Os talentosos John Alexander, Josephine Hull e Jean Adair repetiram
no cinema os personagens que interpretaram no palco. Infelizmente, Boris
Karloff não teve igual oportunidade, mas foi substituído à altura por Raymond
Massey. Porém, graças às melhores tramas do imponderável, Cary Grant ficou com
o papel originalmente defendido no tablado por Bob Hope. De quebra, ainda há
Peter Lorre como o mais improvável dos cirurgiões plásticos. Cada formação social
atribui significados e limites ao "normal" e ao "patológico".
Também se sabe, talvez por Machado de Assis, que "De perto ninguém é
normal". Acerca disso, a palavra deve ser dada a Mortimer Brewster (Grant)
em Esse
mundo é um hospício (Arsenic and old lace, 1941),
deliciosa e movimentada comédia maluca de Frank Capra. É realização repleta de
liberdades nas considerações aos limites da sanidade e, consequentemente, da loucura,
sem esquecer o espinhoso tema da morte. Os trabalhos da "lúgubre
senhora" são bancados por generosas, simpáticas e brejeiras velhinhas
resguardadas por segredos cuidadosamente abrigados no porão, graças ao empenho
do próprio Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos. Mortimer
descobre em família verdades que abalam os pilares de sua aparente normalidade.
Por outro lado, atiçam a insanidade de Jonathan Brewster (Massey) o irmão
psicopata e foragido. Esse mundo é um hospício explica
porque François Truffaut incluiu Frank Capra entre os "quatro ases"
da comédia estadunidense. A apreciação a seguir é de 1988.
Esse mundo é um
hospício
Arsenic
and old lace
Direção:
Frank
Capra
Produção:
Howard
Lindsay, Russel Crouse
Warner
Brothers-First National Picture, Frank Capra Productions
EUA — 1941
Elenco:
Cary
Grant, Priscilla Lane, Jack Carson, Raymond Massey, Edward Everett Horton,
Peter Lorre, James Gleason, Josephine Hull, Jean Adair, John Alexander, Grant
Mitchell, Edward McNamara, Garry Owen, John Ridgely, Vaugham Glaser, Chester
Clute, Charles Lane, Edward McWade e os não creditados Spencer Charters, Jimmy
the Crow, Sol Gorss, Herbert Gunn, Roland Jones, Hank Mann, Spec O'Donnell, Lee
Phelps, Don Phillips, Raymond Walburn, Leo White, Jean Wong.
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Diversão no estúdio durante intervalo das filmagens de Arsenic and old lace O diretor Frank Capra - de pé - e, ao piano, Cary Grant, intérprete de Mortimer Brewster |
Apesar de lançado
somente em 1944, Esse mundo é um hospício foi filmado três anos antes. Frank
Capra o realizou pouco depois de Adorável vagabundo (Meet
John Doe, 1941). A seguir, de 1942 a 1945, dedicou-se por inteiro ao
esforço bélico. Participou da Segunda Guerra Mundial como documentarista da
frente e da retaguarda das batalhas. Enquanto esteve mobilizado, dirigiu 13
documentários factuais e de propaganda[1].
Esse mundo é um
hospício é adaptação da peça de humor negro de Joseph Kesselring,
encenada anos a fio na Broadway. Praticamente não sofreu alterações na transposição
para a tela. O sucesso de público da montagem teatral explica o atraso de três
anos no lançamento do filme. Devido às cláusulas contratuais, só poderia entrar
em cartaz depois de encerrada a carreira no palco.
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Mortimer Brewster (Cary Grant) e Elaine Harper (Priscilla Lane) entre as tias Martha (Jean Adair) - atrás - e Abby (Josephine Hull) |
É uma das mais
deliciosas e divertidas comédias cinematográficas. Brinca com a morte sem se
preocupar em demonstrar o menor respeito com essa dama de triste figura,
garantia do fim de todos. A ausência de limites com um tema cercado de tabus é,
provavelmente, a causa do reduzido público que arregimentou quando do
lançamento. Uma explicação para o fracasso é esta: no cinema, os aspectos
macabros, irreverentes e profanos da encenação estão mais próximos do
espectador e em permanente movimento; no teatro, o ponto de vista permanece em
geral inalterado; portanto, é mais impessoal e distanciado.
