Em parceria com A. I. Bezzerides, o diretor Nicholas Ray
extraiu de Mad with much heart, novela inglesa de George Butler, o roteiro
do tão poderoso quanto injustamente menosprezado Cinzas que queimam (On
dangerous ground). Realizado em 1949, foi inexplicavelmente arquivado
pela companhia produtora durante dois anos. Aparentemente, a RKO Radio — à
época presidida pelo maníaco Howard Hughes — não sabia o que fazer com o
material. É uma narrativa concisa, ágil e dinâmica. Expõe ao longo de 82
minutos uma poderosa história de redenção. Começa com a aparência de filme noir e se reordena para um drama de
purgação de almas sofridas, expiação de culpas e recomposição moral. Termina no
terreno do melodrama romântico, porém de tonalidades adultas e apartadas de ranços
sentimentalistas. Pode-se lamentar a alteração do epílogo a que Nicholas Ray
foi obrigado por ordem da produção. Felizmente, apesar de suavizar o realismo pretendido,
Cinzas
que queimam não foi prejudicado em suas intenções. Ainda assim, por
causa da indevida intromissão, o título amargou injusta subestima da parte do
realizador. No entanto, é um dos mais fortes títulos de sua filmografia. As atmosféricas
imagens em preto e branco conseguidas pela direção de fotografia de George E.
Diskant estão entre as melhores que conheço. Em paralelo, há a minimamente
brilhante e enérgica trilha musical de Bernard Herrmann; provavelmente a melhor
peça cinematográfica do compositor. Apoiado pelas perfeitas atuações de Ida
Lupino, Ward Bond e Sumner Williams, Robert Ryan domina o filme de ponta a
ponta, sem a necessidade de muito esforço. Sua interpretação para o obscuro detetive
Jim Wilson é prova suficiente de que é um dos atores mais necessitados do justo
reconhecimento. Transmite sempre a sensação de estar em seu natural nos
momentos de contenção e ação. Revela com convicção aquilo que é exigido pelo
papel, em acordo com as circunstâncias. Segue apreciação firmada em 1980.
Cinzas que queimam
On dangerous ground
Direção:
Nicholas Ray, Ida Lupino (não
creditada)
Produção:
John Houseman
RKO Radio Pictures
EUA — 1949
Elenco:
Robert Ryan, Ida Lupino, Ed Begley,
Ward Bond, Charles Kemper, Anthony Ross, Ian Wolfe, Sumner Williams, Gus
Schilling, Frank Ferguson, Cleo Moore, Olive Carey, Richard Irving, Pat Prest e
os não creditados Billy Hammond, Eugene Persson, Tommy Gosser, Ronnie Garner,
Dee Garner, Harry Joel Weiss, Ruth Lee, Kate Drain Lawson, Eddie Borden, Esther
Zeitlin, William Challee, Stephen Roberts, Budd Fine, Mike Lally, Don Dillaway,
Al Murphy, Art Dupuis, Frank Arnold, Homer Dickenson, Ken Terrell, William J.
O'Brien, Nita Talbot, Joe Devlin, Jim Drum, A. I. Bezzerides, Tracey Roberts,
Vera Stokes, Nestor Paiva, Leslie Bennett, Jimmy Conlin, Joan Taylor, Roy
Alexander, Vince Barnett, Ted Birdsill, Vernon Birdsill, John Breen, Bud Cokes,
G. Pat Collins, Mary Dyger, Clint Hardenbrook, Al Hodgson, Francis Jenkins, Jay
Jenkins, Eddie Linke, Bill Thompson, Arthur Tovey, Andy Vaughan, Don Yager.
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Diante de Robert Ryan, o diretor Nicholas Ray orienta Ida Lupino durante as filmagens de Cinzas que queimam |
Cinzas que
queimam integra o grupo dos pequenos grandes filmes
menosprezados. O próprio Nicholas Ray o subestimava. Considerava-o um fracasso.
