O romance They shoot horses, don't they? — Mas
não se matam cavalos?, no Brasil — está entre as mais cáusticas e
viscerais radiografias dos Estados Unidos durante os anos da Grande Depressão.
Lançado em 1935, atraiu imediatamente a atenção de Charles Chaplin. Pretendia
filmá-lo com Paulette Goddard no papel principal. Porém, o famigerado e
puritano Código de Produção jamais daria aval a uma exposição tão visceral
segundo as linhas do autor Horace McCoy. Diante dos impedimentos, o criador de
Carlitos redirecionou os planos e fez Tempos modernos (Modern
times, 1936). Enquanto isso, a publicação encalhou nas livrarias. Em
1966, o roteirista James Poe conseguiu, após muitas tentativas, os direitos de
adaptação para o cinema. O guião, submetido a novos tratamentos por Robert E.
Thompson, adquiriu níveis sem precedentes de densidade, dureza e realismo para
uma produção hollywoodiana. A direção de Sydney Pollack manteve fidelidade às
coordenadas traçadas. A noite dos desesperados (They
shoot horses, don't they?, 1969) é implacável e doloroso. Ambientado em
um ginásio nas proximidades da Praia de Santa Monica, Los Angeles, em 1932,
submete a tratamento dramático as cruéis e intermináveis maratonas de dança disputadas
por gente sem eira nem beira em todos os Estados Unidos nos anos seguintes ao crash de 1929. Numa época tomada por
desemprego, despejos e pulverização das poupanças familiares, o prêmio de mil e
quinhentos dólares ao único casal que permanecesse de pé era dos mais tentadores.
Tais disputas, que punham em interação os competidores e a plateia, anteciparam
os atuais reality shows da TV, como o
Big
Brother. Além do stress físico e psicológico decorrente do cansaço e das
noites mal dormidas, os competidores ainda se submetiam às exigências especiais
do mestre de cerimônias e alma mater
do concurso: Rocky (Gig Young). Segue apreciação datada de 1974.
A noite dos desesperados
They shoot
horses, don't they?
Direção:
Sydney
Pollack
Produção:
Irwin
Winkler, Robert Chartoff
American
Broadcasting Company (ABC), Palomar Pictures, Chartoff-Winkler/Pollack, 20th
Century-Fox
EUA
— 1969
Elenco:
Jane
Fonda, Michael Sarrazin, Susannah York, Red Buttons, Gig Young, Bonnie Bedelia,
Bruce Dern, Michael Conrad, Al Lewis, Robert Fields, Severn Darden, Allyn Ann
McLerie, Madge Kennedy, Jacquelyn Hyde, Paul Mantee, Felice Orlandi, Arthur Metrano,
Gail Billings, Maxime Greene, Lynn Willis, Mary Gregory, Robert Dunlap, Tim
Herbert, Nobre "Kid" Chissell, Tom McFadden e os não creditados Ian
Abercrombie, Guy Apollo, Hugh Bell, Ronnie Bright, Teddy Buckner, Hadley
Caliman, Teddy Edwards, Thurman Green, Joe Harris, Marilyn Hassett, Bobby
Hutcherson, Ike Isaacs, Kenner G. Kemp, Peggy Adams Laird, Harold Land, Philo
McCullough, Beverlee McKinsey, Cynthia Myers, Flower Parry, Les Robertson,
Sheela Tessler.
O diretor Sydney Pollack diante de emblemática imagem de A noite dos desesperados |
A noite dos
desesperados — um dos grandes momentos do cinema estadunidense — está
entre as mais agudas exposições das contradições e desumanidades do sistema
sobre o qual se eleva a maior sociedade capitalista do planeta. A novela que
lhe serve de base — They shoot horses, don't they?, de Horace McCoy, lançada em
1935 — atraiu de imediato a atenção de Charles Chaplin. Segundo consta, o
criador de Carlitos cogitou a possibilidade de filmá-la com Paulette Goddard no
papel da protagonista Gloria Beatty. Na época, havia um complicador da maior
importância: os perversos e chocantes aspectos viscerais do livro. O rigorosamente
puritano Código de Produção jamais daria aval a qualquer abordagem com algum
grau de fidelidade. Pelos mesmos motivos John Ford e o roteirista Nunnally
Johnson foram obrigados a amaciar aspectos mais densos da novela de John
Steinbeck na transposição à tela de As vinhas da ira (The
grapes of wrath, 1940). Seria inconcebível, na ocasião, por exemplo, ter
o epílogo da realização coincidindo com as linhas finais do original.
