, Rob-Jamere Wess, Kim Chan, Audrey Dummett, June Prud'Homme, Frederick De Cordova, Edgar J. Scherick, Thomas M. Tolan, Ray Dittrich, Richard Dioguardi, Harry J. Ufland, Scotty Bloch, Jim Lyness, Bill Minkin, Diane Rachell, Dennis Mulligan, Tony Devon, Peter Fain, Michael F. Stodden, Gerard Murphy, Jimmy Raitt, vozes de Bill Jorgensen, Marvin Scott, Chuck Stevens, William Litauer, Jeff David e os não creditados Allan Baker, Mary Elizabeth Mastrantonio, Mike Tremont.


Martin Scorsese, Jerry Lewis e Robert De Niro


O rei da comédia abriu o Festival de Cannes de 1983. É a quinta associação de Martin Scorsese com Robert De Niro. Estiveram juntos em Caminhos perigosos (Mean streets, 1973); Motorista de táxi (Taxi driver, 1976); New York, New York (New York, New York, 1977); e O touro indomável (Ranging bull, 1980).


É uma das melhores realizações do diretor. Este assumiu a empreitada após seguidas desistências de Milos Forman e Michael Cimino. Não sei... Talvez esteja equivocado — assim, perdoem-me os fãs mais empedernidos —, mas tive a sensação de que supera o premiado Taxi driver e perde apenas para O touro indomável (Raging Bull, 1980) na filmografia de Scorsese. O rei da comédia é amarga, irônica e corrosiva radiografia da sociedade estadunidense. Não é mera realização de humor, como o título e a presença de Jerry Lewis — chamado pelos franceses de Le roi de la comédie — podem dar a entender.


Scorsese serve-se do roteiro enxuto e preciso de Paul Zimmerman para mergulhar fundo numa das mais caras obsessões estadunidenses: a relação vital, de amor e ódio, entre o ídolo e a razão de sua existência — o fã. Jerry Langford (Lewis) é titular de um dos mais aclamados programas da televisão dos EUA, transmitido diariamente, coast to coast, desde Nova York. Reconhecido pela elegância e humor demonstrados no vídeo é, por isso mesmo, motivo de permanente assédio. Milhares de espectadores desejam, de algum modo, participar do seu mundo. Sitiam-no diariamente à saída da emissora que transmite o The Jerry Langford Show[1]. Para vê-lo simplesmente, conseguir algum souvenir — pertences, pedaços de roupa ou fios de cabelo — ou descolar autógrafos, reúnem-se admiradores inofensivos, desesperados por palavras de conforto e os mais perigosos e obsessivos fãs. Entre estes estão a rica, solitária, histérica e sexualmente carente Marsha (Bernhard)  louca por uma noite de amor com Jerry  e Rupert Pupkin (De Niro)  ansioso por chance de aparecer na televisão e provar o talento que imagina ter.


Masha (Sandra Bernhard) à espreita


Marsha quer o corpo físico de Langford. Pupkin pretende deslanchar na carreira de comediante e superar o incômodo anonimato. Anseia confirmar a máxima de Andy Wahrol: “No futuro, todos serão famosos por 15 minutos”. É o tempo de que necessita na primeira chance diante das telecâmeras. Conhece todos os detalhes da vida de Jerry Langford. Espera igualar-se a ele ou até superá-lo. Pupkin é a razão do título do filme. Ele — não o personagem de Lewis — é o “rei da comédia”. Assim deseja ser conhecido.


Jerry Lewis como o assediado Jerry Langford


Rupert Pupkin carrega na ênfase ao pronunciar o nome. Luta de todas as maneiras para se fazer notar. Veste roupas de cores chamativas e destila conversa verborrágica, típica de megalômanos e mitômanos. Não tem consciência de que é um obcecado. Aos 34 anos é um solitário afundado em carências.


O fã Rupert Pupkin (Robert De Niro) e sua vítima, Jerry Langford (Jerry Lewis)


Jerry Langford é o primeiro papel dramático de Jerry Lewis em mais de 30 anos de carreira[2]. Um trapalhão mandando brasa (Hardly working, 1981) e As loucuras de Jerry Lewis (Smorgasbord, 1983), últimos filmes que simultaneamente estrelou e dirigiu, fracassaram junto ao público e à crítica. O ator-realizador perdia gás desde Uma família fuleira (The family jewels, 1965). Em 1966 estrelou para Gordon Douglas o nada engraçado Um biruta em órbita (Way... way out) ao lado da felliniana Anita Ekberg. O público estadunidense sempre o teve na conta de palhaço. Nunca lhe dispensou maiores atenções. Jamais compreendeu a “estranha e exagerada” reverência conquistada pelo comediante junto aos franceses, graças aos quais o mito Jerry Lewis foi construído. Ele sempre soube disso. Tanto que, agradecido, realizou e estrelou em Paris, no auge da decadência, o nunca distribuído O dia em que o palhaço chorou (The day the clown cried, 1972).


