Momento belíssimo e melancólico de O homem que matou o facínora (The man who shot Liberty Valance, 1962), de John Ford.
Ransom Stoddard
(James Stewart) lança o último olhar ao rústico caixão que abriga o corpo de
Tom Doniphon (John Wayne), o cowboy que o catapultou para a lenda e morreu
esquecido ― aqui representado pela rústica, selvagem e fugaz flor de cactus que
lhe guarda a memória, ao menos por breve tempo. A imagem dura poucos
segundos, o suficiente para ser captada em primeiro plano e permanecer na
afetividade do espectador sensibilizado pela história. É um dos momentos mais
sublimes e emocionantes do cinema.
Gosto de brincar afirmando que O homem que matou o facínora é o meu filme preferido, ao menos dos dias pares. Pois nos ímpares fico com Rastros de ódio (The searchers, 1956), também de John Ford.
Tom Doniphon (John Wayne) e Ransom Stoddard (James Stewart) |
Pompey (Woody Strode) e Tom Doniphon (John Wayne) |
Reese (Lee Van Cleef), Liberty Valance (Lee Marvin) e Floyd (Strother Martin) |
Tom Doniphon (John Wayne) prestes a cumprir o seu trágico destino |
Hallie Stoddard (Vera Miles) e Link Appleyard (Andy Devine) diante da casa em ruínas de Tom Doniphon, o misto de escombros e jardim onde os cactus estão floridos |
Imagem de bastidores: James Stewart, John Ford e John Wayne |
(José Eugenio Guimarães, 2014)