Não sei se essa avaliação do cineasta mudou com o tempo. Ao longo de dinâmicos
e concisos 82 minutos, o espectador é literalmente envolvido por um dos
melhores contos morais sobre os traumas da desumanização. Quando começa, o
protagonista Jim Wilson — um dos melhores desempenhos de Robert Ryan;
paradoxalmente, um papel que pouco lhe exigiu — amarga o inferno da existência.
Dessa estação, parece, não há possibilidades de retorno. Só lhe resta a
conformação enquanto afunda cada vez mais, com o próprio esforço, na sujeira do
trabalho de investigador policial habituado às mazelas e contradições do
submundo. Entretanto, uma janela se abrirá. A narrativa, de início, aponta para
um dos mais duros e escuros filmes noir.
À medida que se desenrola, escapa às tramas do trágico fatalismo — tão
característico do gênero — e adianta a possibilidade de redenção. O
encerramento, logo se percebe, não é o pretendido pelo diretor. A RKO Radio,
depois de atrasar a distribuição por dois anos, ordenou epílogo mais otimista, em
tom menor e com saída romântica. Ray, certamente, repudiou a tramoia. Mas pouco
pôde fazer na categoria de diretor contratado.
Dos males o menor:
apesar de abominável, a intromissão da companhia produtora não estragou Cinzas
que queimam. Evidentemente, contribuiu para subestimá-lo no afã de
humanizar, pelo lado mais óbvio, o personagem interpretado por Robert Ryan —
além do que fizera inicialmente Nicholas Ray, sem comprometer a dureza do
realismo.
Não fossem as
qualidades narrativas e a atuação de Ryan, outros motivos de ordem
cinematográfica valorizam a realização. A atmosférica direção de fotografia em
preto e branco de George E. Diskant é uma delas. As duas frentes narrativas são
finamente demarcadas pela oposição entre o clima soturno da cidade — antro de
perdição aos desprovidos de válvulas de escape — e o aspecto diáfano do campo —
o reino da natureza aberto às elaborações e reparações. A transição entre esses
espaços é inclusive fixada por uma sensação de alívio na respiração do
espectador, também percebida no duro semblante de Jim Wilson ao volante do
carro. As imagens de Cinzas que queimam estão entre as
melhores de todo o cinema.
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Robert Ryan como o detetive Jim Wilson |
Em paralelo às
qualidades fotográficas há a minimamente brilhante e enérgica trilha musical de
Bernard Herrmann; provavelmente, o melhor momento do compositor. Ouve-se, logo
na abertura, a vibração dos instrumentos de sopro na execução de um tema de
caçada. Antecipa o assunto englobado pelo título e a entrada em cena de Wilson
— um predador do submundo na melhor acepção do termo, plenamente conformado à condição
de associado ao ambiente vital de criminosos de todos os tipos. Porém, como o
filme também trata de redenção, os tensos acordes iniciais cedem vez à terna e
bela melodia das cordas de Virginia Majewski. Ela executa o tema de Mary Malden
(Lupino), personagem essencial à recomposição do detetive. A delicadeza da música
funciona como manto apaziguador de almas feridas.