Os fãs não sabem, mas Jerry Langford tem duas faces. A imagem privada destoa totalmente da efígie pública. O apresentador sorridente, simpático e acessível da TV e rua é carrancudo e solitário no recesso do lar. Pupkin percebe essa contradição em raro e rápido instante de lucidez.


Àqueles habituados aos personagens tão atrapalhadamente cômicos de Lewis estranham vê-lo como alguém tão soturno. Langford confirma: a aparência nada revela. Comprova o ditado “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. É mito construído pela TV, símbolo da sociedade de consumo. Propaga imagem de sucesso na roupagem de produto posto à venda. Supostamente, como reza a publicidade, está ao alcance de qualquer um. A mensagem é claramente ambígua: todos podem ser ou ter Jerry Langford. Qualquer um pode levá-lo para casa em autógrafos, tomar-lhe pertences transformados em lembranças ou  de modo mais civilizado  consumi-lo no grande supermercado que é a televisão. Mas os mais afoitos como Marsha e Pupkin ultrapassam os limites do permitido. Ambos são riscos à máxima de que “o show deve continuar”.


A solidão e amargura extravasadas por Langford na vida real revelam, de certo modo, um pouco de lucidez num universo onde tudo é alienação, ilusão, confusão, falsidade e aparência. Por trás do semblante fechado, mas sincero, abriga-se alguém ciente do potencial desumanizador da máquina televisiva e da sociedade em que vive. Seu jeito verdadeiro de ser funciona como barreira protetora contra os fantoches gerados pelo vídeo — gente que odeia, que tudo faz para tomá-lo como elixir de todos os males e até o confunde com guloseima atirada aos animais do zoológico.


O rei da comédia compara o fã ao vampiro. Isso fica claro logo nas cenas iniciais, noturnas, com os aficionados à espreita do ídolo. Os principais personagens da história são aí revelados. Jerry sai do estúdio, vence a multidão histérica e entra no carro. No interior do veículo é literalmente emboscado por Marsha. A confusão gerada favorece Rupert. Vê aí a grande chance de contatar Jerry pessoalmente. Não perde tempo. Passa por segurança e o ajuda a se livrar da louca e assanhada colega. Tão logo ela é afastada, entra no carro com o apresentador. Gruda-se a ele. Sem jeito para expulsá-lo, Langford é obrigado a dispensar atenção à interminável ladainha do intruso.


Robert De Niro como Rupert Pupkin



Pupkin não teme parecer insistente e ridículo. Tais palavras têm significados desconhecidos para ele. Langford, sem disposição para conversa, responde afirmativamente a tudo o que ouve. Deseja apenas se livrar do incômodo. Recomenda ao fã a produção do The Jerry Langford Show para entrevista de aferição de talento. Talvez tenha chances — diz ao insistente Pupkin. Não sabe que abriu as portas à infestação de um autêntico carrapato.


Daí em diante Rupert Pupkin dá asas à imaginação. Torna-se puro devaneio. Perde de vista a linha divisória entre fantasia e realidade. Vê-se como showman famoso, almoçando com Jerry, substituindo-o, contraindo núpcias ao vivo e para todo o país no programa de Langford. A noiva é Rita (Abbot), atendente de bar, outrora sua colega de escola. Quem os casa, durante o delírio  sem esquecer de interromper a cerimônia para os comerciais antes do momento culminante  é o diretor da instituição em que estudaram, investido no cargo de juiz de paz.


Rupert logo procura Rita. Acredita estar a um passo da fama. Pode, portanto, resolver problemas afetivos de outra ordem. Convida a moça para sair, com o claro objetivo de estabelecer namoro. Presenteia-a com o próprio autógrafo. Comunica que a assinatura terá, em breve, apreciável valor.


No palco improvisado de seu quarto, Rupert Pupkin (Robert De Niro) delira com a fama


A casa de Pupkin é outro delírio. Não é mostrada por inteiro. São visíveis apenas os seus aposentos privados. Assemelham-se a um templo reservado ao culto da tietagem. As paredes revelam imagens de gente famosa e uma miniatura de auditório frente à enorme fotografia de uma plateia. Percebe-se também um miniestúdio de gravação para registro de performances. Sabe-se que é a casa de Pupkin porque ele é, vez ou outra, chamado à realidade pela voz da mãe[3] que nunca aparece.