Praia de Santa Mônica, Los Angeles, 1932: os Estados Unidos vivem o
auge da Grande Depressão. Cerca de cem casais se inscrevem para uma maratona de
dança prevista para se prolongar por 40 dias ou mais. São formados por gente
tangida pelo desespero, preocupada com a sobrevivência imediata numa época
marcada por desemprego generalizado, pulverização das poupanças familiares,
despejos, suicídios, acirrada exclusão social e o sempre presente fantasma da
fome. O prêmio de mil e quinhentos dólares para a única dupla que permanecer de
pé é tentador, mesmo descontadas as despesas com alimentação, hospedagem,
medicamentos e roupas. Aos demais restará ao menos o consolo de ter, durante o
período em que resistirem à provação física e psicológica, refeições regulares e
lugar para dormir, ainda que as horas de sono garantam somente o mínimo de
descanso.
As maratonas dançantes eram comuns nos Estados Unidos desde os anos
20. Porém, adquiriram contornos de cruel visceralidade quando se transformaram
em oportunidade de luta pela sobrevivência — segundo a máxima "O
importante é competir" — nos anos seguintes ao crash de 1929, quando a vida praticamente se animalizou na redução a
algo próximo do estado de natureza, principalmente para os mais remediados. As
pistas de dança foram convertidas em palcos à reprodução da guerra de todos
contra todos segundo a melhor interpretação hobbesiana. Os concorrentes eram
obrigados a cumprir todas as exigências do mestre de cerimônias, implacável
condutor do espetáculo animado por orquestra e aberto ao público mediante
cobrança de ingresso. Era tudo muito parecido aos circos romanos da antiguidade.
Na plateia, organizavam-se torcidas para os casais preferidos, lançavam-se
moedas para animá-los, conseguiam-se patrocinadores aos mais promissores competidores.
Às vezes, vencer a maratona não era tão importante. A sorte grande implicava em
chamar a atenção de prováveis caçadores de talentos dos grandes estúdios de
Hollywood, dispersos nas arquibancadas.
O animador e mestre de cerimônias Rocky (Gig Young) |
Rocky (Young) é o gênio do sistema em A noite dos desesperados.
Animador, organizador e mestre de cerimônias, também é a alma mater desmedidamente inclemente do concurso. Cabe-lhe a tarefa
de injetar sangue nos competidores e ao mesmo tempo exanguiná-los. Levanta o
público — sempre servido de lanches comercializados por diligentes vendedores nas
arquibancadas — à participação entusiástica e interativa na torcida aos competidores
preferidos, cada vez mais esgotados pelo cansaço, dores musculares e noites mal
dormidas. As relações firmadas unilateralmente pela plateia com o centro do
picadeiro — mediada pelo ritmo febril do mestre de cerimônias — são marcadas
pela severa insensibilidade. Rocky faz o possível para acentuar a aparência de
miserabilidade dos dançarinos. Desaparece com peças de vestuários e estojos de
maquiagem, submete-os a constrangedoras encenações individuais de canto e dança,
incita-os à representação de cambaleantes cenas teatrais e cinematográficas.
Deixa sempre claro aos interessados que a exposição do horror se faz em
benefício da plateia financiadora do evento. "A apreciação da indigência
alheia deixa os outros mais felizes", admite. Os momentos de maior angústia
dramática são os derbys: os pares disparam
em frenética corrida pelo salão por aproximados 15 minutos. É a própria dança
da sobrevivência. Eliminam-se os três últimos colocados. Porém, outros o são de
modo mais definitivo, por insuficiência cardíaca e morte. Os óbitos são cuidadosamente
omitidos ao público. A revelação de tanta realidade — segundo Rocky — "seria
insuportável". Baixas assim são disfarçadas ao microfone como desmaios ou
quedas pelo cansaço, geralmente com o acompanhamento de tais palavras: "Depois
de juntos por tantas horas e dias, lamentamos dizer adeus a fulano ou a sicrano".
A seguir, o show continua, mediante exigência de mais vigor e entusiasmo, como se
nada de extraordinário houvesse acontecido.
