domingo, 3 de setembro de 2017

VINCENTE MINNELLI À FRENTE DE UM DOS MAIS FEÉRICOS E ARROJADOS MUSICAIS

O diretor Vincente Minnelli e o produtor Arthur Freed estão entre os principais renovadores dos filmes musicais nos anos quarenta. Até então, a RKO Radio e a Warner Brothers detinham a primazia no gênero. Graças a esses pioneiros, a Metro-Goldwyn-Mayer assumirá a dianteira. Essencialmente, a companhia do leão passa a ser sinônimo desse tipo de realização, ao qual atribuirá inegável selo de qualidade. O pirata (The pirate, 1948), dirigido por Minnelli e produzido por Freed, é um dos emblemas da década e dessa particular categoria de escapismo cinematográfico. Radicaliza na valorização do movimento. É um dos espetáculos mais dinâmicos que há. No quesito fantasia também atinge o paroxismo, ainda mais pela exposição sem peias das cores mais fortes permitidas pela paleta do antigo e vibrante Technicolor. Segundo minhas considerações, é um filme perfeito desde a concepção à celebração do tema da alegria de viver. Os antecedentes tumultuados por intrigas e desencontros, mais a agudização da enfermidade de Judy Garland durante as filmagens, felizmente não prejudicaram o resultado final. No papel da sonhadora Manuela, enredada nas tramas de uma vidinha rotineira e desprovida de maiores atrativos, a atriz está exuberante. Gene Kelly tem a oportunidade de desempenhar um dos personagens mais atléticos e expansivos de sua carreira: o saltimbanco Serafin, digno da jovialidade acrobática de um Douglas Fairbanks. Lamentavelmente, O pirata fracassou nas bilheterias. A narrativa audaciosa e francamente descontraída para os padrões da época e de um filme musical, certamente assustou o público. Como bem apontou Arthur Freed, estava à frente de seu tempo. A apreciação a seguir é de 1997.







O pirata
The pirate

Direção:
Vincente Minnelli
Produção:
Arthur Freed
Metro-Goldwyn-Mayer
EUA — 1948
Elenco:
Judy Garland, Gene Kelly, Walter Slezak, Reginald Owen, Gladys Cooper, The Nicholas Brothers (Fayard Nicholas, Harold Nicholas), George Zucco, Lester Allen, Lola Deem, Ellen Ross, Mary Jo Ellis, Jean Dean, Marion Murray, Ben Lessy, Jerry Bergen, Val Setz, The Gaudsmith Brothers, Cully Richards, Ellen Ray e os não creditados Lola Albright, Marie Allison, Anne Beck, Oliver Blake, Wheaton Chambers, George Chandler, Bruce Cowling, Willa Pearl Curtis, Peter Cusanelli, William Edmunds, George Emerson, Anne Francis, Fred Gilman, Suzette Harbin, Jane Howard, Paul Maxey, Jill Meredith, Aurora Navarro, Jimmy Page, Sharon Saunders, Dick Simmons, Dee Turnell, Irene Vernon, O.Z. Whitehead, Marie Windsor. 



Nos bastidores de O pirata
 O diretor Vincente Minnelli e Judy Garland - intérprete de Manuela -, casados à época, e a filha Liza Minnelli



Esta soberba criação de Vincente Minnelli é um dos melhores musicais hollywoodianos. Veio à luz no período em que a Metro-Goldwyn-Mayer tomava da Warner Brothers a dianteira nas produções do gênero. É uma farsa exuberantemente barroca. Não tem vergonha de carregar no colorido forte, com predominância de tons vivíssimos do vermelho, amarelo e azul. Mistura as convenções da opereta e a agilidade dos filmes de capa e espada. Apresenta Gene Kelly no esplendor do vigor físico. O dançarino e coreógrafo faz misérias em evoluções que exigiram movimentos os mais complexos e diversificados; alterna a segurança da superfície plana por arriscadas escadarias, sacadas, paredes e corda-bamba. Narra com competência rítmica uma história simples, ingênua, absurda e saborosa.


Quando do lançamento, O pirata encantou a crítica. Infelizmente, a reação do público foi morna. Na ocasião, Arthur Freed — o produtor e coreógrafo que transformou a Metro-Goldwyn-Mayer em sinônimo de musical — encontrou convincente explicação para o fracasso: estava à frente de seu tempo[1].


