O ilustre autor da Inglaterra setecentista jamais imaginaria
que um dos personagens mais famosos de sua lavra naufragasse tão longe de casa
e do planeta de origem. Nos anos dourados e quentes da corrida espacial, os
roteiristas John C. Higgins e Ib Melchior adaptaram o romance de Daniel Defoe
para o universo da ficção científica e transformaram Robinson Crusoé em prisioneiro
do pouco aprazível planeta Marte. O nome do protagonista da realização do diretor
Byron Haskin é Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee). Fica literalmente em
maus lençóis após a pane provocada por um meteoro na nave espacial Mars Gravity
Probe 1. O problema resulta na morte do companheiro Dan McReady (Adam West).
Mais da metade na narrativa é sustentada pela atuação solitária de Mantee contra
o pano de fundo da desolada paisagem marciana. Procura meios para sobreviver e
tenta não enlouquecer com o contexto. A situação só não piora por contar com a
companhia de Mona — macaca aranha de teste que sobreviveu ao impacto com o
planeta — e pela possibilidade de comunicação com a base de operações em Terra. Evidentemente ,
Marte proporcionará ao náufrago a companhia de um Sexta Feira (Victor Lundin).
Um dos principais atrativos do filme é a direção de fotografia do fordiano
Winston C. Hoch: converteu as locações, principalmente o californiano Vale da
Morte, em crível paisagem alienígena. Dentre os filmes de ficção científica
anteriores a 2001: uma odisseia no espaço (2001: a space odyssey,
1968), de Stanley Kubrick, Robinson Crusoé em Marte (Robinson
Crusoe on Mars, 1964) é dos mais atraentes, ainda mais para uma criança
que acompanhava com vivo interesse os lances e a nomenclatura da corrida
espacial. Vê-lo em 1966, aos 10 anos, foi acontecimento dos mais empolgantes. O
diretor Byron Haskin, familiarizado com o gênero, é responsável pelo também memorável
A
guerra dos mundos (The war of the worlds, 1953). Quando
Mark Watney (Matt Damon) se viu abandonado no planeta vermelho no recente Perdido
em Marte (The Martian, 2015), de Ridley Scott, poderia permanecer
tranquilo. Tinha o ilustre precedente de Christopher 'Kit' Draper em Robinson Crusoé em
Marte. Segue apreciação escrita em 1976.
Robinson Crusoé em
Marte
Robinson Crusoe on Mars
Direção:
Byron Haskin
Produção:
Aubrey Schenck
Devonshire Productions, Paramount
EUA — 1964
Elenco:
Paul Mantee, Victor Lundin, Adam
West, Macaco aranha Barney.
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Na prancheta, durante a concepção de A conquista do espaço (Conquest of space, 1955) O diretor Byron Haskin, Chesley Bonestell e Willy Ley - autores da história - e o produtor George Pal |
Para a época anterior
a 2001:
uma odisseia no espaço (2001: a space odyssey, 1968), de
Stanley Kubrick — quando toda uma atmosfera envolvida em temor e otimismo agitava
os anos ainda iniciais da corrida espacial disputada por soviéticos e
estadunidenses no quente momento da Guerra Fria —, este filme é primorosamente
delicioso. Assisti-lo em 1966 foi uma experiência ímpar. Era uma criança que
acompanhava com vivo interesse notícias sobre Vanguard, Echo, Intelsat, Mercury,
Telstar, Gemini e Apollo pelo lado ocidental; além de Sputnk, Luna, Venera,
Vostok, Voskhod e Soyuz pelo vermelho. “A Terra é azul”, afirmou maravilhado o
cosmonauta russo Yuri Alekseievitch Gagarin a bordo de uma Vostok em 12 de
abril de 1961. Estávamos rompendo os limites da nossa atmosfera e começando a acumular
algum conhecimento de base empírica sobre mundos próximos: Lua, Marte e Vênus
já eram visitados e explorados por sondas espaciais. No auge da audácia, o
assassinado Presidente dos EUA John F. Kennedy afirmou: o país enviará homens à
Lua até o final da década de 60. Esforços não seriam poupados para transformar essa
pretensão em realidade — cumprida em 1969 — e, temerariamente, escalar Marte
como o próximo corpo celeste a ser pessoalmente alcançado.