Ambição e delírio: Rupert Pupkin (Robert De Niro)

  
No dia seguinte ao encontro, Pupkin começa o cerco a Langford. Comparece à produção do espetáculo. Pede para ser anunciado como integrante do staff. Afirma ser grande e íntimo amigo do apresentador. Mas percebe rapidamente que algo não vai bem. A recepcionista convoca a secretária Cathy Long (Hack). Sem conseguir despachar Pupkin, pede-lhe, como último recurso, fita gravada com a prova do talento. Ele não demora a voltar com a encomenda. Deseja resposta de pronto. E mais: quer falar com Jerry. Não aceita o argumento da ausência do apresentador; sequer se conforma com a quantidade de dias necessários à apreciação da fita. Monta plantão na recepção, à espera do ídolo. É expulso pela segurança. Na rua encontra Marsha, que o informa da presença de Langford no prédio. Inconformado, invade o conjunto sem a menor cerimônia. Segue-se uma sequência de movimentação frenética, exemplarmente filmada, com Pupkin entrando e saindo de salas, acompanhado por câmera atenta e célere. Não demora a voltar ao olho da rua.


Delirando cada vez mais, Pupkin acredita num complô orquestrado contra ele e a amizade que julga ter com Langford. Imagina-se convidado para um fim de semana na casa de campo do apresentador. Daí à realidade basta um pulo. Chega ao local acompanhado de Rita. Com sua lábia convence a criadagem estupefata. Instala-se. Toma posse do lugar, literalmente. Jerry chega com expressão de poucos amigos. Expulsa os indesejáveis, para suprema vergonha de Rita. Ela, enganada por Pupkin, acreditava na amizade de ambos. O fã não se entrega. Lança um ultimato: será 50 vezes mais famoso que Langford.


Os próximos movimentos são radicais. Pupkin e Marsha, unidos, sequestram o apresentador. O preço da libertação é a participação de Pupkin no programa, com a exigência de ser apresentado como “O rei”. Acuada, a produção aceita, mas chama o FBI. Pupkin recebe voz de prisão nos bastidores. Mesmo assim, vai ao ar. Tem assegurados os 15 minutos de fama. Faz humor com a história de sua vida. Marsha, na guarda a Jerry, planeja a tão esperada noite de amor com o apresentador. Mas este aproveita um descuido para fugir, após desferir inesperado soco à moça. Desesperada, ela parte em perseguição, rua afora, em trajes sumários. Pupkin tem melhor sorte. Sua surpreendente aparição no The Jerry Langford Show, seguida da prisão, transforma-o em inesperado sucesso, bem ao gosto da mentalidade média estadunidense. É condenado a seis anos de reclusão. Aproveita a ocasião para escrever autobiografia campeã de vendas e transformada em roteiro de Hollywood. Libertado, assina contrato para apresentar programa exclusivo. Agora é um mito americano. Chegou lá. É o que basta às multidões anestesiadas, legitimadoras do sistema. Não importam as qualidades artísticas do novo apresentador. Ninguém quer saber se é idiota ou gênio. O que conta é sua perseverança, audácia e triunfo. Fez jus ao título de rei. Deixou de ser pobre coitado. Venceu o anonimato, galgou os degraus da fama.


Jerry Langford (Jerry Lewis) diante do desesperado poder da fã


Aparentemente Scorsese não faz juízos morais sobre Pupkin. Deixa isso para o público. Foi muito criticado pela opção. Entretanto, podem ser consideradas do diretor as palavras do Capitão Burke (Daguardi) do FBI, responsável pela prisão de Pupkin: deveriam prender o autor das piadas que esse sujeito apresentou diante das câmeras.


As plateias estadunidenses ficaram mudas diante de O rei da comédia. Não gostaram nada do que viram. Resultado: fracasso nas bilheterias.


Masha (Sandra Bernhard) e Rupert Pupkin (Robert De Niro)


De Niro se supera como Pupkin. Jerry Lewis não deixa por menos. Conhecedor dos tempos e do ritmo da comédia, contribuiu sobremaneira ao perfeito andamento da realização.


Scorcese aparece em ponta como diretor do The Jerry Langford Show. Tony Randall tem participação especial como ele mesmo.