Lançado em 1951, Cinzas
que queimam guarda, no tocante ao protagonista masculino, semelhanças
com No
silêncio da noite (In a lonely place), obra mestra de
Ray realizada em 1950. Neste, o roteirista de cinema Dixon Steele (Humphrey
Bogart) é uma espécie de alma gêmea de Jim Wilson. Ambos são amargurados e
violentos. Não sabem lidar com a fúria que armazenam em estado bruto. Estão
sempre prontos a explodir, com sérias consequências para terceiros. Ao que se
sabe, Jim e Dixon guardam íntima relação com as sensibilidades à flor da pele do
diretor desde o final da década de 40. Nicholas Ray atravessava quadra
afetivamente complicada, sem saber como lidar racionalmente com mágoas e culpas
decorrentes do traumático processo de encerramento da relação conjugal com a
atriz Gloria Grahame — ainda por cima a intérprete de Laurel Gray em No
silêncio da noite. O corpo da personagem servia de anteparo ao
descontrole da força física de Dixon. Segundo os analistas, o detetive de 1949 e
o roteirista de 1950 funcionavam como escoadouros à decomposição do estado de
espírito de Ray. A ele só restava o cinema como arena para o exorcismo dos
demônios que o torturavam. Durante as filmagens de No silêncio da noite, a
crise conjugal encontrou o limite e sobreveio a separação. Grahame o deixou. Para
se proteger das agruras psicológicas do abandono e sem um lar ao qual voltar ao
término do expediente, passou a dormir nos cenários — inclusive para ocultar dos
curiosos e maledicentes a situação presente que considerava vergonhosa. Um
desses locais de pouso era uma residência habitada pelo casal em dias mais
felizes.
A. I. Bezzerides
e Nicholas Ray extraíram o roteiro enxuto de Cinzas que queimam da
novela inglesa Mad with much heart, de George Butler. O original trata de um
policial londrino obrigado a confrontar o lado tenebroso da própria alma e a
encontrar chances de renovação moral e psíquica durante missão empreendida na
zona rural.
O filme começa
com Nova York em irretocável ambientação noturna. Um carro avança para recolher
policiais que entrarão em
serviço. Primeiro busca Pete Santos (Ross). Este, entre afável
e lacônico, se despede da preocupada e ansiosa esposa Peggy (Tracey Roberts/não
creditada). A seguir apanha Pop Daly (Kemper), reunido com a mulher (Vera
Stokes/não creditada) e filhos diante da TV. Ambos levam vidas estruturadas;
possuem lares e famílias aos quais retornam e funcionam como centros de
recomposição emocional após as atribulações da patrulha e perseguição a criminosos.
O mesmo não pode ser dito de Jim Wilson, um lobo solitário. Não espairece. Vive
em isolamento. É incapaz de se desligar do trabalho, inclusive quando se
alimenta. Na juventude, experimentou relativo sucesso como jogador de football. Está há 11 anos na polícia e
totalmente absorvido pelas obrigações da função, principalmente pelo lado mais sombrio
da rotina. Apesar de honesto, é taciturno, duro e bruto. Não titubeia para descer
ao nível do "lixo" que combate. Inclusive, assim se reconhece e à
corporação: "Nós somos somente lixeiros, homens de lixo limpando o lixo
das ruas". Ao término dos plantões retorna à solidão das pouco
convidativas acomodações pessoais — consumido pela sordidez da profissão que despreza
e sempre alimentado por ela. Está à beira do colapso. Por causa da desmedida
violência empregada para arrancar confissões de meliantes e informantes, é
posto na "geladeira" pelo Capitão Brawley (Begley) que o chama de "gângster
com distintivo".
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A "perdida" Myrna Bowers (Cleo Moore) com os detetives Pete Santos (Anthony Ross) e Jim Wilson (Robert Ryan) |
Jim é enviado ao gelado
lugarejo chamado significativamente de Sibéria, em Westham, arredores rurais de
Nova York. Auxiliará na investigação do brutal assassinato de uma jovem. Depara-se
com Walter Brent (Bond), furioso pai da vítima, armado com espingarda de cano
duplo, disposto a fazer justiça com as próprias mãos e pouco propenso a
respeitar um policial da cidade grande. É um homem rude, brutalizado e cego
pela tragédia, tomado pela irracionalidade da vingança custe o que custar. Uma
peça armada pelas circunstâncias torna Jim parceiro de Brent na busca por nevados
prados, encostas e caminhos. Cinzas que queimam não perde tempo.