A pista de dança, encimada por imensa luminária circular revestida de
cristal prismático — como um luxuoso globo da morte das atrações circenses —,
miniaturiza a sociedade estadunidense e o capitalismo. É o instantâneo do mundo
transformado em selva de aflitos e desesperados competidores em busca de um
lugar ao sol. Aparentemente, todos disputam o prêmio em igualdade de oportunidades
e condições. No entanto, sabe-se, isso é mera abstração ou casualidade. Aliás,
logo no começo Rocky informa aos dançarinos as regras da maratona. Diz: serão
seguidas as leis da natureza ou da seleção natural — pela qual somente os mais
aptos sobrevivem. A seguir, repete esfuziante, no comando do mortal espetáculo:
"Vamos competir, vamos dançar". Ao perguntar pelo grau de resistência
dos concorrentes, acentua que o espetáculo não pode parar em hipótese alguma. É
a “dança do destino”, completa. Ao ser moralmente admoestado, alega com
naturalidade: "Isto é apenas um negócio, meu Deus!”.
Apesar de
ganancioso promotor de um circo de horrores, Rocky teve a felicidade de não ser
desumanizado, a ponto de se transformar em personagem chapado. O emblemático
mestre de cerimônias é repleto de ambiguidades. Tem plena consciência do papel
que desempenha. Conhece como poucos os instintos mais baixos do público e o
tino comercial dos patrocinadores. Aos seus olhos parece natural — também
irônico —um casal no limite do esgotamento ostentar os trajes publicitários de
tônicos musculares ou de outros produtos farmacêuticos usados contra o
esgotamento. É o mesmo Rocky calculista que tem capacidades para lidar com
personagens fragilizados, no auge do desespero: Alice (York) em surto psicótico
sob o chuveiro e Shirl (McLerie) em alucinado desespero pela sensação de que está
com o corpo tomado de insetos. Por outro lado, tripudia cínica e cruelmente
sobre a desdita do velho Harry Klein (Buttons), marinheiro veterano, herói da
Primeira Grande Guerra, lançado também à “dança do destino”. Anuncia-o como “O
espírito imorredouro que faz a grandeza desse país”. No entanto, sabe: o
personagem tem poucas possibilidades de chegar vivo ao final do circuito.
Alice (Susannah York) |
Na pista, Rocky (Gig Young) injeta ânimo nos competidores que restam e incentiva a plateia |
A noite dos
desesperados tem longa história de bastidores. O original de Horace
McCoy encalhou nas livrarias quando do lançamento. Em 1949 James Poe lutou
inutilmente para adquirir os direitos de adaptação para o cinema. Somente obteve
sucesso em 1966. Elaborado o roteiro, apresentou-se para dirigi-lo com o
suporte da Palomar Pictures. De início, seria produção orçada em 850 mil
dólares. No elenco estariam Shirley Knight,
Lionel Stander, Allen Jenkins e Barbara Steele. Porém, quando Jane Fonda foi
chamada para interpretar Gloria Beatty, as previsões orçamentárias se elevaram
aos 4 milhões de dólares. Tamanho acréscimo exigiu cuidados como a exclusão do
inexperiente James Poe da direção. Além do mais, o roteiro reescrito por Robert
E. Thompson adquiriu maior densidade, dureza e realismo. Todos os traços de
altruísmo e comiseração presentes na abordagem inicial foram eliminados. Alterações
tão significativas quase resultaram na exclusão de Poe dos créditos. Manteve-se
após apelar à ação judicial.
Dentre os personagens manipulados acintosamente na pista de dança pelo
mestre de cerimônias destacam-se Gloria Beatty, Robert Sylbert (Sarrazin),
Alice, Harry Klein, Ruby (Bedelia), James (Dern) e Shirl.
Jane Fonda no papel de Gloria Beatty |
O papel de Gloria levou a carreira de Jane Fonda a novo patamar e,
provavelmente, ao ápice da interpretação[1].