Robinson Crusoé
em Marte é, para a primeira metade dos anos 60, uma ousada e — por
que não? — plausível aventura de ficção científica — em tudo alimentada por
esperanças suscitadas pela ciência em descobertas até então recentes. Logo ao começo
tem a coragem de informar: “Este filme é cientificamente autêntico. Está apenas
a alguns passos à frente da realidade presente”. Hoje, certamente, a mensagem
otimista da abertura não mais se sustenta. Os próprios avanços da ciência
derrubaram muito conhecimento considerado objetivo e de ponta para a época da
realização. Infelizmente, a ficção científica mais ousada corre sempre o risco
de ser superada pelo desenvolvimento da pesquisa. Ainda assim, historicamente, Robinson
Crusoé em Marte não deixa de ser a materialização de previsões que
cativaram e embalaram projetos e sonhos em um dado momento. Quanto foi produzido,
era um filme perfeitamente afinado com as conjecturas e dados embrionários acerca
de Marte. Adiantou uma imagem perfeitamente possível do que poderia ser uma
exploração humana no solo do místico planeta vermelho. Por isso, mesmo com o avanço
dos anos, pode ser classificado como inteligente produto da ficção científica materializada
pelo cinema. A narrativa, brilhantemente executada contra o pano de fundo de
uma cenografia das mais impressionantes, transforma as locações nas quais as
externas foram obtidas — o Castle Dome Peak em Yuma, no Arizona, e,
principalmente, o californiano Death Valley National Park — em ambientações
exóticas plenamente verossímeis.
A realização de
Byron Haskin também pode ser considerada divisora de águas no fértil terreno do
gênero, desde os anos 50. Não envolve o chamamento de cientistas e governantes
à responsabilidade social e política como O dia em que Terra parou
(The
day the Earth stood still, 1951), de Robert Wise. Escapa das abordagens
metafísicas de Planeta proibido (Forbidden planet, 1956), de Fred M.
Wilcox, e O incrível homem que encolheu (The incredible shrinking man,
1957), de Jack Arnold. Não adapta livros clássicos sobre ousadas antecipações
futuristas qual A máquina do tempo (The time machine, 1960), de George
Pal. Muito menos serve de metáfora ao extravasamento de pavores políticos
ocidentais como Voando para Marte (Flight to Mars, 1951), de Lesley
Selander; Marte, o planeta vermelho (Red planet Mars, 1952), de Harry
Horner; Invasores de Marte (Invaders from Mars, 1953), de
William Cameron Menzies; O cérebro do planeta Arous (The
brain from planet Arous, 1957), de Nathan Juran; Invasão dos discos voadores
(Earth
vs. the flying saucers, 1956), de Fred F. Sears; A guerra dos mundos (The
war of the worlds, 1953), de Byron Haskin; e, entre muitos outros, o
assustador e próximo Vampiros de almas (Invasion
of the body snatchers, 1956), de Don Siegel. Como o próprio título
indica, Robinson Crusoé em Marte é livre transposição para o espaço
sideral do clássico romance de Daniel Defoe, escrito em 1719. Como o original,
é uma aventura sobre sobrevivência, solidão, adaptação, confiança, amizade e
esperança em situação de adversidade. Ah! Sim! Um personagem batizado como Sexta
Feira também dá as caras em solo marciano.
Byron Haskin não é
estranho à ficção científica. Dirigiu, 11 anos antes, uma adaptação do clássico
livro de H. G. Wells: o homônimo A guerra dos mundos. Também fez A
conquista do espaço (Conquest of space, 1955) e Da
Terra à Lua (From the Earth to the Moon, 1958).
Tornou-se, em 1950, pioneiro do lançamento da Walt Disney Productions nos
filmes live-action com A
ilha do tesouro (Treasure island, 1955). Foi, ao
longo de quase 20 anos, desde 1925, expert em efeitos especiais — principalmente
para a Warner Brothers —, qualidade que o favorecia à frente de um projeto como
o de Robinson
Crusoé em Marte. Porém , as trucagens não são o forte do
filme — pois a Paramount reduziu a previsão orçamentária inicialmente substanciosa.
Tanto que as exigências de maior vulto com a criação de efeitos foram
resolvidas com a reciclagem de materiais de A guerra dos mundos —
as naves alienígenas — e Da Terra à Lua — os trajes espaciais
nos quais os escravagistas siderais são rapidamente mostrados. Quase todo o
resto decorre da aplicação de simples exercícios pirotécnicos. Portanto, Robinson
Crusoé em Marte arranha o patamar da produção B — o que não deixa de
ser interessante: leva ao uso mais inteligente e preciso da imaginação.