As pistas frescas do assassino são seguidas de perto. Enquanto isso, o
perspicaz detetive não demora a perceber que o transtornado pai é sua imagem
duplicada. Neste momento lhe cabe a missão de guardar a frieza e a
racionalidade. São conduzidos a uma casa isolada, habitação de Mary Malden
(Lupino) — uma cega sagaz — e Danny (Williams) — o irmão mentalmente
problemático e ora ausente.
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Jim Wilson (Robert Ryan) e Walter Brent (Ward Bond) |
As mudanças no
caráter de Jim Wilson já se faziam evidentes desde a parceria firmada com Walter
Brent. Agora, serão aprofundadas. Cinzas que queimam não é
propriamente lançado no campo noir
como inicialmente dava a entender, sequer na arena do melodrama romântico como
sugerirá a interação do detetive com Mary Malden. É certo que o romantismo se
instala, em tonalidades adultas, apartadas do mais meloso sentimentalismo. O
principal, no entanto, é ver como o filme passa a se ordenar de forma um tanto
pausada — apesar da agilidade e do dinamismo narrativos — como suave afresco para
a recomposição da personalidade de Wilson.
A casa de Mary,
divisada ao longe pelos inusitados parceiros, está iluminada em um cômodo. Fica
às escuras à medida que se aproximam. Luz alguma é acesa quando são
recepcionados pela personagem vivida por Ida Lupino. Convidados a entrar e a
buscar pelo suspeito, estranham a penumbra que envolve a mulher e que parece
não incomodá-la. Walter Brent, tenso, cego pela fúria, sequer se presta à
compreensão do contexto. Por sua vez, Jim está atento à peculiar movimentação
da anfitriã. Logo se vê diante de uma cega, alguém envolto na permanente
escuridão. Atraído pela personagem, volta para conversar ao deixar Brent
ocupado na busca aos arredores da residência. O policial — habituado à
desconfiança generalizada — concentra toda a atenção em Mary — por sua vez obrigada
a confiar em todos dada a peculiaridade da própria condição. Apesar das
diferenças, estão conectados pela solidão e penumbra — cada qual de uma
determinada maneira. Os sentidos aguçados da mulher, treinados para perscrutar ambientes
e indivíduos próximos, logo decifra o homem ao lado. Desvenda-lhe as pulsações
e o sofrimento entranhado no escuro da alma. A melodia suave das cordas de
Virginia Majewski a tudo envolve. O feroz detetive das zonas sombreadas da
cidade grande, agora fragilizado e tomado de muda surpresa, parece se iluminar pela
força de uma calma que lhe soa estranha. Está absorvido pelo calor e confiança
de Mary; por algum temor também. Experimenta a tristeza e a solidão de outra
forma, como se estivesse disposto a negociar com essas sensações em prol do próprio
bem. Ela percebe sob a carapaça do predador alguém dotado de sensibilidade,
apesar de tê-la sufocado quase por completo. Por fim, sem alternativas, apela
pelo irmão — o instável e algo selvagem Danny, assassino da filha de Brent. É
praticamente uma criança necessitada de ajuda. Que seja capturado vivo e
mantido em segurança, para ter direito ao justo tratamento.
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Jim Wilson (Robert Ryan), Walter Brent (Ward Bond) e Mary Malden (Ida Lupino) |
Sinceramente
tocado, Jim promete o possível para preservar a integridade de Danny. Consegue
localizá-lo. Desarma-o e tenta conduzi-lo com calma. Infelizmente, sobrevém a
brutal intervenção de Brent. Segue-se a fuga e frenética perseguição pela neve,
até as escarpas — de onde o apavorado Danny despenca para a morte. A ação e
fúria desprendidas pelo pai vingativo perdem imediatamente os significados. Ou
tudo passa a fazer sentido. O personagem interpretado por Ward Bond retoma a
lucidez diante do corpo de um garoto. Constrangido, não se desespera. Apenas
lamenta, sinceramente. Ajoelha-se junto ao cadáver e toma-o nos braços para
conduzi-lo até a casa. Ergue-se com o significativo auxílio de Jim, igualmente
tocado. Para Mary, não adiantam explicações e justificativas. Recolhe-se após
tratar o detetive com dura rispidez. A este só resta retornar ao lugar de origem,
visivelmente abalado. Reencontra a escura e assustadora metrópole. Segue-se o
corte e tornamos a vê-lo à porta de Mary Malden. É recebido com a franca e
discreta disposição de um espírito desarmado. Ela, em posição elevada pelo
degrau da escada, envolve-o num abraço de aspecto quase maternal; uma insólita
imagem da Pietà. Duas metades até então separadas se complementam.