Certamente, consolidou-a como atriz dramática. O salto foi monumental. Ela vinha
do risível Barbarella (1968), para o qual viveu, sob direção do então
marido Roger Vadin, a personagem-título. Gloria é uma jovem abatida, espiritualmente
mortificada. Pretende ser estrela de cinema, mas tem plena ciência de que
dificilmente atingirá tal objetivo. Aparentemente, é alguém que passou por
todas as experiências indesejáveis, inclusive por iguais maratonas de dança. Está
visivelmente cansada de viver depois de tantos abusos, decepções, derrotas e
pobreza. Protege-se emocionalmente sob as carapaças do cinismo, do ceticismo e
da rispidez, o que não a impede de estar à beira de um trágico colapso
emocional de brutais proporções. Apesar de intratável, é a mais lúcida dentre
os competidores. Tem no frágil, ingênuo e passivo Robert o parceiro de dança
improvisado de última hora, como solução emergencial. O rapaz se impõe como a
representação de muitos jovens alienados que experimentaram os efeitos da
grande depressão sem que tivessem noção alguma da gravidade do momento. Estava
simplesmente à deriva quando foi atirado pelo destino — a escolha de Rocky —
numa competição que o atraía marginalmente, como devaneio da curiosidade. Passou
por traumática experiência na infância — exposta logo no começo, na
apresentação dos créditos — que o marcará para sempre, principalmente com
respeito à piedade e misericórdia ao sofrimento alheio. Os desdobramentos
dessas particularidades explicarão, no epílogo as razões do título original, They
shoot horses, don't they?, bem como as diversas inserções rápidas,
aparentemente mal explicadas, que correm paralelas ao drama principal encenado
na pista de dança e o apresentam em situação de prisioneiro às voltas com a
justiça.
Michael Sarrazin como Robert Sylbert |
Tão sofrida como Gloria é a mais confiante e não menos frágil Alice —
de cabelos platinados como Jean Harlow —, também candidata a estrela e pronta a
desabar emocionalmente a qualquer instante. Já o simplório casal James e Ruby
perdeu a propriedade rural com a débâcle
econômica. Agora provê o sustento no circuito de maratonas. Participaram de
várias. Não possuem outras alternativas à sobrevivência imediata que não o
implacável e acentuado desgaste físico das evoluções dançantes, com o agravante
da avançada gravidez de Ruby. Tão desafortunado quanto os demais é Harry — otimista,
enérgico e veterano herói de campanhas militares estadunidenses mundo afora. A esse
defensor dos ideais do país sobraram apenas as pistas de dança como forma de se
manter. Pagará preço excessivamente alto pelo direito de continuar competindo,
valor mais elevado que o cobrado à extenuada parceira Shirl, desclassificada
após chegar aos limites da resistência e desabar sobre os joelhos em plena
evolução — sobrepujada por sono e fadiga.
Quase totalmente
limitado aos ambientes fechados do ginásio adaptado em salão de dança — além
dos dormitórios, banheiros, depósitos e escritórios —, A noite dos desesperados
só permite o vislumbre dos raios de sol em rápidos momentos, pelas janelas e
claraboias. Os interiores são soturnos, captados por iluminação densa, filtrada
em vermelho, o que só aumenta as sensações de neurose e isolamento. Ainda
assim, não é um filme claustrofóbico. É o quinto longa dirigido para cinema por
Sydney Pollack. Inicialmente, firmou carreira na realização de episódios para
diversas telesséries entre 1961 e 1965. A seguir, abre promissora carreira de
cineasta. Estreia com Uma vida em suspense (The
slender thread, 1965). Seguem-se Essa mulher é proibida (This
property Is condemned, 1966), Revanche selvagem (The
scalphunters, 1968), Enigma de uma vida (The
swimmer, 1968), de Frank Perry[2],
e A
defesa do castelo (Castle keep, 1969). Após A
noite dos desesperados fez Mais forte que a vingança (Jeremiah
Johnson, 1972), Nosso amor de ontem (The
way we were, 1973) e Operação Yakuza (The
Yakuza, 1974).
Por ora, A noite dos desesperados é o carro-chefe de Pollack. Para transmitir
de modo crível a sensação de crescente decomposição dos personagens ao logo da
maratona, filmou na sequência ordenada pelo roteiro. Desse modo, o esgotamento
dos atores se projeta naturalmente nos semblantes dos personagens e se amplia à
medida que a narrativa progride. A objetiva privilegia os primeiros planos, close ups e angulações pouco comuns que
transformam as evoluções na pista em momentos de pulsação fatigada de todo o
ambiente. No centro dos acontecimentos, na periferia do salão e em meio às
arquibancadas, o décor aparenta esmaecida
vitalidade. Momentos mornos, em decorrência de algum lento acompanhamento
musical e do próprio cansaço dos personagens, evoluem para os agitados derbys nos quais os competidores
precisam ir além do suportável para assegurar o direito de continuar dançando —
ou morrendo.