Um dos principais
valores por trás da magia da realização é o talentoso diretor de fotografia
Winston C. Hoch, responsável pelas imagens de clássicos de John Ford como O céu
mandou alguém (3 godfathers, 1948), Legião
invencível (She wore a yellow ribbon, 1949), Depois do vendaval (The
quiet man, 1950) e Rastros de ódio (The
searchers, 1956). Transformou a paisagem árida e acidentada do Death
Valley National Park em crível representação do que poderia ser o relevo
marciano. Garantiu ao filme um dos mais belos e instigantes visuais de ficção
científica do período — se é que se pode falar disso para um planeta de
aparência pouco convidativa. Além das imagens da superfície, há as cavernas,
escarpas, cores maravilhosas e reluzentes de interiores, rochas, céus, horizontes
e crepúsculos.
Infelizmente, para
o lançamento a Paramount cometeu a ousadia de não promover uma campanha à
altura. Tratou o filme como qualquer produção corriqueira. O resultado foi o
fracasso de bilheteria. Pena! Tinha, naquele preciso momento, potencial para cair
no gosto do público. Aliás, os próprios executivos da companhia e o produtor
Aubrey Schenck ficaram maravilhados com o produto final. Chegaram a planejar
uma espécie de continuação, ao fim cancelada: Robinson Crusoe in the invisible
galaxy.
A aventura começa
com a nave Mars Gravity Probe 1 em veloz avanço a uma operação de circum-navegação
do planeta vermelho. A bordo estão o Comandante Christopher 'Kit' Draper
(Mantee), o Coronel Dan McReady (West) e Mona (Barney) — macaca aranha de teste
pronta para qualquer sacrifício. Felizmente, caiu nas boas graças da tripulação
e será poupada.
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Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee), comandante da Mars Gravity Probe 1 |
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Dan McReady (Adam West) e Mona (macaco aranha Barney) |
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A esperta Mona (macaco aranha Barney) |
Um asteroide
flamejante entra em rota de colisão com o veículo. Este, após rápida alteração
no curso, é irremediavelmente atraído pela gravidade do planeta — contra o qual
pode se chocar. Aparentemente, o problema parece não afetar os astronautas — devem
ter passado por diversas situações idênticas ou tiveram condicionamento dos
melhores! Calmamente, abandonam a Mars Gravity Probe 1 em módulos individuais,
em tudo semelhantes aos utilizados na exploração da superfície lunar pelo
Projeto Apollo cinco anos depois. Draper é o primeiro; a seguir, juntos,
McReady e Mona.
As cápsulas
pousam distantes uma da outra, em terrenos acidentados e instáveis. De imediato,
há a preocupação com a sobrevivência. Parte do equipamento emergencial de
Draper é queimada por uma das muitas bolas de fogo que flutuam próximas à
superfície marciana. O ar local é respirável por curtos momentos. A princípio
não há água e alimentos no planeta. Abrigado emergencialmente em uma gruta, o
astronauta conta com alguns tubos de comida pastosa concentrada e balões de oxigênio
para sessenta horas. As explorações perigosas que faz no entorno nada revelam
de substantivo, a não ser uma pedra amarela, porosa e incandescente. Os
problemas com a iluminação e o aquecimento noturno — quando a temperatura
diminui abruptamente — estão resolvidos. Quanto ao mais, percebe-se uma
monótona aridez por todos os lados. O aparelho portátil de comunicação com a Terra
felizmente funciona. Pelo visto, dispensa bateria e outras fontes de energia. De
concreto, só se presta a rápidas e frustrantes conversações que diminuem a
angústia da solidão. O sofrimento do náufrago aumenta com a permanente visão da
Mars Gravity Probe 1 cruzando o céu marciano. A nave não colidiu com o planeta.
Foi apenas aprisionada em sua órbita. Transformou-se em incômodo satélite.
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Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee), diante do módulo espacial, chega em Marte |
Mais seguro,
Draper sai em busca de McReady. Encontra-o morto. Apenas Mona sobreviveu ao
pouso e, felizmente, não tem restrições para respirar o rarefeito oxigênio do
planeta. Uma sensação de desânimo se apossa do personagem. Deixa-se tomar pelo
sono da morte. Entretanto, é renovado por um sopro vital. Descobre que as
pedras incandescentes processam oxigênio. Logo encontra um modo de armazená-lo
em grande quantidade. Com a providencial ajuda de Mona, que parece não sentir
fome e sede, descobre nas proximidades outra caverna — um abundante reservatório
de água em meio ao qual cresce um vegetal de frutos comestíveis e semelhantes a
salsichas.