Na origem, O pirata se chama Der seerauber — opereta alemã de Ludwig Fulda concebida em 1911, 32 anos antes de se consagrar como um dos maiores sucessos da Broadway graças ao talento da dupla de dançarinos Alfred Lunt e Lynn Fontanne à frente da encenação de S. N. Berhman. A realização de Minelli tem complicada história de bastidores, recheada de segredos e intrigas. Não se sabe ao certo como tudo começou. Aparentemente, o então produtor, roteirista e futuro diretor Joseph L. Mankiewicz foi o primeiro a chamar a atenção para as potencialidades cinematográficas da peça. Também há quem afirme que partiu de Lemuel Ayres, cenógrafo e figurinista da montagem teatral, a sugestão para Arthur Freed transformá-la em filme. Sabe-se que o chefão da MGM, Louis B. Mayer, não nutria simpatias pelo original. Mesmo assim foi convencido, provavelmente por Mankiewicz, a despender 225 mil dólares na aquisição dos direitos de transposição.


Mayer confiou o destino da produção a Arthur Freed. Entretanto, na surdina e por conta própria, Mankiewicz começou a preparar um roteiro. Planejava transformá-lo em veículo para Judy Garland — com quem vivia um oculto romance. Coincidentemente, Freed também pensou na atriz para o projeto que pretendia concretizar na forma de simples comédia a cargo de Henry Koster — diretor apagado, passado à história pela realização do primeiro filme em CinemaScope: O manto sagrado (The robe, 1953), para a 20th. Century-Fox. Instruída por Mankiewicz, Garland atacou o projeto de Freed. Considerou o roteiro pobre e a personagem que representaria excessivamente pueril. Nesse ínterim, a atriz teve o quadro clínico agravado devido ao vício em antidepressivos. Passou a sofrer frequentes ataques histéricos. Em segredo, Mankiewicz aconselhou-a a procurar tratamento psiquiátrico. Nesse momento a interesseira Ethel Marion Milne, mãe de Garland, entrou em cena e descobriu o idílio. Antipática ao futuro diretor de A malvada (All about Eve, 1950) e fingindo preocupação com a saúde da filha, procurou Mayer. Juntos conspiraram contra o romance. Não demorou para Mankiewicz ser despedido da companhia do leão.


Em 1947, com o caminho livre, Arthur Freed decide o destino do projeto. Será um musical com direção de Vincente Minnelli, à época casado com Judy Garland[2].


Minnelli chegou à MGM em 1940, a convite de Freed. Já tinha a fama de cineasta cuidadoso e exigente, principalmente nos quesitos roteiro, cenografia, tomadas, cor e música. Graças a ele o musical atingiu elevado “grau de perfeição que, depois (...), foi necessário repensá-lo por inteiro para se poder continuar nesse caminho”[3]. Segundo Jean Domarchi, nas páginas de Jean Tulard, Minnelli é a “estilização levada aos extremos (...), uma vontade estética, de algum modo uma recriação do mundo”[4].


Antes de se tornar cineasta, Minnelli estava com a reputação mais que consolidada no ramo do entretenimento, especificamente, no terreno dos musicais. Na década de 30 foi figurinista e cenógrafo de números cinematográficos e da opereta Du Barry. Também foi diretor artístico e produtor de shows e revistas musicais do Radio Music City Hall, de Nova York. Montou espetáculos na Broadway e, em seguida, a Paramount o contratou como diretor e produtor. Entretanto, ficou relegado ao segundo plano. Dirigiu apenas um número dançante para Artistas e modelos (Artists & models, 1937), de Raoul Walsh. Subutilizado, voltou desgostoso à Broadway de onde saiu chamado por Arthur Freed[5].