Acima e abaixo, momentos dos derbies: à frente, Gloria (Jane Fonda) e Robert (Michael Sarrazin) |
Não há momentos para otimismo e alívios cômicos ao longo de todo o
filme. Alguma descontração, na forma de cáustico humor negro, é paradoxalmente
garantida por Gloria. Durante rápido intervalo, após quase 1000 horas de dança,
uma enfermeira pergunta se ela deseja algum medicamento para aliviar a tensão
dos pés. "Que tal uma serra?" — é a resposta. Mesmo assim, a graça da
tirada provoca apenas o riso nervoso. Cinismo, desesperança, instinto de
preservação, animalização, desespero e agonia se instalam como inseparáveis
companheiros de viagem daquele que se dispuser a ver A noite dos desesperados.
É realização plenamente adulta, verdadeira e angustiante. Nem parece um produto
hollywoodiano.
A solução encontrada para o final difere do livro e é das mais adequadas.
No filme, julgando-se ludibriados, Gloria e Robert abandonam a maratona ao
descobrir que disputavam não a integridade do prêmio de mil e quinhentos
dólares e também após rechaçar a proposta de divertir a plateia com um
casamento real que lhes renderia presentes facilmente convertidos em dinheiro. No livro,
após o último derby, Ruby não resiste
e entra em trabalho de parto em pleno salão. Em consequência, a saúde pública
suspende a maratona. O cachê termina dividido entre os concorrentes que
sobraram até o momento. Cada qual recebe módicos e frustrantes 50 dólares.
No derby: Gloria (Jane Fonda) e Harry Klein (Red Buttons) seguidos de Alice (Susannah York) e Robert Sylbert (Michael Sarrazin) |
A noite dos
desesperados fez jus, merecidamente, a muitos prêmios. Recebeu na
Bélgica, em 1971, como Melhor Filme, o Grand Prix de l'Union de la Critique de Cinéma. Em 1970,
listado entre os Dez Melhores Filmes do Período, levou o NBR Award do National
Board of Review. Nesse ano, pela Melhor Direção, Sydney Pollack ganhou o
Cariddi D'Oro no Festival Internacional do Filme de Taormina. Na categoria de
Melhor Atriz, Jane Fonda venceu, em 1969, o prêmio do New York Film Critics
Circle; e em 1970, levou as láureas do Kansas City Film Critics Circle e do
National Society of Film Critics — pelo qual ficou em segundo lugar. Em Madrid,
1972, Fonda marcou a terceira posição na corrida aos Fotogramas de Plata por
Melhor Performance em Realização Estrangeira. Na categoria de Melhor
Ator Coadjuvante, Gig Young ganhou, em 1970, o Oscar, Globo de Ouro e os
prêmios do Kansas City Film Critics Circle e New York Film Critics Circle, no
qual se classificou em terceiro lugar. Susannah York fez jus ao BAFTA (British
Academy of Film and Television Arts) Film
Award de 1971 como
Melhor Atriz Coadjvante.
Gloria Beatty (Jane Fonda) |
A noite dos
desesperados ainda mereceu indicações ao Globo de Ouro de Melhor Filme
Dramático (1971); Oscar, Globo de Ouro, Directors Guild of America Award como Outstanding
Directorial Achievement in Motion Pictures e o Nastro d'Argento do Sindacato
Nazionale Giornalisti Cinematografici Italiani (1971) para Sydney Pollack; WGA
Award (1970) do Writers Guild of America, Oscar e BAFTA Film Award para James
Poe e Robert E. Thompson por Melhor Roteiro Adaptado; Oscar, Globo de Ouro e
BAFTA Film Award para Jane Fonda; Oscar e Globo de Ouro para Susannah York por
Melhor Atriz Coadjuvante; Globo de Ouro para Red Buttons e BAFTA Film Award a
Gig Young, ambos nominados a Melhor Ator Coadjuvante; BAFTA Film Award para
Michael Sarrazin como Mais Promissora Revelação em Papéis Principais ;
BAFTA Film Award por Melhor Montagem a Fredric Steinkamp; Oscar a Harry Horner
e Frank R. McKelvy por Melhor Cenografia (Direção de Arte + Decoração), Donfeld
por Melhores Figurinos; e Johnny Green e Albert Woodbury por Melhor Música e
Melhor Trilha Musical.