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Acima e abaixo: Mary Malden (Ida Lupino) e Jim Wilson (Robert Ryan) |
Repleto de
agilidade, com imagens captadas por câmera atenta e centrada nos personagens — tomada
alguma é vazia; os planos são plenos de significação — Cinzas que queimam é
simples em sua estrutura formal. No entanto, é um dos trabalhos fundamentais de
Nicholas Ray. Percebe-se o apreço que tem pelos personagens, inclusive pelos
aparentemente repulsivos, e o esforço que faz para compreendê-los e
humanizá-los de acordo com o que são ou aparentam ser. Nisso, é fundamental não
tomá-los como simples abstrações ou indivíduos que se bastam. Torna-se
essencial observá-los em seus contextos de vida e as relações sociais que estabelecem.
Solidão, alienação urbana, anomia psicológica, desesperança e sensação de
inutilidade estão sempre presentes e prontas a preencher personagens como Jim
Wilson com as devidas atribuições de sentido. Apesar da simplicidade, é um
filme de difícil operacionalização nos concisos 82 minutos de exibição — algo
só conseguido por alguém com pleno domínio da narrativa.
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Mary Malden (Ida Lupino) |
Se a câmera está
sempre atenta aos personagens e às suas expressões, Ray não perde os atores de
vista. Consegue atuações de primeira classe. Cinzas que queimam é, a
um só tempo, drama criminal, filme romântico, conto de mistério e estudo da
moralidade. É totalmente dominado pela atuação de Robert Ryan. O ator transmite
a sensação de estar em seu natural nos momentos de contenção e ação. Mostra com
plena convicção aquilo que é exigido pelo papel, em acordo com as
circunstâncias. Faz-se lobo e cordeiro com plena credibilidade. Lamentavelmente,
é um valor subestimado e muito injustamente reputado como canastrão pelas
apreciações apressadas. Ida Lupino, Ward Bond e Sumner Williams estão
excelentes. Porém, Robert Ryan rouba o filme. Logo no começo mostra a que ponto
pode chegar quando explode em fúria psicótica ao confrontar o marginal Bernie
Tucker (Irving): "Por que vocês, lixos, me provocam assim? Sabem que
confessarão. Eu sempre os faço confessar".
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Mary Malden (Ida Lupino) e Jim Wilson (Robert Ryan) no final de Cinzas que queimam |
Por fim, algumas
curiosidades sobre a produção: 1) Nicholas Ray, enfermo e impossibilitado de
trabalhar durante alguns dias das filmagens, foi substituído por Ida Lupino.
Ela já experimentara o sabor do ofício, sem levar crédito, em Not
wanted (1949), de Elmer Clifton. Nesse ano também realizou Quem
ama não teme (Never fear). Até o lançamento de Cinzas
que queimam passou pela direção de O mundo é culpado (Outrage,
1950) e Laços de sangue (Hard, fast and beautiful, 1951). 2) Lee
J. Cobb, Albert Dekker e Howard Da Silva foram, nessa ordem, cogitados para o
papel de Walter Brent. 3) O uso até então raro de câmera de mão pelo cinema
hollywoodiano conferiu aspecto frenético, trepidante e realista às cenas de
perseguição na neve e, de certa forma, antecipou tendência comum ao cinema
contemporâneo.