A sobrevivência
no longo prazo desse Robinson Crusoé está assegurada. Passaram-se quatro meses.
Com engenho e todo o tempo disponível, transformou a caverna de simples abrigo
em residência das mais operacionais, abastecida com água canalizada e alimentos
cultivados ao alcance da mão. Das pedras esculpiu mesa, cadeiras, panelas e
pratos. O vegetal das "salsichas" fornece fibras transformadas por
tecelagem rudimentar em eficazes agasalhos.
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Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) sepulta Dan McReady (Adam West) |
O grande
interesse do filme, em sua primeira parte — de aproximados 60 minutos —, é
garantido pelo ótimo desempenho de Paul Mantee como um sobrevivente que,
auxiliado por sorte e engenho, descobre e inventa meios para permanecer vivo. O
problema central, agora, é o desconsolo da solidão. Em uma noite acorda assustado
com batidas à porta do abrigo. Depara-se com o fantasma mudo de McReady. Tenta desesperada
e inútil comunicação com o espectro, até se descobrir vítima de um pesadelo. Por
sorte, pode "conversar" com Mona e, em alguns períodos, com a Terra
via aparelho de comunicação. Este misto de telefone e televisão se revelou uma
alternativa plenamente cinematográfica para informar ao longínquo centro de
operações — e de quebra ao espectador — os meios encontrados para solucionar determinados
problemas. No mais das vezes o que se vê é o ator contracenando com ele mesmo, ou
interagindo com a paisagem. Um dos melhores momentos, ao fim da primeira metade
do filme, apresenta Draper em
desfile Marte afora e na execução de Dixie em uma gaita de
foles improvisada, como se buscasse avidamente por algum aplauso e reconhecimento.
Nisso, por volta dos 65 minutos de narrativa, faz inquietante descoberta.
Encontra restos
mortais mal enterrados. Não são de McReady, mas de alguém assassinado. Ao
sofrimento provocado pelo isolamento se junta o paradoxal pavor de não estar só
e em situação de risco. Consegue, por precaução, destruir remotamente a Mars
Gravity Probe 1 da órbita incansável. Não demora a perceber estranhos e
belicosos objetos voadores — as naves de A guerra dos mundos — imediatamente
chamados de "interplanetários". Pipocam no céu marciano e disparam
cargas mortais de algo semelhante a raios laser contra a superfície. Levado a uma
investigação arriscada, descobre uma exploração mineira tocada por trabalho
escravo. Logo é encontrado por um evadido caçado pelas naves. Não há tempo para
reações prolongadas de surpresa. Devem se abrigar o quanto antes.
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As naves dos alienígenas belicosos, recicladas de A guerra dos mundos (The war of the worlds, 1953), de Byron Haskin |
Seguros na
caverna, passam a se conhecer. A comunicação é inicialmente difícil. O estranho
demonstra medo e não fala. Draper tenta tranquilizá-lo e, evidentemente,
batiza-o de Sexta Feira (Lundin). É natural de um planeta da constelação de
Orion. Veste algo como um bermudão e protege a cabeça com um tipo de capuz. Para
respirar, vale-se de pílulas fornecidas pelos escravagistas e semelhantes a
confeitos de chocolate. Produzem oxigênio e o transportam diretamente ao sangue
sem a intermediação dos pulmões. A relação, inicialmente assimétrica e marcada
pela cautela, torna-se mais equilibrada quando o recém-chegado começa a falar e
a explicar a situação e, principalmente, após salvar a vida do terrestre.
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Acima e abaixo: Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) e Sexta Feira (Victor Lundin) |
Juntos, Draper e
Sexta Feira fazem o reconhecimento da área e chegam ao campo de trabalho forçado,
agora abandonado. Infelizmente, todos os escravos foram mortos. Sabem que as
naves podem retornar e, por isso, precisam abandonar a região rapidamente. Nisso,
vulcões entram em erupção. Sexta
Feira adianta que os rios de lava são responsáveis pela
formação dos famosos e enigmáticos canais no solo marciano. Empreendem
acidentada jornada rumo a um dos pólos gelados do planeta, sob risco da falta
de água e do racionamento de oxigênio. Quando tudo parecia perdido, chega da
Terra a nave de resgate.