É caso único na
filmografia do diretor, principalmente se for relacionado junto de outras
realizações caprianas do período.
Desta vez Capra não concentra a ação em torno de um indivíduo abnegado, em luta
pela redenção dos valores da coletividade esmagada pela maquinaria fria da
ambição econômica e política, coligada muitas vezes aos interesses mais
mesquinhos e corruptos. Este assunto ilustra os trabalhos mais famosos do
cineasta, classificados na rubrica “filmes do populismo”: O galante Mr. Deeds (Mr.
Deeds goes to town, 1936), Do mundo nada se leva (You
cant’t take it with you, 1938), A mulher faz o homem (Mr.
Smith goes to Washington, 1939) e Adorável vagabundo.
O “herói” de Esse
mundo é um hospício não é porta-voz de uma causa e está apartado de
qualquer problemática social. O filme, da mesma forma, passa ao largo dessas
questões. Mortimer Brewster (Grant) se preocupa somente consigo mesmo, e como! Tem
razões de sobra para isso. Além de severo crítico teatral, é um famoso e
convicto celibatário. Publicou a Bíblia do solteiro, autêntico libelo
contra o casamento. No entanto, é flagrado no começo do filme na fila do
cartório de registro civil, prestes a renegar sua mais cara profissão de fé. Contrai
matrimônio com Elaine Harper (Lane), filha de pastor metodista. A garota mora
no Brooklin e tem por vizinhas as adoráveis e saltitantes tias do noivo: Martha
(Adair) e Abby (Hull). Ambas dividem um casarão com Teddy (Alexander), o sobrinho
louco varrido que se identifica a Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados
Unidos e um dos principais responsáveis pela construção do Canal do Panamá —
dado fundamental para a plena compreensão de Esse mundo é um hospício.
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Mortimer Brewster (Cary Grant) e Elaine Harper (Priscilla Lane) |
Antes de partir
para a lua-de-mel nas Cataratas do Niagara, Mortimer leva aos parentes a notícia
do casamento. Entretanto, estaria melhor se não o fizesse. Descobrirá verdades
terríveis sobre as tias. São mais loucas que o primo Teddy. Aparentemente
normais, as simpáticas e brejeiras velhinhas dedicam a vida a despachar desta
para a melhor os idosos infelizes, solitários e enfermos que as procuram
atraídos pelo aviso "Quartos para alugar”. Uma taça de vinho de sabugueiro
misturado a um coquetel fatal põe fim ao sofrimento dos coitados. Até o momento
Martha e Abby despacharam doze pobres-diabos. São enterrados ali mesmo, no porão,
batizado de Panamá. Teddy é responsável pelas escavações das comportas do
canal, ou melhor, das covas. As inumações são realizadas com todo o respeito e
piedade cristã, ao som de hinos e leituras bíblicas. Não é por maldade que agem
Martha e Abby. Muito ao contrário! Ambas acreditam piamente que fazem o bem ao
abreviar o sofrimento dos anciãos involuntariamente transformados em suas
vítimas.
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O incauto Mr. Witherspoon (Edward Everett Horton) prestes a ingerir o batizado vinho de sabugueiro servido por Abby (Josephine Hull) e Martha (Jean Adair) |
Mortimer percebe
que algo vai mal ao descobrir um corpo em posição jacente na arca da sala, na "espera"
da conclusão de mais uma "comporta" encomendada a Teddy. Apesar de
apavorado, o personagem interpretado por Cary Grant tem tempo de impedir que mais
um coitado beba da fatal mistura. Só lhe resta uma alternativa: providenciar a
internação das tias e do primo em um manicômio, mas sem levantar suspeitas
quanto ao porão e às "comportas do canal", de modo a proteger os
familiares de complicações com a justiça. Aliás, riscos a tanto existem:
policiais periodicamente visitam a casa para um agradável e divertido bate-papo
com as tias ou em busca de donativos destinados às obras de caridade, sempre
providenciados pelas prestativas senhoras — afinal, os mortos não sentirão falta
de seus pertences.