Roteiro: A. I. Bezzerides, Nicholas Ray, com base em novela
de George Butler, Mad with much heart. Direção
de fotografia (preto e branco): George E. Diskant. Música: Bernard Herrmann. Montagem:
Roland Gross. Produção executiva:
Sid Rogell. Direção musical: C.
Bakaleinikoff. Direção de arte:
Ralph Berger, Albert S. D'Agostino. Maquiagem:
Mel Berns. Som: Phil Brigandi, Clem
Portman, Harold M. McNiff (não creditado). Penteados:
Larry Germain, Josephine Sweeney (não creditado). Decoração: Harley Miller, Darrell Silvera. Efeitos especiais: Harold E. Stine, Jack Lannan (não creditado). Produção de elenco: Dick Stockton (não
creditado). Assistente de gerente de
produção: John Burch (não creditado). Gerente
de produção: Walter Daniels (não creditado). Gerente de unidade: Lloyd Richards (não creditado). Assistentes de direção (não creditados):
William Dorfman, Maxwell O. Henry. Contrarregra
(não creditada): Sydney M. Fogel, Gene Gossert, Johnny Peacock. Cabos: Cecil Shephard (não creditado). Gravação de som da segunda unidade:
Jean L. Speak (não creditado). Boom:
James Thompson (não creditado). Assistentes
de câmera (não creditados): Landon Arnett, E. T. Harri, George Hollister,
George Marquenie, Ralph Wildman. Eletriscista-chefe:
S. H. Barton (não creditado). Operador
de câmera: Emmett Bergholz (não creditado). Fotografia de cena: Ollie Sigurdson (não creditado). Corte do negativo: Frederic Knudtson
(não creditado). Gerente de locações:
Louis Shapiro (não creditado). Músicos:
Virginia Majewski (viola), Victor Bay (violino/não creditado), Arthur l Frantz
(horn francês/não creditado), Mitchell Lurie (clarinete/não creditado), Max
Rabinowitz (piano/não creditado). Gerente
da orquestra: Manny Harmon (não creditado). Direção musical e orquestração (não creditadas): Bernard Herrmann. Compositores de músicas do acervo (não
creditados): Paul Sawtell, Roy Webb. Direção
de diálogos: Richard Irving (não creditado). Publicidade: Stan Margulies (não creditado). Continuidade: Marvin Weldon (não creditado). Reconhecimento da produção a: International Alliance of Theatrical
Stage Employees. Estúdio de gravação da
trilha musical: Private Island Audio (não creditado). Sistema de mixagem de som: RCA Sound System. Tempo de exibição: 82 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1980)
Hola Eugenio en España la película fue titulada como 'La casa de la sombra' y debió pasar bastante desapercibida en su momento, quizás también por lo que comentas al principio. Me llama la atención un metraje tan ajustado de 82 minutos que sin embargo lejos de molestarme pienso que las duraciones ajustadas dan un mayor ritmo a las producciones. Me ha llamado la atención también la referencia a la buena música y eso más el género negro hacen de la propuesta bastante seductora para tratar de encontrarla y poder visionarla.
ResponderExcluirUn abrazo y gracias por tan completa apreciación cinematográfica.
La película es una producción "B" con todas las calidades que eran típicas del patrón. Narrativa rápida, así como los diálogos. Personajes bien acotados y verdaderos, aparentados a la gente real que conocemos; temas adultos, beirando a la obscuridade. Y un director que buscaba ver el mundo por los ojos de los personajes, no sólo de los supuestos mocinhos. Las películas de Nicholas Ray, en los aspectos estético y dramático, son verdaderas preciosidades y nos invitan a revisitá-las siempre, caro Miguel Pina. En este "On dangerous ground" aún hay la buena música y la fotografía que siempre fue responsable por buena parte de los significados de las películas noir y asemejadas.
ExcluirAbrazos y saludos.