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A bordo da Mars Gravity Probe 1: Dan McReady (Adam West) e Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) no visor |
Ao fim, apesar de
todas as previsibilidades da história — decorrentes do conhecimento do romance
de Daniel Defoe —, sobra um filme muito bem concebido e, na medida permitida
pela ciência e pela ficção, bastante preciso. As soluções encontradas pelo náufrago
espacial para garantir a própria sobrevivência são bastante factíveis e todas
decorrem da combinação do acaso com o engenho, ainda que algumas vezes advenha
a impressão de que a força externa de um Deus
Ex Machina estivesse operando decisivamente. Por mais de 60 minutos a
solitária atuação de Paul Mantee soube segurar o interesse pela narrativa.
Conseguiu transportar os espectadores para o centro da dramática situação que
vivenciava. É o que pode ser classificado como o máximo de empatia. Convenceu
dramaticamente, principalmente ao alucinar com a visão do fantasma de McReady
na caverna. Victor Lundin também faz uma condizente Sexta Feira, apesar da
pobreza conceitual dos adereços que usa. Os roteiristas John C. Higgins e Ib
Melchior foram particularmente felizes quando permitiram que se expressasse
verbalmente numa língua feita de sinais e termos da extinta cultura Maia.
Lundin passou a impressão de ser um ator talentoso. Valeu-se dos olhos e das
expressões faciais para transmitir sensações de insegurança e estranhamento nos
momentos que se seguiram ao encontro com Draper. Inicialmente não falava e nem
por isso teve que apelar para esgares exagerados e gesticulação excessivamente
apavorada. Infelizmente, Mantee e Lundin não tiveram muito sucesso em suas
carreiras. Poderia ser diferente se a Paramount não cometesse o despautério de
prejudicar o lançamento de Robinson Crusoé em Marte.
Roteiro: John C. Higgins, Ib Melchior, com base em Robinson Crusoe ,
novela de Daniel Defoe. Direção de fotografia
(Technicolor, Cinemascope): Winton C. Hoch. Música: Van Cleave. Montagem:
Terry O. Morse. Produção executiva:
Edwin F. Zabel. Consultor técnico:
Edward V. Ashburn. Maquiagem: Bud
Bashaw Jr., Wally Westmore. Efeitos
especiais: Lawrence W. Butler. Processamento
fotográfico: Farciot Edouart. Assistentes
de direção: Robert Goodstein, Arthur Jacobson. Som: Harold C. Lewis, John Wilkinson. Direção de arte: Arthur Lonergan, Hal Pereira. Consultor de cor pela Technicolor: Richard Mueller. Edição de som: Howard Beals (não
creditado). Arte matte: Albert
Whitlock (não creditado). Assistente de
câmera: Murray Young (não creditado). Músicos
(não creditados): Larry Bunker (tambores), Jack Cookerly (órgão), Ivan
Ditmars (órgão), Red Mitchell (baixo), Ted Nash (saxofone). Mixagem da trilha musical: Michael J.
McDonald (não creditado). Orquestração:
Fred Steiner (não creditado). Direção
musical: Irvin Talbot (não creditado). Empresa
de criação de efeitos especiais: Butler-Glouner. Sistema de mixagem de som: Westrex Recording System. Tempo de exibição: 110 minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1976)
¡Viva el cine marciano! ja,ja,ja.
ResponderExcluirHola Eugenio, no conocía esta película, vaya sorpresa. Y desde luego no me extraña para nada que con 10 años cuando la viste quedaras fascinado y más teniendo en cuenta que en esos años la carrera espacial vivía momentos de gran interés. Las localizaciones en Arizona y California van en consonancia con el planeta rojo. En España hay un lugar llamado Las minas del rio Tinto, que guardan también ciertas semejanzas con el suelo marciano. Gracias también por el repaso a las películas rodadas con Marte como telón de fondo. Personalmente mi película prferida sobre Marte es la de Matt Damon. y con respecto a la de hoy tengo ganas de encontrarla y verla como curiosidad cinéfila después de tu magnifica reseña cinematográfica.
Un gran abrazo.
Hola, Miguel!
ExcluirA buen seguro, es una ficción científica marcante, bien integrada al clima de la época. Realmente, quedé totalmente deslumbrado cuando a vi. Los colores son magníficos. Espero que consiga verla. Marte siempre ocupará lugar privilegiado en nuestro imaginario, no sólo en el cinematográfico.
Abrazos y saludos.