Roteiro: James Poe, Robert E. Thompson, com base em novela
homônima de Horace McCoy. Direção de
fotografia (Panavision, DeLuxe Color): Philip H. Lathrop. Desenho de produção: Harry Horner. Decoração: Frank McKelvey. Montagem: Fredric Steinkamp. Coreografia: Tom Panko. Produção associada: John Green. Música: John Green. Orquestração e arranjos: John Green, Albert Woodbury. Canção:
Easy
come, easy go (John Green, Edward Heyman). Casting: Lynn Stalmaster, James Martell (não creditado), Jack
Roberts (não creditado). Penteados de
Jane Fonda: Sydney Guilaroff. Penteados
de Susannah York: Ina Claire. Penteados
(não creditados): Shirley Gilbert, Carla Hadley, Lenore Weaver, Sherry
Wilson. Figurinos: Donfeld. Assistente de direção: Al Jennings, C.
E. Dismukes (não creditado). Maquiagem:
Frank McCoy. Produtor executivo:
Theodore B. Sills, Morty Heilig. Maquiagem
de corpo: Maggie O'Connor (não creditada). Gerente de produção: Edward Woehler. Direção de segunda unidade: Joel Chernoff (não creditado). Segundo assistente de direção: Lynn
Guthrie (não creditado). Contrarregra:
Ben L. Goldman, Danny Beneducci. Ilustrador
da produção: Mort Rabinowitz. Camareiro:
Frank L. Brown (não creditado). Edição
de efeitos sonoros: Norval D. Crutcher. Som: Tom Overton. Operador
de boom: Ora Hudson (não creditado). Gravação
de som: Brandon Kellogg (não creditado). Mixagem da regravação: Tex Rudloff (não creditado). Efeitos especiais: Blondie Anderson(não
creditado). Dublê: Chad Evans (não
creditado). Operador de câmara: Duke
Callahan. Assistentes de câmera (não
creditados): William Classen, Richard Doran, Cliff King, Craig Novak. Fotografia de cena (não creditada): Art
Say, Robert Willoughby, Barry Wexler. Eletricista-chefe:
Lee Wilson (não creditado). Confecção de
figurinos: Michael J. Harte, Mina Mittelman. Guarda-roupa (não creditado): Vou Lee Giokaris, Violet B. Martin,
Thalia Phillips, Bob Scott, Joe Somaruga, Ronald Wind. Joias: Joan Joseff (não creditada). Assistente de montagem: Don Guidice. Edição musical: Harry King. Mixagem
da trilha musical: Dan Wallin (não creditado). Instrutor de diálogos: Herbert DuFine. Créditos de abertura: Phill Norman. Publicidade: Emily Torchia. Continuidade:
Joyce Webb. Consultor técnico: Noble
'Kid' Chissell (não creditado). Fornecimento
de cranes: Chapman/Leonard Studio Equipment (não creditado). Companhia de elaboração de créditos: Cinefx.
Companhia de efeitos óticos:
National Screen Service. Companhia de
publicidade: Solters & Digney (não creditado). Sistema de mixagem de som: Estereofônico em 4 canais. Tempo de exibição: 124 minutos (129
minutos no original).
(José Eugenio Guimarães, 1974)
Hola Eugenio, en España esta gran película se tituló Danzad, danzad malditos y aunque siempre suelo estar en contra de las traducciones no fieles a la propuesta presentada, en esta ocasión el titulo traducido pienso que es un acierto absoluto.
ResponderExcluirMe gusta como reflejas en la reseña el periodo histórico que atravesaba Estados Unidos en la gran depresión y lo que la gente estaba dispuesta a hacer para tratar de sobrevivir. Y no es ni más ni menos que convertir una disciplina artística como el baile en un maratón físico de supervivencia. En cuanto a los premios es curioso que en los Oscars no fuera nominada a mejor película y en cambio obtuviera múltiples nominaciones en los demás apartados.
Un abrazo Eugenio y gracias por tu estupendo análisis de la película.
Esta película me dejó marcas profundas, Miguel Pina. Quedé asombrado cuando a vi. Nada, hasta entonces, me hube sido permitido ver en el cine de los EE.UU., con tamaña contundencia. Hallé muy interesante el título que recibió en España. De hecho, es adequadíssimo. Sin embargo, creo que los electores de la Academia aún no estaban suficientemente preparados para indicarla a Oscar de Mejor Película. Para los patrones de los cine de los EE.UU., esta película debe haber sido uno choque devastador, aún en los contestadores años 60.
ExcluirSaludos y abrazos.