Porém, para
atrapalhar os planos de Mortimer aparece o irmão Jonathan (Massey), foragido da
justiça, assassino e psicopata em busca de abrigo. Está acompanhado de um
cadáver e um cúmplice, o Dr. Einstein (Lorre) — suposto cirurgião plástico responsável
pela alteração periódica da fisionomia do facínora com o fim de despistar a
polícia. Com tantas marcas no rosto, o bandido é a própria duplicata da
criatura de Frankenstein, tantas vezes vivida no cinema por Boris Karloff. Este
interpretou Jonathan no palco. Não teve disponibilidade para reviver o personagem
no cinema, mas foi substituído à altura por Raymond Massey.
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Teddy Brewster - aliás, Theodore Roosevelt tal e qual -, Dr. Einstein (Peter Lorre) e Jonathan Brewster (Raymond Massey) |
Três atores da
montagem teatral participam da encenação de Capra: Josephine Hull, Jean Adair e
John Alexander, todos em férias do palco por ocasião das filmagens. Cary Grant,
felizmente, foi escalado para viver o protagonista. Assim, livrou o público da
insuportável presença de Bob Hope. Aceitou 150 mil dólares para interpretar
Mortimer. Desse montante, desembolsou 50 mil e direcionou o restante ao esforço
de guerra.
Ao tomar ciência
dos macabros eventos, Mortimer praticamente esquece o casamento, a mulher e o
motorista de táxi (Owen). Este passa todo o filme à espera do casal que deveria
conduzir ao embarque para a lua-de-mel. Diante de tanta loucura na família, o
protagonista manifesta preocupação com a própria sanidade, principalmente com
seus genes e, acima de tudo, com a saúde mental da prole que poderá ter com
Elaine. Desde a revelação do corpo na arca, Esse mundo é um hospício
se transforma em frenética comédia maluca, repleta de correrias, diálogos
acelerados e espantos de Mortimer, além de observações surrealistas e
espirituosas das tias e intervenções macabras dos criminosos. Toda a ação
acontece praticamente em um só cenário: o casarão dos Brewster. A exiguidade do
espaço, aproveitada nos mínimos detalhes, concentra a comicidade do filme na
performance dos atores em permanente movimentação. A expressão catatônica e a
agitação frenética de Mortimer — parece mais
louco que os parentes — se combinam perfeitamente com a
alegre e letal inocência das tias; cruzam-se magnificamente com o ar
presidencial de Teddy; e fazem contraponto à ameaça que toma conta do ambiente
com a chegada do perverso e enfurecido Jonathan. Peter Lorre, qual aparvalhado cientista
louco premido pelas circunstâncias, repete, no fundo, personagens que interpretou
desde M, o vampiro de Dusseldorf (M, eine stadt sucht den moerder,
1931), de Fritz Lang. É impossível conter o riso, principalmente diante da
expressão algo impassível e frustrada de Jonathan ao descobrir que tem, nas
tias, competidoras à altura, a ponto de se igualar a elas na disputa do jogo
mortal. É quando decide dar cabo de Mortimer — seu desafeto desde a infância — para
desempatar a partida.
Tia Martha (Jean Adair) revela o segredo da arca ao incrédulo sobrinho Mortimer (Cary Grant) |
Tias Abby (Josephine Hull) e Martha (Jean Adair) |
No fim, tudo
termina bem, apesar da desastrada intervenção policial. O porão permanece como segredo
da família — afinal, quem daria crédito aos testemunhos de gente tão louca? Mesmo
assim, Elaine quase põe tudo a perder. A pronta intervenção do marido salva a
situação. Os nubentes partem para a lua-de-mel enquanto as tias e "Teddy
Roosevelt" tomam o caminho de uma casa de repouso. Jonathan, recapturado,
é devolvido ao manicômio. Enquanto isso, o Dr. Einstein se aproveita de
improvável distração da polícia para escapar, mas a tempo de autorizar, com sua
suspeita assinatura, a internação dos loucos. Antes do encerramento definitivo,
Mortimer descobre, com grande alívio, que não é exatamente um Brewster. Apesar
do sobrenome, foi adotado. Portanto, não tem motivos para temer as peças que a
genética poderia lhe pregar, inclusive aos seus descendentes. Poderá levar uma
vida tranquila ao lado de Elaine.