As primeiras oportunidades de Minnelli na MGM residem na cenografia. Praticamente renova o lugar comum consolidado desde os anos 30. Com resultados além do satisfatório, oferece ideias para musicais de Busby Berkeley e Norman Z. McLeod. Logo é escalado para a direção de Uma cabana no céu (Cabin in the sky, 1942). Daí em diante não pára. Assina E agora seremos felizes (Meet me in St. Louis, 1944), Sinfonia de Paris (An American in Paris, 1950) e A roda da fortuna (The band wagon, 1953). Abre-se às comédias de costumes — O pai da noiva (Father of the bride, 1950) e O netinho do papai (Father little dividend, 1950) —, dramas vigorosos — Assim estava escrito (The bad and the beautiful, 1952), Sede de viver (Lust for life, 1956) e o excessivamente incensado Deus sabe quanto amei (Some came running, 1959).


Na filmografia de Minnelli O pirata aparece entre os pouco satisfatórios dramalhões Correntes ocultas (Undercurrent, 1946) e A sedutora Madame Bovary (Madame Bovary, 1949). Conta história passada no século 17, na interiorana Aldeia dos Cavados situada em ilha do Mar das Caraíbas. Aí vive isolada do mundo a sonhadora e romântica Manuela (Garland), sempre apaixonada pelo notório pirata Mack, o Negro Macoco. É uma órfã tutelada pelos tios: a esperta e calculista Inez (Cooper) e o apagado Capucho (Allen).



Acima e abaixo: a sonhadora Manuela, interpretada por Judy Garland


Macoco é cruel, magnífico, sedutor e romântico segundo a idealização de Manuela. Trata as mulheres como rainhas, com muito carinho e amor. Submetida a uma existência apagada, ela clama pelo bucaneiro. Quer conhecer o mar, viver aventuras, viajar. Contra a crueza da realidade, a mocinha oferece asas ao imaginário.


Pobre Manuela! Tia Inez sepultará suas ilusões de menina. Pressionada por dívidas, contrata para a sobrinha casamento com o homem mais importante do lugar: o gordo, velho e sedentário prefeito Don Pedro Vargas (Slezak). Sem saída e desconsolada, aceita. Antes, porém, pretende conhecer o mar que lhe povoa os sonhos. Viaja com a tia para o litoral de Porto Sebastian e conhece Serafin de Madri (Kelly), ator mambembe e misto de “acrobata, dançarino, equilibrista e também cantor”. Acima de tudo, é um mulherengo e galanteador de primeira. Cai perdidamente apaixonado pela garota. Aparentemente é correspondido. No entanto, é destratado quando fica claro que não passa de um ator ambulante.


O prefeito Don Pedro Vargas (Walter Slezak)

Serafin (Gene Kelly) e Manuela (Judy Garland)

O ator mambembe Serafin (Gene Kelly)


À noite, assaltada por calores, Manuela não consegue dormir. Sob a janela do seu quarto Serafin e trupe se apresentam. Curiosa, resolve assistir. É hipnotizada. A recatada mocinha entra em demoníaco transe e libera os mais ocultos desejos. Leva atores e público ao delírio ao dançar e cantar um número dedicado a Macoco. Serafin, boquiaberto diante de tanta desinibição, não resiste: liberta-a da hipnose com abraço apertado e beijo ardente. Apavorada, Manuela foge às pressas. Procura a proteção de tia Inez. Aos prantos, afirma o desejo de voltar à segurança e tranquilidade da Aldeia dos Calvados. É como se incorporasse a personagem Dorothy, vivida pela mesma Judy Garland nove anos antes em O mágico de Oz (The wizard of Oz, 1939), de Victor Fleming.


Na aldeia, espera o casamento com Don Pedro. Entretanto, guarda carinhosamente, em segredo, o chapéu molhado pelo mar, lembrança de quando conheceu Serafin. Mas eis que soam as fanfarras. O teatro está chegando. Manuela se descontrola e acontece o previsto. Equilibrado na corda de fixação de bandeirolas, o apaixonado ator lhe invade o quarto sob olhar do povo estupefato. Renova as juras de amor. Debatendo-se, ela chama a atenção dos tios e do noivo. Don Pedro, chicote em punho, invade o aposento e flagra o flerte. É questão de honra e como tal será tratada. É quando Serafin reconhece no prefeito a voz de Macoco, que há tempos atacou o navio no qual viajava, deixando-o à deriva. Temendo a revelação do segredo, Don Pedro se deixa dominar. Agora, no controle da situação, o ator assume a identidade do bucaneiro com a clara intenção de conquistar Manuela de uma vez por todas. Tripudia de Don Pedro, humilha a guarnição chamada para prendê-lo e consegue aprovação popular. A jovem volúvel e impressionável delira. Imagina Serafin-Macoco em ação num navio estilizado. Segue-se a sequência The pirate ballet, em vermelho flamejante. Kelly, no melhor estilo acrobático de Douglas Fairbanks, é pura evolução no convés, cordame e nas velas.