Os técnicos preparam a tomada enquanto Martin Scorsese orienta Robert De Niro e Sandra Bernhard, intérpretes respectivos de Rupert Pupkin e Masha


Roteiro: Paul D. Zimmerman. Produção associada: Robert F. Colesberry. Produção executiva: Robert Greenhut. Direção de fotografia: Fred Schuler. Montagem: Thelma Schoonmaker. Produção de elenco: Cis Corman. Desenho de produção: Boris Leven. Direção de arte: Lawrence Miller, Edward Pisoni. Decoração: George DeTitta Sr., Daniel Robert. Figurinos: Richard Bruno. Maquiagem: Philip Goldblatt. Penteados: Lyndell Quiyou. Assistente de maquiagem: Jay Cannistraci (não creditado). Gerente de produção: Robert F. Colesberry. Supervisão de pós-produção: Barbara De Fina. Assistente de gerente de unidade de produção: Thomas A. Razzano. Supervisão de produção: Thelma Schoonmaker. Gerente de unidade de produção: Ezra Swerdlow. Segundo assistente de direção: Lewis Gould. Primeiro assistente de direção: Scott Maitland. Estagiário do Directors Guild of America: Jerry Olinick. Contrarregra: Bill Bishop, Jimmy Raitt. Arte cênica: Edward Garzero. Carpintaria: Carlos Quiles Sr. Camareiro: David Weinman. Máquinas de construções: Joe Williams Sr. Pintura: Richard Shelton (não creditado). Edição de som: Rebecca Einfeld, Gary S. Gerlich, Victoria Martin, Bill Wylie. Mixagem da regravação de som: Tom Fleischman, Dick Vorisek. Operador de microfones: Vito L. Ilardi. Mixagem de som: Les Lazarowitz. Supervisão da edição de som: Frank E. Warner. Ruídos de sala: Ken Dufva (não creditado). Gravação de som: Bob Olari (não creditado), Gary Parker (não creditado), Philip Rogers (não creditado). Segundo assistente de câmera: Ricki Ellen Brooke. Primeiro assistente de câmera: Sandy Brooke, Gábor Kövér (não creditado). Operadores de steadicam: Garrett Brown, Ted Churchill. Maquinistas: Norman Buck. Assistentes de câmera: James Fitzpatrick, Deane Helms. Operador de câmera: Dick Mingalone. Fotografia de cena: Lorey Sebastian. Eletricista-chefe: William Ward. Operador de gravação em vídeo: Dennis Degan (não creditado). Assistente de produção de elenco: Jack De Palma. Produção de elenco-extra: Sylvia Fay. Supervisão de figurinos: William Loger. Assistente de figurinos: Mary Ellen Winston. Montagem do negativo: Donah Bassett. Segundo assistente de montagem: Louis Bertini. Primeiro assistente de montagem: Richard Candib. Aprendizes de montagem: Mary Hickey, Susan Lazarus. Coordenação da pós-produção: Holly Huckins. Correção de cor: Robert Raring. Consultoria musical: Mark Del Costello. Produção musical: Robbie Robertson. Capitão de transportes: Harold McEvoy. Assistentes de produção: Jourdan Arenson, Michael Dulin, Peter Grossman, Harry Litman, Randee Post, Sylvia Reed, Susan Rollins, Gil Rossellini-Dasgupta, Bill Scheffer, Laurie Spring, Todd Thaler, Jennifer Wyckoff. Publicidade: Marion Billings. Auditoria: Dominique Bruballa, Valerie Sancoff. Assistente do escritório de coordenação da produção: Sarah Carson. Controladoria: William Goldberg. Continuidade: Roberta O. Hodes, Sheila Paige, Hannah Scheel. Coordenação do escritório de produção: Shelley Houis. Consultoria de vídeo: Loretta Lorden. Planejamento de créditos: Dan Perri. Assistentes para Robert De Niro: Alan Potashnick. Assistentes para Robert Greenhut: Helen Robin, Shawn Slovo. Coordenação de locações: Amy Sayres. Assistente para Martin Scorsese: Deborah Schindler. Filme dedicado a: Dan Johnson. Câmera e equipamentos relacionados: ARRI/Camera Service Center. Agência de extras: Sylvia Fay/Lee Genick & Associates Casting. Tempo de exibição: 109 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1984)



[1] Paul Zimmerman inspirou a criação do roteiro no Tonight Show, apresentado por John Carson e transmitido para todo o país. Carson foi convidado a fazer o personagem Jerry Langford. Recusou, mas pôs à disposição de Scorsese todo o aparato do programa.
[2] A primeira aparição cinematográfica de Jerry Lewis foi em Amiga da onça (My friend Irma, 1949), de George Marshall. O primeiro filme que dirigiu é de 1960: O mensageiro trapalhão (The bellboy).
[3] Voz de Catherine Scorsese, mãe do diretor.