Dr. Einstein (Peter Lorre), Jonathan (Raymond Massey), Abby (Josephine Hull), Mortimer (Cary Grant), Elaine (Priscilla Lane) e Martha (Jean Adair) |
Frank Capra foi sabiamente
considerado por François Truffaut como o quarto integrante do four de ases da comédia estadunidense ao
lado de Leo McCarey, Ernst Lubitsch e Preston Sturges. Retoma com Esse
mundo é um hospício temas caros da comédia burlesca, subgênero no qual
se iniciou ao escrever argumentos e roteiros para filmes com Harry Langdon[2]
e outros produzidos por Hal Roach ou sob a direção de Mack Sennett. Por isso, o
título em apreço é um feliz reencontro com a melhor tradição do cinema estadunidense
das origens, cujas raízes parecem estar irremediavelmente perdidas. Da mesma
forma desapareceram, sem deixar herdeiros, os principais mestres que animaram o
espírito cômico de toda uma época: cineastas dotados de verve e talento que souberam,
como poucos, combinar o humor com a inteligência e o refinamento.
Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, com base na
peça de Joseph Kesselring. Direção de fotografia
(preto e branco): Sol Polito. Direção
de diálogos: Harold Winston. Montagem:
Daniel Mandell. Direção de arte: Max
Parker. Som: C. A. Riggs. Maquiagem: Perc Westmore, George Bau
(não creditado), John Wallace (não creditado). Efeitos especiais: Byron Haskin, Robert Burks. Música: Max Steiner. Orquestração
e arranjos: Hugo Friedhoffer. Direção
musical: Leo F. Forbstein. Figurinos:
Orry-Kelly. Assistente de direção:
Russell Saunders (não creditado). Produção
executiva: Jack L. Warner. Produção
associada: Frank Capra (não creditado). Penteados: Anita De Beltrand (não creditada). Gerente de unidade: Eric Stacey (não creditado). Gerente de produção: Steve Trilling
(não creditado). Segundo assistente de
direção: Claude Archer (não creditado). Contrarregra (não creditada): Lucien Hafley, Keefe Maley. Assistência de contrarregra (não
creditada): Alfred Williams, Levi C. Williams. Mixagem de som: Everett Alton Brown (não creditado). Segundo operador de câmera: Wesley
Anderson (não creditado). Assistentes de
câmera (não creditados): Frank Evans, Harold Noyes. Fotografia de cena: Mickey Marigold (não creditado). Eletricista-chefe: Charles O'Bannon
(não creditado). Joalheria: Eugene
Joseff (não creditado). Guarda-roupa
(não creditado): Cora Lobb, Leon Roberts. Produtores no palco: Russel Crouse, Howard Lindsay. Publicidade: Bob Fender (não
creditado). Pesquisa: Herman
Lissauer (não creditado). Marcação de
cena para Cary Grant: Mal Merrihugh (não creditado). Revisão do roteiro: Wandra Ramsey (não creditada). Estúdio de mixagem de som: RCA Sound
System. Tempo de exibição: 118
minutos.
(José Eugenio Guimarães, 1988)
[1]
Sete desses filmes são da série Porque combatemos (Why
we fight): Prelude to war (1942); The nazis strike (1943); Divide
and conquer (1943), codirigido por Anatole Litvak; The battle of Britain
(1943); The negro soldier in World War II (1944); The battle of Russia
(1944); e The battle of China (1942), codirigido por Anatole Litvak. Os quatro primeiros foram exibidos
no Brasil com títulos traduzidos fielmente dos originais: Prelúdio de guerra, Os
nazistas atacam, Divida e vencerás, e A
batalha da Inglaterra. Outros documentários são: Tunisian victory (1944),
exibido entre nós como A conquista da Tunísia; Know
your ally: Britain (1944); Know your enemy: Germany (1945); Know
your enemy: Japan (1945); codirigido por Joris Ivens; War comes to América
(1945); e Two down, one to go (1945).