Terminado o delírio, Manuela segue confinada em seus aposentos. Responde com negativas à comitiva popular que tenta convencê-la a se apresentar a Serafin-Macoco. Puro fingimento, pois se prepara da melhor forma para a ocasião, vestida de negro insinuante. Decidida, desce as escadas e atravessa a rua como se fizesse o caminho para o sacrifício. Na realidade, está louca para ficar a sós com o verdadeiro amor. Porém, um descuido de Serafin expõe a farsa. Furiosa, zomba do ator e o obriga a se revelar. Em divertidíssima sequência, lança sobre ele, sem chances de defesa, tudo o que encontra.



Acima e abaixo:  Manuela (Judy Garland) e Serafin (Gene Kelly)


Por sua vez, Don Pedro reverte a situação. Parte para a capital de onde retorna apoiado pelo Vice-Rei (Zucco) e à frente de um pequeno exército. Quer — e precisa — se livrar de Serafin. Acusa-o de ser o temido pirata. Preso, o ator é condenado à forca. Não adiantam súplicas pelo indulto, nem mesmo as de Manuela. O prefeito forjou evidências incriminadoras com parte das pilhagens de Macoco.


Chega a hora de execução. Por sorte, Manuela examina as provas. Nota a semelhança entre o anel de noivado presenteado por Don Pedro com outras joias. Descobre tudo. Temeroso, tenta se antecipar às movimentações da jovem. Diante da morte, Serafin tem atendido o último pedido. Oferece um número de hipnose ao Vice-Rei, no qual Don Pedro se revelaria. Tia Inez intervém e atrapalha tudo. Entretanto, em transe fingido, Manuela caminha para Serafin. Chama-o de Macoco, elogia-lhe a coragem, o vigor, a beleza e o caráter. É demais para o verdadeiro pirata. Incapaz de conter o ciúme o prefeito se revela e termina preso.


Tudo acaba bem, como manda o figurino. Manuela se une a Serafin e à trupe. Com os mambembes poderá correr o mundo, conhecer novos lugares e viver muitas aventuras — tudo o que sempre desejou.


Serafin (Gene Kelly) e Manuela (Judy Garland)


A ação de O pirata se desenrola num mundo do mais exagerado faz de conta, nascido da imaginação, do preconceito e do franco desconhecimento dos cenógrafos hollywoodianos quanto à real dimensão das Caraíbas. Entretanto, isso pouco importa. O visual acintosamente fake condiz francamente com a intenção do realizador: fazer um filme para celebrar a alegria de viver. Serafin, na esfuziante interpretação de Gene Kelly, é a representação plena da felicidade. É tudo que Manuela deseja desde o começo, quando idealiza um mundo de sonhos do qual a monotonia está permanentemente afastada graças à constante movimentação garantida pelo pirata imaginário. Movimento é a palavra-chave de O pirata e, essencialmente, de todos os musicais de Minnelli. Significa — e possibilita — alegria e liberdade da alma. É fantasia da mais alta qualidade. A música e as canções de Cole Porter auxiliam a criar a ilusão. O talento do compositor está presente nas composições que abrilhantam os principais números: Niña, Mack the Black, The pirate ballet, You can do no wrong, Be a clown e Love of my life. Gene Kelly oferece graciosa interpretação de Niña. Tem outros momentos de excelência com Be a clown na companhia do grupo The Nicholas Brothers e, a seguir, com Judy Garland. Provoca o sonho no mais mal-humorado dos espectadores. O Technicolor exageradamente irreal da fotografia do craque Harry Stradling — em um dos seus melhores trabalhos — mais a agilidade dos diálogos completam a grandiosidade do conjunto.


Manuela (Judy Garland)


Apesar de não parecer, Judy Garland sofreu agudas crises nervosas durante as filmagens. Faltou a 99 dos 135 dias de atividades. O estado crítico ao qual chegou forçou a eliminação dos números Voodoo e Manuela. Nas filmagens do primeiro, abandonou o set, tomada pelo pavor de morrer queimada ao dançar em torno de uma fogueira. Esse foi apenas o primeiro descontrole de uma série manifestada durante toda a produção e que revelou ao público o quão grave era o estado de saúde da atriz.





Canções (letra e música): Cole Porter. Números musicais: Niña, Mack the Black, The pirate ballet, You can do no wrong, Be a clown, Love of my life. Roteiro: Albert Hackett, Frances Goodrich, Joseph L. Mankiewicz (não creditado), Frances Marion (não creditado), Joseph Than (não creditado) com base em peça de S. N. Behrman levada ao teatro por The Playwrights Producing Company and The Theatre Guild. Direção musical: Lennie Hayton. Arranjos: Conrad Salinger, Wally Heglin (não creditado). Coreografia: Robert Alton, Gene Kelly. Direção de fotografia (Technicolor): Harry Stradling. Direção de Technicolor: Natalie Kalmus, associada a Henri Jaffa. Direção de arte: Cedric Gibbons, Jack Martin Smith. Montagem: Blanche Sewell. Direção de gravação: Douglas Shearer. Decoração: Edwin B. Willis, Arthur Krams. Supervisão de costumes: Irene Sharaff. Figurinos: Tom Keogh. Concepção dos figurinos: Karinska. Penteados: Sydney Guilaroff. Maquiagem: Jack Dawn. Gravuras: Doris Lee. Assistente de direção: Wallace Worsley Jr. (não creditado). Produção associada e adaptação musical: Roger Edens. Música original (não creditada): Lennie Hayton, Conrad Salinger. Gerente de produção: Al Shenberg (não creditado). Som: Norwood A. Fenton (não creditado). Edição de som: Van Allen James (não creditado). Dublê: Russell Saunders (não creditado). Assistente de câmera: Richard Borland (não creditado). Fotografia de cena: Jerome Hester (não creditado). Operador de câmera: Sam Leavitt (não creditado). Joalheria: Eugene Joseff (não creditado). Composição de música adicional: Roger Edens (não creditado). Arranjos instrumentais: Conrad Salinger. Continuidade: Leslie H. Martinson (não creditado). Mixagem de som: Western Electric Sound System. Tempo de exibição: 102 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1997)


[1] GOMES DE MATTOS, A. C. Judy Garland: a estrela que nunca perdeu o brilho. Cinemin. Rio de Janeiro: EBAL, n. 10, 5. série, jul./1984. p. 33.
[2] A união termina em 1951.
[3] PARAIRE, Phillippe. O cinema de Hollywood. São Paulo: Martins Fontes, 1994. p. 141.
[4] Domarchi, Jean. In Tulard, Jean. Dicionário de cinema: os diretores. Porto Alegre; L&PM, 1996. p. 446.
[5] Cf. ALBAGLI, Fernando. Tudo sobre o Oscar. Rio de Janeiro: EBAL, 1988. p. 288-289.

2 comentários:

  1. Hola Eugenio.

    Qué grande es el cine músical cuando se hace bien. Y en Technicolor sabea aún mejor, o incluso en Cinemascospe. Me ha llamado especialmente la atención lo que comentas de la utilización de los colores azul, rojo y amarillo, pues en cierta manera entronca con el último músical de Damien Chazelle, La, la, land y al cual considero un gran heredero de los grandes musicales de la historia del séptimo arte. No debería resultar odiosa la comparación con el maestro Vicente Minelli. Muchas gracias por esta reseña tan especial y por todo tu trabajo en general. Un fuerte abrazo.

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    1. Gracias por la apreciación al post, Miguel. Nada puedo, todavía, afirmar acerca de la comparación con "La, la, land", pues aún no lo he visto. Cuando al más, son los colores de la alegría, de la alegría de vivir, que predominan en "El pirata" y conllevan para transformar esta película en algo tan especial a los ojos ya los demás sentidos.
      Creo que no exagero al afirmar que es una de las películas más vibrantes que pasaron por mis ojos y costo a creer que Judy Garland pasaba por tantos problemas durante el rodaje.

      Abrazos y saludos.

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