[2] Frank Capra também dirigiu
Langdon em Um homem forte (The strong man, 1926) e Pinto
calçudo (Long pants, 1927).
Hola Eugenio.
ResponderExcluirExcelente y completa reseña de esta película que en España se tradujo y título 'Arsenico por compasion'.
Bueno el capítulo de las traducciones en los distintos países daría para una reseña exclusiva por si misma.
Respecto al filme, te comentaré que es uno de mis preferidos y algún día me gustaría escribir sobre el.
Cary Grant es de mis actores favoritos y de Frank Capra sólo puedo hablar maravillas.
Muy interesantes las referencias que haces al teatro, muy bien explicado.
Espero que puedas entender bien el comentario, ya sabes que no domino tu idioma para escribir en el.
Un abrazo y gracias por esta magnífica crítica de cine.
Hola, Miguel. No se preocupe. Puedo entenderlo perfectamente.Espero tener la oportunidad de leer, algún día, la resenha que pretende escribir para esta película. Cary Grant es un gran actor y un excelente comediante. Menos mal que él quedó con el papel de Mortimer. Para mí, sería desastroso se lo personaje fuera representado por Bob Hope, que lo interpretó en el teatro. No sé lo que usted halla de Bob Hope. Yo lo considero desastroso y sin gracia. Creo que solamente los estadunidenses lo aprecian. Sobre las traducciones de títulos extranjeros en los más diversos países... En Brasil, una película como SHANE, de George Stevens, es conocido como Los BRUTOS TAMBIÉN AMAN; WILD BUNCH, de Sam Peckinpam, es conocido aquí como MI ODIO SERÁ SU HERENCIA. Lo Brasil tiene ejemplos terribles para títulos.
ExcluirAbrazos, saludos y muchas gracias.
¡Hola!
ResponderExcluirmuy interesante la entrada, me ha gustado muchísimo. Con muchos detalles :)
He seguido tu blog, ¿Me seguirías devuelta?,
Que pases una buena semana <3
Muchas gracias por la visita y por el comentario, Arual Gallardo. Claro que seguiré usted. ¿Pero donde puedo encontrarla?. No la localicé en el G+. ¿Tiene un blog? ¿Cuál es? Abrazos y saludos.
ExcluirEstoy siguiendo su blog "Obsesión por la lectura" en el Google+, Arual Gallardo. Saludos.
ExcluirEugenio,
ResponderExcluirNão sei se tens minhas manias de preferencias ou ojerizas por diretores ou atores.
Eu a tenho e não nego.
Não vejo qualquer filme de certos atores ou mesmo de alguns poucos diretores, que me decepcionaram em algumas passagens que vi com eles.
E o Grant é um deles. Não gosto de seus cacoetes, de seu modo de fazer comédias, o que me parece serem todas iguais. Enfim; vi dele, e que me deu agrado, apenas Intriga Internacional/59 e o ótimo Orgulho e Paixão/57.
Vi mais algumas comédias sem qualquer graça (pois ele não sabe fazer comédias), mas não me adaptei ao seu modo de interpretar e parei de ver seus filmes, não conhecendo portanto o filme em pauta.
jurandir_lima@bol.com.br
Não, Jurandir! Felizmente não padeço deste mal. Aliás, já tive a oportunidade de lhe falar sobre isto em alguma resposta a comentário seu em alguma outra postagem deste blog. Não me fecho a ninguém, nem mesmo a Ronald Reagan ou ao Adam Sandler. São horríveis. Mas sempre fico de prontidão, por mais que não os aprecie, esperando pelo momento no qual poderão, quem sabe, me surpreender.
ExcluirPor outro lado, gosto muito do Cary Grant e nunca me decepcionei com ele. Além do mais, foi eleito, junto com a Katharine Hepburne, durante os festejos do centenário do cinema, como os dois melhores atores do cinema americano. Considero-o muito versátil, bom para dramas, comédias e policiais. Agindo como você age, acaba perdendo a oportunidade de ver muita coisa boa por uma cisma que não tem razão alguma de ser.
Abraços.
Excelente filme, divertimento certo, meu pai adorava os filmes de Frank Capra !!
ResponderExcluir